Notícias

  • PRODUTO INÉDITO É REGISTRADO NO BRASIL PARA O CONTROLE DE LAGARTAS

    O Ato n° 18 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta terça-feira (19), no Diário Oficial da União, traz o registro de 28 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores.

    Desses, dois são de ingredientes ativos inéditos, sendo um deles considerado de baixo impacto.

    Entre os produtos químicos registrados, pela primeira vez um produto formulado à base do ingrediente ativo Bistriflurom será ofertado aos agricultores. Trata-se de um inseticida fisiológico para o controle de lagartas importantes, com indicação de uso nas culturas do algodão, citros, milho e soja.

    Segundo a classificação da Anvisa, este é um produto Classe V, ou seja, improvável de causar dano agudo.

    Para o controle da ferrugem-asiática e da mancha-alvo na soja, novamente será ofertado um fungicida à base de Impirfluxam, o terceiro registrado em 2022.

    A novidade dos biológicos fica por conta do primeiro registro da vespinha Trichospilus diatraeae com uso aprovado para a agricultura orgânica. As larvas dessa vespinha parasitam as pupas das lagartas, sendo nesse registro específico, indicada para controle da lagarta dos eucaliptos e da broca da cana-de-açúcar.

    Além disso, outros quatro produtos foram registrados com uso aprovado para a agricultura orgânica. Uma vespinha, Palmistichus elaeisis, um isolado de Beauveria bassiana, um Metarhizium anisopliae e um outro com o óleo de neem.

    Outros três produtos de baixo impacto divulgados no Ato são hormônios vegetais, que embora não tenham efeito tóxico para pragas são registrados com base na mesma Lei dos Agrotóxicos.

    Os produtos de baixo impacto são importantes para a agricultura não apenas pelos aspectos toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente, uma vez que esses produtos são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados em qualquer cultura.

    Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

    Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • COLHEITA GAÚCHA DE SOJA ATINGE 74% DA ÁREA, DIZ EMATER-RS; CHUVAS DANIFICAM LAVOURAS

    SÃO PAULO (Reuters) – A colheita de soja alcançou 74% das áreas gaúchas de 2021/22, avanço de seis pontos percentuais em uma semana limitado pelo excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, que chegou a danificar lavouras da oleaginosa, disse nesta quinta-feira a Emater-RS.

    Os trabalhos estão atrasados ante os 90% vistos em igual período do ciclo anterior e também abaixo dos 94% registrados na média histórica para este ano, segundo a empresa de assistência técnica e extensão rural.

    “A ocorrência de chuvas frequentes e em alto volume, na maior parte do Estado, impossibilitou a colheita em parte das lavouras ou ocasionou a sua realização em condições fora da normalidade em pequenos momentos ensolarados”, afirmou a empresa ligada ao governo estadual em relatório.

    Apenas no extremo norte do Estado, onde ocorreram menores precipitações, a operação de colheita prosseguiu em ritmo adequado.

    A Emater disse que em alguns municípios a chuva superou 300 milímetros na semana e, nas localidades onde os volumes foram intensos houve danos às lavouras.

    “Os danos foram concentrados nas áreas de várzeas e em áreas próximas de cursos d´água na metade sul do Estado, onde houve forte acamamento de plantas e o alagamento por período prolongado.”

    Por outro lado, não houve relatos de perdas por apodrecimento ou germinação dos grãos, por se tratar da primeira sequência de chuva expressiva sobre as lavouras após a fase de maturação da soja.

    “Contudo, há grande preocupação com a ocorrência de novas precipitações, que podem acarretar perdas por avarias nos grãos em lavouras maduras expostas a essa condição de tempo”, alertou.

    Para o milho, a colheita avançou somente um ponto percentual na semana, a 85% das áreas, também prejudicada pelo excesso de chuvas. Os trabalhos estão à frente dos 83% vistos um ano antes, e da média histórica de 81%.

    “A recorrência de chuvas beneficiou as lavouras semeadas tardiamente ou em safrinha… Parte das lavouras, madura ou em maturação, apresentou aumento da incidência de doenças da espiga, provocadas por fungos causadores de grãos ardidos”, comentou a Emater.

    Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/

  • IMPORTAÇÃO DE SOJA DA CHINA AUMENTA EM ABRIL APÓS ATRASOS NA CHEGADA DE CARGAS

    PEQUIM (Reuters) – As importações de soja da China subiram em abril em relação a um mês atrás, ajudadas pela chegada de cargas atrasadas por causa do mau tempo e de colheitas lentas na América do Sul, mostraram dados alfandegários nesta segunda-feira.

