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10 de junho de 2024

  • Preço da arroba do boi tem perspectiva de melhora no curto prazo?

    Frigoríficos continuam trabalhando com escalas de abate confortáveis. Analista de Safras & Mercado responde se cotações continuarão pressionadas

    O mercado físico de boi gordo segue mantendo cotações pressionadas no Brasil. Segundo o analista de Safras & Mercado Allan Maia, os pecuaristas continuam negociando maiores volumes de gado, em meio à piora na qualidade das pastagens pela ausência de chuvas, permitindo aos frigoríficos trabalharem com escalas de abate bastante confortáveis.

    Ao menos no curto prazo não há uma perspectiva de mudanças desse cenário de pressão nas cotações, mesmo com os bons números registrados nas exportações de carne bovina.

    Mercado do boi no atacado

    Maia informa que o mercado atacadista apresentou preços inalterados ao longo da semana, mesmo com a perspectiva de melhora do escoamento de carne bovina na primeira quinzena do mês, por conta da entrada dos salários na economia.

    O quarto traseiro do boi se manteve em R$ 17 por quilo. O quarto dianteiro do boi permaneceu cotado em R$ 12,50 por quilo.

    Exportações de carne

    As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 954,892 milhões em maio (21 dias úteis), com média diária de US$ 45,471 milhões.

    A quantidade total exportada pelo país chegou a 211,976 mil toneladas, com média diária de 10,094 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.504,70.

    Em relação a maio de 2023, houve alta de 11,3% no valor médio diário da exportação, ganho de 25,9% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Mesmo com enchentes, RS terá a 2ª maior produção de soja do país, diz consultoria

    Safras & Mercado cortou a estimativa do estado, mas quedas em outros produtores ainda colocam os gaúchos na vice-liderança nacional

    As inundações que assolaram o Rio Grande do Sul levaram a consultoria Safras & Mercado a realizar um corte importante na produção do estado.

    Em relação a 12 de abril, data do último levantamento, a estimativa foi cortada em 2,8 milhões de toneladas, para 20 milhões de toneladas. Anteriormente, era projetado o patamar recorde de 22,799 milhões de toneladas.

    O destaque da atualização de junho é a importante redução da produtividade média e da
    produção esperada para o Rio Grande do Sul devido ao evento climático que atingiu a maior parte do estado entre o fim de abril e meados de maio, relata o analista e consultor de Safras, Luiz Fernando Gutierrez Roque.

    “Os grandes acumulados de chuvas trouxeram reduções produtivas relevantes para as lavouras que ainda não tinham sido colhidas, além de ocasionar perdas também em silos e
    armazéns que continham soja”, diz.

    Impacto na produção nacional

    A redução da produção gaúcha naturalmente impacta a produção nacional de forma importante, visto que o Rio Grande do Sul, mesmo com as perdas, terá a segunda maior safra estadual do país nesta temporada.

    Apesar disso, paralelamente aos cortes produtivos por lá, também foram feitos ajustes positivos em alguns importantes estados produtores, compensando parte do impacto
    negativo no número nacional.

    De acordo com Roque, tais ajustes abrangeram estados em todas as regiões do país, com destaque para o aumento da produção esperada para o Mato Grosso, maior produtor do país. “Isto resultou em recuperações das produtividades médias esperadas para alguns estados”, pondera o analista.

    Mercado da soja

    A safra brasileira 2023/24 é agora estimada em 149,705 milhões de toneladas, sendo a segunda maior da história do país. Em abril, eram esperadas 151,246 milhões de toneladas.

    Em relação ao mercado brasileiro, a quinta-feira (6) foi mais agitada, reflexo da disparada na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), quando notícias de regras mais rígidas sobre créditos fiscais no Brasil geraram esperanças de que as exportações dos Estados Unidos poderiam se beneficiar.

    Neste contexto, foram registrados grandes movimentos na comercialização, especialmente nos portos. Conforme a Safras Consultoria, compradores estão colocando ofertas firmes para o grão, incluindo pagamentos mais curtos, atraindo a atenção dos produtores.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/