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janeiro 2024

  • Safra de grãos no Brasil deve ter queda de 2,19%, diz consultoria

    De acordo com a Cogo, área de plantio de soja cresceu, mas problemas climáticos afetaram rendimento; 650 mil hectares teriam sido replantados

    colheita de grãos no Brasil deve alcançar 312,8 milhões de toneladas na temporada 2023/24, estima a consultoria Cogo. A projeção representa um recuo de 2,19%, ante o recorde do ano comercial anterior 2022/23, de 319,8 milhões de toneladas, e queda de 1,32% ante a estimativa de dezembro, de 317 milhões de toneladas.

    A consultoria destaca em nota que a área de plantio da soja cresceu 1,1 milhão de hectares (2,6%) em 2023/24, ante expansões médias de 2,4 milhões de hectares/ano nas últimas três safras. Apesar disso, o excesso de chuvas na região Sul e o déficit hídrico no Centro-Oeste, Pará e Matopiba (áreas de Cerrado no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) marcam o plantio da safra atual.

    A Cogo calculou 650 mil hectares replantados, no Centro-Oeste, Matopiba e Minas Gerais, além de ocorrências pontuais de abandonos de áreas e preparo para outros cultivos, como algodão. Ainda assim, a previsão é de bons volumes de chuva entre janeiro e março, “o que deverá favorecer as lavouras do Brasil central e atenuar a estiagem no Matopiba”, disse a Cogo.

    Safra de soja

    Diante desse cenário, a consultoria reduziu a sua estimativa de safra de soja para 155,2 milhões de toneladas, baixa de 5% ante a estimativa inicial de 163,4 milhões de toneladas. A Cogo destaca, ainda, que as boas produtividades previstas para as regiões Sul e Sudeste deverão compensar parte das perdas previstas para as regiões Centro-Oeste e do Matopiba.

    “Os cortes efetuados até este momento são quebras irreversíveis, e novas reduções de produtividade deverão ser contabilizadas no relatório que será enviado em fevereiro/2024”, completa na nota.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Trigo: preços sobem por menor disponibilidade no mercado interno

    Moinhos retomam atividade após o recesso nas festas de fim de ano e produtores focam em atividades no campo

    Os preços internos do trigo iniciam 2024 em alta. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem do menor volume do produto colhido com boa qualidade (PH 78).

    As negociações seguem lentas, com moinhos retornando às atividades após o recesso do final de dezembro e produtores focados nas atividades da safra verão.

    Em relação às transações externas, em dezembro, chegaram aos portos brasileiros 395,75 mil toneladas de trigo, 23,1% a mais que o volume importado em novembro, mas 20,6% inferior ao de dezembro/22, conforme dados da Secex.

    Nos últimos 12 meses, as aquisições somaram 4,18 milhões de toneladas. As exportações, por sua vez, atingiram 295,79 mil toneladas em dezembro, acima do volume embarcado em nov/23 (1,14 tonelada), mas abaixo do de dez/22 (534,19 mil toneladas). Em 12 meses (de janeiro/23 a dezembro/23), as vendas externas totalizaram 2,4 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Como aumentar ganhos na atividade leiteira? Confira dicas da Área de Difusão de Tecnologias da CCGL

    O programa “Mais Sólidos, Maior Valor” visa valorizar produtores que investem na produção de maiores teores de sólidos

    A CCGL desenvolve há dois anos o programa “Mais Sólidos, Maior Valor”, uma iniciativa voltada para valorizar os produtores que investem diariamente na produção de maiores teores de sólidos. Esse programa desempenha um papel crucial na elevação do ganho logístico, rendimento industrial e, por consequência, na competitividade de toda a cadeia leiteira, desde a fazenda, até o consumidor final.

    A saúde e o manejo adequado dos rebanhos leiteiros são fatores cruciais para a produtividade, e o monitoramento dos sólidos do leite desempenha um papel vital na tomada de decisões para melhorias na rentabilidade das fazendas. O Coordenador Técnico da CCGL, Ângelo Tamiozzo, compartilha valiosas dicas para otimizar o teor de sólidos nas produções leiteiras.

    Tamiozzo enfatiza a importância de conhecer a composição e produção de leite do rebanho, compreender os alimentos disponíveis nas fazendas, avaliar a ingestão de matéria seca pelos animais e monitorar o manejo nutricional.  Tamiozzo destaca também a possibilidade de monitoramento das análises de composição via plataforma Smartcoop, acelerando a tomada de decisões e minimizando impactos negativos.

