Daily Archives

6 de julho de 2022

  • Projeto de lei libera crédito de R$ 1,2 bi para Plano Safra 2022/2023

    O recurso será liberado no âmbito das ações de subvenções econômicas em operações do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)

    A Secretaria-Geral da Presidência da República informou nesta terça-feira (5) que o governo enviou ao Congresso Nacional projeto de lei para a abertura de crédito suplementar de R$ 1,2 bilhão para o Plano Safra 2022/2023.

    O recurso será liberado no âmbito das ações de subvenções econômicas em operações do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), operações de custeio agropecuário, operações de comercialização de produtos agropecuários e operações de investimento rural e agroindustrial.

    De acordo com a pasta, a verba será proveniente do cancelamento de despesas primárias discricionárias. “Ressalta-se que os recursos destinados ao Plano Safra constantes do Projeto de Lei estão previstos no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 2º bimestre de 2022”, diz a Secretaria-Geral. “O crédito em tela não afeta a obtenção da meta de resultado primário, nem o cumprimento do Teto de Gastos”, acrescenta.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: Mapa publica zoneamento agrícola para a safra 22/23

    Medida busca reduzir exposição da cultura à variação dos fatores climáticos limitantes, como chuva, temperatura do ar e fotoperíodo

    Para diminuir os problemas climáticos e o risco fitossanitário causado pela ferrugem asiática da soja, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicou nesta terça-feira (5), no Diário Oficial da União, as portarias números 247 a 265 que estabelecem o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja.

    A época de semeadura é um dos fatores que mais influenciam o rendimento da cultura da soja, ou seja, é ela quem determina a exposição da cultura à variação dos fatores climáticos limitantes, que são a chuva, temperatura do ar e o fotoperíodo. Assim, semeaduras em épocas inadequadas podem afetar o porte, ciclo e o rendimento das plantas e aumentar as perdas na colheita.

    Por isso, devem ser observadas as determinações relativas ao vazio sanitário e ao calendário de plantio.

    Com a publicação do Zarc da soja, a SPA/Mapa finaliza o cronograma de publicações de portarias das culturas de verão safra 2022/23. Dessa forma, os produtores rurais e agentes financeiros têm uma segurança maior para o fechamento de contratos de seguro e crédito rural para a safra.

    Modelo agrometeorológico

    O zoneamento permite ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.

    O modelo agrometeorológico considera elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento da produção agrícola como temperatura, chuvas, umidade relativa do ar, ocorrência de geadas, água disponível nos solos, demanda hídrica das culturas e elementos geográficos (altitude, latitude e longitude).

    Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e ainda poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas e para o plantio de cultivares indicadas nas portarias de zoneamento.

    O Zarc foi publicado pela primeira vez na safra de 1996. Hoje, contempla os 26 estados e o Distrito Federal, incluindo mais de 60 sistemas produtivos de cultivos agrícolas permanentes e anuais. Os estudos técnico-científicos são realizados por uma rede de pesquisa da Embrapa que conta com a participação de mais de 150 especialistas, em 32 centros de pesquisa da entidade.

    No decorrer do primeiro semestre de 2022, a Embrapa elaborou um novo estudo de Zoneamento para cultura da soja, baseado na Instrução Normativa SPA/MAPA n 1, de 21 de junho de 2022, que estabelece o método para classificação do solo em função da sua Água Disponível (AD). Os estudos foram validados em reuniões virtuais e contaram com a participação de especialistas representantes de diversas entidades do setor agropecuário.

    Classes de solo

    O novo conceito de classificação dos solos no Zarc altera a indicação de três classes de solos, método adotado até então inclusive para o estudo da soja recém-publicado para safra 2022/2023, para 6 classes de armazenamento hídrico. A primeira cultura que terá o Zarc divulgado no novo formato de solos será a soja para safra 2023/2024.

    A medida em que os estudos de Zarc são atualizados, a nova metodologia de classificação dos solos é aplicada. Dessa forma, portarias de Zarc publicadas no formato antigo continuam válidas até que a atualização ocorra e seja publicada uma nova portaria.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Herbicida pré-emergente permite a sojicultor reduzir uso de glifosato

    Uso de pré e pós-emergentes auxilia no combate a plantas daninhas. Pesquisador da Embrapa Soja explica como deve ser o manejo

    Os pré-emergentes são herbicidas usados antes ou logo após o plantio. A aplicação deve anteceder a emergência das ervas daninhas e o solo precisa oferecer umidade para absorção do produto.

    Nos 600 hectares de uma propriedade em Rio Verde (GO), foram utilizados pré-emergentes no cultivo da soja. O resultado foi observado com ervas daninhas controladas durante todo o ciclo.

    “Em muitas áreas nós tínhamos problemas sérios com trapoeraba, amargoso, principalmente, e um pouco de capim-custódio. A gente tem notado que depois que passamos a utilizar essa sequência de dois pré-emergentes, melhorou demais, porque você vai diminuindo o banco de sementes no solo”, comenta o produtor rural e proprietário da área, Fabiano Ferrari.

    Menos glifosato

    A ferramenta trouxe ainda economia no custo de produção. “Esse ano a gente usou bem menos glifosato do que em outros anos. Isso é uma coisa boa porque com essa disparada do preço do glifosato e a diminuição da oferta do produto no mercado, a gente viu que o pré-emergente fez sua parte também”, afirma.

    De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja, Dionísio Gazziero, para as lavouras que utilizam o plantio direto é preciso ter atenção redobrada com a palhada.

    “Quanto maior a palha, maior a dificuldade do produto chegar no solo. O ideal é que de 80% a 100% do produto possa passar por essa palhamesmo com chuva de 20 ou 30 milímetros”.

    Combinação de herbicidas

    A técnica auxilia no controle de plantas mais resistentes. O manejo deve ser feito combinando herbicidas pré e pós-emergentes. O pesquisador alerta ainda para os casos de solo arenoso.

    “Dependendo do solo arenoso, da quantidade de areia que tem nesse solo não é recomendado utilizar [os pré e pós-emergentes]. Tem que analisar o solo e ver se o produto se adequa àquela condição de solo. Outra questão é que a dose do produto no solo arenoso pode ser diferente de um solo argiloso, então, conhecer o solo é muito importante para você ajustar o produto à sua condição de solo”, finaliza.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/