    O maior importador de soja do mundo trouxe 8,08 milhões de toneladas da oleaginosa em abril, um aumento de 27% em relação aos 6,35 milhões de março, segundo dados da Administração Geral de Alfândegas.

    Os números também subiram ante as 7,45 milhões de toneladas registradas em abril do ano anterior.

    “Os carregamentos atrasados ​​de soja brasileira chegaram gradualmente e as importações de soja da China em maio devem continuar subindo e atingir cerca de 9,4 milhões de toneladas”, disse Zou Honglin, analista da seção agrícola da Mysteel, uma consultoria com sede na China.

    Nos primeiros quatro meses do ano, a China importou 28,36 milhões de toneladas de soja, queda de 0,8% ante 28,59 milhões no ano anterior, segundo os dados.

    O mau tempo no Brasil atrasou a colheita e as exportações do principal fornecedor de soja da China, levando a menores chegadas nos primeiros meses do ano.

    Os preços do farelo de soja na China subiram para recordes à medida que os suprimentos diminuíram, mas caíram à medida que mais cargas chegaram.

    A China deve precisar de 7 milhões a 8 milhões de toneladas de soja por mês até agosto, disseram traders.

    Embora a demanda em maio tenha sido coberta em sua maioria, os trituradores chineses demoraram a comprar soja para embarques de junho a agosto, já que as margens de esmagamento baixas reduziram o apetite, informou a Reuters em abril.

    Desde então, importadores registraram mais cargas de soja brasileira para embarque nos próximos meses, disseram traders.

    Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/

  • TEMPO MAIS SECO PREOCUPA PRODUTOR DE MILHO NA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL

    SÃO PAULO (Reuters) – O clima seco previsto nesta segunda quinzena de abril para a região central do Brasil, onde estão alguns dos principais Estados produtores de milho do país, pode limitar o potencial produtivo de uma safra estimada em recorde em 2021/22, enquanto ao Sul a condição agora é mais favorável, segundo especialistas.

    Após uma quebra da primeira safra pela falta de chuva, o foco se voltou para a colheita de inverno, que pelas estimativas atuais da estatal Conab responderia por 88,5 milhões de toneladas, ou mais de 75% da produção total do Brasil.

    Mas o tempo seco previsto para parte de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, até pelo menos o início de maio, pode reduzir o potencial produtivo nessas regiões.

    “Estamos olhando com bastante cautela e preocupação, a região sudeste de Mato Grosso, importante região produtora de milho, pode acabar sendo impactada, se isso (a previsão climática) acabar se confirmando”, disse o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer, à Reuters.

    Da segunda safra do país de 88,5 milhões de tonelada, o Mato Grosso deve responder por cerca de 40 milhões de toneladas, sendo também grande exportador.

    “Até o momento, a safra vem desenvolvendo bem… com exceção de algumas regiões relatando redução de volumes de chuvas”, acrescentou ele.

    O Brasil conta com uma grande safra para voltar a ser o segundo exportador global de milho e também para atender a indústria de carne, que fica com a maior parte da oferta.

    Caso as previsões se confirmem, acrescentou Gauer, o tempo mais seco pegaria uma “grande faixa” da região produtora, de Diamantino (MT) para baixo.

    De outro lado, se o Estado conseguir atravessar as próximas duas semanas sem grandes problemas, “estaria com toda a safra salva praticamente”.

    “Está com uma fatia grande em aberto, tem 35% a 40% da safra em período de florescimento, ainda precisaria de água. Mas é bem difícil afirmar (fazer previsões), pois normalmente o solo do Mato Grosso retém bastante água”, disse ele, lembrando que umidade acumulada poderia atenuar a falta de chuva.

    Ele lembrou que a produção seria recorde principalmente pelo crescimento de área, que aumentou quase 8%, segundo o Imea, impulsionada por bons preços do cereal. Já a colheita deve começar entre o final da primeira quinzena de maio e início da segunda.

    Segundo avaliação da Rural Clima, partes de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de Goiás, Minas Gerias e o interior de São Paulo não terão chuvas até o final do mês.

    “Há previsões de não ter chuvas gerais na região central do Brasil até o final do mês”, disse o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, nesta terça-feira.

    Dados meteorológicos do terminal Eikon, da Refinitiv, confirmam o cenário (https://amers1.apps.cp.thomsonreuters.com/cms/?pageid=awd-br-forecast-analysis-maps-gfsop-degc&hour=6&date=20220419).

