Luziana de Avila Machado

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  • AJUSTES NA OFERTA E DEMANDA DE SOJA MARCARAM A SEMANA

    Após USDA e Conab revisarem para baixo as expectativas para o grão brasileiro, consultoria traça panorama de exportação e esmagamento

    Os cortes recentes nas estimativas da safra brasileira de soja feitos pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), pela Conab e pelas principais consultorias privadas do país resultaram, logicamente, em mudança nas projeções de exportação para 2024.

    A redução nas expectativas e as consequentes mudanças no quadro de oferta e demanda são reflexos da queda na colheita no Rio Grande do Sul, após as enchentes que atingiram o estado no mês de maio, reforça a Safras & Mercado.

    Na visão da empresa, as exportações de soja do Brasil deverão totalizar 94,8 milhões de toneladas em 2024, 7% abaixo dos 101,863 milhões estimados para 2023. No levantamento anterior, divulgado em abril, a consultoria apontava os embarques em 96 milhões de toneladas para este ano.

    Oferta total de soja

    Safras indica esmagamento de 54,3 milhões de toneladas em 2024 e de 54,165 milhões de toneladas em 2023, representando estabilidade entre uma temporada e outra.

    Em relação à temporada passada, a oferta total de soja deverá recuar 5%, passando para 155,296 milhões de toneladas. A demanda total está projetada em 152,1 milhões de toneladas, diminuindo 4% sobre o ano anterior.

    Desta forma, os estoques finais deverão cair 31%, passando de 4,641 milhões para 3,196 milhões de toneladas.

    Farelo e óleo de soja

    Safras trabalha com uma produção de farelo de soja de 41,750 milhões de toneladas, estável ante 2023. As exportações deverão reduzir 4% para 21,7 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 18,6 milhões, queda de 6%. Os estoques deverão subir 99% para 2,916 milhões de toneladas.

    A produção de óleo de soja deverá subir 1% para 10,960 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,3 milhão de toneladas, com queda de 44% sobre o ano anterior.

    O consumo interno deve subir de 8,650 milhões para 9,650 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve subir 17% para 5,6 milhões de toneladas. A previsão é de estoques subindo 26% para 535 mil toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

     

  • EMBRAPA LANÇA NOVA VERSÃO DE SOFTWARE DE AVALIAÇÃO GENÉTICA DE BOVINOS

    O novo software visa aumentar a precisão, rapidez e eficiência no processo de avaliação genética

    Uma nova versão do Intergen, software de avaliação genética de bovinos, já está à disposição do setor de pecuária de corte no Brasil. Lançada em 2008 e expandida em 2016 pela Embrapa, a ferramenta foi atualizada, com a introdução de módulos para processamento de dados genômicos e inclusão de um número ilimitado de animais na avaliação genética.

    Com isso, o sistema operacional, que antes atendia principalmente o PampaPlus, passa a assistir também outras duas iniciativas voltadas ao melhoramento genético de raças bovinas europeias no país: o Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo), da Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC) e o Brangus +, da Associação Brasileira de Brangus.

    Os novos módulos – IntergenIOD e IntergenACC – introduzem três novas funcionalidades, fundamentais para os programas de melhoramento genético na atualidade: a possibilidade de inserção de informação genômica, a capacidade de estimar o mérito genético para um número ilimitado de animais e a estimativa aproximada da acurácia desse mérito genético.

    Vinícius Junqueira, pesquisador que realizou seus estudos de mestrado e doutorado no Laboratório de Bioinformática e Estatística Genômica (Labegen), conta que os programas de avaliação genética já utilizam informações genômicas para estimar o mérito dos animais, o que tem proporcionado avanços na taxa de ganho genético das populações avaliadas, mas também desafios computacionais no processamento dessas informações.

    “Os módulos IntergenIOD e IntergenACC foram projetados especificamente para superar esses desafios computacionais. O IntergenIOD foca na estimação do mérito genético dos animais com uso mínimo de memória RAM, enquanto o IntergenACC proporciona uma estimativa aproximada da acurácia do mérito genético estimado pelo IntergenIOD”, afirma Junqueira.

     Segundo Henry Carvalho, analista do Labegen, a atualização otimiza o trabalho de avaliação genética, a partir da possibilidade de processamento de diversas análises de dados ao mesmo tempo. “O IntergenIOD ocupa muito menos memória. O mesmo ocorre com o IntergenACC, que também ocupa pouca memória e chega aos resultados de acurácia aproximada em poucos minutos, podendo inclusive rodar em paralelo com o IntergenIOD, pois não depende dos resultados do IntergenIOD para calcular as acurácias aproximadas”, relata.

    O objetivo é trazer mais precisão, rapidez e eficiência ao processo de resolução das equações de valor genético dos animais e melhorar a acurácia dos valores genéticos calculados, que é a diferença esperada na progênie (DEP). Essas informações processadas são cruciais para o avanço do melhoramento de características de interesse através das gerações.

    “Estamos migrando todos os nossos sistemas de avaliação para essa nova versão do Intergen, de forma a fornecer informações cada vez mais acuradas, usando todos os dados que temos disponíveis, auxiliando o produtor na tomada de decisão. Apesar da mudança no processo, estamos realizando essa transição com muita confiança de que os programas de melhoramento genético irão continuar rodando com a mesma qualidade de sempre”, destaca o chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso.

    Novo Intergen: evolução para a avaliação genética nacional

    O lançamento do novo Intergen representa uma evolução para a avaliação genética nacional e o equipara ao que existe de mais atual nos principais programas de melhoramento genético do mundo, trazendo inúmeros benefícios, como maior autonomia sobre os métodos estatísticos utilizados nas avaliações genéticas, custo mais acessível para uso comercial e potencial de desenvolvimento acadêmico e profissional.

    Para os pesquisadores que atuam na área, os novos módulos irão proporcionar maior eficiência e produtividade do trabalho de pesquisa em melhoramento genético. De acordo com Marcos Yokoo, pesquisador de melhoramento genético animal da Embrapa, a atualização vai ajudar a calcular a acurácia do Brangus +, PampaPlus e Promebo, programas de melhoramento genético que a Embrapa gere com os parceiros Associação Brasileira de Brangus, ABHB e ANC, respectivamente.

     “Com esses módulos, vamos poder incluir um número maior de animais genotipados na avaliação genética e calcular a acurácia, porque fazer a avaliação genética de um grande número de animais é algo demorado e, por vezes, os softwares disponíveis não conseguem realizar essa operação. Com os novos módulos, poderemos fazer essas avaliações de um grande número de animais e de maneira rápida”, destaca Yokoo.