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  • Colheita de soja atinge 86,8% no país; milho chega a 56,7%, diz Conab

    Trabalhos na cultura de feijão somam 76,7% da área total, e no arroz, 70,6%

    A colheita da safra brasileira de soja 2023/24 atingia, até o dia 21 de abril, 86,8% da área plantada no país, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em levantamento semanal de progresso de safra. Há atraso de 2,2 pontos percentuais (pp) em relação a igual período do ano passado e avanço de 3,6 pp em uma semana.

    Entre os estados que estão retirando a oleaginosa do campo, apenas São Paulo concluiu os trabalhos. Em seguida, vem Mato Grosso, com 99,5% dos trabalhos concluídos, seguido por Mato Grosso do Sul, com 99% da área colhida.

    O Rio Grande do Sul, o último a iniciar a colheita, conta com 47% da área colhida, avanço de 9 pp em relação à semana anterior.

    Colheita de milho

    A colheita da primeira safra de milho alcançou, no país, 56,7% da área plantada, avanço de 3,8 pontos percentuais na semana e atraso de 2,9 pp entre as temporadas. São Paulo já concluiu a colheita. O Paraná, em seguida, conta com 96% da área colhida, seguido por Santa Catarina, com 90%, e Rio Grande do Sul, com 82%. A Bahia colheu 32,8% da área de milho verão e Goiás conta com 6% da área trabalhada.

    A Conab informou, ainda, que o plantio da segunda safra 2023/24 de milho foi concluído no país, avanço de 0,1 pp na semana e igual status ante igual período da temporada anterior.

    Feijão e arroz

    O levantamento da estatal também mostrou que a colheita da safra de feijão alcançou 76,7% da área semeada, 4,5 pontos porcentuais mais que há uma semana e 10,2 pp atrás de igual período da temporada passada.

    Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Paraná já concluíram a retirada do grão, enquanto Santa Catarina está à frente nos trabalhos de campo, com 99,4% da área colhida, seguido por Rio Grande do Sul, com 94%.

    A colheita das lavouras de arroz alcançava 70,6% da área prevista, avanço de 17,7 pontos percentuais em uma semana e atraso de 9,6 pontos porcentuais na comparação entre as safras. Santa Catarina (90%), Goiás (80%) e Rio Grande do Sul (74%) são os Estados mais avançados na retirada do cereal do campo.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Descoberta a planta de cobertura que aumenta a produtividade da soja em 17%

    Levantamentos técnicos da Fundação MS realizados ao longo de três anos encontrou substituto ao milho safrinha e a outras forrageiras

    Após três anos de levantamentos técnicos, a Fundação MS desvendou qual é a melhor planta de cobertura para consorciar com a soja e aumentar os níveis produtivos.

    Ao longo do estudo, notou-se avanço de rendimento médio de 17% na oleaginosa com o uso da Brachiaria brizantha, cultivar Piatã, em comparação a outras culturas de outono-inverno.

    “Foram observadas melhorias na cobertura do solo, na parte química e na redução de nematoides”, explica o pesquisador da Fundação MS, Douglas de Castilho Gitti.

    Segundo ele, o Piatã como alternativa ao milho safrinha tardio sobressaiu-se ao milho solteiro, ao milheto mais guandu, à aveia preta mais nabo forrageiro, ao sorgo granífero e ao sorgo forrageiro.

    “O ambiente com o Piatã proporcionou melhorias para que a soja produzisse mais, com uma produção adequada de palha, cobrindo mais o solo, por uma duração mais prolongada e de melhor qualidade, sem decomposição rápida”, explica.

    De acordo com ele, o desenvolvimento do capim proporciona melhor fertilidade ao solo, atribuindo melhorias na nutrição e no volume de raízes da soja, uma vez que contribui no incremento do potássio no solo, disponibilizando mais nutrientes para a planta.

