Monthly Archives

maio 2024

  • Mapa publica o Zarc Soja para a safra 2024/25

    Adesão ao Zoneamento Agrícola de Risco Climático da Soja reduz a possibilidade de produtores terem quebras por conta da falta ou excesso de chuva

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na segunda-feira (13) as Portarias que aprovam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático da Soja (Zarc), ano-safra 2024/2025, nos seguintes estados:

    • Rio de Janeiro
    • Goiás
    • Mato Grosso
    • Mato Grosso do Sul
    • Bahia
    • Maranhão
    • Piauí
    • Acre
    • Pará
    • Rondônia
    • Tocantins
    • Minas Gerias
    • São Paulo
    • Paraná
    • Rio Grande do Sul
    • Santa Catarina
    • Distrito Federal

    O zoneamento é fundamental para mitigar os impactos climáticos, permitindo aos produtores identificar os momentos ideais para o plantio, considerando as particularidades de cada região, tipo de solo e ciclo da cultura.

    No contexto da soja, as Portarias estabelecem áreas e períodos de semeadura, com simulações de perdas de rendimento de até 20%, 30% e 40% devido a condições meteorológicas adversas. Essas diretrizes contribuem para ampliar as áreas de cultivo, reduzir perdas de produtividade e assegurar estabilidade na produção.

    É importante ressaltar que o Zarc direciona-se ao plantio da soja em condições de sequeiro. Para lavouras irrigadas, o produtor deve seguir as recomendações específicas do zoneamento para essa modalidade de cultivo ou da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) local, considerando as particularidades de cada agroecossistema.

    Essencial ao Proagro e PSR

    Ademais, para prevenir e controlar a ferrugem asiática, é essencial aderir às determinações sobre vazio sanitário e calendário de plantio estabelecidos pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.

    Segundo o Mapa, a adesão às diretrizes do Zarc não só reduz a exposição aos riscos climáticos para os agricultores, mas também possibilita a elegibilidade para benefícios como o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

    Além disso, muitas instituições financeiras condicionam a concessão de crédito rural à conformidade com as áreas zoneadas.

    Acesso ao Zarc Soja

    As consultas podem ser feitas por meio da plataforma “Painel de Indicação de Riscos” ou no aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, disponível nas lojas de aplicativos: iOS e Android.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Agricultura familiar: renovação da declaração é prorrogada no RS

    Documento vale por 2 anos e é usado para identificar agricultores, assentados, extrativistas, quilombolas e indígenas

    O prazo para renovação da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) foi prorrogado por seis meses no Rio Grande do Sul. O documento, com validade de dois anos, é usado para identificar agricultores, assentados, extrativistas, quilombolas e indígenas e facilitar o acesso às políticas públicas, como as linhas de crédito, por exemplo.

    A portaria do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, publicada nesta terça-feira (14) no Diário Oficial da União, considera os documentos com vencimento entre 1º de maio de 2024 e 31 de outubro de 2024, das unidades ou empreendimentos familiares abrangidas pelo decreto estadual que reconheceu a calamidade pública no estado, em decorrência das fortes chuvas potencializadas por extremos climáticos.

    No início de maio, o governo federal anunciou a liberação de R$ 1 bilhão para financiar em até 120 meses, com carência de 36 meses, e descontos nos juros, o pagamento das parcelas financiadas pelas famílias participantes do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Além da carência, os refinanciamentos poderão ser pagos em até dez anos.

    Após temporais e enchentes enfrentados pela maior parte do Rio Grande do Sul, o estado tem previsão de mais chuvas com menos intensidade, mas com queda na temperatura, podendo prolongar ainda mais o início da recuperação das cidades. Nesta terça-feira, outras medidas de apoio financeiro deverão ser anunciadas pelo governo federal, durante nova ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao estado.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Governo flexibiliza regras para produção de alimentos no RS

    Medida permite que estabelecimentos do Sisbi-POA no estado processem matérias-primas de estabelecimentos com outros selos de inspeção

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou uma flexibilização nas regras de produção de alimentos de origem animal no Rio Grande do Sul.

    O Mapa autorizou, de forma excepcional, que estabelecimentos do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) no Rio Grande do Sul processem matérias-primas provenientes de estabelecimentos com outros selos de inspeção.

    A medida, segundo o governo, tem o objetivo de apoiar o setor, que enfrenta perdas econômicas significativas devido a calamidades públicas em diversos municípios, e garantir a continuidade do fornecimento de alimentos à população.

