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junho 2024

  • AJUSTES NA OFERTA E DEMANDA DE SOJA MARCARAM A SEMANA

    Após USDA e Conab revisarem para baixo as expectativas para o grão brasileiro, consultoria traça panorama de exportação e esmagamento

    Os cortes recentes nas estimativas da safra brasileira de soja feitos pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), pela Conab e pelas principais consultorias privadas do país resultaram, logicamente, em mudança nas projeções de exportação para 2024.

    A redução nas expectativas e as consequentes mudanças no quadro de oferta e demanda são reflexos da queda na colheita no Rio Grande do Sul, após as enchentes que atingiram o estado no mês de maio, reforça a Safras & Mercado.

    Na visão da empresa, as exportações de soja do Brasil deverão totalizar 94,8 milhões de toneladas em 2024, 7% abaixo dos 101,863 milhões estimados para 2023. No levantamento anterior, divulgado em abril, a consultoria apontava os embarques em 96 milhões de toneladas para este ano.

    Oferta total de soja

    Safras indica esmagamento de 54,3 milhões de toneladas em 2024 e de 54,165 milhões de toneladas em 2023, representando estabilidade entre uma temporada e outra.

    Em relação à temporada passada, a oferta total de soja deverá recuar 5%, passando para 155,296 milhões de toneladas. A demanda total está projetada em 152,1 milhões de toneladas, diminuindo 4% sobre o ano anterior.

    Desta forma, os estoques finais deverão cair 31%, passando de 4,641 milhões para 3,196 milhões de toneladas.

    Farelo e óleo de soja

    Safras trabalha com uma produção de farelo de soja de 41,750 milhões de toneladas, estável ante 2023. As exportações deverão reduzir 4% para 21,7 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 18,6 milhões, queda de 6%. Os estoques deverão subir 99% para 2,916 milhões de toneladas.

    A produção de óleo de soja deverá subir 1% para 10,960 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,3 milhão de toneladas, com queda de 44% sobre o ano anterior.

    O consumo interno deve subir de 8,650 milhões para 9,650 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve subir 17% para 5,6 milhões de toneladas. A previsão é de estoques subindo 26% para 535 mil toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     

  • EMBRAPA LANÇA NOVA VERSÃO DE SOFTWARE DE AVALIAÇÃO GENÉTICA DE BOVINOS

    O novo software visa aumentar a precisão, rapidez e eficiência no processo de avaliação genética

    Uma nova versão do Intergen, software de avaliação genética de bovinos, já está à disposição do setor de pecuária de corte no Brasil. Lançada em 2008 e expandida em 2016 pela Embrapa, a ferramenta foi atualizada, com a introdução de módulos para processamento de dados genômicos e inclusão de um número ilimitado de animais na avaliação genética.

    Com isso, o sistema operacional, que antes atendia principalmente o PampaPlus, passa a assistir também outras duas iniciativas voltadas ao melhoramento genético de raças bovinas europeias no país: o Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo), da Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC) e o Brangus +, da Associação Brasileira de Brangus.

    Os novos módulos – IntergenIOD e IntergenACC – introduzem três novas funcionalidades, fundamentais para os programas de melhoramento genético na atualidade: a possibilidade de inserção de informação genômica, a capacidade de estimar o mérito genético para um número ilimitado de animais e a estimativa aproximada da acurácia desse mérito genético.

    Vinícius Junqueira, pesquisador que realizou seus estudos de mestrado e doutorado no Laboratório de Bioinformática e Estatística Genômica (Labegen), conta que os programas de avaliação genética já utilizam informações genômicas para estimar o mérito dos animais, o que tem proporcionado avanços na taxa de ganho genético das populações avaliadas, mas também desafios computacionais no processamento dessas informações.

    “Os módulos IntergenIOD e IntergenACC foram projetados especificamente para superar esses desafios computacionais. O IntergenIOD foca na estimação do mérito genético dos animais com uso mínimo de memória RAM, enquanto o IntergenACC proporciona uma estimativa aproximada da acurácia do mérito genético estimado pelo IntergenIOD”, afirma Junqueira.

     Segundo Henry Carvalho, analista do Labegen, a atualização otimiza o trabalho de avaliação genética, a partir da possibilidade de processamento de diversas análises de dados ao mesmo tempo. “O IntergenIOD ocupa muito menos memória. O mesmo ocorre com o IntergenACC, que também ocupa pouca memória e chega aos resultados de acurácia aproximada em poucos minutos, podendo inclusive rodar em paralelo com o IntergenIOD, pois não depende dos resultados do IntergenIOD para calcular as acurácias aproximadas”, relata.

