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9 de junho de 2022

  • Liberado milho resistente a lagartas 100% brasileiro

    Apenas duas empresas estrangeiras fornecem a tecnologia ao mercado mundial

    Acaba de ser liberado o uso comercial do milho geneticamente modificado para resistência a insetos desenvolvido totalmente no Brasil. A CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) aprovou esse mês, por unanimidade, o evento EH913, fruto de uma parceria da Embrapa Milho e Sorgo com a Helix, empresa do grupo Agroceres.

    Atualmente, apenas duas empresas estrangeiras fornecem a tecnologia ao mercado mundial. A Helix informa também que já iniciou os processos para a liberação comercial do evento EH913 em outros países. No entanto, a data para o início da comercialização no Brasil ainda não foi definida.

    A nova tecnologia utiliza gene específico da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) contra pragas lepidópteras, em especial a Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho, considerada a principal praga da cultura do milho), e a Diatraea saccharalis (conhecida como broca-da-cana).

    “Em todos os ensaios de campo realizados, o evento EH913 apresentou performance surpreendente, comparável a melhor tecnologia Bt disponível atualmente no mercado”, afirma a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

    Em ensaios de laboratório, de acordo com informações da Embrapa Milho e Sorgo e da Helix, o produto obteve alta eficácia contra larvas da lagarta-do-cartucho, mesmo quando diluído 25 vezes em dieta artificial, indicando um bom prognóstico em relação ao manejo de resistência de insetos. Adicionalmente, o milho com o evento EH913 se mostrou eficaz inclusive contra populações de Spodoptera frugiperda resistentes às proteínas Bt presentes no mercado, indicando a ausência de resistência cruzada com tais tecnologias e reforçando ainda mais o seu caráter inovador e disruptivo para o manejo de pragas no Brasil.

    O presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança Paulo Barroso afirma que “o principal diferencial do evento, além das questões tecnológicas específicas, é ter sido produzido por duas empresas brasileiras, sendo uma privada, a Helix, e a outra pública, a Embrapa”.

    “O desenvolvimento desse evento, assim como todo o processo de avaliação de segurança, foram completamente realizados no País. É um marco para a ciência brasileira, que já tinha produzido organismos geneticamente modificados de soja, feijão, eucalipto e agora um de milho. O processo foi muito bem instruído, remetendo corretamente às questões de segurança alimentar e ambiental”, reforçou.

    De acordo com Frederico Ozanan Machado Durães, chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, a liberação coloca o Brasil, a Embrapa e a Helix em um seleto grupo de países e empresas capazes de fornecer tecnologia Bt.

    “A construção do conhecimento disruptivo, na parceria público-privada, é um processo estratégico inteligente de cocriação e codesenvolvimento altamente oportuno para ampliar relevância no setor produtivo. Intercambiar saberes – técnico-científicos, gerenciais e negociais – tem relevância para impactar o setor produtivo e, neste momento, a aprovação do evento EH913 para uso comercial no Brasil coloca o País e os parceiros em rota de alta contribuição no interesse do agricultor e promoção do desenvolvimento da agricultura brasileira”, comenta.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Capacidade dos silos registra alta de 2,3%

    Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis predominam na região Sul (34,7%), seguido de perto pela região Sudeste (31,6%)

    Em termos de capacidade útil armazenável, os silos predominam no País, tendo alcançado 92,5 milhões de toneladas, o que representou 50,4% da capacidade útil total. Em relação ao primeiro semestre de 2021, a capacidade dos silos cresceu 2,3%. Na sequência, assinalam-se os armazéns graneleiros e granelizados, que atingiram 68,6 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, uma alta de 1,3% ante o semestre anterior. Este tipo de armazéns é responsável por 37,4% da armazenagem nacional.

    Com relação aos armazéns convencionais, estruturais e infláveis, somaram 22,3 milhões de toneladas, o que representou uma queda de 1,1% em relação ao 1º semestre de 2021. Esses armazéns contribuem com 12,2% da capacidade total de armazenagem.

    Por região, os silos predominam na região Sul, sendo responsáveis por 63,1% da capacidade armazenadora da região e 49,8% da capacidade total de silos do país. O tipo graneleiros e granelizados aparece com maior intensidade no Centro-Oeste, com 53,6% da capacidade da região e 56,4% da capacidade total do país.

    Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis predominam na região Sul (34,7%), seguido de perto pela região Sudeste (31,6%). Estas duas regiões juntas correspondem a 66,3% da capacidade total de armazéns convencionais, estruturais e infláveis do país.

    As informações foram divulgadas pelo IBGE*

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Abate de frangos cai e de bovinos e suínos sobe no 1º trimestre de 2022

    Na comparação com o 4º trimestre de 2021, o abate de frangos caiu 0,2%, o de bovinos ficou estável e o de suínos cresceu 1,5%

    Os resultados da produção animal no 1º trimestre de 2022, divulgado nesta quarta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o abate de frangos recuou 1,7%, o de bovinos aumentou 5,5% e o de suínos teve alta de 7,2% ante o mesmo período de 2021.

    Na comparação com o 4º trimestre de 2021, o abate de frangos caiu 0,2%, o de bovinos ficou estável e o de suínos cresceu 1,5%.

    A aquisição de leite foi de 5,90 bilhões de litros, com queda de 10,3% ante o 1º trimestre de 2021 e redução de 9,3% contra o trimestre imediatamente anterior. Já a aquisição de peças de couro pelos curtumes ficou estável frente ao 1º trimestre de 2021 e caiu 1,4% ante o 4º trimestre de 2021, somando 7,12 milhões de peças inteiras de couro cru.