    A autorização permite que animais abatidos em serviços de inspeção municipal, que não fazem parte do Sisbi-POA, sejam processados em unidades que integram o sistema e recebam a rotulagem com o selo do Sisbi.

    “Por exemplo, um animal abatido em um serviço de inspeção municipal que não integra o Sisbi-POA poderá, neste momento, ser industrializado em uma unidade com Sisbi e, assim, transformado em um embutido que pode utilizar na sua rotulagem o selo do Sistema Brasileiro de Inspeção, atestando a qualidade deste produto”, explica o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.

    Os fornecedores de matérias-primas devem manter condições higiênico-sanitárias adequadas e realizar inspeção ante e post-mortem conforme os critérios do Decreto n° 9.013/2017.

    Os estabelecimentos processadores, por sua vez, devem garantir o controle de recebimento de matéria-prima, rastreabilidade e produção.

    ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o governo está comprometido em apoiar o Rio Grande do Sul, embora ainda seja difícil quantificar os prejuízos.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Trigo: chuva no Rio Grande do Sul deixa moinhos em alerta

    Estradas e pontes comprometidas têm limitado a entrega de novos lotes no estado

    As inundações no Rio Grande do Sul vêm preocupando agentes de moinhos – a cultura de trigo está em entressafra no estado. Segundo colaboradores consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as estradas e pontes comprometidas têm limitado a entrega de novos lotes.

    Esse cenário elevou, sobretudo, os preços no Paraná e em São Paulo, uma vez que parte da demanda foi redirecionada para esses estados, conforme apontam levantamentos do Cepea.

    No campo, triticultores devem começar a semeadura neste mês no Rio Grande do Sul. Apesar de os solos estarem saturados pelas chuvas, as maiores áreas de cultivo de trigo localizam-se no noroeste do estado, região menos afetada pelas intensas chuvas, segundo informações captadas pelo Cepea. No Paraná, as atividades já avançam.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Colheita da soja atinge 96,4% da área; veja evolução dos estados

    Trabalhos estão atrasados em relação à temporada passada e também ante à média das últimas cinco temporadas

    Por conta da paralisação da colheita da soja no Rio Grande do Sul em virtude das fortes chuvas, os trabalhos em 2023/24 estão atrasados em relação à temporada passada e também em comparação à média das últimas cinco safras.

    Até o momento, a atividade da retirada do grão atinge 96,4% da área estimada (45 milhões de hectares). No mesmo período do ciclo anterior, as máquinas tinham avançado em 98% das lavouras dedicadas à cultura, enquanto a média dos últimos cinco ciclos é de 98,1%. O levantamento, até a última sexta-feira (10), parte da consultoria Safras & Mercado.

    Prováveis perdas

    Atualmente, 441 municípios do Rio Grande do Sul estão em estado de calamidade pública. Desses, muitos são reconhecidos pela produção de soja, como São Gabriel, São Borja, Tapes, Passo Fundo e Frederico Westphalen, apenas para citar alguns.

    Em grande parte deles, a colheita segue paralisada e ainda não se sabe a quantidade de plantações que foram totalmente perdidas. Na safra passada, 89% da área do estado já havia sido colhida. Esse índice é de 91,8% nas últimas cinco temporadas.

    Estima-se que ainda restem cerca de 1,5 milhão de hectares que estariam prontos para serem colhidos no estado. Para o analista da Safras, Luiz Fernando Gutierrez Roque, de duas a três milhões de toneladas do grão podem ter sido deterioradas.

    Evolução da colheita de soja

    Rio Grande do Sul: 78%

    Paraná: 100%

    Mato Grosso: 100%

    Mato Grosso do Sul: 100%

    Goiás: 100%

    São Paulo: 100%

    Minas Gerais: 100%

    Bahia: 100%

    Santa Catarina: 97%

    Maranhão: 97%

    Piauí: 99%

    Tocantins: 99%

    Outros: 96%

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Semana da soja é marcada por receio de perdas no RS e relatório do USDA

    Situação das lavouras e estado dos armazéns são pontos de atenção. Relatório do órgão norte-americano projetou safra brasileira acima da esperada pelo mercado

    A tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul não poupou a produção agrícola do estado. As inundações devem trazer redução na produção de soja do estado e, consequentemente, do Brasil.

    Na avaliação do analista e consultor de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, ainda é um pouco cedo “para termos um número assertivo, mas certamente a gente vai reduzir nossa estimativa para a safra”.