    Segundo Santos, uma frente fria deverá trazer chuvas para a região Sul a partir de quinta-feira, mas as precipitações não avançarão para o norte.

    Essa previsão, contudo, é benéfica para o Paraná, o segundo Estado produtor de milho, que tem uma safra estimada em um recorde de cerca de 16 milhões de toneladas, conforme apontou o Departamento de Economia Rural (Deral).

    Nesta terça-feira, o órgão do governo manteve avaliação de que 97% da segunda safra de milho do Paraná está em boas condições.

    “A segunda safra 21/22 realmente tem potencial, no momento, para ser recorde. O clima foi favorável em praticamente todo o ciclo já passado da cultura”, afirmou o especialista do Deral Edmar Gervásio.

    Segundo ele, uma maior parte da safra está entrando em frutificação, que normalmente demanda mais água. Mas, como o solo já está com bastante umidade, “mesmo chovendo abaixo da média nos próximos 30 dias, ainda devemos ter uma ótima safra”, declarou.

    O especialista ainda disse que se as chuvas forem “consistentes” no início de maio, o Paraná deve garantir uma “supersafra”.

    Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/

  • DRONES PODEM MELHORAR PULVERIZAÇÃO NA SOJA

    Cientistas da Embrapa Soja (PR) comprovaram o bom desempenho de drones agrícolas como veículos de pulverização no controle de duas importantes pragas da cultura da soja no Brasil: o percevejo-marrom e a lagarta-falsa-medideira Rachiplusia nu. Os equipamentos foram testados na safra 2020/2021 em comparação a outros métodos, como tratores e borrifadores costais, para aplicação de produtos químicos e biológicos. Iniciados em 2020, os testes e a avaliação de parâmetros técnicos para uso de drones estão sendo conduzidos agora visando o controle da ferrugem asiática. Os trabalhos são coordenados pelos pesquisadores Samuel Roggia, Rafael Soares e Fernando Adegas.

    No caso do percevejo, a pesquisa mostrou que o uso de drones é capaz de atingir a praga em partes das plantas de soja que, normalmente, não são alcançadas pelos métodos tradicionais de pulverização, como o interior do dossel (estrutura aérea da planta) “A combinação do espectro de gotas do pulverizador – ponta, pressão de trabalho e concentração de produtos na calda – e do efeito do movimento das hélices do drone (downwash) proporcionou maior penetração de inseticida no interior do dossel da soja, aumentando a eficiência de controle”, destaca Roggia.

    Os ensaios indicaram que a pulverização com drone proporcionou melhor depósito do inseticida no estrato inferior das plantas de soja. Já nos estratos superior e médio da soja e depósito foi equivalente aos demais tratamentos avaliados.

    O estudo utilizou a mesma dose dos inseticidas por hectare em todos os tipos de pulverização e mostrou maior depósito de calda nas pulverizações tratorizadas (36 e 80 litros/ha) e costais (200 litros/ha) do que por drone (dez litros/ha). Roggia explica que para estimar o depósito de inseticida nas diferentes alturas da planta de soja foi realizado um cálculo considerando as diferentes concentrações de inseticida na calda. “Mesmo que a pulverização com drone proporcione menor depósito de produto na planta, quando comparada à aplicação tratorizada e costal, a calda é mais concentrada, resultando na mesma quantidade de inseticida aplicada por hectare”, detalha o pesquisador.

    Drone mostra eficiência no controle biológico de lagarta

    Roggia estudou também as diferentes aplicações do inseticida biológico baculovirus no controle da lagarta-falsa-medideira Rachiplusia nu, que não vem sendo controlada eficientemente pela soja Bt (modificada geneticamente com genes da bactéria Bacillus thuringiensis), devido à resistência do inseto. De acordo com o pesquisador, a aplicação de baculovirus exige condições ambientais específicas e estágio de desenvolvimento adequado das lagartas. “Nesse contexto, a pulverização com drone representa uma vantagem operacional importante, porque permite realizar aplicações em situações em que há restrição para a sua realização com trator, por exemplo, logo após uma chuva, como solo muito úmido”, ressalta.

    Roggia diz que no estudo foi realizada aplicação com volume de calda de cindo e dez L/ha com drone e em ambos a eficiência foi maior do que a aplicação costal, realizada com volume de calda de 75 L/ha. O estudo utilizou 50g/ha do produto VIRControl C.i., produzido pela empresa Simbiose, a partir de uma cepa licenciada pela Embrapa.

