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  • Cenário internacional tende a beneficiar preços do milho no Brasil, aponta plataforma

    Cortes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e atraso na colheita da soja no Brasil tendem a elevar patamares do cereal

    Após os cortes na produção, exportação e estoques globais de milho divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o cereal manteve suporte nos preços, apresentando tendência de valorização devido à menor oferta disponível no mercado internacional.

    Do outro lado, a demanda se manteve aquecida com margens positivas do mercado de proteína. Assim, produtores de gado e suínos seguem como o principal mercado.

    Tal cenário promoveu melhora nos preços, o que impulsionou a comercialização, especialmente em Mato Grosso.

    Em Chicago, o milho encerrou a semana passada cotado a US$ 4,85 por bushel, alta de 2,97% em relação ao último período. Contudo, no Brasil, o contrato de milho para março de
    2025 registrou queda de 1,6% na B3, encerrando a R$ 76,70 por saca. Diferentemente da soja, no mercado físico, o milho mostrou valorização.

    E agora, o que esperar do milho?

    Análise da plataforma Grão Direto destaca três pontos de atenção que podem mexer com o mercado do milho no curto-prazo:

    • Milho primeira safra: as regiões produtoras de milho nesta primeira safra, apesar de alguns desafios, devem apresentar boas condições para o desenvolvimento vegetativo da cultura. Estados como Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul têm previsões de chuvas regulares e temperaturas elevadas para os próximos 15 dias, alinhando-se às condições climáticas observadas na Argentina.
    • Milho segunda safra: as previsões climáticas indicam uma redução das chuvas devido à troca de polaridade do regime pluviométrico, com mais precipitações no Sul e menores volumes no Centro-Oeste (o inverso do que temos hoje). “Essa mudança tem impulsionado um movimento de alta nos preços, que pode se estender para a próxima semana, especialmente com o atraso na colheita da soja, dificultando o início do plantio do milho safrinha”, diz a Grão Direto, em nota.
    • Avanço de plantio safrinha: de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o plantio do milho safrinha já se iniciou no estado de Mato Grosso. Por ora, o avanço é pequeno, menos de 1% da área, ritmo lento justificado pelo atraso na colheita da soja por conta do excesso de chuva da semana anterior.

    Diante dos pontos expostos, o cenário é de continuidade da valorização do milho. Segundo a plataforma, mesmo com muitas incertezas em jogo, o preço do grão deve ser beneficiado neste início de colheita no Brasil.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     
  • Carne bovina gaúcha ganha estudo inovador que conecta qualidade ao ambiente de criação

    Projeto da Embrapa Pecuária Sul promete dados precisos sobre saudabilidade e eficiência

    Um projeto liderado pela Embrapa Pecuária Sul, no Rio Grande do Sul, busca mapear as características da carne bovina produzida no estado, relacionando composição nutricional e saudabilidade aos diferentes sistemas de criação.

    A pesquisa reúne mais de 20 especialistas de diversas instituições brasileiras e utiliza tecnologias de ponta, como metabolômica e inteligência computacional, para entender o impacto dos sistemas produtivos na qualidade da carne.

    Tecnologia a serviço da carne gaúcha

    Segundo Élen Nalério, pesquisadora responsável pelo estudo, a metabolômica permitirá uma análise aprofundada do sistema biológico dos animais. “Com essa ferramenta, conseguimos identificar os compostos presentes na carne e entender como o sistema produtivo impacta na qualidade final”, afirma.

    Além disso, os dados coletados vão compor um banco de informações alimentado por inteligência computacional, que buscará padrões nutricionais vinculados ao ambiente de criação.

    O projeto avaliará entre três e cinco sistemas de produção predominantes no Rio Grande do Sul, considerando variáveis como solo, alimentação, raça e emissões de carbono.

    “Nosso objetivo é criar modelos preditivos que possam ser aplicados em pesquisas futuras e ajudar na valorização da carne gaúcha”, detalha Nalério.

