Luziana de Avila Machado

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  • Soja: Mapa publica zoneamento agrícola para a safra 22/23

    Medida busca reduzir exposição da cultura à variação dos fatores climáticos limitantes, como chuva, temperatura do ar e fotoperíodo

    Para diminuir os problemas climáticos e o risco fitossanitário causado pela ferrugem asiática da soja, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicou nesta terça-feira (5), no Diário Oficial da União, as portarias números 247 a 265 que estabelecem o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja.

    A época de semeadura é um dos fatores que mais influenciam o rendimento da cultura da soja, ou seja, é ela quem determina a exposição da cultura à variação dos fatores climáticos limitantes, que são a chuva, temperatura do ar e o fotoperíodo. Assim, semeaduras em épocas inadequadas podem afetar o porte, ciclo e o rendimento das plantas e aumentar as perdas na colheita.

    Por isso, devem ser observadas as determinações relativas ao vazio sanitário e ao calendário de plantio.

    Com a publicação do Zarc da soja, a SPA/Mapa finaliza o cronograma de publicações de portarias das culturas de verão safra 2022/23. Dessa forma, os produtores rurais e agentes financeiros têm uma segurança maior para o fechamento de contratos de seguro e crédito rural para a safra.

    Modelo agrometeorológico

    O zoneamento permite ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.

    O modelo agrometeorológico considera elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento da produção agrícola como temperatura, chuvas, umidade relativa do ar, ocorrência de geadas, água disponível nos solos, demanda hídrica das culturas e elementos geográficos (altitude, latitude e longitude).

    Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e ainda poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas e para o plantio de cultivares indicadas nas portarias de zoneamento.

    O Zarc foi publicado pela primeira vez na safra de 1996. Hoje, contempla os 26 estados e o Distrito Federal, incluindo mais de 60 sistemas produtivos de cultivos agrícolas permanentes e anuais. Os estudos técnico-científicos são realizados por uma rede de pesquisa da Embrapa que conta com a participação de mais de 150 especialistas, em 32 centros de pesquisa da entidade.

    No decorrer do primeiro semestre de 2022, a Embrapa elaborou um novo estudo de Zoneamento para cultura da soja, baseado na Instrução Normativa SPA/MAPA n 1, de 21 de junho de 2022, que estabelece o método para classificação do solo em função da sua Água Disponível (AD). Os estudos foram validados em reuniões virtuais e contaram com a participação de especialistas representantes de diversas entidades do setor agropecuário.

    Classes de solo

    O novo conceito de classificação dos solos no Zarc altera a indicação de três classes de solos, método adotado até então inclusive para o estudo da soja recém-publicado para safra 2022/2023, para 6 classes de armazenamento hídrico. A primeira cultura que terá o Zarc divulgado no novo formato de solos será a soja para safra 2023/2024.

    A medida em que os estudos de Zarc são atualizados, a nova metodologia de classificação dos solos é aplicada. Dessa forma, portarias de Zarc publicadas no formato antigo continuam válidas até que a atualização ocorra e seja publicada uma nova portaria.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Herbicida pré-emergente permite a sojicultor reduzir uso de glifosato

    Uso de pré e pós-emergentes auxilia no combate a plantas daninhas. Pesquisador da Embrapa Soja explica como deve ser o manejo

    Os pré-emergentes são herbicidas usados antes ou logo após o plantio. A aplicação deve anteceder a emergência das ervas daninhas e o solo precisa oferecer umidade para absorção do produto.

    Nos 600 hectares de uma propriedade em Rio Verde (GO), foram utilizados pré-emergentes no cultivo da soja. O resultado foi observado com ervas daninhas controladas durante todo o ciclo.

    “Em muitas áreas nós tínhamos problemas sérios com trapoeraba, amargoso, principalmente, e um pouco de capim-custódio. A gente tem notado que depois que passamos a utilizar essa sequência de dois pré-emergentes, melhorou demais, porque você vai diminuindo o banco de sementes no solo”, comenta o produtor rural e proprietário da área, Fabiano Ferrari.

    Menos glifosato

    A ferramenta trouxe ainda economia no custo de produção. “Esse ano a gente usou bem menos glifosato do que em outros anos. Isso é uma coisa boa porque com essa disparada do preço do glifosato e a diminuição da oferta do produto no mercado, a gente viu que o pré-emergente fez sua parte também”, afirma.