    Conforme o analista, cerca de 25% das lavouras gaúchas ainda não foram colhidas. São cerca de 5 milhões de toneladas que podem estar vulneráveis. “Não quer dizer que a gente já perdeu esse volume, mas ele está em risco”, explica.

    Soja armazenada

    Outro problema é que algumas áreas onde a soja já foi colhida e estava armazenada também foram inundadas. “A gente recebeu imagens de silos inundados e isto também precisa ser avaliado”, relata o consultor, acrescentando que podem ser necessárias algumas semanas para entender o tamanho do estrago.

    Com o corte esperado na safra gaúcha, o recorde de 22,7 milhões de toneladas estimadas anteriormente por Safras e Mercado não vai ser alcançado. “Lamentavelmente, meu sentimento é que devemos cortar de 2 a 3 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul”, acredita Gutierrez Roque.

    Produção já garantida

    Mesmo com as perdas no Rio Grande do Sul, o consultor lembra que 75% da safra gaúcha de soja já tinha sido colhida e com bons rendimentos. “A gente tem uma boa parte de produção já
    garantida”, frisa.

    “A não ser que muitos mais silos tenham sido afetados, a safra gaúcha será maior que o ano passado”, completa.

    Relatório Emater

    O Informativo Conjuntural da Emater-RS, divulgado nesta quinta-feira (9), aponta que as perdas de produção serão elevadas, podendo atingir até 100% das áreas remanescentes.

    “Algumas infraestruturas de armazenagem de grãos também foram danificadas, o que pode afetar a produção colhida anteriormente. A colheita foi suspensa, durante todos os dias, na maior parte do estado. Contudo, nas regiões Noroeste e Campanha, onde as precipitações iniciaram em 1 de maio, a operação pôde ser realizada entre os dias de 29 e 30 de abril, mas, de maneira precária, pois os grãos estavam excepcionalmente úmidos”, aponta o documento.

    O Informativo também traz o detalhamento da soja nos principais municípios afetados. Confira aqui.

    Relatório USDA

    O relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta sexta-feira (10), projetou safra mundial de soja em 2024/25 de 422,26 milhões de toneladas. Para 2023/24, a previsão é de 396,95 milhões de toneladas.

    Para a produção brasileira, o USDA reduziu a estimativa de produção para 154 milhões de toneladas, contra 155 milhões do relatório anterior e 152,6 milhões da previsão do mercado. A primeira estimativa para 2024/25 é de 169 milhões de toneladas.

    Já para a Argentina, a previsão para 2023/24 foi mantida em 50 milhões de toneladas, contra expectativa de 49,5 milhões do mercado. Para 2024/25, a projeção inicial é de 51 milhões de
    toneladas.

    As importações chinesas em 2023/24 foram mantidas em 105 milhões de toneladas. Para o próximo ciclo da soja, a previsão é de um número subindo para 109 milhões de toneladas.

    Comercialização de soja

    A comercialização da safra 2023/24 de soja do Brasil envolve 50,7% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 6 de maio. No relatório
    anterior, com reportes de 5 de abril, o número era de 41,4%.

    Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 51% e a média de cinco anos para o período é de 64,8%. Levando-se em conta uma safra estimada em 151,25 milhões de toneladas, o total de grãos já negociado é de 76,645 milhões de toneladas.

    A respeito da venda futura, a consultoria aponta que atinja 5,9%. Em igual período do ano passado, a comercialização antecipada era de 6% e a média para o período é de 14,9%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Enchentes no Rio Grande do Sul paralisam mercado de trigo

    Do ponto de vista da produção, a janela de plantio do trigo no Rio Grande do Sul começou em 1º de maio, quando as chuvas já estavam castigando o estado

    mercado brasileiro de trigo teve apenas algumas transações isoladas nesta semana. A atenção dos agentes está voltada para a catástrofe climática no Rio Grande do Sul.

    analista da Safras & Mercado, Elcio Bento, tem enfatizado nos últimos dias que não houve negociações no estado.

    No Paraná, por sua vez, há indícios de uma maior necessidade de importação, o que faz os produtores segurarem seu produto aguardando momentos mais favoráveis para negociar.

    Embora as enchentes não tenham atingido as principais regiões produtoras de trigo no Rio Grande do Sul, o sentimento na cadeia é de “total pessimismo”. Isso se deve ao fato de que muitos moinhos foram severamente afetados pelas inundações. Tradicionalmente, a indústria moageira se instala às margens dos rios. Os que escaparam ilesos estão enfrentando interrupções na logística devido aos bloqueios de estradas.

