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ago 11 2022 Farsul: relatório mostra queda de 2,56% nos custos de produção do leite
Nesta quarta-feira (10/8), a Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul) divulgou, o primeiro relatório do Índice de Insumos para a Produção de Leite Cru (ILC).
O indicador tem objetivo de mensurar a variação dos preços de uma cesta de insumos que compõem 80% do custo de produção do leite e contribuir na compreensão da evolução dos custos de produção da cadeia láctea do Rio Grande do Sul.
As primeiras informações são relativas a junho de 2022 e a atualização será mensal. Os dados também estão disponíveis no Farsul Big Data.
Houve uma queda de 2,56% nos custos de produção de junho, tendo nos Fertilizantes o principal responsável pelo resultado. Especialmente Ureia e o adubo 05-20-20 que tem a maior relevância dentro do grupo. A queda nos preços de milho e soja (média de 2%), principais insumos para alimentação das vacas de leite e tendo um peso muito relevante no indicador, também influenciaram nessa retração.
Outro ofensor foi a energia elétrica, que teve redução de 6% em média. Já a suplementação mineral teve elevação de 21%, sendo o destaque de alta no período. Apesar de expressiva, a queda registrada em junho ainda é inferior a abril que atingiu -5,89%.
No acumulado do ano, o ILC atingiu 4,12% em junho, ficando abaixo do IPCA (5,49%) e IPCA Alimentos (8,42%). Esta é a primeira vez, em dois anos, que a inflação medida no custo de produção do leite fica abaixo do IPCA. Em 12 meses, o ILC teve alta de 17,75%.
A Assessoria Econômica da Farsul destaca que, mesmo com a alta no acumulado, o indicador vem apresentando desaceleração. Junho foi o terceiro mês consecutivo com o indicador fechando em um patamar inferior a 20% da inflação no período.
Por outro lado, os preços dos insumos para a produção de leite cru seguem apresentando resultado superior a inflação oficial no acumulado. Em 12 meses, o IPCA registrou 11,89% e o IPCA Alimentos, 13,93%.
Fonte: https://www.milkpoint.com.br/
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ago 11 2022 Praga causa prejuízos na produção de sementes de milho
O Leptoglossus zonatus, conhecido também como Percevejo-gaúcho, é uma praga chave da cultura do milho, mas pode atacar também citrus, sorgo, feijão, soja, entre outros. No milharal é possível observar sua presença a partir do meio do ciclo e tem preferência alimentares pelas espigas, principalmente de grãos leitosos em formação.
Os adultos da espécie possuem comprimento do corpo maior que 2 cm (as fêmeas são maiores que os machos), coloração marrom escura e antenas bicolor. Uma característica da sua taxonomia é a expansão da tíbia em cerca de 80% e a presença de duas máculas ovóides no disco do pronoto e região mediana das asas.
Os principais danos causados pelo inseto é na produção das sementes por comprometerem gravemente os parâmetros fitossanitários exigidos para a comercialização. Os insetos injetam substâncias tóxicas ao sugarem os grãos, prejudicando o enchimento e alterando a qualidade fisiológica e sanitária, diminuindo a porcentagem de germinação.
Ainda não existem produtos registrados de controle do L.zonatus. Como os ataques começam quando as plantas já estão grandes, é aconselhado a irrigação, a pulverização aérea ou inseticidas. O uso de controle natural também é recomendado, utilizando inimigos naturais do inseto.
Fonte: https://www.agrolink.com.br/ -
ago 11 2022 Projeto mantém carbendazim até registro de substituto
“Atualmente, o país não possui registro de produto similar, com o mesmo custo benefício”, diz FPAParlamentares se mobilizam em Brasília para que o fungicida carbendazim permaneça no mercado até que outra molécula seja aprovada para substituição. Através de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL 312/22), a iniciativa da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) alega que o perigo existente na utilização do pesticida “está na dosagem e na forma de manuseio”, de acordo com nota oficial enviada ao Agrolink.
“A utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para aplicação e a receita agronômica com a quantidade necessária do produto garantem a saúde da planta, do alimento e do produtor rural. Trata-se, ainda, de um pesticida usado no tratamento das sementes, com baixíssimo risco para os consumidores. Aos aplicadores, basta usar os equipamentos obrigatórios e a técnica correta de aplicação”, afirmam os parlamentares.
Além disso, alegam os parlamentares brasileiros, a reversão da decisão tomada nessa semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se justifica também “diante do impacto que a restrição de Carbendazim pode causar no ambiente produtivo, econômico e social do Brasil, com relação aos cultivos de soja, milho, algodão e o feijão”.
“Atualmente, o país não possui registro de produto similar, com o mesmo custo benefício. A medida traz prejuízos aos produtores rurais, especialmente porque a substância permanece sendo utilizada na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai e Equador, além da Costa Rica e Honduras. Completam a lista de países que utilizam o Carbendazim, a China e a Austrália”, argumentam os políticos.
O deputado José Mário Schreiner, membro da FPA e vice-presidente da CNA, é o autor do Projeto de Decreto Legislativo (PDL 312/22), e sustenta que a “não utilização do carbendazim afeta, de forma providencial o valor” dos itens básicos de alimentação, o que vai provocar mais inflação.
De acordo com ele, “o aumento do custo de produção, em virtude da retirada do carbendazim, afeta o preço da soja e do milho que impactam nos preços dos produtos de origem animal (aves, ovos, carnes, embutidos e leite)”.
“O aumento do custo de produção da soja também impacta os preços de óleo de soja e margarina. Algodão impacta além de roupas e tecidos, itens como roupa de cama, colchão, tapetes e cortinas”, conclui o líder da FPA.
Fonte: https://www.agrolink.com.br/