    “Além disso, auxilia na redução de alguns nematoides, principalmente do gênero Rotylenchulus, que causam redução das radicelas (raízes mais finas) do sistema radicular da soja, assim permitindo boas condições de solo e raízes saudáveis à soja”.

    Planta na integração

    O presidente da Fundação MS, Daniel Franco Pereira, é um dos agricultores adeptos à integração lavoura-pecuária e confirma resultados positivos.

    “Há cerca de 20 anos meus pais já trabalhavam com integração, mas com o passar do tempo fomos adotando novas estratégias. Inicialmente dividimos uma área em quatro módulos, deixando cada talhão com capim, no prazo de um ano e meio, e só então passava para agricultura, que se estabelecia por quatro anos, até girar novamente”, explica.

    No entanto, nos últimos três anos, começou a fazer diferente. “Deixamos de plantar milho safrinha em uma determinada área, e nesse talhão semeamos o mix de duas braquiárias: ruzizienses e Piatã. Esse modelo, nas últimas seis safras, nos rendeu oito sacas a mais por hectare”, pontua.

    Além da produtividade

    Pesquisador há 27 anos do sistema de integração, o agrônomo e doutor em zootecnia, Luis Armando Zago Machado, da Embrapa Agropecuária Oeste, é um dos entusiastas desse modelo de produção, mas destaca que nem tudo é produtividade e que os benefícios vão além.

    “O principal benefício é a estabilidade da produção. O pico de produtividade não será na integração, mas as menores produtividades na época de seca também não acontecerão na integração”, destaca Zago.

    Segundo ele, o sistema tem sim condição de incrementar níveis produtivos de soja, mas isso nem sempre acontecerá. “Em geral sim, mas serão picos. E os benefícios são sustentáveis, por uma questão econômica, já que diminui os riscos ao agricultor”.

    Zago ainda sinaliza as vantagens do sistema para o solo e justifica o porquê da estabilidade na soja.

    “Quando falamos de lavoura tendemos a corrigir o solo quimicamente, mas parte da matéria orgânica é queimada por microrganismos. Então, quando introduzimos capim, gramíneas, leguminosas, fica muita folha, muito pau, isso colabora, com reflexo físico no solo, com nutrientes, mais disponibilidade de água, e avança a ambiência com a temperatura. Com isso, a questão biológica melhora, precisamos de palhada para ter a biologia funcionando”, completa.

    Futuro da agricultura

    O pesquisador da Embrapa relata que há pelo menos quatro milhões de hectares de baixa fertilidade e com aptidão para a soja em Mato Grosso do Sul e cabe ao sistema de integração com o uso de plantas forrageiras direcionar o avanço da produção.

    “Precisamos construir essa fertilidade, onde tem baixa disponibilidade de água, pouca precipitação, onde armazena menos água e sofre com altas temperatura. Então, a integração é fundamental para o estado, que para expandir, necessariamente, precisa ter o capim junto”, finaliza Zago.

    Apesar dos resultados satisfatórios dos levantamentos técnicos, o pesquisador lembra que ainda há muito o que ser estudado em relação às alternativas ao milho de inverno.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Transporte fluvial de grãos cresce 782% no Brasil em 13 anos

    Em 2010, o modal hidroviário representava apenas 8% do transporte de grãos no Brasil. Em 2023, esse número subiu para 19%

    O transporte de grãos por rios no Brasil registrou um aumento de 782% ao longo de 13 anos, conforme dados do Anuário Agrologístico 2024, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Segundo o estudo, o volume de soja e milho transportado por rios passou de 3,4 milhões de toneladas em 2010 para 30 milhões de toneladas no último ano.

    O transporte de grãos por rios no Brasil registrou um aumento de 782% ao longo de 13 anos, conforme dados do Anuário Agrologístico 2024, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Segundo o estudo, o volume de soja e milho transportado por rios passou de 3,4 milhões de toneladas em 2010 para 30 milhões de toneladas no último ano.

