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4 de julho de 2022

  • Programa Troca-Troca de Sementes irá atender 81% dos municípios gaúchos

    O Programa Troca-Troca de Sementes irá atender 40,8 mil agricultores

    O Programa Troca-Troca de Sementes, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), irá atender 40,8 mil agricultores por meio de 498 entidades em 402 municípios gaúchos. Serão entregues 135 mil sacas de sementes de milho e sorgo nas etapas de cultivo de safra e safrinha 2022/2023.

    Na safra, os pedidos foram de 53.863 sacas de milho híbrido convencional, 60.855 sacas de milho híbrido transgênico e 6.195 sacas de sorgo. O total de sementes foi de 120.913 sacas. Já os pedidos para a safrinha totalizaram 14.143 sacas de sementes, sendo 4.010 de milho híbrido convencional, 9.854 de milho híbrido transgênico e 279 sacas de sorgo.

    Os pedidos para a safra foram feitos entre os dias 30 de maio e 17 de junho e para a safrinha entre 20 e 24 de junho. A entrega das sementes da etapa safra está prevista para iniciar a partir de 20 de julho e da etapa safrinha a partir de 20 de novembro.

    O programa registrou, neste ano, uma ampliação na sua área de abrangência. Serão atendidos 402 municípios, sendo 11 municípios a mais do que na safra passada. Com isso, o programa chega a 81% dos municípios gaúchos. Mas mesmo atingindo mais municípios em 2022, o número de sacas totais solicitadas sofreu uma redução de 1% em relação ao último ano. “Embora o cenário seja favorável, com bons preços para a produção de grãos, é necessário considerar, por outro lado, os altos custos para a formação da lavoura, que equilibram essa balança”, afirma Jonas Wesz, coordenador do programa. A sequência de frustações de safra em função das fortes estiagens que assolaram o Estado e o aumento da área cultivada com trigo, também são fatores que podem ter contribuído para a estabilidade na demanda pelo programa, ressalta Wesz.

    Entre os destaques desta safra, está a ampliação em 50% no limite da quantidade de sementes por agricultor, que passou de quatro para seis sacas em cada uma das etapas. Dentre o público beneficiário de 40,8 mil produtores, 25% destes aproveitaram a novidade lançada neste ano e reservaram mais de quatro sacas de sementes para seus cultivos, sendo que 20,6% solicitaram o novo teto de seis sacas por etapa.

    O programa também registrou uma evolução no perfil das cultivares demandadas pelos agricultores, havendo um aumento de pedidos de sementes de alto potencial produtivo e com maior tecnologia agregada, dentre as 38 cultivares disponíveis. “Esse comportamento e´ reflexo do avanço de tecnologias na agricultura familiar gaúcha, da atuação na área da assistência técnica da Emater-RS/Ascar e da ação focada na qualificação do Programa Troca-Troca de Sementes, buscando a melhoria dos materiais técnicos, fornecimento de cultivares mais produtivas e a garantia de sementes certificadas com elevados padrões de germinação e pureza”, avalia o coordenador do Programa, Jonas Wesz.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Semeadura do trigo alcançou 60% da área

    Há um atraso na implantação da cultura em relação ao planejamento inicial dos produtores

    A estimativa de cultivo de trigo no Estado para a safra 2022 é de 1.413.763 hectares. A produtividade estimada é de 2.822 kg/ha. Houve predomínio de dias chuvosos e alta umidade, que prejudicaram a implantação da cultura. Os triticultores encontraram muita dificuldade em ampliar ou finalizar a implantação da cultura, sendo possível apenas em áreas de topografia mais altas, como coxilhas ou solos mais drenados. Com a presença de umidade, a germinação foi beneficiada, e a emergência dos solos é uniforme. Contudo, as plantas apresentam a primeira folha do embrião muito fina, de coloração amarelada e com o desenvolvimento lento devido à falta de luminosidade.

