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14 de junho de 2024

  • Soja: Conab reduz estimativa de produção brasileira e sinaliza aumento de área

    Nono levantamento de safra divulgado pela entidade nesta quinta mostra que apenas 5 estados brasileiros conseguiram aumento de produtividade

    O 9º Levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta quinta-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu a expectativa da safra 2023/24 brasileira de soja.

    Agora, a entidade estima que o país deve produzir 147.353,5 milhões de toneladas do grão. Contudo, a redução entre o documento anterior e o atual é relativamente pequena, de apenas 330 mil toneladas. Já em comparação à safra passada, indicada em 154.609,5 milhões de toneladas, é possível notar decréscimo de 4,7%.

    Por identificar novas áreas de produção em Mato Grosso, Goiás e Maranhão, a Companhia aumentou a projeção de área em 0,5% ante o levantamento anterior, sinalizando em 45,978 milhões de hectares.

    Em relação à produtividade média de soja do país, houve ajuste no reporte atual. São esperados 3.205 kg por hectare (53,4 sacas). Na temporada anterior, o rendimento brasileiro foi de 3.507 kg por hectare (58,4 sacas), ou seja, 8,6% inferior ao obtido no último ciclo.

    Impactos da soja no Rio Grande do Sul

    As reduções se devem, principalmente, à tragédia climática que se abateu sobre o Rio Grande do Sul. “Apesar de todos os problemas climáticos, o estado volta ao posto de segundo maior produtor de soja do Brasil, com expectativa de 20,1 milhões de toneladas da oleaginosa” diz o gerente substituto de Acompanhamento de Safras da Conab, Marco Antônio Chaves.

    Após os eventos que impactaram o estado sulista, a entidade reduziu em 1,694,6 milhão de toneladas a projeção de colheita de soja dos gaúchos. Já a Emater-RS projeta impacto significativamente maior, de 2,7 milhões de toneladas.

    Aliás, apenas cinco estados conseguiram aumento de produtividade em relação à safra passada:

    • Rio Grande do Sul: de 1.986 kg/ha para 2.985 kg/ha (50,3%)
    • Roraima: de 2.800 kg/ha para 3.000 kg/ha (7,1%)
    • Pará: de 3.063 kg/ha para 3.268 kg/ha (6,7%)
    • Amazonas: 2.880 kg/ha para 3.060 kg/ha (6,3%)
    • Rondônia: de 3.423 kg/ha para 3.547 kg/ha (3,6%)

    No 1º Levantamento da Conab sobre a safra 2023/24, a expectativa era de 162 milhões de toneladas de soja, considerando todo o potencial produtivo da intenção de área plantada. Com isso, entre a projeção atual (147.353,5), a redução no período é de 9%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • IBGE diz que RS será responsável por 69,3% da produção nacional de arroz em 2024

    Não deve haver falta do produto nos próximos meses, mas pode ter havido perda de qualidade do grão em áreas que não haviam sido colhidas, diz técnico do órgão

    O Rio Grande do Sul será responsável por 69,3% da produção de arroz nacional em 2024. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de abril, divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o relatório, a produção nacional do cereal em 2024 será de 10,5 milhões de toneladas, dos quais 7,3 milhões de toneladas produzidos em solo gaúcho (aumento de 2,6% no estado em relação a 2023).

    “As condições climáticas não favoreceram o cultivo, apresentando queda na produtividade por conta do excesso de chuvas nos primeiros meses de implantação da cultura, assim como um maior período de nebulosidade, comprometendo diretamente o desempenho da cultura a campo”, disse o IBGE em nota.

    Dessa forma, haverá declínio de 4,3% na produtividade, apesar de um aumento de 7,1% na área colhida. “Importa ressaltar que, em função dos recentes aumentos de preços do cereal, na safra 2024 houve aumento das áreas de plantio, o que não acontecia há alguns anos, em função de muitos rizicultores estarem alternando as áreas de várzea com o plantio de milho e de soja, culturas até então mais rentáveis”, destacou ainda o IBGE.

    As preocupações no momento são com as fortes chuvas que acometeram o estado no fim de abril. Em relação ao relatório anterior, a estimativa da produção está apresentando um declínio de 1,6%, com a área colhida e o rendimento médio tendo caído 0,9% e 0,7%, respectivamente.

    Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, mais perdas em culturas no Rio Grande do Sul ainda devem ser calculadas nos próximos relatórios visto que, em virtude da obstrução nas estradas, não foi possível fazer o levantamento em todos os municípios atingidos.

    Uma das principais preocupações era o arroz gaúcho, mas o técnico não vê falta do produto nos próximos meses, considerando a entrada da nova safra no momento. O que está acontecendo, no entanto, é uma perda da qualidade do grão em áreas em que ainda não haviam sido colhidas. “A qualidade do arroz que não tinha sido colhido está pior, mas ainda não conseguimos estimar com precisão”, disse.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/