    “Os embarques de milho e soja pelos portos da região Norte já representam cerca de um terço do volume exportado pelo país. Esse resultado é obtido a partir do desenvolvimento do setor, impulsionado pela Lei dos Portos de 2013”, avalia o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth. “Vale destacar que os investimentos em infraestrutura não aparecem de imediato, levando tempo para serem percebidos”, completa.

    A Lei dos Portos de 2013 teve um papel crucial nesse crescimento, impulsionando investimentos e pedidos por novas instalações portuárias.

    De acordo com a Infra S.A., os pedidos para autorização de instalações portuárias privadas após a promulgação da lei saltaram de 3 em 2013 para 75 em 2014.

    Já a partir de 2015, essas solicitações por ano aumentaram em cerca de 4 vezes se comparadas com o período anterior à nova legislação.

    Atualmente, o país conta com 253 Terminais de Uso Privado (TUPs) e 247 Terminais Públicos.

    “Nós temos um crescimento de logística nos Rios da Amazônia que faz uma redução de custo, uma melhoria de receita ao produto e, sobretudo, não podemos esquecer que reduz o tempo de caminhão na estrada, com isso menos produção de produtos [gases] que possam afetar o meio ambiente”, ressaltou o diretor do Departamento de Análise Econômica e Políticas Públicas do Ministério da Agricultura e Pecuária, Silvio Farnese.

    Apesar do crescimento expressivo, o modal hidroviário ainda enfrenta desafios para alcançar seu pleno potencial. Segundo Thomé Guth, é preciso investir na melhoria das vias navegáveis e na construção de terminais de transbordo para impulsionar a intermodalidade no país. “Quando olhamos o modal hidroviário, apesar do aumento na participação no transporte de grãos, ainda é preciso superar desafios”, pondera o superintendente.

    Além do hidroviário, a integração com outros modais, como ferrovias e rodovias, também é fundamental para aumentar a competitividade dos grãos brasileiros no mercado internacional. “A ferrovia Norte-Sul, por exemplo, amplia as escolhas do produtor ao abrir um novo corredor logístico e traz competitividade no momento de exportar seus produtos, seja pelo litoral da Região Sudeste ou pelo Norte do país”, exemplifica Guth.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • 10 dicas para evitar que as cigarrinhas se tornem um prejuízo milionário às lavouras de milho

    Clima contribui para uma incidência até 280% maior nestes primeiros meses de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado

    As cigarrinhas do milho (Dalbulus maidis), responsáveis por transmitir as doenças do Complexo de Enfezamento, estão em alta no país, mesmo antes da segunda safra da cultura estar completamente semeada.Dados do levantamento realizado pelo Esquadrão de Combate à Cigarrinha, iniciativa da Bayer em parceria com a agtech SIMA, mostram que a incidência da praga está 280% maior nestes primeiros meses de 2024, se comparado ao mesmo período de 2023.

    Com o intuito de contribuir com uma melhor rentabilidade para a safrinha deste ano, a multinacional destacou algumas dicas para minimizar o problema, que engloba os enfezamentos vermelho, amarelo ou pálido e o raiado fino (vírus da risca).

    “Estes agentes possuem a capacidade de provocar grande impacto no metabolismo e perda do potencial produtivo. E o clima está favorecendo o aumento de incidência nos campos”, afirma o agrônomo de desenvolvimento de mercado da Bayer, Mateus Torrezan.

    Pré-plantio

    1. Eliminação do milho voluntário (tiguera ou guaxo): o produtor deve eliminar as plantas não cultivadas do cereal, oriundas de grãos perdidos no processo de colheita e transporte, que acabam germinando não só nas áreas agrícolas, como nos acostamentos e canteiros das estradas e cidades.