    Pulverização comparativa para controle da ferrugem da soja

    Com o objetivo de avaliar a pulverização de fungicidas no controle da ferrugem-asiática, o pesquisador Rafael Soares comparou também os diferentes métodos de aplicação: drone, tratorizado de arrasto e costal pressurizado por CO2. No estudo foram realizadas duas pulverizações, com base no monitoramento do clima, ocorrência da doença na região e estágio de desenvolvimento da cultura (R2 e R5.1). “As avaliações de severidade da ferrugem-asiática mostraram não haver diferença significativa entre os tratamentos com pulverização. No entanto, os períodos de déficit de chuvas durante boa parte da safra na região não favoreceram a ocorrência severa da ferrugem-asiática, que incidiu sobre o ensaio e atingiu severidade de 26% nas parcelas sem aplicação de fungicida. Por isso, os ensaios estão sendo repetidos na safra 2021/2022”, explica Soares.

    Benefícios da pulverização com drones

    Para os pesquisadores, o drone é uma ferramenta promissora de pulverização e pode trazer benefícios imediatos, como tirar o aplicador de dentro da lavoura no momento da aplicação, principalmente o que usa o pulverizador costal; não causar amassamento da cultura; não depender das condições do solo para entrar na lavoura; utilizar menos água; não utilizar combustíveis fósseis; rapidez de aplicação em pequenas áreas; complementar a pulverização tratorizada e com o avião em áreas acidentadas, com obstáculos e em aplicação localizada, de acordo com mapas de aplicação, no contexto de agricultura de precisão.

    Embora a pulverização com drone venha se tornando usual, ainda necessita de informações técnicas e agronômicas para melhorar sua eficiência. “O objetivo é obter melhorias em gargalos como a autonomia das baterias, o custo dos equipamentos e da operação de pulverização”, conclui Soares.

    Melhoria na tecnologia de aplicação de produtos

    A evolução tecnológica, em especial a agricultura de precisão, vem proporcionando a adoção de novas ferramentas para o processo de pulverização, visando maior eficácia e rapidez, com menor custo e mitigação de riscos de contaminação ambiental e humana.  Os pesquisadores reforçam que a pulverização de produtos fitossanitários é uma ferramenta importante para o manejo de plantas daninhas, doenças e insetos que atacam a parte aérea da soja.

    No caso das doenças, a pesquisa foi focada na ferrugem-asiática, maior problema fitossanitário da cultura. Em se tratando de pragas, os ensaios foram direcionados ao controle do percevejo-marrom, principal inseto-praga da soja e à lagarta-falsa-medideira Rachiplusia nu, que apesar de esporádica, é uma importante desfolhadora. “O percevejo apresenta elevado potencial de dano, por atacar diretamente as estruturas reprodutivas, podendo ocasionar abortamento ou má formação de vagens e grãos, redução da massa e qualidade de grãos e sementes colhidas, além de retenção foliar e perdas durante o armazenamento da produção”, explica Roggia.

    Os pesquisadores explicam que a eficiência da tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários é definida pelo emprego de conhecimentos científicos e técnicos que proporcionam a correta colocação do produto biologicamente ativo no alvo de interesse. “Esse processo deve envolver, preferivelmente, somente as quantidades necessárias de produto, de forma econômica e apresentar o mínimo de deriva para evitar atingir outras áreas localizadas na vizinhança do alvo planejado”, diz Soares. Nesse sentido, foram avaliados diferentes aspectos da tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários que podem impactar o processo de pulverização, como diferentes vazões, pontas de pulverização, deposição e distribuição de gotas.

    Regulamentação do uso de aeronaves

    A partir de 2017, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) regulamentou o uso de aeronaves remotamente pilotadas (popularmente conhecidas como drones ou vants) no Brasil. O Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial (RBAC) nº 94/2017 apresenta as normas que visam tornar as operações com esses tipos de equipamentos mais viáveis e seguras. Esse regulamento complementou as normas relacionadas às operações de drones, já estabelecidas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

    De forma complementar, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Portaria nº 298, de 22 de setembro de 2021, que estabelece regras para operação de aeronaves remotamente pilotadas destinadas à aplicação de agrotóxicos e afins, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes. “Com isso, a partir de outubro de 2021, vem-se exigindo que os operadores de empresas de aplicação ou o produtor rural usuário tenham registro na plataforma do Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro) para o trato de lavouras com os drones agrícolas. Além disso, para o trabalho em campo, exige-se que o aplicador seja maior de 18 anos e tenha curso de aplicação aeroagrícola remota (CAAR), ministrado por entidade ou empresa de ensino autorizada pelo Mapa”, afirma Soares.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • EXPORTAÇÃO DE SOJA DO BRASIL SEGUE EM QUEDA ATÉ 3ª SEMANA DE ABRIL

    SÃO PAULO (Reuters) – A média diária de exportações de soja do Brasil atingiu 532,5 mil toneladas até a terceira semana de abril, uma queda ante os 805,7 mil embarcados ao dia no mesmo mês completo de 2021, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira.