    O objetivo é trazer mais precisão, rapidez e eficiência ao processo de resolução das equações de valor genético dos animais e melhorar a acurácia dos valores genéticos calculados, que é a diferença esperada na progênie (DEP). Essas informações processadas são cruciais para o avanço do melhoramento de características de interesse através das gerações.

    “Estamos migrando todos os nossos sistemas de avaliação para essa nova versão do Intergen, de forma a fornecer informações cada vez mais acuradas, usando todos os dados que temos disponíveis, auxiliando o produtor na tomada de decisão. Apesar da mudança no processo, estamos realizando essa transição com muita confiança de que os programas de melhoramento genético irão continuar rodando com a mesma qualidade de sempre”, destaca o chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso.

    Novo Intergen: evolução para a avaliação genética nacional

    O lançamento do novo Intergen representa uma evolução para a avaliação genética nacional e o equipara ao que existe de mais atual nos principais programas de melhoramento genético do mundo, trazendo inúmeros benefícios, como maior autonomia sobre os métodos estatísticos utilizados nas avaliações genéticas, custo mais acessível para uso comercial e potencial de desenvolvimento acadêmico e profissional.

    Para os pesquisadores que atuam na área, os novos módulos irão proporcionar maior eficiência e produtividade do trabalho de pesquisa em melhoramento genético. De acordo com Marcos Yokoo, pesquisador de melhoramento genético animal da Embrapa, a atualização vai ajudar a calcular a acurácia do Brangus +, PampaPlus e Promebo, programas de melhoramento genético que a Embrapa gere com os parceiros Associação Brasileira de Brangus, ABHB e ANC, respectivamente.

     “Com esses módulos, vamos poder incluir um número maior de animais genotipados na avaliação genética e calcular a acurácia, porque fazer a avaliação genética de um grande número de animais é algo demorado e, por vezes, os softwares disponíveis não conseguem realizar essa operação. Com os novos módulos, poderemos fazer essas avaliações de um grande número de animais e de maneira rápida”, destaca Yokoo.
  • Soja: Conab reduz estimativa de produção brasileira e sinaliza aumento de área

    Nono levantamento de safra divulgado pela entidade nesta quinta mostra que apenas 5 estados brasileiros conseguiram aumento de produtividade

    O 9º Levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta quinta-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu a expectativa da safra 2023/24 brasileira de soja.

    Agora, a entidade estima que o país deve produzir 147.353,5 milhões de toneladas do grão. Contudo, a redução entre o documento anterior e o atual é relativamente pequena, de apenas 330 mil toneladas. Já em comparação à safra passada, indicada em 154.609,5 milhões de toneladas, é possível notar decréscimo de 4,7%.

    Por identificar novas áreas de produção em Mato Grosso, Goiás e Maranhão, a Companhia aumentou a projeção de área em 0,5% ante o levantamento anterior, sinalizando em 45,978 milhões de hectares.

    Em relação à produtividade média de soja do país, houve ajuste no reporte atual. São esperados 3.205 kg por hectare (53,4 sacas). Na temporada anterior, o rendimento brasileiro foi de 3.507 kg por hectare (58,4 sacas), ou seja, 8,6% inferior ao obtido no último ciclo.

    Impactos da soja no Rio Grande do Sul

    As reduções se devem, principalmente, à tragédia climática que se abateu sobre o Rio Grande do Sul. “Apesar de todos os problemas climáticos, o estado volta ao posto de segundo maior produtor de soja do Brasil, com expectativa de 20,1 milhões de toneladas da oleaginosa” diz o gerente substituto de Acompanhamento de Safras da Conab, Marco Antônio Chaves.

    Após os eventos que impactaram o estado sulista, a entidade reduziu em 1,694,6 milhão de toneladas a projeção de colheita de soja dos gaúchos. Já a Emater-RS projeta impacto significativamente maior, de 2,7 milhões de toneladas.