    “Esse milho voluntário acaba servindo de ponte verde entre uma safra e outra, abrigando tanto o inseto quanto os agentes causais das doenças. Ao se alimentar de uma planta contaminada, a cigarrinha pode se infectar e transmitir os três agentes juntos. Por isso, é importante controlar o milho tiguera assim que ele surgir, usando herbicidas graminicidas”, comenta

    2. Escolha de híbridos: esta é uma das estratégias mais importantes dentro do manejo do enfezamento do milho. A escolha de híbridos com maior grau de tolerância ao complexo de enfezamento ajuda nos casos de maior pressão da doença no decorrer do desenvolvimento da cultura. Vale ainda destacar a importância de optar sempre pelo uso de sementes certificadas e de qualidade.

    “Entre 2020 e 2023, estimamos que os híbridos lançados com este propósito [tolerância à praga] evitaram perdas de aproximadamente 3,67 milhões de toneladas de milho, que representam US$ 350 milhões”, afirma Pierre Spolti, diretor de fitopatologia e sistemas de reprodução da Bayer.

    Semeadura

    3. Tratamento de sementes: tratar o principal insumo da lavoura é uma prática de manejo que pode ser determinante para manter longe os insetos adultos das cigarrinhas da lavoura recém implantada de milho. Esse manejo pode trazer uma eficiência de até 90% no início da semeadura, diminuindo sensivelmente a incidência da praga, além de facilitar o manejo contra ela mais adiante.

    “O tratamento feito com máquinas industriais garante que cada semente receba a quantidade exata do ingrediente ativo, de maneira homogênea e com maior aderência. No tratamento feito na fazenda, o produtor terá que dividir o tempo que já é corrido durante a semeadura para fazer o processo e não conseguirá se dedicar como deveria. Além disso, o ingrediente ativo é colocado no tanque de mistura e não há garantia de que cada semente receberá a quantidade certa, gerando imperfeições que podem comprometer a proteção individual das plantas, além de aumentar a chance de travar a distribuição da plantadeira”, comenta.

    4. Distância de plantas já infectadas: manter uma distância segura de uma lavoura já infectada é de extrema importância. A cigarrinha é uma praga altamente migratória e tende a ir de áreas com estádio de desenvolvimento mais avançado para as mais novas. Com isso, a infecção tende a ocorrer de maneira mais precoce, o que torna seu potencial de dano mais severo.

    5. Seguir as recomendações sobre janela de plantio e sincronização: cada empresa, por meio de seus estudos e pesquisas para o desenvolvimento de híbridos, determina o melhor período de plantio de cada material para cada região, com o intuito de maximizar a expressão do potencial produtivo.

    Seguir este posicionamento, assim como o zoneamento agroclimático estabelecido para a cultura na região, são práticas fundamentais para uma melhor sincronização de plantio e redução da migração de cigarrinhas de áreas mais antigas para as mais novas. Isso também torna as estratégias de manejo mais eficientes, justamente por trabalharem de maneira mais condensada em curto período.

    6. Monitoramento: após a emergência do milho, o monitoramento das lavouras deve ser contínuo. Ao detectar a presença da cigarrinha, o manejo populacional deve ser iniciado por meio do uso de inseticidas registrados.

    7. Manejo populacional: após o milho emergir e o produtor já notar a presença de cigarrinhas assim que abrir as duas primeiras folhas, é o momento de aplicar um produto de contato que sirva para o combate de percevejos e adultos de cigarrinha. O agroquímico também deve ter uma segunda aplicação, com um intervalo de no mínimo sete dias da primeira aplicação, após as duas folhas iniciais estarem expandidas (estádio V2).

    As ninfas das cigarrinhas são pragas que conseguem se esconder dos inseticidas convencionais e podem gerar uma explosão populacional se não forem controladas.

    “É preciso ficar atento à indicação da bula, pois os defensivos de contato, de maneira geral, só devem ser aplicados duas vezes por ciclo da cultura, enquanto os neonicotinóides, que matam as ninfas, só podem ser aplicados três vezes por safra”, diz Torrezan.

