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17 de junho de 2022

  • China comprou 67% da soja brasileira nos cinco primeiros meses de 2022

    Volume é 12% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Espanha e Holanda também adquiriram volumes significativos

    A China importou 28,743 milhões de toneladas de soja do Brasil de janeiro a maio de 2021. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o volume é 12% inferior às 32,735 milhões de toneladas em 2021. O país é o maior comprador da oleaginosa brasileira.

    Em segundo lugar, ficou a Espanha, com 2,098 milhões de toneladas, 21% acima de igual período do ano passado. Em terceiro lugar aparece a Holanda, com 1,371 milhão de toneladas, queda de 11% ano a ano.

    No geral, as exportações brasileiras de soja em grão totalizaram 43,023 milhões de toneladas em 2022, com uma receita cambial de 24,1 bilhões de dólares. No entanto, em igual período do ano passado foram 46,471 milhões de toneladas, sendo que em todo o ano de 2021 o Brasil exportou 86,1 milhões de toneladas, faturando 38,6 bilhões de dólares.

    Subprodutos da soja

    No caso do farelo de soja, de janeiro a maio deste ano, o Brasil já embarcou 30% a mais do que em igual período do ano passado, chegando a 8,2 milhões de toneladas. Assim, a receita cambial dessas exportações já totalizam 4 bilhões de dólares.

    Quanto ao óleo, em cinco meses, foram quase um milhão de toneladas embarcadas (0,95 milhão de tonelada), crescimento de 58% frente ao mesmo período de 2021.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Melhoramento genético faz soja caminhar rumo à sustentabilidade, diz chefe da Esalq-USP

    Com o trabalho em laboratório, é possível aumentar teor de óleo, de vida útil de prateleira e incorporar resistência a determinadas doenças

    O melhoramento genético é responsável por grande parte do crescimento da soja no Brasil, mas também faz a diferença em outras plantas, desde as anuais às perenes.

    De acordo com o engenheiro agrônomo e chefe do Departamento de Genética da Esalq-USP, José Baldin Pinheiro, com a seleção genética altera-se a frequência dos genes que conferem as características de interesse, seja para aumento de óleo, de vida útil de prateleira de um produto ou incorporação de resistência a determinada doença.

    “A introdução da soja no Brasil central só foi possível com a inclusão de alguns genes que tivessem adaptação a essas situações. O melhoramento genético também contribuiu para a incorporação de genes de resistência à ferrugem asiática“, explica.

    Desta forma, Pinheiro lembra que o trabalho em laboratório feito nas sementes foi essencial para que o país tivesse variedades adaptáveis a diferentes regiões, do Sul ao Norte. “É preciso separar genótipos para o melhor aproveitamento por parte dos agricultores em suas regiões de cultivo”.

    Para se obter cultivares com perfis ideais a cada tipo de solo, bioma, clima e resistência a doenças, anos de trabalho são necessários. “Um programa [de pesquisa] rápido, acelerado e agressivo consegue gerar uma nova variedade para uma cultura anual como a soja em torno de sete anos“, afirma.

    Contudo, o engenheiro lembra que muitas etapas são necessárias neste processo, desde a escolha dos genitores, chamados de pais e que são utilizados para fazer combinações e desenvolvimento de uma população, bem como a seleção ao longo do tempo e, posteriormente, os testes nos locais de cultivo.

    Soja e sustentabilidade

    Processos que impactem menos o meio ambiente e sejam socialmente justos e economicamente viáveis são uma demanda da sociedade, conforme Pinheiro. “Hoje temos de buscar uma matriz produtiva mais equilibrada e sustentável […]. Buscamos plantas mais eficientes na utilização de nutrientes e mais resistentes aos estresses biótipos e abiótipos, com melhores valores proteicos, teor de óleo e assim por diante. A soja tem caminhado em direção a essa produção mais sustentável“, conclui.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Não vem crise para soja e milho: alta nos preços

    AgResource não vê nenhum indício de recessão econômica para 2022

    Os mercados internacionais de ações e os futuros de commodities desabaram nos últimos dias com o medo de uma recessão econômica ainda esse ano, o que poderia provocar uma desaceleração na demanda. Na visão da Consultoria AgResource Brasil, porém trata-se apenas de um pontual movimento de aversão a risco, porque “nenhuma recessão diminuiu demanda de commodities”.

    A visão pessimista do mercado global atingiu seu ápice com a decisão do FED (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos) de aumentar a taxa básica de juros norte-americana em 0,75 ponto percentual – que foi o maior aumento de taxa dos últimos 28 anos. De acordo com os analistas de mercado, a medida veio como consequência de uma das maiores inflações da história dos EUA, que acabou criando muita expectativa sobre a tomada de decisão do FED, prevendo um aumento mais agressivo, o que realmente aconteceu.

    “O medo que existe no mercado é que, com a elevação agressiva da taxa de juros da maior economia do mundo, ocorra a desestimulação da economia global devido ao fluxo de capital, o que geraria uma situação de recessão econômica. A AgResource não vê nenhum indício de recessão econômica para 2022, muito menos para o mercado de grãos”, sustenta a afirma a equipe da filial da empresa norte-americana AgResource Company.

    De acordo com os especialistas de mercado, “não há nenhum sinal para restrição da demanda. Já no lado da oferta, enfrentamos alguns problemas como continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia, e o clima seco que vem assolando a Europa e os EUA, por fim os estoques abaixo das médias foram citados no último relatório de oferta e demanda USDA. Todos os fatores que contribuem para uma alta nos preços”.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/