    Dados para a saúde e o mercado

    Um dos principais resultados esperados é a disponibilização de um dossiê com informações detalhadas sobre a carne gaúcha. Essas informações poderão subsidiar políticas públicas, como o Guia Alimentar para a População Brasileira, e combater desinformações sobre o impacto da carne na saúde humana.

    Nalério destaca a relevância do estudo em um cenário de crescente preocupação ambiental e pressões sociais sobre o consumo de carne.

    “Acreditamos que as carnes gaúchas têm características únicas em termos de eficiência produtiva e benefícios à saúde, o que pode abrir novos mercados e agregar valor à produção local.”

    Metodologia detalhada

    Os dados serão coletados tanto em campo quanto em laboratório. Informações como dieta animal, idade de abate, tipo de solo e emissões de metano serão combinadas a análises químicas de amostras de carne.

    Essas análises incluirão parâmetros físico-químicos, composição de ácidos graxos e vitaminas, conduzidas no Laboratório de Ciência e Tecnologia de Carnes da Embrapa Pecuária Sul.

    Com o sucesso da iniciativa no Rio Grande do Sul, a ideia é expandir o projeto para outros estados, abrangendo diferentes biomas e sistemas produtivos do Brasil. “Estamos desenvolvendo metodologias que poderão ser aplicadas em diversas regiões, fortalecendo a cadeia produtiva nacional”, conclui a pesquisadora.

    Esse estudo pioneiro coloca a carne bovina gaúcha no centro das discussões sobre eficiência produtiva e sustentabilidade, com impactos que prometem beneficiar produtores, consumidores e o mercado como um todo.

    O trabalho tem apoio financeiro da da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). “Temos representantes de diferentes áreas de atuação no estudo, como por exemplo, matemáticos e pesquisadores de TI para o trabalho com inteligência computacional”, conta Élen Nalério.

    Além disso, o projeto conta com pesquisadores da Embrapa Gado de Leite (MG), Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Universidade Federal de Pelotas (UFPel) , com expertises nas áreas de produção animal, química e engenharia de alimentos, ciência da carne, estatística, física e matemática aplicada.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Não há possibilidade de o dólar baixar nos próximos dois anos, diz cientista político

    Agenda do segundo mandato de Trump vai fortalecer a moeda norte-americana e a falta de política de austeridade econômica brasileira tende a enfraquecer o real, diz Christian Lohbauer

    O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou posse nesta segunda-feira (20) em Washington, capital do país. O cientísta político Christian Lohbauer afirma que a conjuntura norte-americana atual lhe traz mais poder em relação ao primeiro mandato (2017-2021).

    “Trump volta com uma vitória em todos os níveis, tanto no voto popular quanto nos delegados, além de ter a maioria no Senado e na Câmara, bem como juízes da Suprema Corte mais favoráveis ao perfil político dele do que da oposição”.

    Lohbauer também reforça o fato de que os erros cometidos e as dificuldades sentidas no primeiro mandato se tornaram aprendizados para a nova empreitada do presidente ao posto mais alto da democracia dos Estados Unidos.

    Fortalecimento do dólar

    Nesta toada, o dólar norte-americano tende a se fortalecer ainda mais e o real a continuar sem competitividade no cenário internacional, na visão do cientista político.

    “Infelizmente eu não vejo a possibilidade do retorno da apreciação do real porque isso depende muito mais da qualidade dos gastos públicos, da austeridade do governo brasileiro do que realmente da agenda internacional”, diz.