    Na semana anterior, o ritmo de embarques já sinalizava redução para este mês, com média diária de 530,4 mil toneladas para o grão, após exportações mais aquecidas no primeiro trimestre.

    Já o milho registrou 23,8 mil toneladas embarcadas ao dia até a terceira semana de abril, ante média diária de 18,1 mil na semana anterior. Um ano antes, a média para o mês foi de 6,5 mil toneladas ao dia.

    Também na ponta positiva, o país embarcou 407,6 mil toneladas de petróleo ao dia, contra 323,6 mil no mesmo mês completo de 2021, mostraram os dados, em momento de forte elevação nos preços internacionais da commodity.

    Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/

  • 5 DICAS PARA REDUZIR A RESISTÊNCIA DE PARASITAS NO GADO

    O médico veterinário Daniel Rodrigues, gerente técnico da Área de Ruminantes da MSD Saúde Animal, apresentou cinco dicas essenciais no programa Giro do Boi desta terça-feira, 5/4, para o pecuarista reduzir os problemas com resistência de parasitas no gado.

    A sobrevivência de parasitas como carrapatos, moscas e vermes intestinais em tratamentos sanitários é um problema antigo na pecuária brasileira e causa prejuízos enormes às fazendas, levando à morte os animais, nos casos mais extremos.

    “O que é a resistência? É a capacidade do carrapato, da verminose ou das moscas de sobreviver após a ação constante dos medicamentos. A natureza vai encontrar uma forma de deixar seus descendentes, então, com o passar do tempo, se nós utilizarmos os produtos no momento errado ou da forma errada, a gente acaba selecionando carrapatos, moscas, ou vermes que não irão morrer após a aplicação”, explica Rodrigues.

    Essa leva de parasitas sobreviventes vão gerar filhos mais resistentes aos medicamentos, por isso é importante seguir os seguintes passos:

    1- Utilizar a dose correta do produto conforme o peso dos animais;
    2- Monitorar o aspecto e a quantidade de parasitos nos animais;
    3- Não deixar altos níveis de infestação no gado;
    4- Monitorar a eficiência dos produtos aplicados;
    5- Mudar a base química do tratamento caso seja identificada a ineficiência no medicamento.

    Base química

    Entre as formulações, existem a classificação de produtos como piretróides, organofosforados e fipronil, segundo Rodrigues. Quando é necessária a rotação de produtos, é importante que o pecuarista rotacione produtos com moléculas distintas.

    “Tem muitos produtos que mudam apenas de nome, mas as formulações são muito similares. O ideal é fazer rotação de moléculas, por isso o pecuarista tem de mudar os componentes químicos dos medicamentos”, alerta.

    Resistência ou uso errado?

    Para o especialista em sanidade da MSD, há diferença entre a resistência e o uso errado dos medicamentos.

    “Existem parasitas que não estão morrendo com o medicamento, mas temos muitos casos que o pecuarista utilizou de forma errada o produto e, por isso, que o parasito não morreu”, explica.

    A subdosagem é um dos problemas mais comuns, quando é aplicada uma dosagem inferior à recomendada na bula do medicamento.

    Alta infestação

    Outro problema que pode prejudicar a avaliação se o rebanho está ou não sofrendo de resistência de parasitas é a alta infestação nos animais.

    “Quando se tem muito carrapato e faz um tratamento, a eficiência do produto é menor. Não é porque o parasita é resistente, é por causa da quantidade dele no animal”, explica Rodrigues.

    Para assegurar que a infestação seja controlada, o especialista aconselha sempre o acompanhamento de um veterinário para manter a sanidade do rebanho e a fazenda bem longe de prejuízos sanitários.