    Colheita e pós-colheita

    8. Atenção durante a colheita: na operação de colheita é importante que o milho esteja na umidade ideal e que os equipamentos estejam devidamente regulados. Estes fatores contribuem para que haja menos perdas de espigas e grãos no processo de corte pela colhedora.

    9. Transporte dos grãos: é importante o produtor se certificar se as carrocerias dos caminhões estão vedadas e devidamente enlonadas durante o transporte, evitando assim perdas de grãos no trajeto que possam se tornar plantas voluntárias, hospedeiras de cigarrinhas.

    “Isso pode afetar propriedades vizinhas, em um primeiro instante, e logo se tornarão uma ponte verde para o produtor que perdeu seus grãos no transporte”, afirma.

    10. Rotação de cultivos: no planejamento do ano safra da propriedade, o sistema de rotação de cultura é essencial, evitando a sucessão de culturas, principalmente milho sobre milho. A chamada ponte verde de milho favorece a sobrevivência dos patógenos e do vetor, que permanecem sempre em populações elevadas, dificultando o controle, diminuindo a produtividade e elevando os custos.

    “Por fim, vale relembrar que como notado acima, não há uma solução única e definitiva para o desafio do complexo de enfezamento do milho. O manejo integrado de pragas, considerando as boas práticas, realizadas de forma conjunta, são fundamentais para promover um manejo satisfatório, mantendo as lavouras de milho produtivas e viabilizando esta cultura tão importante para a agricultura brasileira”, finaliza o agrônomo.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil deve exportar 96 milhões de toneladas de soja em 2024, diz consultoria

    A oferta total de soja no Brasil deve recuar 4% em 2024, chegando a 156,54 milhões de toneladas, aponta Safras & Mercado

    Apesar de em menor volume do que no ano anterior, o Brasil deverá exportar uma grande quantidade de soja em 2024.

    Consultoria Safras & Mercado atualizou suas projeções de oferta e demanda, revisando para cima a estimativa de exportações brasileiras.

    As exportações brasileiras de soja devem totalizar 96 milhões de toneladas em 2024, representando uma queda de 6% em relação às 101,86 milhões de toneladas exportadas em 2023.

    No relatório anterior, divulgado em março, a projeção era de 94 milhões de toneladas.

    A Safras estima o esmagamento de 54,3 milhões de toneladas em 2024, um aumento em relação às 53,165 milhões de toneladas esmagadas em 2023. A previsão de esmagamento para 2024 se manteve inalterada desde março.

    A consultoria projeta a importação de 650 mil toneladas em 2024, um aumento significativo em relação às 181 mil toneladas importadas em 2023.

    A oferta total de soja deve recuar 4% em 2024, chegando a 156,54 milhões de toneladas.

    Safras projeta a demanda total de soja em 153,3 milhões de toneladas para 2024, representando uma queda de 4% em relação ao ano anterior.

    Consequentemente, os estoques finais devem apresentar queda de 30%, passando de 4,641 milhões para 3,237 milhões de toneladas.

    Farelo e óleo de soja

    Safras estima a produção de farelo de soja em 41,75 milhões de toneladas para 2024, mantendo-se o mesmo nível do ano anterior. As exportações devem cair 7% para 21 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 18,6 milhões, recuando 6%.

    Os estoques devem subir 147% para 3,62 milhões de toneladas.

    A produção de óleo de soja deverá crescer 1% para 10,96 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,3 milhão de toneladas, com queda de 44%.

    O consumo interno deve subir 12% para 9,65 milhões de toneladas.

    O uso para biodiesel deve aumentar 17% para 5,6 milhões de toneladas. A previsão é de estoques subindo 12% para 575 mil toneladas.

    Mercado

    No Brasil, a semana foi marcada por poucos negócios e dificuldade em definir preços. Enquanto o dólar subiu forte na semana, atingindo os maiores patamares em mais de um ano.

