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12 de agosto de 2022

  • IBGE estima safra recorde de 263,4 milhões de toneladas em 2022

    A estimativa é 4% maior (ou 10,2 milhões de toneladas) que a safra de 2021 e 0,8% acima do que foi estimado em junho

    safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar recorde de 263,4 milhões de toneladas.

    A estimativa é 4% maior (ou 10,2 milhões de toneladas) que a safra de 2021 (253,2 milhões de toneladas) e 0,8% acima (2 milhões de toneladas) do que foi estimado em junho.

    A estimativa de julho do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola foi divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, esse crescimento se deve ao aumento do plantio e dos investimentos dos produtores que estão ampliando a área de cultivo de grãos em 6,4% para 73 milhões de hectares, acréscimo de 4,4 milhões de hectares em relação da 2021 (68,6 milhões de hectares).

    “Os produtores plantaram mais porque os preços internacionais estão muito elevados, sobretudo o do trigo, por conta da guerra da Rússia e a Ucrânia, grandes produtores e exportadores de trigo”, disse, em nota, Carlos Barradas.

    arroz, o milho e a soja são os três principais produtos da pesquisa. Somados, eles representam 91,4% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área a ser colhida.

    De acordo com o IBGE, em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 9,7% na área plantada de milho (aumento de 7,7% na primeira safra e de 10,4% na segunda safra), de 18,1% na de algodão herbáceo (em caroço), de 4,6% na área de plantio da soja e de 8,6% na do trigo; ocorrendo declínio de 2,7% na área do arroz.

    Soja

    Principal commodity do país, a estimativa para soja teve alta de 0,7%, em relação ao mês anterior, sendo o segundo produto responsável, com 814 mil toneladas, pelo crescimento de 2 milhões de toneladas de grãos em julho, depois do trigo que atingiu 820 mil toneladas.

    Segundo o pesquisador, houve reavaliações importantes em estados como Mato Grosso, principal produtor com 38 milhões de toneladas, que aumentou o rendimento médio em 1,5% na comparação com a estimativa de junho.

    O Rio Grande do Sul também aumentou o rendimento e estimativa em 1,8% em relação ao mês anterior. Com isso, a soja deve alcançar uma produção nacional de 118,8 milhões de toneladas ante 118 milhões estimados em junho.

    Entretanto, esse volume representa retração de 12% em comparação à safra obtida no ano anterior, com declínio de 15,9% no rendimento médio. Barradas explicou que, embora tenha havido aumento de área de plantio da soja, a ocorrência de uma estiagem prolongada durante o desenvolvimento da cultura em alguns estados produtores, sobretudo no Centro-sul do país, foi responsável por essa queda anual

    A área colhida foi estimada em 40,8 milhões de hectares, aumento de 4,6% na comparação com 2021, e de 0,2% em relação ao estimado no mês anterior. A participação da soja no volume total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no país, em 2022, foi de 45,1% permanecendo como o grão de maior peso no grupo.

    Outro aspecto destacado por Barradas é que as produções de arroz (10,6 milhões de toneladas) e de feijão (3,1 milhões de toneladas) devem atender o consumo interno do país em 2022. O Brasil não é importador dos dois produtos, mas já houve necessidade de importações.

    Regiões

    Em julho, a estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas teve alta na comparação com 2021 em quatro regiões: Centro-Oeste (11,9%), Sudeste (13,0%), Norte (8,7%) e Nordeste (10,6%).

    O levantamento indica que somente a Região Sul teve estimativa negativa (-13,5%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumento a Região Centro-Oeste (1,1%), a Norte (3,0%) e a Sul (0,6%), e declínio no Nordeste (-0,3%) e Sudeste (-0,2%).

    Entre as unidades da federação, Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos (30,6%), seguido pelo Paraná (13,4%), Goiás (10,5%), Rio Grande do Sul (9,7%), Mato Grosso do Sul (8,1%) e Minas Gerais (6,7%) que, somados, representaram 79% do total nacional.

    “A pandemia fez com que os preços aumentassem, porque, em casa, as pessoas passaram a consumir mais, sem falar que o milho e a soja são usados na produção de proteína animal. A partir disso, o produtor passou a plantar mais porque a sua rentabilidade é maior. Nos últimos anos, devido ao aumento da área plantada e da produtividade, a agricultura brasileira vem produzindo recordes sobre recordes”, concluiu o gerente da pesquisa.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • La Niña ainda vai durar mais tempo; saiba até quando

    Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA) divulgou novo relatório sobre o fenômeno

    O último relatório do Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA) indica que o enfraquecimento do La Niña só vai acontecer no outono de 2023.