    Para o especialista, o governo brasileiro tem caminhado exatamente na direção oposta. “O governo vem dizendo que está tudo em ordem, que os gastos não estão aumentando e não estão prejudicando a economia como um todo, mas não é o que todo mundo está vendo. Então, a possibilidade de a gente ver o dólar baixar no Brasil nos próximos dois anos eu diria que é praticamente impossível, a não ser que o governo mude sua rota e apresente um plano de austeridade, de redução de gastos, de reforma fiscal, o que ele já disse que não vai fazer”, destaca Lohbauer.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • CCGL celebra 49 anos: uma trajetória de inovação e compromisso com produtores e consumidores

    Hoje, 21 de janeiro, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) comemora 49 anos de história, consolidada como uma das maiores referências do cooperativismo no Brasil. Com mais de 171 mil produtores associados, a CCGL é um alicerce do desenvolvimento econômico e social no Rio Grande do Sul e além.

    A CCGL tem como missão integrar as atividades do agronegócio, promovendo diferenciais competitivos com foco na sustentabilidade e na geração de renda para seus associados. Esse compromisso é visível nas diversas frentes de atuação da cooperativa, que aliam tecnologia de ponta, inovação e respeito às pessoas.

    Pesquisa e tecnologia

    Um dos pilares da CCGL é a Unidade de Pesquisa e Tecnologia, através da qual são desenvolvidas e difundidas práticas agrícolas e pecuárias que buscam a rentabilidade de forma sustentável. Com laboratórios modernos para análise de sementes e solos, a unidade oferece suporte direto aos produtores, promovendo um uso mais eficiente dos recursos naturais.

    Por meio da Rede Técnica Cooperativa (RTC), que reúne pesquisadores, técnicos e produtores, a CCGL intensifica a busca por soluções que maximizem a produtividade, aliando custo-benefício em sistemas de produção sustentáveis. Esse esforço coletivo é potencializado pela SmartCoop, uma plataforma digital inovadora que conecta cooperativas e produtores, levando gestão e inteligência ao campo.

    Indústria

    Outro destaque é a capacidade industrial da CCGL, que abriga o maior parque de produção de leite em pó do país. Equipado com tecnologia de ponta e processos sustentáveis, o parque industrial garante a preservação do sabor e da qualidade nutricional dos produtos. Rigorosos testes de qualidade asseguram que os produtos finais atendam aos mais altos padrões antes de chegarem ao mercado, reforçando o compromisso da cooperativa com a excelência.

    Logística

    A CCGL também se destaca na logística. Suas unidades Termasa e Tergrasa, localizadas no Porto do Rio Grande, movimentam mais de 50% dos grãos agrícolas do Rio Grande do Sul destinados à exportação. A eficiência operacional desses terminais contribui diretamente para o crescimento do agronegócio gaúcho, agregando valor à produção dos associados, e atraindo compradores de todo o mundo.

    Compromisso com as comunidades

    Além de oferecer suporte técnico e econômico aos produtores, a CCGL fortalece os municípios onde atua. Por meio de um modelo inovador, os municípios conveniados recebem uma parte do ICMS adicionado gerado pela matéria-prima entregue à indústria, beneficiando diretamente o desenvolvimento regional.

    Uma história construída por muitos

    O modelo cooperativo da CCGL é um dos grandes diferenciais da instituição. Aqui, o produtor não é apenas um fornecedor, mas um dono que participa democraticamente das decisões e colhe os frutos do sucesso coletivo. Esse modelo é a base de uma jornada de quase cinco décadas, marcadas pela união, trabalho em conjunto e compromisso com o futuro.

    Para o Presidente da CCGL, Sr. Caio Vianna, o aniversário marca o sucesso de um modelo consagrado no que há de mais atualizado em organização social e econômica das pessoas que é o compartilhamento onde todos os membros das cooperativas são beneficiados e dividem o resultado , além das comunidades onde as cooperativas atuam, que recebem os investimentos, geração de novos empregos, treinamento e qualificação de pessoas, além de levar informações importantes para que a propriedade rural seja mais eficiente, produtiva e rentável, atendendo os requisitos de preservar e melhorar os recursos naturais. “Em quase meio século de existência, a CCGL agregou muito aos seus associados, colaboradores, ao estado e ao país”, finalizou.