    A produtividade dos rebanhos leiteiros está intrinsecamente ligada à saúde dos animais, e o monitoramento dos sólidos do leite se torna uma ferramenta crucial para a tomada de decisões. Atualmente, a vaca é o principal animal utilizado na produção de leite destinado à alimentação humana, e a composição do leite influencia diretamente os processos industriais e a rentabilidade da cadeia produtiva.

    Os sólidos do leite, como gordura e proteína, são indicadores valiosos da saúde do rebanho, refletindo os processos pelos quais os animais foram expostos. A manutenção do pH ruminal é fundamental para evitar quedas excessivas nos sólidos, e o balanceamento adequado das dietas, aliado a estratégias que promovam a saúde animal, torna-se essencial.

    É crucial ajustar os níveis de carboidratos e proteína nas dietas, garantindo a ingestão adequada de matéria seca. Fornecer fibra de qualidade, acesso frequente ao alimento, espaçamento de cocho adequado e redução da competição entre as vacas são práticas que contribuem para a produção de leite e sólidos. Em períodos quentes, práticas de resfriamento são essenciais para evitar estresse térmico, que pode impactar negativamente na produção e nos teores de sólidos do leite.

    O programa “Mais Sólidos, Maior Valor”, visa valorizar produtores que investem na produção de maiores teores de sólidos. A mudança na unidade de precificação, saindo de reais por litro para reais por kg de gordura e proteína, destaca a importância de aliar altas produções com bons teores de sólidos. A transição da precificação  tradicional para a precificação por sólidos ocorrerá de forma gradual, para que todos os envolvidos tenham tempo de conhecer o programa e entender as alterações propostas. As equipes técnicas do sistema CCGL estão a disposição para auxiliar neste processo e esclarecer quaisquer dúvidas.

    Fonte: Comunicação CCGL

  • Mercado brasileiro do arroz vislumbra um 2024 histórico

    Com projeções de câmbio variando entre R$ 4,80 e R$ 5 para 2024, um dos grandes desafios será em relação às exportações de arroz

    O início do ano marca um período de calmaria no mercado de arroz, com os preços permanecendo nominalmente estáveis.Este cenário é reflexo dos recessos, com muitas empresas ainda em férias coletivas, resultando em uma movimentação limitada no setor.

    As informações são do analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

    Neste contexto, os agricultores concentram seus esforços nas lavouras, aguardando condições mais propícias antes de retomar as atividades de comercialização.

    Entretanto, a valorização excessiva dos indicativos de preços gera incertezas entre as indústrias, que se preparam para retomar as operações após as pausas estratégicas do final do ano.

    A decisão de adquirir matéria-prima torna-se crucial diante das cotações elevadas, provocando questionamentos sobre a sustentabilidade do mercado no atual cenário.

    A dúvida persiste sobre até quando o mercado será capaz de sustentar esses valores.

    E a expectativa por uma safra satisfatória adiciona mais um elemento de incerteza ao cenário inicial de 2024 para gestores de indústrias, varejo e outros participantes do mercado.

    Tendência de preços firmes no mercado do arroz

    A tendência de preços firmes para o ano de 2024 já é uma realidade consolidada. Estima-se uma potencial redução nos indicativos apenas durante o pico da colheita da safra nacional, em meados de março e abril, bem como o aumento previsto nos volumes do cereal importado do Mercosul.

    Contudo, enfrentaremos desafios significativos no que diz respeito às exportações do cereal.

    Com projeções de câmbio variando entre R$ 4,80 e R$ 5 para 2024, um dos grandes desafios será em relação às exportações do cereal. Em um cenário de supervalorização dos preços domésticos e um dólar pouco favorável às vendas externas, a recuperação de importantes compradores da América Central e Caribe, bem como vizinhos como a Venezuela, será uma tarefa árdua.

    Nessa situação, os quebrados podem ressurgir como protagonistas, assegurando volumes significativos de exportação para a África Ocidental e Europa.

    Período de entressafra

    Entrando no período de entressafra, a tendência é de preços elevados no segundo semestre de 2024, onde os preços podem revelar novas surpresas. Iniciando a temporada com os menores estoques em quase duas décadas (em torno de 700 mil toneladas), apesar de um incremento moderado no volume da safra 2023/24 (estimada em 10,66 milhões de toneladas), o panorama não deve ser tão distinto da temporada anterior, onde o aperto de oferta foi constante.