    Aliás, apenas cinco estados conseguiram aumento de produtividade em relação à safra passada:

    • Rio Grande do Sul: de 1.986 kg/ha para 2.985 kg/ha (50,3%)
    • Roraima: de 2.800 kg/ha para 3.000 kg/ha (7,1%)
    • Pará: de 3.063 kg/ha para 3.268 kg/ha (6,7%)
    • Amazonas: 2.880 kg/ha para 3.060 kg/ha (6,3%)
    • Rondônia: de 3.423 kg/ha para 3.547 kg/ha (3,6%)

    No 1º Levantamento da Conab sobre a safra 2023/24, a expectativa era de 162 milhões de toneladas de soja, considerando todo o potencial produtivo da intenção de área plantada. Com isso, entre a projeção atual (147.353,5), a redução no período é de 9%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • IBGE diz que RS será responsável por 69,3% da produção nacional de arroz em 2024

    Não deve haver falta do produto nos próximos meses, mas pode ter havido perda de qualidade do grão em áreas que não haviam sido colhidas, diz técnico do órgão

    O Rio Grande do Sul será responsável por 69,3% da produção de arroz nacional em 2024. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de abril, divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o relatório, a produção nacional do cereal em 2024 será de 10,5 milhões de toneladas, dos quais 7,3 milhões de toneladas produzidos em solo gaúcho (aumento de 2,6% no estado em relação a 2023).

    “As condições climáticas não favoreceram o cultivo, apresentando queda na produtividade por conta do excesso de chuvas nos primeiros meses de implantação da cultura, assim como um maior período de nebulosidade, comprometendo diretamente o desempenho da cultura a campo”, disse o IBGE em nota.

    Dessa forma, haverá declínio de 4,3% na produtividade, apesar de um aumento de 7,1% na área colhida. “Importa ressaltar que, em função dos recentes aumentos de preços do cereal, na safra 2024 houve aumento das áreas de plantio, o que não acontecia há alguns anos, em função de muitos rizicultores estarem alternando as áreas de várzea com o plantio de milho e de soja, culturas até então mais rentáveis”, destacou ainda o IBGE.

    As preocupações no momento são com as fortes chuvas que acometeram o estado no fim de abril. Em relação ao relatório anterior, a estimativa da produção está apresentando um declínio de 1,6%, com a área colhida e o rendimento médio tendo caído 0,9% e 0,7%, respectivamente.

    Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, mais perdas em culturas no Rio Grande do Sul ainda devem ser calculadas nos próximos relatórios visto que, em virtude da obstrução nas estradas, não foi possível fazer o levantamento em todos os municípios atingidos.

    Uma das principais preocupações era o arroz gaúcho, mas o técnico não vê falta do produto nos próximos meses, considerando a entrada da nova safra no momento. O que está acontecendo, no entanto, é uma perda da qualidade do grão em áreas em que ainda não haviam sido colhidas. “A qualidade do arroz que não tinha sido colhido está pior, mas ainda não conseguimos estimar com precisão”, disse.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Ministério autoriza medidas excepcionais a programa de leite no RS para estimular retomada

    Entre objetivos, está a adequação de projetos para atender às demandas geradas pela calamidade pública no estado

    O Ministério da Agricultura e Pecuária autorizou no fim da tarde da terça-feira (11) medidas excepcionais para as pessoas jurídicas participantes do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) no Rio Grande do Sul, entre elas cooperativas, por meio da portaria nº 687/2024, publicada no Diário Oficial da União (DOU).
    Dentre os objetivos da decisão, está a adequação dos projetos submetidos ao programa para atender às diversas demandas geradas pela situação de calamidade pública no estado, possibilitando a flexibilização das regras no intuito de direcionar o uso dos recursos do programa para estimular o retorno das atividades da produção de leite, de acordo com nota oficial do governo.
    “A portaria abre a possibilidade e permite a aquisição de insumos, equipamentos, realização de obras civis e de infraestrutura, aquisição de vacas leiteiras, recuperação de pastagens, bem como outras aquisições e serviços, a fim de fomentar a reconstrução das propriedades rurais e possibilitar o retorno às atividades produtivas para os produtores afetados pela calamidade”, afirmou a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Renata Miranda, do Ministério.

    Além disso, segundo a portaria, os participantes poderão solicitar, de forma justificada, alterações do cronograma de execução, de metas, objetivos e atividades, a serem aprovados pela Pasta. Ainda conforme a publicação, os projetos que tenham unidade coordenadora em outras unidades federativas e execução no território gaúcho fazem jus ao estabelecido pela portaria, limitados ao âmbito dos benefícios de investimentos executados no RS.