    Ao celebrar 49 anos, a CCGL reafirma sua vocação em produzir alimentos de qualidade, promover sustentabilidade e gerar resultados para seus associados. É mais que uma cooperativa; é uma força que transforma vidas e impulsiona o desenvolvimento de toda uma região.

    Fonte: Comunicação CCGL

  • Soja: veja resumo da semana sobre o mercado do grão

    Apesar da reação positiva aos dados do USDA, a expectativa de alta oferta na América do Sul limita o potencial de valorização da soja

    A soja iniciou a semana com bons ganhos, com os melhores níveis desde outubro, impulsionada por dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No entanto, o avanço foi contido pelos fundamentos do mercado, com a forte oferta esperada na América do Sul impedindo uma recuperação mais robusta.

    O USDA revisou suas estimativas para a safra de soja dos EUA, projetando 118,82 milhões de toneladas para a temporada 2024/25, o que representou uma leve redução em relação à previsão anterior. Os estoques finais também foram ajustados para 10,34 milhões de toneladas, abaixo das expectativas do mercado. No cenário global, a produção mundial de soja foi ajustada para 424,26 milhões de toneladas, refletindo o impacto da oferta abundante, especialmente no Brasil e na Argentina.

    Em termos de exportações, o Brasil deverá ver um aumento de 8% na exportação de soja em 2025, alcançando 107 milhões de toneladas, devido ao crescimento da produção e da demanda externa. Porém, os fundamentos da oferta e demanda local, com uma oferta crescente e estoques finais em expansão, limitam perspectivas de ganhos mais expressivos para os preços.

    Com os números do USDA e os dados do mercado interno e externo, o cenário para a soja é de certo equilíbrio, com tendência de estabilidade após o pico recente, aguardando mais clareza quanto à safra sul-americana.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Quatro etapas são fundamentais na adubação de pastagens, diz zootecnista

    Garantir a quantidade e qualidade da forrageira favorece o ganho de peso e a maior produção de leite dos animais

    A adubação das pastagens é fundamental para garantir a saúde do solo e a produtividade do rebanho. De acordo com a zootecnista Sabrina Coneglian, quatro pilares são necessários para desempenhar a ação de forma correta.

    “O primeiro passo é entender que a adubação é uma prática escalonada, ou seja, é preciso iniciar o processo com uma amostragem de solo para compreender quais os minerais presentes e os faltantes, os que necessitam de reposição”.

    Segundo ela, a partir de então, a segunda etapa consiste em fazer a correção do ph do solo. “Sabemos que a maioria dos solos brasileiros têm o ph ácido, então é necessário corrigi-lo com calcário”, detalha.

    A zootecnicista afirma que o próximo fundamento é a gessagem para fortalecer as camadas mais profundas do espaço e para aumentar as raízes, passos fundamentais à construção de perfil de solo.

    “A adubação em si é a quarta etapa; depois de se cumprir todos esses passos e [o solo] estando pronto, a planta com uma raiz bem profunda, a pastagem vai receber essa adubação para absorver [os nutrientes] da melhor maneira”.

    Benefícios da correta adubação

    Sabrina conta que a adubação feita de forma direta traz benefícios diretos, como a maior quantidade e qualidade da forrageira, o que favorece o ganho de peso e a maior produção de leite dos animais, além de trazer uma rebrota mais vigorosa e gerar mais rentabilidade ao produtor.

    A especialista conta que a fertilização química ainda é a mais utilizada, mas a biológica tem ganhado espaço. “É uma super alternativa pensando até no clima brasileiro: temos água, luz e temperatura [para que] os microrganismos possam fazer o seu papel de multiplicação e auxiliar nessa saúde do solo”.

    Diante disso, a zootecnicista alerta para a necessidade de o pecuarista se atentar aos “4 Cs”: fertilizante certo para a localidade; dose correta; hora certa; e época correta.