    Neste contexto, o pico da entressafra desta nova temporada deverá evidenciar a postura renovada dos orizicultores. Com um custo total de produção estimado em cerca de R$ 98,00 por saca de 50 quilos (conforme último levantamento do Irga), eles encontram-se agora capitalizados após margens satisfatórias. Surgem como formadores de preços e deverão ditar o ritmo do mercado enquanto redirecionam seu foco para as lavouras. Sendo assim, com preços ainda mais atrativos, a cultura está propensa a recuperar áreas que antes eram dedicadas a commodities mais lucrativas, buscando estabelecer um equilíbrio promissor para a temporada comercial futura.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Consultoria estima safra de soja pouco acima de 150 milhões de toneladas

    AgResource Brasil fez tour em cinco estados para observar situação das lavouras. Consultoria fará novo levantamento no fim do mês

    A estimativa de produção de soja e de milho para a safra 2023/24 foi revisada pela consultoria AgResource Brasil.

    A empresa projeta uma temporada bem menor do que as primeiras indicações, que davam conta de uma colheita superior a 160 milhões de toneladas. O número, agora, é de 150,72 milhões de toneladas.

    Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sinalizou, em dezembro, que o país deve produzir 160,18 milhões de toneladas. Contudo, a entidade deve realizar novos cortes no próximo dia 10, quando lança o relatório de janeiro.

    Tour da safra de soja

    estimativa produção soja

    Para chegar aos atuais números, a AgResource Brasil realizou em novembro e dezembro de 2023 um tour de safra pelos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás, São Paulo e Minas Gerais.

    Ao fim de janeiro, a consultoria anuncia que fará nova excursão para avaliar as colheitas de soja e o plantio da safrinha.

    Oferta e demanda pressionadas

    Na visão da AgResource, a projeção atual pressiona o quadro de Oferta & Demanda do Brasil e os estoques finais em 2023.

    “Uma exportação acima de 100 milhões de toneladas em 2023/24 – que repetiria a temporada anterior – começa a não ser mais possível, uma vez que a atual já está projetada em 94 milhões de toneladas”, diz a consultoria, em nota.

    Projeções para o milho

    estimativa produção milho

    No caso do milho, a AgResource também revisou a produção e em janeiro as projeções apontam para uma redução de milho total Brasil de 120,12 para 119,08 milhões de toneladas.

    Assim, a diminuição é estimada em 0,86% em relação a dezembro e 0,46% maior do que o estimado pela Conab para o mesmo mês.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Decisão de venda do produtor definirá preços do milho no 1º semestre

    Analista da Safras & Mercado afirma que o Brasil deve começar o ano sem problemas nos estoques de passagem de milho

    mercado brasileiro de milho deverá ter uma safra de verão muito próxima do normal, com exceção da região Nordeste, segundo o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari.

    Já a soja poderá ter alguma perda na produção, mas ainda haverá uma grande safra, com exigências na logística, o que torna crucial a decisão do produtor em vender a soja e segurar o milho, ou vice-versa.

    Essa escolha definirá a curva de preços do cereal no primeiro semestre de 2024, destaca Molinari.

    Molinari afirma que o Brasil deve começar o ano sem problemas nos estoques de passagem de milho e, caso necessário, a Argentina, com uma safra recorde, poderá ser uma alternativa de importação.

    “É possível, com os problemas na produção, que a região Nordeste possa realizar importações. Já as demais regiões têm como preocupação maior a intenção de venda pelo produtor, pois qualquer retenção poderá gerar alta de preços”, analisa.

    No mercado internacional, os pontos de atenção levam em conta os preços do trigo, as exportações de milho norte-americano e a definição de área a ser cultivada no país.

    Na visão de Molinari, logo que o Brasil reduza suas vendas a partir de janeiro, os EUA avançarão na comercialização, até mesmo pelo fato de não haver grandes alternativas de abastecimento, visto que a Argentina somente terá colheitas do cereal a partir de abril.

    Molinari alerta, porém, que, com as dificuldades de plantio da safrinha 2024, é possível que o primeiro semestre fique repleto de variáveis para uma volatilidade positiva de preços, como o clima, por exemplo.

    “Também há um viés para a redução de área de milho e aumento na de soja nos Estados Unidos na safra 2024, o que pode gerar movimentos especulativos na Bolsa de Chicago”, avalia.