    Em contrapartida, os contratos futuros em Chicago tiveram a maior queda semanal desde agosto de 2023. Até o momento, a posição maio/24 acumula 3,3% de perdas em relação à semana anterior.

    O avanço do plantio nos Estados Unidos, a boa oferta de soja da América do Sul e a fraca demanda pela soja americana compuseram ao longo da semana um quadro negativo aos preços na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).

    Além disso, pesa sobre os contratos das commodities agrícolas o clima de aversão ao risco no mercado financeiro global.

    As dúvidas sobre quando vai iniciar os cortes dos juros americanos faz o capital procurar por investimentos mais seguros, como câmbio e títulos do Tesouro americano, movimento que pesou sobre a soja.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Pesquisa desenvolve bioinsumo com dupla função para a soja

    Testes de campo revelaram aumento de 10% no rendimento da soja com a aplicação do bioinsumo

    Resultado de uma parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com a empresa privada Innova Agrotecnologia, o Combio é o primeiro bioinsumo para a soja brasileira com duas funções: estimulação de crescimento e proteção contra fungos.

    O produto é uma combinação de três estirpes bacterianas que atuam na fixação biológica de nitrogênio e na promoção de crescimento de plantas: BR 29, BR 10788 e BR 10141.
    “O diferencial desse inoculante é que colocamos bactérias que desempenham vários mecanismos estimuladores e que também protegem as sementes na fase de emergência do solo, evitando ataque de fungos oportunistas”, detalha o pesquisador Jerri Zilli, da Embrapa Agrobiologia (RJ), um dos responsáveis pela pesquisa.

    Testes de campo desenvolvidos pela Innova Agrotecnologia revelaram aumento de 10% no rendimento de grãos.

    Nem mesmo a forte estiagem ocorrida na safra 20/21, a exemplo do que ocorreu no estado de Mato Grosso, impediu o efeito satisfatório do bioinsumo.

    No Paraná, uma lavoura sem qualquer inoculante apresentou rendimento de 61 sacas por hectare, outra com coinoculação tradicional rendeu 63 sacas e a área com o Combio teve rendimento de 66 sacas. “Nossa intenção não é confrontar os inoculantes que estão no mercado. O objetivo é incentivar um manejo que evite fungicidas químicos, considerados agressivos à bactéria rizóbio”, pontua Zilli.

    O produto surgiu a partir de uma prospecção de centenas de bactérias com o objetivo de encontrar microrganismos antagônicos a fungos que interferem na germinação e emergência das plântulas de soja na lavoura.Atualmente, para garantir o bom stand de plantas, praticamente 100% das lavouras de soja no Brasil recebem tratamento de sementes com fungicidas químicos, que, na maioria das vezes, são prejudiciais ao BR 29. “Durante o estudo, verificamos que BR 10788 e BR 10141 apresentavam grande potencial antagônico a fungos e, além disso, estimulavam as plantas por meio de diversos mecanismos, culminando em plântulas mais uniformes e com maior vigor”, explica Zilli.

    Constatada a característica de proporcionar o crescimento das plantas de soja, as bactérias foram consorciadas a BR 29, imprescindível para o aporte de nitrogênio à cultura. Após os testes em casa de vegetação e em campo, constatou-se que as plantas inoculadas com o Combio desenvolveram-se de forma superior comparativamente à inoculação padrão com BR 29, e apresentaram ampla nodulação e sanidade.

    O pesquisador da Embrapa Luís Henrique Soares de Barros acredita que o Combio possa substituir com vantagens o inoculante tradicional na cultura da soja, que contém apenas o microrganismo específico destinado à fixação biológica de nitrogênio. “O Combio tem, além do microrganismo simbionte, duas outras estirpes, que valorizam a promoção do crescimento e conferem maior vigor para a cultura, por meio de atuação bioquímica complementar à planta”, revela.