    Prejuízos com pastagens degradadas

    No Brasil existem milhões de hectares de pastagens com algum nível de degradação. De acordo com Sabrina, quando o espaço dedicado ao pastejo do gado atinge níveis moderados de deterioração, impactos na qualidade e quantidade da forrageira já são perceptíveis, o que faz o pecuarista a ter prejuízos no ganho de peso dos animais e na produção de leite.

    “Quando se passa por uma degradação severa ou até mesmo pela erosão, que é a falta de nutrientes ou de reciclagem desses nutrientes, o pecuarista tem um um custo muito maior de reforma da pastagem e não mais apenas de recuperação […], assim o custo é muito maior”.

    A zootecnicista aconselha que o pecuarista faça a adubação mesmo que em pequenas áreas e de forma gradativa, mas constante. “Não deixe de adubar por mais de um ano, faça essa manutenção anualmente para não correr o risco de ter uma erosão desse solo”, finaliza.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil se mantém refém de trigo importado, mas volume de exportação quase foi recorde

    Produção nacional foi de oito milhões de toneladas no ano passado, enquanto demanda interna varia entre 12 e 13 milhões de toneladas

    Em 2024, o Brasil atingiu a segunda melhor colheita de trigo da história, com oito milhões de toneladas. Ao se considerar as exportações e importações do produto – uma vez que o país não é autossuficiente – foram 9,48 milhões de toneladas movimentadas.

    O consumo interno gira em torno de 12 a 13 milhões de toneladas e, portanto, o desafio é o de reduzir as compras e aumentar a produção. Porém, no ano passado, uma grande lacuna foi registrada: 6,65 milhões de toneladas compradas do exterior, aumento de 59% ante 2023, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

    Ainda assim, as exportações também foram significativas em 2024, com 2,83 milhões de toneladas vendidas, incremento de 20,4% ante o ano retrasado.

    Qualidade do trigo

    “Para reduzir a dependência das importações, cabe ao Brasil aumentar a sua produção e para 2025 a expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de, ao menos, repetir 2024, ou seja, produzir cerca de oito milhões de toneladas”, afirma o diretor do Canal Rural Sul, Giovani Ferreira.

    Ele lembra que outro fator a mexer com a dinâmica de compra e venda do cereal é a qualidade. “Precisamos do trigo tipo pão, ou seja, não adianta aumentar a produção sem trabalhar a genética, a biotecnologia, ou seja, a qualidade do trigo”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Serviço Veterinário Oficial reforça recomendações aos produtores sobre febre aftosa

    O Sistema Veterinário Oficial da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), está acompanhando a notícia de um foco de febre aftosa registrado na região de Brandemburgo, na Alemanha, e faz alguns alertas para produtores e viajantes.

    “A ocorrência da febre aftosa na Alemanha só corrobora aquilo que já estamos falando há algum tempo: não é porque a gente não tem circulação viral que podemos relaxar com os cuidados, baixar a guarda”, afirma a coordenadora estadual do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA-RS),  Grazziane Rigon. A febre aftosa ainda tem registros na Ásia, na África e no Oriente Médio. Com a questão da globalização é possível a transmissão da doença de um continente para outro, lembrando ainda que a Venezuela é de risco desconhecido aqui na América, avalia Grazziane.

    Entre os principais cuidados que o produtor rural deve ter estão:

    – Estar alerta a alguns sintomas que os animais possam apresentar, como feridas na boca, nas patas, na região dos tetos, febre alta e animais babando ou mancando. No caso destes sintomas, é preciso notificar imediatamente a Inspetoria Veterinária mais próxima;

    – Realizar desinfecção dos veículos que entram na propriedade, como caminhões de leite ou ração, que são veículos que transitam entre propriedades;

    – Restringir o acesso de visitantes, principalmente na área onde ficam os animais;

    – Comprar animais com Guia de Trânsito (GTA), que são uma garantia de que aqueles animais estão em dia com as obrigações sanitárias;

    – Cercar bem o perímetro da propriedade.