    De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja, Dionísio Gazziero, para as lavouras que utilizam o plantio direto é preciso ter atenção redobrada com a palhada.

    “Quanto maior a palha, maior a dificuldade do produto chegar no solo. O ideal é que de 80% a 100% do produto possa passar por essa palhamesmo com chuva de 20 ou 30 milímetros”.

    Combinação de herbicidas

    A técnica auxilia no controle de plantas mais resistentes. O manejo deve ser feito combinando herbicidas pré e pós-emergentes. O pesquisador alerta ainda para os casos de solo arenoso.

    “Dependendo do solo arenoso, da quantidade de areia que tem nesse solo não é recomendado utilizar [os pré e pós-emergentes]. Tem que analisar o solo e ver se o produto se adequa àquela condição de solo. Outra questão é que a dose do produto no solo arenoso pode ser diferente de um solo argiloso, então, conhecer o solo é muito importante para você ajustar o produto à sua condição de solo”, finaliza.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Safra de soja recupera um pouco da quebra sofrida

    Resultado final ainda fica muito aquém do potencial

    Revisão de área no Mato Grosso, além de ajustes positivos no Rio Grande do Sul, Maranhão e Pará compensam parte das perdas, mas resultado final ainda fica muito aquém do potencial

    A StoneX elevou a sua estimativa de produção de soja 2021/22 de 124,4 para praticamente 127 milhões de toneladas em sua revisão de julho. O principal destaque foi a revisão da área do Mato Grosso, após a finalização da colheita, com a conversão de pastagens para agricultura, principalmente nas regiões norte e noroeste do estado. Com isso, a produção mato-grossense da oleaginosa subiu para 40,5 milhões de toneladas.

    De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (04.07) pela StoneX, no Rio Grande do Sul, as lavouras colhidas no final do ciclo resultaram em mais uma revisão positiva da produtividade, levando a produção para 11,1 milhões de toneladas. De qualquer forma, o estado ainda registrou uma quebra de 50%. Ajustes positivos no Maranhão e no Pará também contribuíram para a revisão, sem esquecer que a produção nacional ainda ficou muito aquém do potencial de mais de 140 milhões de toneladas.

    A revisão da produção brasileira de soja resultou em uma elevação dos estoques finais estimados para o ciclo 2021/22, que ficaram em 4,9 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Junção de fatores levam a aumento no preço do leite pago ao produtor

    O preço do leite pago ao produtor teve novo aumento no comparativo mensal

    No pagamento realizado em junho, que remunera a produção entregue em maio, o preço do leite pago ao produtor teve novo aumento no comparativo mensal. São quatro meses consecutivos de altas nos preços. A queda na captação em alguns estados, custos de produção pesando no bolso do produtor e alta concorrência pela matéria-prima entre as indústrias resultam no quadro visto atualmente.

    Considerando a média nacional ponderada dos dezoito estados pesquisados pela Scot Consultoria, a alta foi de 7,2% na comparação mensal. Na comparação anual a referência está 17,7% maior este ano.

    Veja na figura 1, a evolução do preço do leite ao produtor.

    Figura 1.
    Cotação média nacional ponderada do leite ao produtor – em R$/litro, sem o frete, valores nominais.

    Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

    Para o pagamento a ser realizado em julho/22, referente à produção entregue em junho/22, seguiremos com a tendência de alta nos preços do leite pago ao produtor, com 70% dos laticínios pesquisados apontando para a alta e 30% estimando estabilidade. A estação seca no Brasil Central segue prejudicando a qualidade das pastagens, além de locais que tiveram sua qualidade de silagem também prejudicada na safra de inverno. Além do mais, os custos altos dos insumos seguem desestimulando a oferta de concentrados aos animais.

    Em maio/22, o volume de leite captado (média nacional) caiu 0,5% em relação a abril, com os custos de produção aumentando, pastagens de baixa qualidade no Brasil Central e alguns locais relataram chuvas intensas dificultando captação. No comparativo com maio/21, o indicador está 4,4% maior.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Fertilizantes tem boas margens apesar dos custos

    É importante ressaltar que esta importação foi feita a um preço bastante elevado

    Muitas incertezas e preocupações tomaram conta do planejamento para a próxima safra de grãos, tais como disponibilidade de adubos, custo dos adubos e defensivos, segundo o novo relatório do Rabobank. “No caso dos fertilizantes, a maior preocupação do mercado era com relação à disponibilidade dos produtos dada a importância da Rússia no mercado mundial. Com o passar dos meses, os números de importação divulgados pelo Secex aumentaram a confiança de que a chance de escassez de produtos é cada vez menor”, comenta.

