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19 de julho de 2022

  • Colheita no Brasil pressiona cotações do milho

    Os preços do milho iniciaram a semana passada em alta, mas voltaram a recuar no encerramento do período

    Os preços do milho iniciaram a semana passada em alta, mas voltaram a recuar no encerramento do período. Segundo pesquisadores do Cepea, no começo da semana, as cotações foram sustentadas pela alta nos valores externos, que, por sua vez, subiram diante de preocupações com o clima quente e seco nos Estados Unidos, que poderia atrapalhar o desenvolvimento das lavouras.

    Conforme dados do boletim informativo do Cepea, já a divulgação de dados de oferta e demanda do Estados Unidos voltou a pressionar as cotações internacionais e, consequentemente, brasileiras. E as quedas internas acabaram sendo acentuadas pelo bom ritmo da colheita de segunda safra, que fez com que produtores estivessem mais flexíveis nas negociações, especialmente os do Centro-Oeste, onde as atividades estão mais intensas.

    Do lado dos consumidores, muitos se mostram abastecidos ou no aguardo de recebimento de lotes adquiridos antecipadamente. Diante disso, as negociações seguem limitadas no spot.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Linhas de crédito do Plano Safra 22/23 estarão disponíveis nesta semana, diz Mapa

    O crédito suplementar de R$ 1,2 bilhão para equalização de juros, de financiamento do Plano Safra 22/23, continua inacessível aos produtores

    crédito suplementar de R$ 1,2 bilhão para equalização de juros, de financiamento do Plano Safra 22/23, continua inacessível aos produtores.

    A situação preocupa, principalmente, os pequenos agricultores. No Rio Grande do Sul, o atraso pode comprometer o plantio do milho.

    Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), Joel Carlos, o Rio Grande do Sul foi castigado pela seca na safra passada e o atraso dos recursos neste ano pode comprometer os investimentos dos produtores, especialmente em projetos de irrigação.

    “Se demorar muito para o recurso chegar, para esta safra, de repente vai ficar comprometido esse recurso para irrigação ou ainda projeto de uma máquina, de um equipamento que precisa para usar na safra. Então isso impacta. Nós esperamos que assim como os deputados votaram rápido e o próprio presidente também sancionou rapidamente, que o Banco Central e o Ministério da Economia possam emitir a resolução no máximo até amanhã”, diz.

    Em nota, o Ministério da Agricultura (Mapa) afirma que a expectativa é que ainda nesta semana todas essas linhas e programas já estejam operacionalizáveis.

    O Mapa também ressaltou que para operar as linhas e programas equalizáveis, os bancos aguardam uma portaria de equalização do Ministério da Economia.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Levantamento aponta mudança no perfil das propriedades leiteiras do país

    O momento é de alerta para o produtor, avalia pesquisador do Cepea

    O perfil produtivo das propriedades leiteiras no Brasil mudou nos últimos dois anos, com destaque para a migração do semiconfinamento para sistemas em que há confinamento total das vacas. É o que aponta um levantamento do Projeto Campo futuro, feito a partir da parceria do entre o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

    Pesquisador da área de custos de leite do Cepea, Caio Augusto Monteiro deu detalhes do levantamento ao ser entrevistado pelo Canal Rural. Ao vivo, ele falou sobre o trabalho relacionado à produção de leite no país durante a edição desta segunda-feira (18) do ‘Mercado & Companhia’. O telejornal é apresentado por Pryscilla Paiva.

    Mudanças nas propriedades leiteiras

    Leia, abaixo, os principais pontos da entrevista com Caio Augusto Monteiro, pesquisador do Cepea.

    1 — O que os dados desse levantamento mostram em relação ao ganho de competitividade da atividade leiteira? Considerando que os últimos dois anos foram de alta expressiva dos custos de produção.

    A gente observa uma migração desse sistema, buscando o aumento de produtividade. Observamos essa mudança no perfil produtivo principalmente nas regiões que já existiam um bom nível produtivo. Regiões que já vinham investindo em tecnologia ao longo dos anos e que optaram por essa intensificação total na mudança do sistema [de produção de leite].

    2 — Sabemos que a migração do sistema de produção é um movimento natural, mas qual é o impacto do custo do ponto de vista do investimento do produtor?

    Os produtores que optam por essa migração têm que estar cientes de que haverá aumento de demanda de capital, sobretudo para a produção, que é mais intensiva. E também terá o investimento que precisará ser feito pelo produtor em relação às infraestruturas, como os galpões onde os animais são alojados, por exemplo.

    3 — Na sua avaliação, quais são os principais desafios de trocar o semiconfinamento pelo confinamento total?

    A intensificação desse sistema demanda maiores habilidades gerenciais dos produtores e das equipes que trabalham com eles. E falando especificamente do composto, que foi a opção que a gente observou que foi feita pelo produtor: o manejo desse novo ambiente onde as vacas estão instaladas. Existe a adição dessa cama de compostagem, e isso requer uma curva de aprendizagem para se conseguir obter os resultados necessários para ter essa cama estável e compatível com um sistema equilibrado.

    4 — Neste sentido, quais são as metas que garantem o sucesso na atividade?

    Principalmente, as metas relativas à gestão. E aí, a gente fala de um “olhar 360” dentro dessa propriedade. Desde a parte de reprodução à parte de alimentação, ambiência e o período de transição [do sistema de produção de leite]. Com a realização desse investimento, também falamos do planejamento financeiro. Todos esses itens demandam metas claras e que almejam ganho de produtividade.

    5 — Temos visto um certo alívio nos custos de produção. Essa é uma tendência que deve se manter nos próximos meses?

    O que a gente tem observado é uma redução de alguns preços relativos à alimentação. As cotações do milho caíram um pouco, os fertilizantes nitrogenados também começaram a ceder em algumas regiões, com a queda do petróleo. O cenário, provavelmente, deve se manter com um alto custo de produção durante o ano de 2022, mas com alguns sinais de arrefecimento. O momento é, ainda, de alerta. O produtor precisa continuar tocando tudo na ponta do lápis para não ter nenhuma surpresa.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/