Projeto Escola no Campo valoriza o agricultor

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Alunos do 4º ano de 11 escolas municipais participaram das atividades durante o segundo semestre de 2018

Dias de emoção e alegria. Assim pode-se descrever as atividades de encerramento do Projeto Escola no Campo 2018 – um momento de confraternização, apresentação e exposição dos trabalhos realizados pelos alunos das escolas da área de atuação da Cotrijuc.
A ação iniciou timidamente em 2017, com a participação de poucas uma escola. Como a proposta deu certo, as boas práticas foram pluralizando e a Cotrijuc e a Syngenta – realizadoras do Projeto na região, sentiram a necessidade de ampliar para outras escolas e outros municípios. E assim aconteceu. Em 2018, aproximadamente 200 crianças passaram pelo Escola no Campo entre as 11 escolas participantes dos municípios de Júlio de Castilhos, Pinhal Grande, Quevedos e São Martinho da Serra.
“A evolução ultrapassou a proposta inicial de uma apostila didática apresentada aos alunos apenas dentro de uma sala de aula, alcançando o envolvimento de toda a escola, dos pais e da comunidade”, comenta a engenheira agrônoma, Rosmari Jovanowichs, gerente de insumos da Cotrijuc. As ações – práticas e teóricas, são multiplicadas com propósitos semelhantes, contribuir para o desenvolvimento das comunidades do campo através da qualidade na educação, saúde, agricultura e principalmente, conscientização das boas práticas socioambientais.
“O Escola no Campo quer tornar tudo melhor e mais fácil. O projeto é isso – multiplicador de conhecimentos. E, sabermos que os alunos são os multiplicadores de boas atitudes socioambientais, torna esse projeto especial”, destaca o assessor de comunicação da Cotrijuc, Evandro Freitas.

Encerramento das atividades
Durante o mês de novembro foi realizada a culminância dos trabalhos. Em Pinhal Grande, na Escola Paulo Freire, no assentamento Alvorada, os alunos mostraram o plantio de pinheiros, a confecção de um jardim, a manutenção da horta e o relógio do corpo humano que indica o uso de chá, o mesmo utilizado pela comunidade. As atividades foram coordenadas pelo professor Dilceu Oliveira Proenças com o apoio da professora Elen Moro e da funcionária Janete Descovi. “Essa construção de conhecimento serve de incentivo para quem vive no campo”, enfatizou Dilceu.
Na Escola Juraci Edler, os alunos trabalharam os R’s da sustentabilidade (Repensar – Recusar – Reduzir – Reutilizar – Reciclar) por meio de palestras sobre educação ambiental, cultivo de hortaliças, confecção de composteira, artesanato com decoupage, paródio do desmatamento e a história do sítio do Pica Pau amarelo adaptado ao tema, com a coordenação da professora Denise Osmari Facco. “O projeto foi muito legal, aprendi bastante e vou levar para a vida, a importância dos R’s e também fiz reutilização com artesanato”, falou Amanda Silveira, 11 anos, participantes do projeto.
Organizados pela professora, Roselaine Garlet, os participantes da Escola José Rubin Filho apresentaram um teatro: “Meu Reino Encantado”. Os alunos acompanhados dos pais da professora, Sérgio e Terezinha Garlet, que cantaram a música que foi encenada abordando o êxodo rural, o uso de defensivos agrícolas, processo dos latifundiários, plantio e as dificuldades do campo.
Na Escola Olavo Bilac, entre as atividades realizadas: uma entrevista sobre o consumo de verduras com divulgação dos resultados através de gráficos, integrando as ações do projeto com o conteúdo da série. Coordenador pela professora e direto, Izabel Liberalesso Somavilla os estudantes também fizeram cultivo de hortaliças e atividades junto aos familiares. Na culminância foi apresentada uma trova sobre o projeto. “Foi bem educativa, aprendi a cuidar melhor das plantas, quantidade ideal de adubo que devo colocar”, falou a aluna Isabella Spanevello Facco, 10 anos.
Ainda, em Pinhal Grande, a Escola São Tomaz de Aquino foi beneficiada com o projeto. Os alunos coordenados pela professora Marli Somavilla trabalharam a temática: Farmácia ao alcance das nossas mãos, o conhecimento e propriedades das plantas medicinais. Com o apoio das professoras Izabel e Rose. Também criaram o relógio do corpo humano, conforme o já realizado na Escola Paulo Freite. Além disso, cultivaram mudas de chás e trabalharam com as folhas das plantas, além de visitaram propriedades próxima a escola. Destaca-se o envolvimento dos familiares e das comunidades do entorno da escola.
A secretária de educação de Pinhal Grande, Paula Lucion Garlet lembrou que os alunos não apenas passaram pelo Projeto, mas, adquiriram muitos conhecimentos, comprovados no decorrer do ano e no dia do encerramento. “De nada adianta um programa se ele não é eficiente e feito por várias mãos, portanto, nossa gratidão por esse projeto que é tão eficiente em nossas comunidades. Nós quanto municípios estamos felizes por essas parcerias, que consigamos fortalecê-lo cada vez mais”, disse.
Em Júlio de Castilhos, as escolas Casemiro de Abreu e São Francisco participaram do projeto. Além de trabalharem com o material didático disponibilizado, criaram hortas e confeccionaram trabalhos relacionados a temática, coordenados pela professora Patricia Zaverese e Eneli Pereira, respectivamente. Como encerramento, os alunos conheceram o Criadouro São Braz – Mantenedouro de fauna, em Santa Maria.
Já a Escola Municipal de Ensino Fundamental de Boqueirão, localizado no interior de São Martinho da Serra, recebeu o projeto pelo 1º ano. Durante os meses da ação participaram do desfile cívico e distribuíram mudas, apresentaram teatro envolvendo a temática proposta, confeccionaram uma composteira, entre outras ações. As professoras Mirian Cassel e Rosane Brandão, mediaram as atividades. Em Quevedos, as escolas municipais Olga Nunes da Silveira, Sepé Tiaraju e Othelo Rosa receberam a iniciativa. Durante o segundo semestre realizaram atividades envolvendo os temas trabalhados na cartilha que foram distribuídas a todos os alunos, entre eles, solo, água, energias renováveis, meio ambiente, entre outros assuntos.
Para o representante técnico de venda da Syngenta, Engenheiro Agronômo Rafael Papipini, o envolvimento de cada profissional de educação, dos colaboradores; também o reconhecimento e os depoimentos de quem vive ou conhece o Projeto, além do crescimento dos alunos, são essenciais para o sucesso. “Nós temos certeza que a Cotrijuc e a Syngenta estão fazendo sua parte e as escolas também. Nosso agradecimento à todas as pessoas envolvidas, contribuintes do sucesso de mais um ano. Contamos com todas as escolas dessa edição, nos próximos anos, para continuarmos fazendo a diferença nas comunidades onde as escolas estão inseridas”, destacou Papini.

Fotos e texto: Ascom Cotrijuc