    O texto esclarece, ainda, que as autorizações dispostas na portaria são excepcionais e válidas enquanto perdurar o reconhecimento do Estado de Calamidade Pública pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Empresas do agronegócio investem na agenda ESG, mostra pesquisa

    Empresas do agronegócio investem na agenda ESG, mostra pesquisa

    agronegócio brasileiro tem apostado mais na agenda ESG (ambiental, social e governança, em português). Pesquisa com empresas do setor mostra que 100% delas têm métricas ESG nos três pilares, o que denota compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social. No mesmo levantamento referente a 2022, apenas 50% delas voltam-se para os três tópicos – social (100%), seguido de governança (83%) e ambiental (50%).

    O estudo foi realizado pela HR Tech Mereo, plataforma integrada de gestão de pessoas presente em cerca de 40 países, responsável por atender a 10% das 500 maiores empresas do Brasil. A pesquisa analisou seis empresas do setor (com 50% têm atuação internacional e 83% de médio porte, de 201 até 1.000 colaboradores e uma delas listada na Bolsa).

    No pilar social, os dados indicam que as empresas estão cada vez mais concentradas em estratégias voltadas para colaboradores (100%) e clientes (100%). Por outro lado, nenhuma delas ainda mensura a interação com a sociedade, ou seja, não avalia a relação com a comunidade, que está relacionada a uma busca por minimizar impactos e maximizar benefícios sociais.

    No pilar de governança, 100% das empresas estão comprometidas com boas práticas de gestão. Além disso, 50% das empresas também estão focadas em sistemas de compliance, saúde fiscal e financeira. Na agricultura e na pecuária, envolve o uso ético da terra, práticas trabalhistas justas e fornecimento responsável. Em se tratando de ambiente, pilar focado em alcançar uma agricultura sustentável, os esforços se dão especialmente em carbono neutro (50%), gestão de resíduos (50%) e sustentabilidade (50%).

    “Empresas que adotarem modelos de negócios alinhados às melhores práticas de ESG tendem a se destacar no mercado e estabelecer as bases para seu crescimento e sua sustentabilidade”, afirmou em comunicado o cofundador da Mereo, Ivan Cruz.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Embrapa cria centro para reduzir emissões da pecuária gaúcha

    Iniciativa visa desenvolver tecnologias para diminuir emissões de metano, óxido nitroso e dióxido de carbono no setor pecuário do Rio Grande do Sul

    A Embrapa Pecuária Sul está coordenando um projeto de pesquisa para criar um centro de referência dedicado à avaliação de tecnologias capazes de mitigar os gases de efeito estufa na pecuária gaúcha.

    A pesquisadora Cristina Genro, líder do projeto, destaca a importância da iniciativa e como ela pode colaborar com os produtores do estado, especialmente após as recentes enchentes.

    De acordo com a pesquisadora, o centro de referência, que está sendo desenvolvido desde 2022, contará com equipamentos de alta precisão, permitindo respostas mais rápidas aos produtores em termos de tecnologias para a mitigação de emissões de metano, óxido nitroso e dióxido de carbono.

    “Nós vamos trabalhar com genética, alimentação, sistemas integrados, entre outras áreas”, afirma Cristina Genro.

    Um dos focos do estudo é avaliar ferramentas que possam ajudar na redução dos gases do efeito estufa. A dieta dos animais, por exemplo, tem alta relação com a emissão de metano. A pesquisadora da Embrapa avalia que é fundamental manter o nível nutricional do animal desde o nascimento – ou até mesmo desde a gestação – até o fim do ciclo de produção.

    “A alimentação é a tecnologia que tem mais impacto na mitigação das emissões, atendendo todas as demandas nutricionais e fornecendo alimento suficiente para a produção”, afirma.

    A criação desse centro de referência pela Embrapa é um passo significativo para a sustentabilidade da pecuária gaúcha, oferecendo soluções concretas para um problema global e melhorando a resiliência dos produtores diante das mudanças climáticas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Aumento no volume de bovinos confinados reflete fortalecimento da pecuária intensiva

    Confinamento alcança 7,379 milhões de cabeças e destaca a importância da tecnologia e gestão para aumentar a produtividade no setor

    O volume de bovinos confinados no Brasil para 2024 deve aumentar em 2,5%, totalizando cerca de 7,379 milhões de cabeças. Esse crescimento reflete a tendência contínua de expansão da pecuária intensiva, que vem ganhando força no país.