    “De janeiro a maio de 2022 o Brasil já importou cerca de 15,1 milhões de toneladas de fertilizantes, sendo este volume maior do que o observado no mesmo período do ano passado, quando havia chegado a cerca de 12,9 milhões de toneladas aos portos brasileiros. Os volumes de 2022 representam um aumento de 17% nas importações em relação à 2021”, completa.

    É importante ressaltar que esta importação foi feita a um preço bastante elevado, pois o mercado estava sob a influência dos conflitos nos preços dos adubos, algo que deve diminuir daqui para a frente. “Com isso em mente, a nossa análise indica que para a parcela dos fertilizantes compradas durante este primeiro semestre do ano, o produtor deve ter um aumento nos custos com fertilizantes para a safra de soja de 50 a 75% com relação aos custos da safra anterior”, indica.

    “Para os defensivos, a projeção indica uma elevação de cerca de 25% em relação aos custos da safra 2021/22, puxados principalmente pela alta nos custos dos herbicidas, que até o momento apresentam um aumento de mais de 40% em comparação a safra anterior”, conclui.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Programa Troca-Troca de Sementes irá atender 81% dos municípios gaúchos

    O Programa Troca-Troca de Sementes irá atender 40,8 mil agricultores

    O Programa Troca-Troca de Sementes, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), irá atender 40,8 mil agricultores por meio de 498 entidades em 402 municípios gaúchos. Serão entregues 135 mil sacas de sementes de milho e sorgo nas etapas de cultivo de safra e safrinha 2022/2023.

    Na safra, os pedidos foram de 53.863 sacas de milho híbrido convencional, 60.855 sacas de milho híbrido transgênico e 6.195 sacas de sorgo. O total de sementes foi de 120.913 sacas. Já os pedidos para a safrinha totalizaram 14.143 sacas de sementes, sendo 4.010 de milho híbrido convencional, 9.854 de milho híbrido transgênico e 279 sacas de sorgo.

    Os pedidos para a safra foram feitos entre os dias 30 de maio e 17 de junho e para a safrinha entre 20 e 24 de junho. A entrega das sementes da etapa safra está prevista para iniciar a partir de 20 de julho e da etapa safrinha a partir de 20 de novembro.

    O programa registrou, neste ano, uma ampliação na sua área de abrangência. Serão atendidos 402 municípios, sendo 11 municípios a mais do que na safra passada. Com isso, o programa chega a 81% dos municípios gaúchos. Mas mesmo atingindo mais municípios em 2022, o número de sacas totais solicitadas sofreu uma redução de 1% em relação ao último ano. “Embora o cenário seja favorável, com bons preços para a produção de grãos, é necessário considerar, por outro lado, os altos custos para a formação da lavoura, que equilibram essa balança”, afirma Jonas Wesz, coordenador do programa. A sequência de frustações de safra em função das fortes estiagens que assolaram o Estado e o aumento da área cultivada com trigo, também são fatores que podem ter contribuído para a estabilidade na demanda pelo programa, ressalta Wesz.

    Entre os destaques desta safra, está a ampliação em 50% no limite da quantidade de sementes por agricultor, que passou de quatro para seis sacas em cada uma das etapas. Dentre o público beneficiário de 40,8 mil produtores, 25% destes aproveitaram a novidade lançada neste ano e reservaram mais de quatro sacas de sementes para seus cultivos, sendo que 20,6% solicitaram o novo teto de seis sacas por etapa.