    Pela terceira safra seguida, o fenômeno deve trazer chuvas abaixo do normal para a região Sul e umidade elevada nas regiões Norte e Nordeste.

    Frente fria na semana

    Esta quinta-feira (11) começou com apenas 1,6 °C em Ituverava (SP) e com geadas em áreas do Centro-Sul. A capital paulista registrou a menor temperatura do ano, com 9,5 °C, e houve ventos de 85 km/h em diversas áreas do estado.

    A frente fria e o ciclone extratropical já estão enfraquecendo e trouxeram chuva significativa em diversas áreas. Essa umidade foi boa para algumas culturas, mas prejudicou outras.

    “A chuva beneficiou as lavouras de trigo, principalmente do Paraná, mas prejudicou o café e também o milho, que está em fase final de colheita”, afirma Desirée Brandt, meteorologista da Climatempo.

    Segundo ela, a chuva fora de época no Sudeste pode provocar uma florada indesejada no café, já que posteriormente não vai haver umidade suficiente para sustentar a florada, que acaba sendo frustrada.

    Frio continua

    O frio continua nesta sexta-feira (12) no Centro-Sul, com risco de geadas entre o planalto do Paraná e o norte do Rio Grande do Sul. A chuva diminui no leste de Santa Catarina, mas o tempo ainda fica muito encoberto, com risco de chuva fraca.

    A frente fria passa perto da costa da Bahia nesta sexta e a chuva aumenta em Salvador. O estado também deve registrar diminuição das temperaturas.

    No norte do país a chuva se concentra no Amapá, em Roraima e na porção norte do Amazonas e do Pará, sendo acompanhada por trovoadas isoladas, principalmente no período da tarde.

    Novo ciclone vem aí

    Na semana que vem, há previsão de uma nova frente fria associada a um ciclone extratropical. Só que, desta vez, o ciclone deve se formar mais ao alto-mar, e não tão próximo à costa. Justamente por isso, a previsão não é de ventos tão fortes e nem de mar muito agitado.

    De todo modo, a umidade voltará às áreas produtoras da metade norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná, com volumes de 30 milímetros acumulados. A chuva vai chegar de forma fraca ao sul de São Paulo e de Mato Grosso do Sul.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Rendimento de grãos maior está impulsionando produção de cereais

    Nos próximos dez anos, mais produção global de cereais se originará do crescimento do rendimento e da área de intensificação

    Os preços internacionais dos cereais aumentaram até 2021, para fechar no melhor patamar em nove anos. Fornecimento global apertado combinado com a forte demanda e as incertezas da política comercial empurraram a média do trigo para cima, e os preços de outros grãos, que subiram cerca de 30% em relação ao ano de 2020.

    Os preços do milho foram mais de 50% superiores aos no ano-calendário anterior, impulsionado principalmente por incertezas de produção na América do Sul, aumentou custos de produção e grandes importações de milho pela China. Em contraste, os preços internacionais do arroz ficaram abaixo dos níveis de 2020, pois a ampla oferta exportável intensificou a concorrência entre os exportadores.

    Nos próximos dez anos, mais produção global de cereais se originará do crescimento do rendimento e da área de intensificação, dado os limites das terras aráveis disponíveis. Supõe-se que as melhorias de rendimento resultem de variedades de sementes melhoradas e mais acessíveis, maior eficiência no uso de insumos e melhor práticas agrícolas.

    No entanto, o acesso limitado a novas tecnologias em alguns países e a falta de investimento pode restringir o crescimento. Além disso, as crescentes preocupações ambientais, também refletidas em novas políticas (como as metas do Pacto Verde da União Europeia), podem até reduzir os rendimentos médios.

    Comercialização de cereais

    Globalmente, cerca de 16% da produção de cereais é comercializada internacionalmente em 2021, variando de 10% para arroz a 24% para o trigo. A parcela da produção comercializada de cereais deverá aumentar marginalmente para 17% até 2031, em grande parte devido ao aumento das participações comerciais de trigo e arroz.

    Em termos de volume, os excedentes líquidos de cereais e os déficits mostram um padrão regional claro. No entanto, esses padrões diferem entre os cereais. Por exemplo, a maior parte do excedente exportável de arroz deverá permanecer concentrado nos países asiáticos, enquanto na América Latina e no Caribe a exportação de milho é amplamente compensada pelas importações de trigo.

    No geral, vários países africanos e asiáticos deverão tornar-se mais dependentes das importações de cereais na próxima década.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/