    Foram produzidos 977,20 milhões de dúzias de ovos de galinha no 1º trimestre deste ano, quedas de 2,0% na comparação anual e de 2,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

    Bovinos

    No 1º trimestre de 2022, foram abatidas 6,96 milhões de cabeças de  bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 5,5% superior à obtida no 1 trimestre de 2021 e manteve-se praticamente estável frente ao 4 trimestre de 2021.

    Todos os meses do trimestre apresentaram variações positivas em relação aos respectivos períodos de 2021, com destaque para março (+8,0%), mês de maior atividade, quando foram abatidas 2,47 milhões de cabeças.

    Após dois anos de quedas na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o abate de fêmeas teve variação positiva de 12,9% em relação ao 1º período de 2021. Já o abate de machos cresceu 1,1% na mesma comparação.

    O abate de 361,75 mil cabeças de bovinos a mais no 1º trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior foi impulsionado por aumentos em 18 das 27 unidades da federação. Os incrementos mais significativos ocorreram em São Paulo (+92,79 mil cabeças), Mato Grosso (+78,71 mil), Tocantins (+61,84 mil), Pará (+56,77 mil), Minas Gerais (+33,0 mil) e Goiás (+28,63 mil). Em contrapartida, as maiores variações negativas ocorreram no Rio Grande do Sul (-44,55 mil), Santa Catarina (-16,94 mil) e Acre (-6,82 mil).

    Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 16,1% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,3%) e São Paulo (11%).

    Suínos

    No 1º trimestre de 2022, foram abatidas 13,64 milhões de cabeças de suínos, com aumentos de 7,2% em relação ao mesmo período de 2021 e de 1,5% na comparação com o 4º trimestre de 2021. Foram registrados os melhores resultados do abate de suínos para os meses de janeiro, fevereiro e março, resultando no melhor 1º trimestre da série histórica desde que a pesquisa foi iniciada, em 1997.

    O abate de 920,43 mil cabeças de suínos a mais no 1 trimestre de 2022, em relação ao mesmo período de 2021, foi impulsionado por aumentos em 19 das 25 unidades da federação investigadas. Os aumentos ocorreram no Paraná (+229,39 mil), Santa Catarina (+176,92 mil), Rio Grande do Sul (+157,81 mil), São Paulo (+143,33 mil), Minas Gerais (+120,18 mil), Mato Grosso do Sul (+26,64 mil) e Goiás (+18,42 mil). Já a queda mais expressiva ocorreu em Mato Grosso (-5,04 mil).

    Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 28,1% da participação nacional, seguido por Paraná (20,5%) e Rio Grande do Sul (17,4%).

    Frangos  

    No 1º trimestre de 2022, foram abatidas 1,55 bilhão de cabeças de frangos, com quedas de 1,7% em relação ao mesmo período de 2021 e de 0,2% na comparação com o 4º trimestre de 2021.

    O abate de 27,25 milhões de cabeças de frangos a menos no 1º trimestre de 2022, em relação a igual período do ano anterior, foi determinado pela queda no abate em 17 das 25 unidades da federação que participaram da pesquisa. As principais quedas ocorreram em: Rio Grande do Sul (-9,97 milhões), Paraná (-6,54 milhões), Santa Catarina (-4,66 milhões), Mato Grosso (-2,39 milhões), São Paulo (-1,94 milhões) e Minas Gerais (-1,78 milhões). Em contrapartida, ocorreram aumentos em: Bahia (+2,66 milhões), Mato Grosso do Sul (+863,73 mil) e Goiás (+644,09 mil).

    O Paraná lidera amplamente o abate de frangos, com 33,5% da participação nacional, seguido por Rio Grande do Sul (13,5%) e Santa Catarina (13,2%).

    Leite 

    No 1º trimestre de 2022, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,90 bilhões de litros, com redução de 10,3% em relação ao 1º trimestre de 2021, e queda de 9,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior, a maior da série nesta comparação.

    No comparativo do 1º trimestre de 2022 com o mesmo período de 2021, o decréscimo de 678,01 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de reduções registradas em 19 das 26 UFs investigadas. As variações negativas mais significativas ocorreram em Goiás (-160,15 milhões  de litros), Minas Gerais (-158,73 milhões de litros), Rio Grande do Sul (-100,77 milhões de litros), Paraná (-73,06 milhões de litros), São Paulo (-64,26 milhões de litros) e Santa Catarina (-57,71 milhões de litros). Em compensação, os acréscimos mais relevantes ocorreram em Sergipe (+20,07 milhões de litros), Ceará (+11,44 milhões de litros) e Pernambuco (+9,94 milhões de litros).

    Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com  25,5% da captação nacional, seguida por Paraná (13,8%) e Rio Grande do Sul  (12,5%).

    Ovos

    No 1º trimestre de 2022, a produção de ovos de galinha foi de 977,20 milhões de dúzias. Essa quantidade foi 2% inferior à estimativa do 1º trimestre do ano passado e 2,5% menor que a apurada no 4º trimestre de 2021.

    Apesar da retração na comparação anual, este é o segundo melhor resultado mensurado para um 1º trimestre, considerando a série histórica iniciada em 1987.

    A produção de 19,6 milhões de dúzias de ovos a menos, em nível nacional, frente ao 1º trimestre de 2021 foi influenciada por quedas identificadas em 15 das 26 UFs. As reduções mais significativas, quantitativamente, ocorreram em São Paulo (-7,07 milhões de dúzias), Espírito Santo (-5,77 milhões de dúzias), Goiás (-3,84 milhões de dúzias), Rio Grande do Sul (-2,95 milhões de dúzias) e Amazonas (-2,46 milhões de dúzias).

    Entre os acréscimos, o destaque ficou com Ceará (+2,80 milhões de dúzias) e Mato Grosso (+1,14 milhões de dúzias).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/