    Os testes para validação do efeito de antagonismo a fungos para fins de registro como fungicida biológico estão em andamento e seguindo a legislação vigente. A expectativa dos pesquisadores envolvidos é que esse diferencial seja totalmente comprovado e que, em breve, o produto possa ser oferecido como o primeiro bioinsumo multifuncional para a soja. “Agregamos duas funções em um único produto, o que confere maior praticidade. Com menos uma etapa no campo, o agricultor tem menos trabalho”, frisa Barros.

    Atualmente, o produto tem um registro especial temporário e está sendo ofertado como inoculante com ação na fixação biológica de nitrogênio e na promoção de crescimento de plantas de soja. Para ser comercializado como biofungicida, precisa ainda cumprir algumas exigências da atual legislação brasileira. A expectativa é que essa nova tecnologia esteja disponível nas próximas safras.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • RS colheu 66,9% da área semeada com arroz na safra 2023/24, diz Irga

    Até o momento, a média de produtividade está em 8.674 quilos por hectare

    O Rio Grande do Sul colheu, até quinta-feira passada (18), 66,9% da área semeada com arroz irrigado na safra 2023/24, informou o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga). Esse porcentual equivale a 603.136 hectares, de um total de 900.203 semeados. O avanço de uma semana para a outra foi de nove pontos porcentuais, diz o Irga, em função das chuvas registradas na última semana, e que provocaram enchentes em algumas regiões produtoras.

    Até o momento, a média de produtividade está em 8.674 quilos por hectare. “Quando se analisa o comportamento da média, observa-se que está em tendência de baixa nas últimas semanas, sendo que o ponto de média mais alta ocorreu no levantamento do dia 20 de março, quando atingiu 8.817 kg/ha”, cita o Irga, em nota. “Ou seja, até o levantamento do dia 17 de abril, já foi registrada uma redução na média de 143 kg/ha.”

    Para o Irga, a previsão é de que essa tendência de baixa na média vai se intensificar nas próximas semanas em função das enchentes e de acamamentos provocados pelas últimas chuvas. Das seis regionais, as mais adiantadas são as Planícies Costeira Interna e Externa, cada uma com 73% das áreas colhidas. A mais atrasada é a Central, com 50%. Encontram-se em estágio reprodutivo 3,1%, enquanto 28,3% estão em fase de maturação.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Boi magro: momento favorece compra para confinamento

    O milho e o farelo de soja estão em patamares inferiores aos registrados em anos recentes

    Pesquisas do Cepea apontam que a atual relação entre os preços do boi magro e os ajustes do contrato julho/24 negociado na B3 (distante três meses, período de um ciclo de confinamento) sinaliza um bom momento para as compras de novos lotes dessa categoria de animal.
    Ao contrário do que acontecia até o início desta década, desde 2022, levantamento do Cepea mostra que os valores do boi magro têm caído de março a maio, justificados pela demanda relativamente baixa de agentes que ainda não concluíram o planejamento das operações do segundo semestre.

    Ressalta-se que o boi magro representa cerca de 60% do custo de produção de confinamento.

    Os outros insumos de impacto nos custos são os da alimentação. O milho e o farelo de soja, tradicionais balizadores da cotação de alternativas para a dieta, estão em patamares inferiores aos registrados em anos recentes.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Fim do El Niño abre caminho para La Niña; veja previsão do Inmet

    A previsão indica que os efeitos do La Niña no Brasil podem ser sentidos já a partir de junho, julho e agosto, ou seja, durante o inverno

    El Niño, fenômeno climático caracterizada pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial, está chegando ao fim e se aproximando da neutralidade climática, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

    Desde o início de abril, houve um resfriamento considerável das Temperaturas da Superfície do Mar (TSMs), atingindo valores próximos a 0,5ºC acima da média nos últimos cinco dias, na região de referência conhecida como Niño 3.4.