    O programa também registrou uma evolução no perfil das cultivares demandadas pelos agricultores, havendo um aumento de pedidos de sementes de alto potencial produtivo e com maior tecnologia agregada, dentre as 38 cultivares disponíveis. “Esse comportamento e´ reflexo do avanço de tecnologias na agricultura familiar gaúcha, da atuação na área da assistência técnica da Emater-RS/Ascar e da ação focada na qualificação do Programa Troca-Troca de Sementes, buscando a melhoria dos materiais técnicos, fornecimento de cultivares mais produtivas e a garantia de sementes certificadas com elevados padrões de germinação e pureza”, avalia o coordenador do Programa, Jonas Wesz.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Semeadura do trigo alcançou 60% da área

    Há um atraso na implantação da cultura em relação ao planejamento inicial dos produtores

    A estimativa de cultivo de trigo no Estado para a safra 2022 é de 1.413.763 hectares. A produtividade estimada é de 2.822 kg/ha. Houve predomínio de dias chuvosos e alta umidade, que prejudicaram a implantação da cultura. Os triticultores encontraram muita dificuldade em ampliar ou finalizar a implantação da cultura, sendo possível apenas em áreas de topografia mais altas, como coxilhas ou solos mais drenados. Com a presença de umidade, a germinação foi beneficiada, e a emergência dos solos é uniforme. Contudo, as plantas apresentam a primeira folha do embrião muito fina, de coloração amarelada e com o desenvolvimento lento devido à falta de luminosidade.

    Conforme os dados da Emater/RS, a semeadura alcançou 60% da área projetada, com pequeno avanço, concentrado apenas no dia 20/06, na metade Norte, e até 22/06, mais ao Sul do Estado. Há um atraso na implantação da cultura em relação ao planejamento inicial dos produtores, que causa apreensão em função do avanço na projeção da data da colheita, que, por sua vez, pode competir com a época de instalação das lavouras de verão. Na região administrativa da Emater /RS Ascar de Bagé, o plantio nos municípios da Campanha ainda está bastante atrasado, sendo que a estimativa é de apenas 3% em Hulha Negra, e 7% em Caçapava do Sul. Na Fronteira Oeste, os trabalhos estão mais adiantados, embora as chuvas recentes tenham provocado atrasos e a necessidade de replantio. Em Maçambará, o clima relativamente seco permitiu avanço expressivo, sendo que 62% da área prevista já foi semeada.

    Nas lavouras estabelecidas em maio e que se encontram na fase de perfilhamento, foram realizadas aplicações de herbicidas e de fertilizantes nitrogenados. Na de Caxias do Sul, houve a impossibilidade de semeadura, mas não há atraso em relação à implantação, pois cerca de 85% da área de cultivo projetada é localizada nos Campos de Cima da Serra, onde o período preferencial para a operação é o mês de julho. Na de Frederico Westphalen, a semeadura alcançou 65% e está aquém da desejada. O atraso altera o manejo de plantas daninhas em função do aumento do tempo entre a dessecação e a semeadura, permitindo a emergência de plantas invasoras, como azevém,  que encontra condições adequadas para seu desenvolvimento. Em alguns municípios da região, ocorreram danos causados por enxurradas em lavouras recém-semeadas.

    Nas regionais de Ijuí e Soledade, a semeadura praticamente não evoluiu, e, nas lavouras semeadas entre 18 a 20/06, as chuvas intensas causaram escorrimento superficial e erosão laminar e em sulcos. Nas semeaduras em declive, foram observados arrasto de sementes em pequenos espaços das lavouras. Na de Santa Rosa, houve um pequeno incremento nas lavouras semeadas, alcançando 73% implantadas. Geograficamente, os municípios localizados mais ao norte da região apresentam um percentual maior, e a região das Missões, onde está localizada a maior área de cultivo, o índice de semeadura é menor, salientando o atraso em relação à safra anterior.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • 46 novos defensivos agrícolas recebem registro

    Entre eles, sete são de ingredientes biológicos

    Foi publicado nesta sexta-feira (01.07) no Diário Oficial da União o registro de 46 produtos formulados, ou seja, defensivos agrícolas que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, sete são de ingredientes biológicos, sendo quatro aprovados para uso na agricultura orgânica.

    De acordo com os dados divulgados pelo Mapa, a novidade nos defensivos biológicos é o primeiro registro do parasitoide Catolaccus grandis para o controle do bicudo do algodoeiro, principal praga do algodão, que desde a década de 80 causa estragos nas plantações do Brasil. Registrado com base na Especificação de Referência (ER) nº 42, o parasitoide apresentou excelentes resultados de controle da praga no campo, após experimentos coordenados pelo pesquisador da Embrapa Algodão, Francisco de Sousa Ramalho. O produto recebe a denominação de produto fitossanitário com uso aprovado para a agricultura orgânica e poderá ser utilizado tanto em cultivos orgânicos quanto em convencionais.