    Conforme os dados da Emater/RS, a semeadura alcançou 60% da área projetada, com pequeno avanço, concentrado apenas no dia 20/06, na metade Norte, e até 22/06, mais ao Sul do Estado. Há um atraso na implantação da cultura em relação ao planejamento inicial dos produtores, que causa apreensão em função do avanço na projeção da data da colheita, que, por sua vez, pode competir com a época de instalação das lavouras de verão. Na região administrativa da Emater /RS Ascar de Bagé, o plantio nos municípios da Campanha ainda está bastante atrasado, sendo que a estimativa é de apenas 3% em Hulha Negra, e 7% em Caçapava do Sul. Na Fronteira Oeste, os trabalhos estão mais adiantados, embora as chuvas recentes tenham provocado atrasos e a necessidade de replantio. Em Maçambará, o clima relativamente seco permitiu avanço expressivo, sendo que 62% da área prevista já foi semeada.

    Nas lavouras estabelecidas em maio e que se encontram na fase de perfilhamento, foram realizadas aplicações de herbicidas e de fertilizantes nitrogenados. Na de Caxias do Sul, houve a impossibilidade de semeadura, mas não há atraso em relação à implantação, pois cerca de 85% da área de cultivo projetada é localizada nos Campos de Cima da Serra, onde o período preferencial para a operação é o mês de julho. Na de Frederico Westphalen, a semeadura alcançou 65% e está aquém da desejada. O atraso altera o manejo de plantas daninhas em função do aumento do tempo entre a dessecação e a semeadura, permitindo a emergência de plantas invasoras, como azevém,  que encontra condições adequadas para seu desenvolvimento. Em alguns municípios da região, ocorreram danos causados por enxurradas em lavouras recém-semeadas.

    Nas regionais de Ijuí e Soledade, a semeadura praticamente não evoluiu, e, nas lavouras semeadas entre 18 a 20/06, as chuvas intensas causaram escorrimento superficial e erosão laminar e em sulcos. Nas semeaduras em declive, foram observados arrasto de sementes em pequenos espaços das lavouras. Na de Santa Rosa, houve um pequeno incremento nas lavouras semeadas, alcançando 73% implantadas. Geograficamente, os municípios localizados mais ao norte da região apresentam um percentual maior, e a região das Missões, onde está localizada a maior área de cultivo, o índice de semeadura é menor, salientando o atraso em relação à safra anterior.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • 46 novos defensivos agrícolas recebem registro

    Entre eles, sete são de ingredientes biológicos

    Foi publicado nesta sexta-feira (01.07) no Diário Oficial da União o registro de 46 produtos formulados, ou seja, defensivos agrícolas que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, sete são de ingredientes biológicos, sendo quatro aprovados para uso na agricultura orgânica.

    De acordo com os dados divulgados pelo Mapa, a novidade nos defensivos biológicos é o primeiro registro do parasitoide Catolaccus grandis para o controle do bicudo do algodoeiro, principal praga do algodão, que desde a década de 80 causa estragos nas plantações do Brasil. Registrado com base na Especificação de Referência (ER) nº 42, o parasitoide apresentou excelentes resultados de controle da praga no campo, após experimentos coordenados pelo pesquisador da Embrapa Algodão, Francisco de Sousa Ramalho. O produto recebe a denominação de produto fitossanitário com uso aprovado para a agricultura orgânica e poderá ser utilizado tanto em cultivos orgânicos quanto em convencionais.

    Outros produtos de baixo impacto são misturas de Pseudomonas fluorescens com Pseudomonas chlororaphis e uma Isaria fumosorosea. Para a agricultura orgânica, além do parasitoide, tem um isolado de Beauveria bassiana, um isolado de Metarhizium anisopliae e um Trichoderma asperellum.

    Em relação aos produtos químicos, a novidade ficou por conta dos produtos formulados à base do fungicida Pidiflumetofen. Foram registradas quatro marcas em mistura com difenoconazol e um produto com o ativo isolado. O fungicida é recomendado para soja, algodão, milho, café e uma série de culturas com suporte fitossanitário insuficiente.

    Também estão incluídos na publicação três fitormônios e um anti-brotante (1,4 Dimetilnaftaleno), aguardado pela indústria de processamento de batata.

    Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

    Os produtos considerados de baixo impacto possuem ingredientes ativos biológicos, microbiológicos, semioquímios, bioquímicos, extratos vegetais e reguladores de crescimento, podendo ser autorizados em vários casos na agricultura orgânica. Esses produtos são importantes para agricultura não apenas pelo impacto toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente (minor crops), pois esses produtos são registrados por pragas e não por cultura como acontece com os químicos.

    Os dados foram informados pelo Mapa.

    Para mais informações sobre produtos, clique aqui.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/