    Entre fevereiro e março deste ano, as TSMs já apresentavam um declínio gradual, passando de 1,5°C para 1,2°C acima da média.

    A neutralidade climática deve prevalecer até meados de junho, de acordo com os modelos climáticos analisados pelo Inmet.

    La Niña em formação para o segundo semestre

    Enquanto o El Niño se dissipa, áreas do Pacífico Equatorial, como a costa oeste da América do Sul, já apresentam temperaturas mais baixas que o normal, sinalizando a possível formação do La Niña no segundo semestre, conforme boletim do Inmet.

    O La Niña é caracterizado pela diminuição da temperatura da superfície das águas no Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental.

    A previsão indica que seus efeitos no Brasil podem ser sentidos já a partir de junho, julho e agosto, ou seja, durante o inverno.

    Impactos no Brasil

    A intensidade da La Niña ainda é incerta, mas seus impactos no Brasil geralmente incluem:

    • Aumento das chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste.
    • Chuvas irregulares e risco de seca ou estiagem na Região Sul, Centro-Oeste e parte do Sudeste, principalmente durante a primavera e o verão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • RS proíbe benefício fiscal para empresas que usam leite ou queijo importados

    54% do leite integral em pó adquirido no Rio Grande do Sul nos últimos 12 meses teve origem em outros países

    A partir de 2025, empresas do Rio Grande do Sul que utilizarem leite em pó ou queijo importados em seu processo industrial perderão o acesso ao benefício fiscal do crédito presumido.

    A medida (Decreto 57.571/2024), que visa proteger os produtores locais da concorrência desleal com produtos estrangeiros, principalmente aqueles provenientes do Mercosul, foi assinada pelo governador em exercício Gabriel Souza, nesta quinta-feira (18).

    “Agora, nos tornamos o Estado brasileiro que mais protege o produtor, condicionando o acesso ao benefício do crédito presumido por empresas de produtos lácteos ao fato de não importarem esses materiais de outros países”, diz o governador.

    O governador em exercício, Gabriel Souza, destacou que o Rio Grande do Sul já praticava medidas protecionistas, com alíquotas de 12% para o leite em pó importado e 17% para a mussarela.

    A nova iniciativa atende a um antigo pedido do setor leiteiro gaúcho.

    Dados do Radar do Mercado Gaúcho, da Receita Estadual, revelam que 54% do leite integral em pó adquirido no Rio Grande do Sul nos últimos 12 meses (entre março de 2023 e fevereiro de 2024) teve origem em outros países.

    Em 2023, o valor dos créditos fiscais presumidos utilizados pelas empresas do setor ultrapassou R$ 230 milhões.

    “Acreditamos que essa medida vai ter um impacto positivo na cadeia leiteira gaúcha, incentivando o uso de produtos locais e fortalecendo a nossa economia”, disse o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Pereira. “Não deve haver impacto significativo na arrecadação, pois as empresas provavelmente buscarão alternativas para manter o acesso aos benefícios fiscais, o que deve levar ao aumento na compra de produtos gaúchos.”

    O decreto entra em vigor no próximo ano, em razão do princípio da noventena ou da anterioridade fiscal, que impede a aplicação imediata de novas regras fiscais.

    Setor do leite em crise

    O presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, lamentou que o decreto não possa entrar em vigor imediatamente devido a questões legais.

    Ele ressaltou os investimentos feitos pelos produtores na qualidade do produto e a necessidade de medidas para garantir a competitividade com os produtos importados.

    “O produtor se adaptou, investiu em sanidade e qualidade, mas falta competitividade com o produto importado”, disse Tang. “Esperamos que o governo federal também tome medidas para proteger os produtores de leite. Somos uma cadeia que perdeu mais de 50% dos seus produtores no Rio Grande do Sul nos últimos anos. É urgente que outras medidas como essa sejam implementadas”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/