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5 de agosto de 2022

  • Leite: preço pago ao produtor bate recorde em julho

    O preço do leite captado em junho e pago aos produtores em julho avançou 19,1%, chegando a R$ 3,19 por litro

    preço do leite captado em junho e pago aos produtores em julho avançou 19,1%, chegando a R$ 3,19 por litro. O valor é recorde da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), iniciada em 2004.

    O preço pago aos produtores de leite está 24,7% acima da média registrada no mesmo período do ano passado.

    É a sexta alta mensal consecutiva. Desde de janeiro, o leite no campo acumula valorização real de 42,7%.

    Valorização

    O aumento expressivo do leite é consequência da queda na oferta do produto no campo em junho e pela disputa das indústrias de laticínios pela compra da matéria-prima para a produção de lácteos, para tentar evitar capacidade ociosa de suas plantas.

    Segundo pesquisa do Cepea, o leite spot se valorizou 20,8% da primeira para a segunda quinzena de junho, chegando a R$ 4,16/litro.

    A média mensal, de R$ 3,80/litro, ficou 26,2% maior que a registrada em maio. Diante do aumento no custo da matéria-prima e com estoques baixos, os preços dos derivados lácteos dispararam em junho.

    A diminuição da produção de leite no campo e, consequentemente, a redução dos estoques de lácteos no último mês está relacionada ao avanço do período de entressafra em um contexto de redução de investimentos na atividade.

    Custos de produção

    O aumento dos preços dos insumos agropecuários tem elevado consideravelmente os custos de produção desde 2019, pressionando as margens dos produtores por muitos meses.

    Nesse cenário, muitos pecuaristas enxugaram investimentos ou saíram da atividade. Desse modo, o potencial de oferta já vem em retração há algum tempo.

    Contudo, a restrição da produção ficou mais intensa com o avanço da entressafra em junho.

    Sazonalmente, espera-se que a produção de leite se reduza devido ao inverno e ao clima mais seco, que diminuem a qualidade e a disponibilidade das pastagens, prejudicando, assim, a alimentação do rebanho. E é preciso destacar que, neste ano, o fenômeno climático La Niña também intensificou os efeitos sazonais de diminuição da oferta.

    Perspectiva

    Colaboradores consultados pelo Cepea afirmam que a demanda por lácteos se enfraqueceu durante a segunda quinzena de julho, desestimulada pelos altos preços nas gôndolas.

    O movimento tem pressionado as cotações dos lácteos e do leite spot, indicando que o pico de preços ao longo da cadeia produtiva já pode ter sido atingido.

    Do ponto de vista da sazonalidade, a produção só deve ser incentivada com o retorno das chuvas da primavera, em setembro.

    Contudo, desde maio, os custos de produção têm aumentado menos do que em meses anteriores.

    E, apesar de os custos com as operações mecânicas seguirem em alta devido à valorização dos combustíveis, a queda nas cotações do milho tem favorecido a atividade – o que pode beneficiar a retomada de investimento e a recuperação mais rápida da produção.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Camex reduz alíquotas sobre glifosato e outros insumos

    Medida também abrange quatro tipos de resina plástica usadas na produção

    Cinco produtos usados como insumos industriais passarão a entrar no Brasil pagando menos Imposto de Importação por um ano. A medida foi aprovada na quarta-feira (3) em reunião extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex). A medida abrange glifosato e quatro tipos de resina plástica usadas na produção.

    Os itens que tiveram as tarifas reduzidas são os seguintes: glifosato e seu sal de monoisopropilamina; copolímeros de etileno e alfa-olefina, de densidade inferior a 0,94; policloreto de vinila não misturado; copolímero de propileno; e resina PET com índice de viscosidade de 78 ml/g ou mais.

    Novas taxas sobre glifosato e outros produtos

    Os produtos foram incluídos na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul (Letec). As alíquotas, que variavam entre 9,6% e 11,2% cairão para 3,3% a 4,4%, a partir de sexta-feira (5). As novas tarifas são as seguintes (em percentuais):

    • Glifosato e sal de monoisopropilamina

    De 9,6 para 3,8.

    • Copolímeros de etileno e alfaolefina, de densidade inferior a 0,94

    De 11,2 para 3,3.

    • Resina de PVC-S (cloreto de vinila), não misturado com outras substâncias, obtido por processo de suspensão

    De 11,2 para 4,4.

    • Resina PP (copolímero de propileno)

    De 11,2 para 4,4.

    • Resina PET: (politereftalato de etileno): de índice de viscosidade de 78 ml/g ou mais

    De 11,2 para 4,2.

    Enfrentar problemas de custos

    Em nota, o Ministério da Economia informou que a medida tem como objetivo enfrentar problemas de abastecimento em certas cadeias produtivas, com diferentes graus de severidade, e de significativos aumentos de custos nos insumos de outras cadeias. Segundo a pasta, a redução de tarifas também pretende melhorar a eficiência na distribuição de recursos na economia, trazendo potenciais ganhos de competitividade para diferentes segmentos industriais.

    A Letec é um instrumento previsto no Mercosul, que permite aos países membros do bloco aplicar tarifas de importação diferentes daquelas previstas na Tarifa Externa Comum (TEC). As alterações são de caráter temporário e excepcional, sempre considerando os fatores conjunturais para sua utilização. O Brasil pode aplicar alíquotas diferentes da TEC para até 100 códigos de mercadorias.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Como vem o trigo no Sul?

    Confira o estágio de plantio e as condições da lavoura no RS e Argentina

    O plantio de trigo no estado do Rio Grande do Sul atingiu 98% da área projetada no estado, informou a Emater-RS (Associação Rio-Grandense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural). Na semana encerrada nesta quinta-feira, 4 de agosto, a estimativa de cultivo do cereal de inverno no Rio Grande do Sul para a safra 2022 é de 1.413.763 hectares.

    Após o plantio praticamente concluído, a produtividade estimada é de 2.822 quilos por hectare (kg/ha), aponta a Consultoria AgResource Brasil. A Emater-RS também informou que 97% do trigo gaúcho está em fase de germinação/desenvolvimento vegetativo, enquanto apenas 3% ainda estão na etapa de floração.

    “O relatório da entidade de assistência técnica e extensão rural do Rio Grande do Sul registrou que as lavouras em geral apresentam bom desenvolvimento, avançando para a floração nas regionais de Frederico Westphalen e de Santa Rosa”, destaca a equipe de analistas da Consultoria TF Agroeconômica.

    ARGENTINA

    Até o momento, o avanço do plantio na Argentina atingiu 99,6% da área projetada, que é de 6,1 milhões de hectares. Segundo a TF, houve um progresso semana a semana de 0,8 ponto percentual, e em relação à safra anterior, um ligeiro atraso homólogo de 0,1 p.p.

    De acordo com superfície já implantada, depois das chuvas dos últimos sete dias, a área sob condição normal/excelente aumentou 3,8 p.p. Com isto, 65,5% dos hectares apresentam uma condição hídrica Adequado/Ótimo (+0,5 pontos em relação à semana anterior), após as chuvas registradas em setores do centro e sul da área agrícola no curso da semana passada, segundo a BCBA.

    “Quanto aos lotes já surgidos, na faixa norte da área agrícola, a cultura mantém uma condição relativamente estável, com 68,3% estão em condições normais/boas. No entanto, nas tabelas mais avançados começaram a desistir de perfilhos devido à falta de umidade e ao aumento das temperaturas da semana passada começou a acelerar o desenvolvimento”, conclui a Consultoria.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/