    Outros produtos de baixo impacto são misturas de Pseudomonas fluorescens com Pseudomonas chlororaphis e uma Isaria fumosorosea. Para a agricultura orgânica, além do parasitoide, tem um isolado de Beauveria bassiana, um isolado de Metarhizium anisopliae e um Trichoderma asperellum.

    Em relação aos produtos químicos, a novidade ficou por conta dos produtos formulados à base do fungicida Pidiflumetofen. Foram registradas quatro marcas em mistura com difenoconazol e um produto com o ativo isolado. O fungicida é recomendado para soja, algodão, milho, café e uma série de culturas com suporte fitossanitário insuficiente.

    Também estão incluídos na publicação três fitormônios e um anti-brotante (1,4 Dimetilnaftaleno), aguardado pela indústria de processamento de batata.

    Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

    Os produtos considerados de baixo impacto possuem ingredientes ativos biológicos, microbiológicos, semioquímios, bioquímicos, extratos vegetais e reguladores de crescimento, podendo ser autorizados em vários casos na agricultura orgânica. Esses produtos são importantes para agricultura não apenas pelo impacto toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente (minor crops), pois esses produtos são registrados por pragas e não por cultura como acontece com os químicos.

    Os dados foram informados pelo Mapa.

    Para mais informações sobre produtos, clique aqui.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Soja: relatório analisa produção, exportação e pontos de atenção ao mercado

    Documento estima que as exportações alcancem 76 milhões de toneladas e também projeta outros números do complexo do grão

    A safra brasileira de soja alcançará 126 milhões de toneladas, uma redução de 12 milhões de toneladas se comparada a safra 2020/21. Essa constatação faz parte do relatório AgroInfo, do Rabobank, de junho.

    Segundo o documento, a elevação das cotações em Chicago desde o início de 2021 vem impactando negativamente as margens de esmagamento na China. Associado a este cenário, as perdas ocasionadas pelo La Niña na safra brasileira de soja reduzirão as exportações da soja em grão em 10 milhões de toneladas durante o ciclo 2021/22.

    No acumulado de janeiro a maio de 2022, os embarques de soja indicam uma redução de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. A estimativa é que os envios da oleaginosa para o exterior alcancem 76 milhões de toneladas.

    Esmagamento da soja

    O esmagamento de soja no Brasil deverá aumentar 1,5% e alcançar patamares recordes, de acordo com o relatório. A estimativa é que o volume esmagado atinja 48,8 milhões de toneladas. A guerra entre Rússia e Ucrânia reduziram a disponibilidade de óleo de girassol no mercado internacional, o que favoreceu os preços de outros óleos vegetais, entre eles o de soja.

    Além disso, o governo da Argentina anunciou no início de 2022 o aumento do imposto para as exportações do complexo da soja, o que vem favorecendo as exportações brasileiras de farelo e óleo de soja durante a temporada 2021/22.

    Nos Estados Unidos, impulsionado pela alta das principais commodities agrícolas e a consequente competição pela área plantada, espera-se uma retomada do aumento da área plantada de soja, sugerindo uma produção recorde em 2022/23 de cerca de 126 milhões de toneladas, 5% superior ao observado no ciclo anterior.

    Mesmo considerando uma redução das exportações, os estoques da soja no Brasil ao final de 2022 devem permanecer em níveis baixos, o que deve favorecer os preços da o grão. Para a safra brasileira 2022/23, o Rabobank estima um aumento de área de 4,5% impulsionado por preços e margens positivas.

    Pontos de atenção

    O relatório do Rabobank destaca dois pontos de atenção ao mercado:

    • Momentos de volatilidade devem ser monitorados especialmente no que diz respeito ao clima durante o desenvolvimento da safra nos EUA.
    • O risco relacionado ao abastecimento de insumos agrícolas para a safra de soja 2022/23 vem diminuindo para o início das atividades no campo, impulsionado pela elevação das importações brasileiras de fertilizantes.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Prazo de emissão da DAP é prorrogado

    A implementação do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), em substituição à Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), será gradativa e regionalizada

    O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quarta-feira (29) a Portaria nº 174, com alterações à Portaria nº 242/2021, que estabelece as condições e os procedimentos gerais para inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). De acordo com o ato normativo, a emissão de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) continuará sendo feita somente até o dia 31 de outubro de 2022. A data anterior estabelecida era 30 de junho de 2022.