    Fonte: https://www.canalrural.com.b

  • ESTIAGEM CHEGOU MAIS CEDO, TEMPO SECO JÁ IMPACTA AS LAVOURAS

    O padrão das chuvas registrado nos últimos 15 dias, indicam um comportamento muito característico do mês de abril. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) atua de forma significativa na faixa norte do território nacional e as frente frias provocam as chuvas na Região Sul. Entretanto, os volumes registrados superam as marcas históricas nessas duas regiões citadas, ao mesmo tempo que a parcela central do país registra o início antecipado da estação seca.

    Este padrão é notado nas anomalias de precipitação – diferença entre o registrado e a média histórica – e fica visível esta condição mais seca na parcela central do Brasil. Alguns pontos, como em Montes Claros, nem sequer registraram chuvas nos últimos 15 dias. E há localidades ao norte de MG que somam mais de 50 dias sem o registro de precipitação.

    O tempo mais seco também contribui com o maior aquecimento provocado pelo sol, devido à ausência ou poucas nuvens na região. E esta combinação eleva a perda de umidade do solo e das plantas por evapotranspiração, agravando a situação hídrica da região.  Desta forma, pela projeção realizada pela Conab em termos das condições hídricas e de temperaturas para as lavouras, temos os indicativos de restrições em uma grande área que ainda está em à pleno com as lavouras de milho 2ª safra.

    Essas áreas vão desde o noroeste de São Paulo, todas as regiões que ainda estão com milho no campo em Minas Gerais, leste Goiano e oeste da Bahia. E as perspectivas de chuvas para estes próximos dias não mudam de forma significativa a quantidade de umidade no solo.

    Apesar dos indícios de restrições hídricas para o milho na parcela central do país, as chuvas excessivas vêm sendo um empecilho para os produtores da região sul. Particularmente no noroeste do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná.

    Em especial o Rio Grande do Sul, enfrenta maiores problemas, visto que o estado colheu apenas 34% do total de soja plantada. E essas chuvas mais frequentes e intensas nos últimos dias, vem atrasando ainda mais o avanço em algumas regiões.

    O que diz a Conab:

    Soja: Em MT, as áreas cultivadas estão praticamente todas colhidas, restando apenas alguns talhões com variedades de ciclo tardio. Em MS, a colheita foi concluída. No RS, o excesso de chuvas dificulta a colheita. A maturação das lavouras segue com grande desuniformidade, exigindo a dessecação das áreas. No PR, 88% das áreas estão colhidas. Em MG, restam apenas algumas lavouras a serem colhidas. No Oeste de SC, as chuvas contínuas atrasam a colheita. No Extremo Oeste da BA, a colheita acelera, com boas produtividades sendo alcançadas. No MA, a colheita finalizando em alguns municípios, com bons rendimentos registrados. No PI, a implantação da cultura dentro da janela ideal e as boas condições climáticas têm contribuído com as boas produtividades. No TO, a colheita avançou para 99% da área.

    Milho 2ª Safra: Em MT, a maioria das áreas está em fase reprodutiva e apresentando bom desenvolvimento. Em MS, 24% das áreas encontram-se em florescimento sob condições favoráveis. Em GO, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, apesar da falta de chuvas e da baixa umidade do solo no Centro e Leste do estado. No PR, a semeadura alcança 99% da área prevista e as lavouras estão em boas condições. Em MG, 10% das áreas avançam para a fase de floração. O clima seco preocupa os produtores e há municípios que estão há 40 dias sem precipitações significativas. No MA, TO e PI, os bons volumes de precipitações ocorridas favorecem o desenvolvimento das lavouras.

    Algodão: Em MT, as lavouras de 1ª safra estão avançando na fase de maturação, e as de 2ª encaminhando-se para o final da fase de formação de maçãs. As condições climáticas são favoráveis à cultura. Na BA, as lavouras estão, em sua maioria, na fase de formação de maçãs. Na região Extremo-Oeste, as lavouras estão em boas condições, mas a falta de chuvas preocupa os produtores. No Centro-Sul, a falta de chuvas prejudica o desenvolvimento da cultura. Em MS, boa condição climática e as lavouras estão em fase inicial de maturação nas regiões Leste e Sudoeste, enquanto na Centro-Norte predominam lavouras em formação de maçãs. Em GO, apesar das baixas precipitações, as lavouras se mantêm com bom desenvolvimento e iniciam a maturação.