    De qualquer forma, essa é a menor das preocupações no momento. A Safras News conversou com representantes de moinhos gaúchos nos últimos dias, que destacaram o foco total em ajudar os afetados pelas enchentes. Além das comunidades próximas às fábricas, há funcionários das empresas que estão desabrigados devido às enchentes. Além disso, ainda é cedo para avaliar os danos.

    Do ponto de vista mercadológico, o analista Elcio Bento observa que é improvável que os preços não sejam ajustados. Uma das empresas disse que, apesar das cotações defasadas da farinha, não haverá ajustes no momento. “Estamos mantendo os preços, tentando organizar a logística para não prejudicar ninguém”.

    Outro ponto é que não é possível saber em que condições está o trigo armazenado pelos moinhos ou pelos produtores. Uma das empresas informou que estava aguardando 6 mil toneladas de cereal da Argentina. O produto está submerso no porto de Porto Alegre.

    Essas indústrias geralmente operam com estoques consideráveis, então a escassez não é uma preocupação iminente. Por outro lado, as operações normalmente ocorrem 24 horas por dia, em três turnos. E a maioria dos moinhos afetados acabou de completar uma semana com atividades suspensas. “Trabalhamos com uma variedade de cenários, desde os mais otimistas até os mais pessimistas”, disse uma fonte.

    Do ponto de vista da produção, a janela de plantio do trigo no Rio Grande do Sul começou em 1º de maio, quando as chuvas já estavam castigando o estado.

    Algumas regiões podem ter iniciado o plantio, mas ainda não são significativas em nível estadual. Bento e o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, concordam que não parece haver risco de a safra não ser plantada.

    Além das principais áreas produtoras não terem sido tão afetadas, a janela se estende por dois meses.

    Até lá, é necessário avaliar as condições do solo e resolver questões logísticas para a chegada de insumos. Os impactos sobre a soja também podem afetar a capitalização e o ânimo dos produtores afetados.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Governo federal anuncia medidas para ajudar setor de leite no RS

    A medida autoriza, temporariamente, a simplificação de regras para os estabelecimentos produtores de leite e derivados registrados no SIF

    Em resposta aos impactos das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou nesta quinta-feira (9) a Portaria nº 1.108/24.

    A medida autoriza, temporariamente, a simplificação de regras para os estabelecimentos produtores de leite e derivados registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF) no estado.

    A iniciativa visa auxiliar os produtores afetados pelas inundações, permitindo a continuidade das operações e a garantia do abastecimento de produtos lácteos para a população.

    “O governo está trabalhando para dar total apoio ao agro no Rio Grande do Sul. Nós do Mapa estamos desempenhando um papel ativo para apoiar o produtor gaúcho. O Brasil reconhece a importância do estado. A preservação do produtor vai ser feita”, diz o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    Uma das medidas emergenciais adotadas é a coleta de leite e derivados diretamente das propriedades rurais nos municípios afetados pela calamidade, sem a necessidade de cadastro prévio no Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF) ou de realizar análises laboratoriais prévias dos produtos. Isso visa facilitar e agilizar o processo de produção e distribuição, garantindo o fluxo contínuo da cadeia produtiva.

    Adicionalmente, a Portaria reforça a possibilidade de empréstimo de embalagens e produtos controlados entre os estabelecimentos de leite e derivados, registrados sob diferentes esferas de inspeção sanitária, mediante controle documentado da cessão e recebimento, visando a organização e o controle adequado dos estoques.

    O RS é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, contribuindo com cerca de 12,1% da produção (4,2 bilhões de litros em média no triênio 2020-2022).

    O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, garante que não há risco de desabastecimento no varejo ou para o abastecimento das vítimas das inundações.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Perdas de soja no RS faz consultoria rever safra nacional para baixo

    AgResource Brasil divulga novos números para os ciclos da oleaginosa, do milho e também do trigo, todos prejudicados pelas enchentes gaúchas

    Os reflexos da tragédia no Rio Grande do Sul foram consideradas na revisão das estimativas de produção de soja para o país, feitas pela AgResource Brasil para a safra 23/24.

    Agora, a consultoria aponta que o Brasil deve produzir 144,59 milhões de toneladas do grão. Trata-se de uma leve redução nos números finais. Apesar dos ajustes de área para cima (a empresa estimava 0,4 milhão de hectares acima do projetado pela Conab), as perdas dos gaúchos foram capazes de pressionar o número final de safra para baixo.

