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28 de julho de 2022

  • Preço do leite subiu 57% em 2022, aponta IBGE

    Segundo o IBGE, o maior impacto individual no IPCA-15 de julho veio do leite longa vida. O item acumula alta de 57,42% no ano

    Além do leite longa vida, o item “Leite e derivados” também apresentou alta, de 11,43%, assim como os derivados requeijão (4,74%), manteiga (4,25%) e queijo (3,22%).

    As recentes altas do preço do leite são explicadas pela menor oferta, segundo o “Boletim do Leite”, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Esalq/USP).

    O período da entressafra acontece entre o outono e o inverno e os produtores ainda enfrentam os impactos causados pelo La Niña na alimentação dos animais.

    O La Niña, que ocorreu no fim do ano passado, é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico em pelo menos 0,5ºC, o que causa impacto no regime de chuvas do Brasil.

     

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Farsul alerta para importância de compra antecipada de sementes

    O superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, enfatizou que se houver algum problema na próxima safra do Rio Grande do Sul, não será por causa das sementes

    Sistema Farsul e a Fundação Pró-Sementes apresentaram, nesta quarta-feira (27), os resultados do Estudo de Cultivares em Rede ECR Soja Safra 2021/22, relativos ao Rio Grande do Sul.

    superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, enfatizou que se houver algum problema na próxima safra do Rio Grande do Sul, não será por causa das sementes.

    engenheira agrônoma da Fundação Pró-Sementes e coordenadora do estudo, Kassiana Kehl, falou sobre a safra passada e sobre as expectativas para a safra 2022/23.

    “Este foi um ano desafiador por conta da condição climática: severas estiagem e distribuição de chuvas desuniforme. Aliado a estiagem, houve o problema da mortalidade de plantas em função do ataque de fungos de solo, o que diminuiu o estande de parcelas em diversas regiões”, disse ela.

    Próxima safra

    A expectativa para o próximo ano, conforme Kassiana, é de clima neutro para a cultura, isto é, algumas estiagens durante o ano, mas nada comparado a safra passada.

    “A pesquisa tem como objetivo avaliar o desempenho agronômico de cultivares com expressividade comercial e lançamentos, além de disponibilizar essas informações para a assistência técnica de produtores e ajudar na tomada de decisão sobre que cultivar indicar ou plantar. O planejamento para a safra de verão inicia em agosto, e o plantio acontece do final de outubro até o meio de dezembro”, afirmou.

    A última safra teve uma queda drástica na produção, atingindo principalmente o município de São Luiz Gonzaga, que, além do baixo número de sacos por hectare, teve números menores no ciclo tardio e números maiores no precoce, se diferenciando dos outros municípios.

    vice-presidente da Farsul, Elmar Konrad, alertou para a importância do planejamento de safra.

    “É necessário buscar a compra de sementes o quanto antes, pois a semente é o insumo principal para o início da safra e por enquanto os preços estão estáveis”, alertou.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Estiagem no Rio Grande do Sul afetou até culturas irrigadas

    O levantamento mostrou que as perdas de produtividade chegaram a 44% na soja, principal cultura plantada no Rio Grande do Sul

    estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul na safra passada afetou até mesmo culturas irrigadas, como é o caso do arroz.

    Os dados foram levantados pelo programa Campo Futuro da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). As condições climáticas resultaram em grandes perdas na safra de grãos.

    Segundo o economista da Farsul, Ruy Silveira, um dos responsáveis pelo levantamento no estado, os custos ligados à colheita, como frete e operação mecânica, não aumentaram tanto quanto os insumos. O grupo Fertilizantes foi quem mais pressionou o custo total. As receitas também tiveram quedas consideráveis.

    Arroz

    O arroz irrigado teve uma quebra grande, conforme aponta Silveira. “Geralmente essa quebra é em enchente, mas a estiagem gerou perdas consideráveis”, comentou.

    Indicando que os valores de fertilizantes quase dobraram na última safra.

    Em Uruguaiana, o levantamento indica que, para cobrir o custo total, o prejuízo das lavouras foi de R$ 1.035,00 por hectare. “Além disso, mesmo que a quebra de produtividade do arroz tenha sido menor de uma forma geral no estado, tivemos queda de 1cerca de 10% nos preços”, indicou.

    Soja

    Na soja, principal cultura do estado atualmente, a queda de produtividade foi de 44% de uma forma geral. Mas, na região com maior concentração de lavouras, a quebra foi de 61%. Já as regiões Sul e Litoral tiveram uma perda menos acentuada, em torno de 20%.

    “Em praticamente todas as praças levantadas os produtores fecharam com prejuízo em todos os níveis de custos. Já largaram perdendo. Mesmo com aumento médio de 28% no preço, não foi suficiente para cobrir”, avaliou Silveira que apontou Tupanciretã como o painel com pior resultado.

    A produtividade média teve uma queda de 59 sacos por hectare para 13. Aqueles produtores que conseguiram implantar uma segunda safra com irrigação, diminuiu o prejuízo do sequeiro.

    “Produtor que irrigou teve queda. Mas, conseguiu cobrir custo total, teve preço”, analisou o economista.

    Milho

    O milho apresentou o pior resultado entre os grãos., com queda de 71% na produtividade. Isso fez com que, mesmo tendo preço médio melhor, a receita caiu 64%. “Foi onde doeu mais para os produtores porque a queda foi muito grande. O prejuízo gira em torno de R$ 5 mil por hectare”, comentou Silveira.

    Ele explica que se fosse mantida a produtividade da safra 2020/2021, o produtor teria uma margem bem melhor neste ano.

    No caso das lavouras irrigadas, embora os custos sejam maiores do que do sequeiro e tenha ocorrida uma queda de 15% na produtividade, houve uma margem 21% melhor.

    Nas culturas de inverno, a última safra de trigo teve um custo total 62% maior. Algumas regiões tiveram perdas, mas foram pequenas e os preços estavam 13% melhores.

    Silveira destaca que a safra de verão aconteceu no início do processo inflacionário, enquanto que a de inverno aconteceu já com preço elevado. “Ano passado as margens foram positivas o que é muito bom porque a cultura, historicamente, dá prejuízo. Mas, mesmo que a receita tenha aumentado o custo foi demasiadamente maior”, avaliou.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/