    O analista entende ainda que, paralelamente, variáveis como a guerra na Ucrânia, a volatilidade do petróleo e o câmbio no Brasil podem colaborar para uma curva de preços bem diferente da registrada em 2023 no mercado nacional e internacional de milho.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Plantio da soja atinge 98% no RS; clima beneficiou as lavouras

    Avaliação do Emater-RS diz que as lavouras do estado foram beneficiadas por períodos prolongados de insolação e por temperaturas moderadas

    plantio da soja atinge 98% da área no Rio Grande do Sul, de acordo com o boletim semanal do Emater-RS.

    Há sete dias, os trabalhos chegavam a 94%. Em igual período do ano passado, 96%. Já a média para os últimos cinco anos é de 98%.

    Segundo o órgão, a predominância de dias ensolarados, intercalados com chuvas de menor duração e de intensidade variável, proporcionou condições para continuar a semeadura em solos com teores mais adequados de umidade.

    Do ponto de vista estatístico, estima-se que a implantação da cultura atingiu 98% da extensão planejada para a safra. Em grande parte do território estadual, a conclusão da operação ocorreu antes do encerramento do ano de 2023.

    Contudo, subsistem áreas destinadas ao cultivo subsequente a tabaco na Região Central, a milho no Vale do Rio Uruguai e em terras baixas, na Metade Sul do estado, em locais onde os índices de umidade são mais elevados.

    Lavouras de soja beneficiadas

    Conforme avaliação do Emater-RS, as lavouras de soja foram significativamente beneficiadas por períodos prolongados de insolação e por temperaturas diurnas moderadas.

    Predomina a fase de desenvolvimento vegetativo, e 8% das áreas iniciaram a fase de floração.

    “As condições climáticas propiciaram a execução da pulverização de herbicidas para o controle de plantas invasoras em pós-emergência, além da continuidade das aplicações preventivas de fungicidas, uma vez que foram identificados, de forma regular, esporos do fungo responsável pela ferrugem-asiática nos pontos de monitoramento, particularmente na Região Oeste do estado”, diz o órgão em nota.

    De acordo com estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado do Rio Grande do Sul deve produzir 21.887,8 milhões de toneladas de soja nesta safra, volume 68% superior ao registrado na temporada 2023/24.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produção de soja na América do Sul deve ser 15% superior

    Retomadas da Argentina e do Uruguai explicam produção superior à temporada passada e à marca histórica do ciclo 2020/21

    A safra 2023/24 de soja na América do Sul será recorde, diz o segundo levantamento realizado pela Datagro Grãos.

    A consultoria estima uma produção de 222,343 milhões de toneladas na região, resultado 3,8% menor do que as 231,280 milhões de toneladas apontadas no levantamento anterior. Contudo, 15% superior ao volume colhido na safra 2022/23, de 194,098 milhões de toneladas.

    Se confirmada, a produção também será acima do recorde registrado na temporada 2020/21, de 198,482 milhões de toneladas, representando um acréscimo de 12%.

    Área de soja

    Para a área semeada com soja, prevê-se 68,669 milhões de hectares na América do Sul, pouco acima dos 68,263 milhões de hectares apontados na projeção de setembro.

    Em caso de confirmação, ficaria 6% superior ao recorde de 64,887 mi de ha colhidos na revisada safra 2022/23.

    “A exemplo da safra anterior, tivemos evolução homogênea de incrementos da área semeada, com aumentos em todos os países do bloco, especialmente na Argentina, pela expectativa de mudança política e econômica”, analisa o economista e líder de conteúdo da Datagro Grãos, Flávio Roberto de França Junior.

    Produção brasileira

    O potencial de produção do Brasil, maior produtor global da oleaginosa, é de 152,882 milhões de toneladas, recuo de 4% sobre o recorde de 159,233 milhões de toneladas registrado na safra 2022/23.Assim, projeta-se o 17º ano consecutivo de ampliação nas lavouras dedicadas à soja no país, passando de 44,684 para 45,364 milhões de hectares.

    Soja nos demais países do bloco

    Os números da Argentina indicam boa recuperação na área plantada após três anos consecutivos de forte recuo, saindo de 16 para 17,2 milhões de hectares.

    O potencial de produção é de 51 milhões de toneladas, o que representaria crescimento de 137% ante a safra anterior.

    Em relação à área colhida do Paraguai, a consultoria mantém a estimativa em 3,550 milhões de hectares, contra 3,415 mi de ha em 2022/23.

    A produção, em função do clima dominantemente regular, deve ser de 10,990 milhões de toneladas, no somatório das safras de verão e de inverno, ante 9,250 milhões de toneladas em 2022/23.