    Historicamente, a pecuária intensiva aumentou significativamente, com a porcentagem de bovinos confinados subindo de cerca de 12% em 2018 para entre 22% e 25% nos últimos anos, quase dobrando em menos de cinco anos.

    De acordo com o pesquisador Thiago Carvalho, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), mesmo com a recente queda nos preços da carne bovina devido ao aumento da produção e aos frigoríficos bem abastecidos, o confinamento continua a crescer.

    O confinamento, segundo ele, preenche lacunas no mercado e melhora a gestão de risco para os produtores, tornando-se uma estratégia crucial para a sustentabilidade e lucratividade da pecuária de corte.

    Carvalho lembra que o confinamento também traz ganhos significativos de produtividade, com os bovinos ganhando quase oito arrobas em 103 dias. Isso permite uma maior produção de carne por animal em menos tempo, desde que haja uma gestão adequada. Para alcançar esses resultados, os produtores devem investir em tecnologia.

    A adoção de tecnologias que abrangem genética, nutrição, saúde e treinamento de funcionários é essencial para a rentabilidade. Entre esses fatores, a dieta dos animais é crucial, podendo representar até 70% do custo total de produção em algumas regiões.

    Com o preço de insumos como o milho caindo desde abril/maio de 2023, o cenário para o confinamento em 2024 parece promissor, segundo o pesquisador do Cepea.

    Esses investimentos e um bom planejamento podem resultar em benefícios significativos, mesmo em um ano de transição e desafios de preço final. O setor se prepara para aproveitar essas oportunidades, reforçando a importância de tecnologias produtivas e gerenciais para otimizar os resultados.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Veja as condições da safra norte-americana de soja

    Dados do USDA divulgados nesta segunda-feira mostram que as lavouras dos Estados Unidos estão melhores do que as do ciclo anterior

    O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta segunda-feira relatório sobre a evolução de plantio das lavouras de soja.

    Até este domingo (9), a área semeada estava apontada em 87%. Na semana passada, eram 78%. Contudo, em igual período do ano passado, os trabalhos alcançavam 95%. A média é de 84%.

    A respeito das condições das lavouras norte-americanas, o órgão aponta que 72% estão entre boas e excelentes condições, 24% em situação regular e 4% em condições entre ruins e muito ruins.

    U.S. Drought Monitor (Monitor de Seca dos Estados Unidos) indicou recentemente uma redução na área afetada pela seca para 2% no país, comparado a 3% na semana passada. No entanto, no mesmo período de 2023, essa área era de 39%. Assim, há uma condição significativamente mais favorável nesta safra de soja daquele país.

    Esse cenário tem trazido conforto ao mercado e deve continuar impactando negativamente as cotações em Chicago.

    Nesta quarta-feira (12), haverá mais uma atualização dos números da oferta e demanda mundial de soja, feito mensalmente pelo USDA. O mercado espera a manutenção do otimismo em relação à safra norte-americana, que poderá trazer uma produção acima de 120 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Preço da arroba do boi tem perspectiva de melhora no curto prazo?

    Frigoríficos continuam trabalhando com escalas de abate confortáveis. Analista de Safras & Mercado responde se cotações continuarão pressionadas

    O mercado físico de boi gordo segue mantendo cotações pressionadas no Brasil. Segundo o analista de Safras & Mercado Allan Maia, os pecuaristas continuam negociando maiores volumes de gado, em meio à piora na qualidade das pastagens pela ausência de chuvas, permitindo aos frigoríficos trabalharem com escalas de abate bastante confortáveis.

    Ao menos no curto prazo não há uma perspectiva de mudanças desse cenário de pressão nas cotações, mesmo com os bons números registrados nas exportações de carne bovina.

    Mercado do boi no atacado

    Maia informa que o mercado atacadista apresentou preços inalterados ao longo da semana, mesmo com a perspectiva de melhora do escoamento de carne bovina na primeira quinzena do mês, por conta da entrada dos salários na economia.

    O quarto traseiro do boi se manteve em R$ 17 por quilo. O quarto dianteiro do boi permaneceu cotado em R$ 12,50 por quilo.

    Exportações de carne

    As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 954,892 milhões em maio (21 dias úteis), com média diária de US$ 45,471 milhões.

    A quantidade total exportada pelo país chegou a 211,976 mil toneladas, com média diária de 10,094 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.504,70.

    Em relação a maio de 2023, houve alta de 11,3% no valor médio diário da exportação, ganho de 25,9% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/