    Já para os viajantes, o alerta principal é para que não tragam produtos de origem animal de forma ilegal, principalmente cárneos, como embutidos. De acordo com Grazziane, “o Vigiagro (Programa de Vigilância Agropecuária Internacional do Ministério da Agricultura e Pecuária) faz um excelente trabalho de vigilância nos aeroportos para que estes produtos não entrem no Brasil, mas é sempre bom lembrar desta obrigatoriedade, já que é uma responsabilidade de todos”. Grazziane também cita que caso tenha ocorrido visita à exploração pecuária em área com ocorrência de aftosa é importante desinfetar roupas e calçados na chegada, além de evitar o contato com outros suscetíveis por, no mínimo, 48 horas.

    A Alemanha não registrava um caso de febre aftosa desde 1988. O Rio Grande do Sul é zona livre de febre aftosa sem vacinação e não registra um caso de febre aftosa desde 2001. Neste ano de 2025 completa quatro anos de status de zona livre de febre aftosa sem vacinação concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

    Mais informações, veja https://www.agricultura.rs.gov.br/aftosa

    Para notificações, entre em contato pelo whatsapp (51) 98445-2033 ou pelo e-mail: [email protected] ou [email protected]

    Fonte: https://www.agricultura.rs.gov.br/inicial

  • Milho está em plena colheita e atinge 16% da área total plantada

    A cultura do milho está em plena colheita no Rio Grande do Sul. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (16/01) pela Emater/RS-Ascar, em algumas regiões as primeiras áreas colhidas apresentam excelentes resultados. Já foram colhidos 16% da área total estimada, 31% da cultura está em fase de maturação, 30% em enchimento de grãos, 11% floração e 12% em germinação e desenvolvimento vegetativo. A ausência de chuvas afeta as lavouras em estágio reprodutivo de maneira mais intensa e o plantio está impactado pela reduzida umidade do solo.

    Milho Silagem

    Tem continuidade a colheita de milho silagem no Estado. A produtividade dessas primeiras áreas está muito boa de maneira geral. As lavouras em fase reprodutiva estão sendo afetadas pela estiagem, principalmente nas regiões de Bagé, Santa Rosa, Santa Maria e Ijuí. Continua também o plantio de safrinha, sem maiores restrições na região Sul.

    Soja

    A última semana foi caracterizada por umidade relativa do ar muito baixa em grande parte do Estado. As chuvas que ocorreram foram muito desuniformes e de baixos volumes e, em algumas localidades, acentuaram-se os sintomas de déficit hídrico. O plantio da soja segue suspenso onde não choveu e, em certas lavouras, não há estande adequado de plantas. Das lavouras implantadas, 6% estão em enchimento de grãos e 30% em floração, fases que mais exigem água.

    As atuais condições climáticas têm trazido preocupação para os produtores e podem causar perdas irreversíveis nas culturas de verão, principalmente na soja. Estão sendo realizadas aplicações preventivas de fungicidas contra ferrugem-asiática e de inseticidas para tripes e ácaro principalmente.

    Arroz

    O desenvolvimento da cultura do arroz tem sido favorecido pela alta radiação solar, principalmente na fase reprodutiva dos cultivos. Segundo o Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga), a área implantada é de 927.885 hectares de arroz irrigado. A Emater/RS-Ascar estima produtividade inicial de 8.478 kg/ha.

    Feijão1ª Safra

    A colheita da primeira safra de feijão evoluiu na última semana, favorecida pelo clima seco, passando de 30% da área projetada. Os rendimentos alcançados estão em 1.600 kg/ha.