    Retomada uruguaia

    A área plantada com soja no Uruguai deve ser de 1,350 milhões de hectares, incremento de 10,2% na comparação com a área plantada no ciclo 2022/23.

    O potencial produtivo do país vizinho está previsto em 3,7 milhões de toneladas, volume 311% superior à desastrosa produção do ano que passou, o que seria um novo recorde histórico.

    Já para a Bolívia, o levantamento indica que a área pode alcançar um novo recorde, passando de 1,571 para 1,605 mi de hectares. A produção deve se equiparar à uruguaia, ficando estimada em 3,771 milhões de toneladas, 17% acima da safra atual.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Trigo: Conab prevê importação de 6 milhões de t do cereal até julho

    Ano começa com um dos maiores volumes do cereal e importação deve crescer aproximadamente 33% entre agosto/23 e julho/24

    Apesar da quebra de safra em 2023, devido ao clima desfavorável, o ano de 2024 vai se iniciar com um dos maiores volumes de trigo nacional.Todavia, a qualidade dos grãos colhidos foi fortemente prejudicada, o que deverá incentivar uma elevação no volume a ser importado – sobretudo no primeiro semestre –, visando a produção de farinha para o mercado interno.

    A previsão de importação da Conab é de 6 milhões de toneladas de agosto/23 a julho/24, quase 33% a mais que na temporada passada.

    Em contrapartida, o volume exportado pelo Brasil deverá cair, passando para 2 milhões de toneladas (entre agosto/23 e julho/24), 24,7% abaixo da safra anterior. No mundo, a oferta de trigo da temporada 2023/24 deverá cair, após quatro anos consecutivos em crescimento.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • País encerra 2023 com aumento de 491% de casos de ferrugem-asiática

    Atualmente, seis estados já reportaram ocorrências do problema. Fatores climáticos estão por trás da maior incidência nesta temporada

    O Sul do Brasil teve um inverno menos rigoroso, o que favoreceu a emergência da soja voluntária. Assim, as folhas da planta carregaram inóculos da doença mais severa da cultura: a ferrugem-asiática.Além disso, a safra 2023/24 está sob o efeito do El Niño. O fenômeno climático causou maior volume de chuvas, mas intercaladas com longos veranicos nas principais áreas produtoras da oleaginosa.

    Essas condições dificultaram o estabelecimento da soja, levando ao atraso na semeadura. Causou, ainda, necessidade de replantio em diversas áreas produtoras, como em Mato Grosso e na Bahia.

    De acordo com a Embrapa Soja, esse cenário explica o grande aumento de casos do problema. Segundo o Consórcio Antiferrugem, até o final de 2023 foram reportadas 130 ocorrências da doença na soja.

    Para efeito de comparação, o número é 490,9% superior ao mesmo período de 2022, quando apenas 22 registros de ferrugem-asiática foram feitos.

    A safra 2022/23 de soja terminou com 295 casos, com os últimos reportes sendo feitos em abril de 2023.

    Se a tendência do atual ciclo continuar, o número de casos do atual ciclo deve se aproximar do obtido em 2020/21, quando 573 ocorrências foram computadas – a maior incidência das últimas cinco temporadas.

    Atualmente, os casos estão espalhados em seis estados:

    • Paraná: 90
    • Rio Grande do Sul: 27
    • Santa Catarina: 4
    • Mato Grosso do Sul: 4
    • São Paulo: 3
    • Minas Gerais: 2

    Contudo, na safra passada, 12 estados tiveram registros, também liderados pelo Paraná, com 83 no total.

    Controle da ferrugem-asiática

    O foco do agricultor deve ser o de adotar a melhor estratégia de manejo de fungicidas, de acordo com o engenheiro agrônomo e gerente de portfólio nacional de fungicidas para soja na Bayer, Carlos Toscano.

    Segundo ele, as medidas mais importantes para a redução dos danos da doença são as seguintes:

    • Usar o sistema de plantio direto com culturas que ajudem a recobrir o solo com palhada;
    • Respeitar o período de vazio sanitário;
    • Dentro de um limite agronômico, semear mais cedo para evitar as épocas mais favoráveis às doenças;
    • Usar produtos químicos ou biológicos preventivamente;
    • Escolher produtos eficazes, com doses assertivas para controlar as principais doenças da soja, como a ferrugem-asiática, mancha-alvo, mofo-branco e podridão de grãos;
    • Escolher variedades de soja que possuam mais tolerância a essas doenças;
    • Uso de ferramentas digitais que contribuem para o monitoramento e controle efetivo nos talhões afetados.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/