    Assim, as perdas de área de soja serão de aproximados 0,29 milhão de hectares no estado, com perdas de produção projetadas em 1,78 milhão de toneladas.

    Além disto, a AgResource Brasil destaca que os impactos no estado sulista não serão, exclusivamente, em razão dos estragos nas lavouras, mas também devido às centenas de bloqueios nas estradas.

    “O potencial de armazenagem de grãos no Rio Grande do Sul representa 16% do armazenamento total do Brasil, além de quase 15% da capacidade de processamento de soja do Brasil estar no estado do Rio Grande do Sul. Os impactos ainda são imensuráveis”, destaca a consultoria.

    Chuvas continuam ameaçando

    As previsões climatológicas apontam que as chuvas ainda continuam na região Sul até o dia 23 de maio, com acumulados de 100 a 180 mm em praticamente todo o solo gaúcho, o que mantém o risco de deslizamentos e deve atrapalhar o progresso das equipes de resgates.

    Além disso, um frio generalizado começa a ser projetado para o estado nas próximas duas semanas. “Há ainda uma tendência de que a Conab aumente a área no relatório de maio em relação a abril, mas o Rio Grande do Sul pode ser o grande balizador dos números finais”, destaca a consultoria.

    No milho, a AgResource Brasil refez suas análises para esta temporada. A estimativa de produção fica em 113,11 MMT, ligeiramente menor em 1,08 MMT, queda de 0,95% em comparação a própria estimativa da empresa em 114,19 MMT, agora com produtividades aproximadamente de 5,47 Ton/ha.

    Além da soja, o milho

    Em relação ao milho, a safra de verão 2023/24 no Rio Grande do Sul foi paralisada em grande parte com 83% das lavouras colhidas.

    A AgResource estima um impacto potencial de 1,31 milhões de toneladas na produção nacional se os problemas continuarem, mas o que já se estima é uma redução de 36% de área a ser colhida (até 6 de maio), ou 9% sobre a área total plantada estimada pela Conab – isto é, uma produção de aproximados 4,44 milhões de toneladas, queda de 13,55% em relação ao esperado inicialmente.

    Ainda assim, a estimativa da produção de milho total do Brasil da AgResource é 1,94% maior do que a Conab relatou no relatório de abril.

    Por fim, o trigo no Rio Grande do Sul encontra-se com 0% de área plantada até 6 de maio. Vale lembrar que a produção estadual representa quase 35% da demanda interna do país, além de 45% da produção e 42% da área total. Assim, o impacto das chuvas será sentido em todo Brasil.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Adesão obrigatória de produtores rurais à nota fiscal eletrônica é adiada para 2025

    O adiamento se dá em decorrência das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que causaram alagamentos e comprometeram a capacidade de adesão dos produtores ao novo sistema

    obrigatoriedade da Nota Fiscal de Produtor Eletrônica (NFP-e) para produtores rurais foi adiada para 2 de janeiro de 2025.

    Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) tomou a decisão nesta terça-feira (7).

    Originalmente prevista para iniciar em 1º de maio, a transição para o novo documento fiscal estava agendada para operações interestaduais do setor agropecuário e produtores rurais com faturamento superior a R$ 1 milhão em 2022. Para outros casos, a implementação estava marcada para 1º de dezembro. Agora, ambos os prazos foram estendidos para 2 de janeiro de 2025.

    Para as demais situações, a implementação começaria em 1º de dezembro.

    O adiamento se dá em decorrência das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que causaram alagamentos e comprometeram a capacidade de adesão dos produtores ao novo sistema nos prazos inicialmente previstos.

    Além disso, as enchentes afetaram o data center da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul (Sefaz-RS), exigindo a transferência de alguns serviços para a nuvem.

    “A medida permite que os produtores rurais tenham tempo adicional para se familiarizarem e se ajustarem ao novo sistema, especialmente em um momento de grande dificuldade como o que o Rio Grande do Sul enfrenta”, explica o coordenador de Fiscalização da Receita Estadual do Paraná, Estêvão Ramalho de Oliveira. “A prorrogação oferece um respiro necessário para que os produtores possam lidar com os desafios impostos pelas chuvas.”

    Nota fiscal eletrônica

    A NFP-e é um documento digital que substitui a Nota Fiscal de Produtor (modelo 4) em papel.

    Desde 1º de janeiro de 2021, a emissão da NFP-e já era obrigatória para produtores rurais com faturamento anual superior a R$ 200 mil em operações interestaduais.

    O sistema emissor da NFP-e está disponível no portal da Receita Estadual de cada estado.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/