    Frutícolas

    Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em São Gabriel, os pomares de noz-pecã estão em fase de formação dos frutos. Os 25 hectares plantados já estão em fase de produção comercial, mas, nesta safra, deve ocorrer quebra devido à alta incidência de antracnose, provocada pelas chuvas excessivas no inverno e na primavera, bem como pela falta de chuvas, que vem se intensificando desde dezembro, levando a necessidade de irrigações.

    Os produtores de melancia do município relatam acentuada queda nos preços (de R$ 1,90/kg, praticado há poucas semanas, e, para R$ 0,70/kg na lavoura atualmente). A colheita alcança 50% de 52 hectares plantados.

    Em Itaqui, os produtores de melancia estão comercializando os frutos entre R$ 15,00 e R$ 25,00/unid, evitando vendas de cargas fechadas devido à queda no preço, que se dá pelo período de safra em todas as regiões produtoras do Estado. Devido às altas temperaturas e à intensa radiação solar, os produtores estão cobrindo as frutas em desenvolvimento com papel ou palha para evitar queimaduras.

    Na região de Ijuí, os frutos de melão e melancia apresentam tamanho muito superior aos obtidos nos últimos anos, além de excelente sabor. Em relação às videiras, houve melhora no desenvolvimento dos ramos vegetativos, mas baixo potencial produtivo. Nos viveiristas locais, a produção de mudas de morango está sendo ampliada, e as matrizes têm emitido um alto número de estolões.

    Fonte: https://www.agricultura.rs.gov.br/inicial

  • NF-e agora obrigatória: Emissão gratuita disponível para associados via Smartcoop

    A partir de 2025, a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) será obrigatória para todos os produtores rurais no Brasil, substituindo o modelo 4 (talão de produtor), que será definitivamente descontinuado. Para facilitar a adaptação a essa nova exigência, a plataforma Smartcoop oferece uma solução prática para a emissão da NF-e, garantindo que todos os associados de cooperativas que fazem parte da plataforma possam se adequar com segurança e eficiência.

    Mudança obrigatória para a NF-e:

    A partir de 3 de fevereiro de 2025, todos os produtores rurais que, nos anos de 2023 ou 2024, obtiveram receita bruta superior a R$ 360 mil com a atividade rural, deverão emitir a Nota Fiscal Eletrônica (modelo 55) para todas as suas operações internas. Quem ainda utilizar o modelo 4 (talão de produtor) poderá continuar até 30 de junho de 2025, mas a partir de 1º de julho, o uso do talão será proibido. Já a partir de 5 de janeiro de 2026, a obrigatoriedade se estenderá a todos os produtores rurais, independentemente do faturamento, e o modelo 4 será totalmente descontinuado.

    Emissão simplificada via Smartcoop:

    A Smartcoop oferece uma solução prática, segura e gratuita para a emissão de NF-e. O Smartcoop NF-e utiliza o Certificado Digital SafeID para a assinatura das notas fiscais, garantindo autenticidade e segurança. O SafeID é um certificado digital armazenado em nuvem, desenvolvido com tecnologia Safeweb, e pode ser adquirido diretamente na sua cooperativa. Essa solução foi projetada para simplificar o processo, eliminar burocracias e permitir que os produtores se adéquem rapidamente às novas exigências legais.

    As cooperativas oferecem suporte para que os produtores possam tirar dúvidas, entender os processos e obter auxílio na utilização da plataforma Smartcoop e têm um papel importante nesse processo, fornecendo o apoio necessário para que todos os associados se adaptem de forma tranquila e eficiente à nova obrigatoriedade.

    Não deixe para a última hora!

    A obrigatoriedade da NF-e será implementada gradualmente, e o tempo para adaptação está se esgotando. Com a plataforma Smartcoop, você pode iniciar o processo de emissão de NF-e agora mesmo, garantindo que sua propriedade esteja em conformidade com a legislação antes que o prazo final chegue. Aproveite o suporte das cooperativas e facilite sua transição para a NF-e. Para mais informações, entre em contato com sua cooperativa.

    Fonte: Comunicação CCGL