    Com a mudança, a partir de novembro só será emitido o CAF, que passará a ser a principal ferramenta do agricultor familiar para o acesso a ações, programas e políticas públicas voltadas para a geração de renda e o fortalecimento da agricultura familiar.

    De acordo com o coordenador-geral do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar do Mapa, Gabriel Assmann, a implementação do CAF será gradativa e regionalizada, de forma a garantir que não ocorra a interrupção do acesso dos agricultores familiares às políticas públicas do governo federal.

    “Os beneficiários que possuem DAP válida podem ficar tranquilos, pois à medida que as DAPs vigentes perderem a validade, novas inscrições serão emitidas por meio do CAF. Não sendo necessário que o beneficiário se antecipe ao fim da vigência de sua DAP, explica.  Somente os agricultores que não têm a DAP ativa precisarão buscar, a partir de 1º de novembro deste ano, à Rede CAF. Depois disso, a inscrição no CAF terá caráter permanente e a validade do registro será renovada a cada dois anos.

    A nova ferramenta trará ainda mais transparência e segurança jurídica, pois permitirá o cruzamento de dados com outras bases do Governo Federal. Se ocorrer alguma inconsistência o sistema bloqueará na hora do cadastro, evitando assim possiblidade de fraude. Além disso, o CAF fará a identificação de todas as pessoas da unidade familiar – superando o limite atual de apenas 2 titulares na DAP –, inclusive os menores de idade. Outro destaque é que o CAF passa a ser mais inclusivo, pois permitirá cadastrar beneficiários com renda superior a R$ 500 mil.

    A Secretaria de Agricultura Familiar (SAF/Mapa) está realizando uma série de reuniões técnicas nos estados para explicar aos secretários de Agricultura Municipais e aos agentes cadastradores do CAF sobre a implantação do Cadastro. Nos próximos meses, os agentes cadastradores do CAF continuarão sendo capacitados e receberão certificados para operacionalizar o novo sistema e emitir o Registro de Inscrição no CAF (Ricaf).

    Rede CAF

    Entidades de todo o Brasil que realizam a emissão da DAP precisarão solicitar autorização junto ao Mapa por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF) para passar a emitira a DAP. O processo ocorrerá de forma totalmente online no Portal de Serviços da plataforma do Governo Federal.

    Para solicitar a autorização de ingresso na Rede CAF, o primeiro passo é se cadastrar na plataforma Gov.br. Clique aqui para acessar o passo a passo de como realizar o cadastro de um CPF e aqui para obter orientações sobre como cadastrar um CNPJ. Em seguida, é preciso entrar na página de solicitação de autorização para ingresso na Rede CAF, dentro do Portal de Serviços da plataforma do Governo Federal, acessando o link https://www.gov.br/pt-br/servicos/solicitar-autorizacao-para-ingresso-na-rede-caf, e clicar no botão “Iniciar”.

    No primeiro formulário, que abrirá automaticamente, é necessário confirmar os dados apresentados no cabeçalho e selecionar o tipo de entidade que o solicitante representa. No caso de entidade pública, será preciso informar também se é central ou regional. Para prosseguir, basta clicar no botão “Preencher dados da entidade”. Na etapa seguinte, o solicitante deve informar os dados do representante legal da entidade, requeridos no segundo formulário, e clicar no botão “Preencher dados do responsável técnico”. Na sequência, aparecerá um novo formulário, que também deve ser preenchido com dados do técnico responsável pelas operações da entidade. Ao concluir, é necessário clicar em “Preencher documentação” e seguir para a última etapa, na qual será anexada toda a documentação solicitada.

    Após o envio da documentação, o requerimento será analisado pela Coordenação de Cadastro do Agricultor Familiar do Mapa e deferido ou não. A entidade autorizada poderá compor a Divisão de Rede Emissora de CAF e passará a emitir o referido documento aos agricultores familiares, empreendimentos familiares e formas associativas da agricultura familiar.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/