    Arroz: No RS, 64% está colhido com demais áreas em maturação. As chuvas têm dificultado a colheita, mas contribuído com a recuperação dos níveis dos reservatórios e a regularidade da irrigação, possibilitando a produção em áreas que haviam sido abandonadas. A ocorrência de granizo ocasionou a debulha de grãos e o acamamento de lavouras. Em SC, as lavouras encontram-se 3% em maturação e 97% colhidos. A diminuição do volume de chuvas favoreceu a retomada da colheita. Em GO, 99% da área foi colhida. No MA foi iniciada a colheita em São Mateus do Maranhão e na Baixada Maranhense, ainda de forma lenta devido ao excesso de chuvas nestas áreas produtoras.

    Feijão: No PR, a retomada das chuvas a partir de março foi muito benéfica para a implantação e o desenvolvimento das lavouras de feijão. Atualmente, as fases predominantes da cultura são floração e enchimento de grãos. As condições estão boas. Na BA, o cultivo é concentrado no Extremo-Oeste e as lavouras de feijão-caupi estão totalmente implantadas e seguem com bom desenvolvimento. Em GO, houve uma diminuição expressiva na área destinada ao feijão de 2ª safra. Muitos produtores optaram por semear na 1ª ou na 3ª safra para evitar a pressão de seleção de pragas e doenças, além da concorrência com outras culturas. Em MG, a semeadura foi finalizada e as lavouras se encontram, predominantemente, em fase de desenvolvimento vegetativo. As condições gerais são boas para a cultura diante de condições satisfatórias de umidade nos solos na maioria das regiões produtoras.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • APLICADORES DE DEFENSIVOS TERÃO QUE TER REGISTRO

    Intitulado como Aplicador Legal, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com a Croplife Brasil, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), lançaram nesta quinta-feira (17), o Programa Nacional de Habilitação de Aplicadores de Agrotóxicos e Afins.

    A medida é prevista no Decreto Nº 10.833/2021, que determinou a criação de registros de aplicadores, com a obrigatoriedade de treinamento para os profissionais aplicadores em campo. A capacitação é importante para aumentar a conscientização sobre riscos, bem como orientar a aplicação adequada visando à proteção do meio ambiente, à segurança alimentar e às melhores práticas para a saúde humana. Até 2026, estima-se a capacitação e registro de 2 milhões de agricultores.

    “Os problemas que identificamos no Brasil sobre os defensivos agrícolas estão relacionados ao uso errado ou desvio de uso. A capacitação de todos que, de alguma forma, estão envolvidos na aplicação de insumos é o caminho para reduzir consideravelmente esses problemas”, destaca a ministra Tereza Cristina

    Ela acrescentou que a capacitação irá combater a desinformação sobre o uso desses insumos na produção agrícola. “É necessária uma grande mobilização nacional para atingirmos nosso objetivo e mostrar que, sim, os defensivos são fundamentais para garantirmos a segurança alimentar em todo o mundo, mas que é a segurança para o aplicador, para o meio ambiente e para o consumidor final que são fundamentais”.

    Durante o evento de lançamento do programa foi assinado um Protocolo de Intenções entre a Secretaria de Defesa Agropecuária, a CropLife Brasil, o Sindiveg e o Senar, visando a elaboração de um Plano de Trabalho para a consecução de cursos de capacitação destinados à aprovação do registro de aplicador de agrotóxicos e afins.

    “O programa é a união dos esforços do governo e da iniciativa privada para fazer um grande programa de capacitação, que tem como desafio de em cinco anos alcançar todos os produtores e trabalhadores rurais que manuseiam defensivos agrícolas. A criação do cadastro de aplicadores é uma evolução da legislação em benefícios dos agricultores para que possamos melhorar a qualidade de vida no campo”, destaca o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal. A estimativa é capacitar cerca de 2 milhões de trabalhadores e produtores rurais no período.

    Entre os objetivos do grupo, está o de treinar profissionais do ramo da agricultura para a capacitação de aplicadores de agrotóxicos e afins quanto ao uso correto e seguro dessas substâncias; aumentar a segurança no transporte dos agrotóxicos e afins, desde a revenda até a propriedade rural; aumentar a segurança no armazenamento de agrotóxicos na propriedade rural; reduzir impactos ao meio ambiente advindos do mal uso das substâncias; aumentar a eficiência da aplicação de agrotóxicos; diminuir os riscos de intoxicações dos aplicadores; e produzir alimentos conformes, quanto aos limites máximos de resíduos permitidos.

    O presidente da CropLife Brasil, Christian Lohbauer, disse que um dos focos é treinar “pequenos produtores, os mais vulneráveis, que lidam com hortaliças, por exemplo” para que os insumos sejam melhores aproveitados com eficiência e segurança..

    Plataforma e Aplicativo

    Por meio do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Croplife Brasil e Sindiveg, foi desenvolvida uma plataforma com interface web que irá cadastrar e habilitar agricultores e aplicadores de agrotóxicos e afins, bem como instituições e profissionais que realizarão esse treinamento.

    Também será disponibilizado um aplicativo para celular que será utilizado para emissão da carteira digital de habilitação dos aplicadores que obtiverem o certificado de conclusão dos cursos de capacitação junto às entidades credenciadas pelo Mapa nos Estados e no Distrito Federal. “O agricultor aprovado no curso receberá uma carteirinha digital de aplicador de agrotóxico, semelhante à CNH digital disponibilizada hoje”, explica o secretário de Defesa Agropecuária.

    Capacitação

    Aproveitando a experiência de mais de 20 anos do Senar, do Sindiveg e da CropLife Brasil nesse tipo de treinamento, as capacitações serão ofertadas em cursos presenciais, semipresenciais e ensino à distância (EAD). O cadastro dos aplicadores de agrotóxicos e afins deverá ser solicitado junto aos órgãos de agricultura da Unidade da Federação onde residem.

    O vice-presidente do Conselho Executivo do Sindiveg, João Sereno Lammel, destacou que os treinamentos já estão ocorrendo por meio de uma plataforma on line e gratuita do Sindiveg. “Os módulos [cinco] foram desenvolvidos por especialistas, com base em pesquisa e tecnologias”.

    O conteúdo mínimo do curso que capacitará os aplicadores de agrotóxicos para a obtenção do registro, contemplando as exigências da Anvisa e do Ibama, foi estabelecido na Portaria nº 410, publicada nesta quinta-feira (17). Conteúdos adicionais poderão ser ofertados para atender peculiaridades locais ou regionais, mas não constituirão impedimento ao registro de aplicador de agrotóxicos e afins previsto no Decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002.

    “Já fizemos várias capacitações. Agora, temos um conteúdo mínimo e obrigatório”, ressaltou o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara.

    Para atender os interesses da Anvisa e do Ibama, destaca-se que serão abordados conteúdos referentes à segurança na aplicação como o uso correto do EPI, intervalo de segurança, período de carência, interpretação do rótulo e da bula, o transporte e armazenamento dos agrotóxicos em propriedades rurais, cuidados para evitar a deriva, regulagem, calibração e manutenção do pulverizador, cuidados com a limpeza dos equipamentos (lavagem e descontaminação) e o destino final de embalagens vazias ou com sobras pós-consumo.

    O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, reiterou o compromisso da agência em continuar na missão de promover a saúde dos cidadãos. A Anvisa e o Ibama participaram da elaboração dos conteúdos mínimos dos cursos.

    Fonte: Agrolink

    https://www.agrolink.com.br/

  • EXPORTAÇÃO DE SOJA DO BRASIL DEVE CAIR 29% EM ABRIL ANTE RECORDE DE 2021, DIZ ANEC

    SÃO PAULO (Reuters) – A exportação de soja brasileira em abril foi estimada nesta terça-feira em 11,12 milhões de toneladas, o que seria uma queda de 29% ante o recorde para todos os meses de 15,67 milhões de toneladas registrado no mesmo período do ano passado, apontou a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

    Após começar o ano com maiores embarques de soja em janeiro e fevereiro, que tinham base de comparação mais fraca com 2021, as exportações do Brasil recuaram 2,7 milhões de toneladas em março ante o mesmo mês do ano passado, em meio à severa quebra da safra nacional pela seca.

    Com o recuo previsto para abril, as exportações brasileiras de soja deverão fechar o quadrimestre aproximadamente 1,5 milhão de toneladas abaixo do registrado no mesmo período de 2021, somando 34,68 milhões de toneladas, conforme números da Anec.

    O recuo indicado ocorreu após o país perder alguns embarques para os Estados Unidos em um período em que normalmente domina as exportações para a China, maior importador global da oleaginosa.

    Vários analistas e a própria associação da indústria Abiove cortaram as projeções de exportação de soja do Brasil para patamares abaixo de 80 milhões de toneladas em 2022, versus um recorde de 86,6 milhões de 2021.

    No caso do farelo de soja, as exportações deverão crescer mais de 300 mil toneladas na comparação anual, para 1,9 milhão de toneladas em abril –apesar de uma redução nas exportações do grão, o processamento tem sido mantido no país por boas margens.

    Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/