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20 de junho de 2022

  • Dessecante pode substituir Paraquate

    Novo ingrediente ativo que proporciona ação rápida e eficaz para antecipação da colheita

    A IHARA anunciou o lançamento de três novos herbicidas com “tecnologias inovadoras” voltadas para a soja, sendo que um deles, o DORAI MAX (Dibrometo de Diquate + Amicarbazona) se apresenta como um substituto do Paraquate – proibido no Brasil. De acordo com a fabricante, o DORAI MAX traz uma “solução inovadora, com um novo ingrediente ativo que proporciona ação rápida e eficaz para antecipação da colheita”.

    “Além desses benefícios, o novo herbicida permite uma uniformidade de maturação, reduzindo as perdas durante a colheita, bem como o desgaste da máquina e o consumo de combustível, sempre mantendo a qualidade dos grãos, aumentando o potencial de armazenamento”, aponta a IHARA Brasil.

    De acordo com a IHARA, o DORAI MAX pode “oferecer o melhor cenário para o agricultor”, que pode “trabalhar com a possiblidade de antecipação da colheita, reduzindo a exposição dos grãos ao ataque de detratores da lavoura e às variações ambientais, tornando assim possível o plantio da segunda safra dentro de uma janela ideal. Essa tecnologia também vem para substituir o Paraquate”.

    “O cenário de plantio da soja está cada dia mais dinâmico no controle de plantas daninhas de difícil controle, pragas e doenças que acometem a lavoura em diferentes situações. É por essa razão que investimos em P&D, para oferecer as melhores tecnologias e soluções eficientes aos agricultores, que se diferenciem no mercado e tragam os melhores resultados”, afirma Zanetti.

    Outro lançamento é o XEQUE-MATE HT, que apresenta a formulação líquida mais concentrada do mercado e ampla cobertura de registros, sendo permitida a sua utilização em mais de 40 culturas. Trata-se de um herbicida sistêmico com alta eficiência no combate de plantas infestantes anuais e perenes para diversas culturas.

    “Por conta de sua tecnologia inovadora no Brasil, a nova formulação do XEQUE-MATE HT – High Technology reduz em 15% a dose de aplicação por hectare em relação à formulação anterior, o que resulta no final das contas em economia ao agricultor, dentre elas vale destacar: menor movimentação logística, menor espaço para armazenamento e menor volume de retorno de embalagens”, reforça o Gerente de Produtos Herbicidas da IHARA, Daniel Zanetti.

    Já o BURNER uma nova tecnologia com maior velocidade de dessecação no pré-plantio, com efeito residual inicial, além de possuir amplo espectro para o controle de ervas.

    “Esta solução traz diversos benefícios para a dessecação acelerada, permitindo que ocorra um melhor desenvolvimento inicial da cultura, antecipação do plantio, melhorando e facilitando a plantabilidade da cultura, além de contribuir com o manejo de plantas daninhas em pós-emergência na soja, eliminando rapidamente a matocompetição e plantas hospedeiras de pragas e doenças. A tecnologia também pode ser utilizada para as culturas do algodão, feijão e milho”, diz a IHARA.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Lagarta ganha resistência à soja transgênica

    Especialistas dão dicas de manejo e ressaltam que produtores não devem usar inseticidas de forma indiscriminada

    Nas últimas três safras, os produtores paranaenses vêm notando a presença da lagarta falsa-medideira em lavouras de soja BT (Intacta). A notícia é alarmante pelo fato de que a variedade da oleaginosa deveria ter resistência a esse tipo de praga. O fato indica que a espécie está se tornando resistente à tecnologia.

    A presença dessas lagartas na soja BT foi detectada por meio do monitoramento da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), realizado em conjunto com diversas cooperativas do Paraná e a Embrapa Soja, que recebia as amostras para análise.

    Além de identificar as espécies coletadas, a Embrapa realizou um trabalho para verificar a resistência dessa população de lagartas à toxina Cry1Ac, presente na soja Intacta de primeira geração. De forma simultânea, a Bayer conduziu um trabalho semelhante. “Mesmo com altos níveis de toxina, a lagarta continuava agindo como se não tivesse nenhuma toxina, se alimentando e se reproduzindo normalmente”, afirma o pesquisador da Embrapa Soja, Daniel Sosa Gómez.

    Segundo ele, na safra 2020/21, foram reportados surtos de lagartas no sul de São Paulo e norte do Paraná, mas sem nível de dano econômico. Em fevereiro de 2022, o número de lagartas dessa espécie continuava alto, bem como de inimigos naturais dessa praga, de modo que também não foi recomendado o controle com inseticidas.

    Existem dois tipos de lagarta falsa-medideira, ambas parecidas e de difícil diferenciação a olho nu: Chrysodeixis includens e Rachiplusia nu. No caso, a espécie que adquiriu resistência foi a segunda, para surpresa dos pesquisadores.

    “Vários estudos acreditavam que a outra falsa medideira [Chrysodeixis] seria um problema. Todos os estudos de resistência miraram essa lagarta. Foi uma surpresa que nas últimas três safras essa população da Rachiplusia nu foi crescendo”, afirma Gómez. “Porém, a intensidade e a densidade da população não foram muito elevadas e, na maior parte dos casos, não houve necessidade de controle químico, pois não foi atingido o nível que causa dano econômico”, completa.

    Além disso, a população de lagartas coletada e encaminhada para a análise da Embrapa estava, em sua maioria, parasitada por fungos. “A gente detectou muitos inimigos naturais com bastante intensidade. Tem uma vespa que ataca o ovo da mariposa e produz três mil vespinhas por lagarta morta. Outro foi uma mosca que também parasita e mata as lagartas na fase de pupa. Além de fungos e viroses associadas”, explica o pesquisador.

    Desse modo, os sojicultores que identificarem esse problema na soja Intacta não precisam entrar em pânico. Por mais que a espécie esteja adquirindo resistência, sua população ainda está abaixo da linha de dano econômico. Desta forma, é mais vantajoso deixar os inimigos naturais se encarregarem do que utilizar produtos químicos para controle, o que acabariam elevando o custo de produção e eliminando os agentes naturais.

    “O controle de qualquer praga, não somente da falsa medideira, é fundamental para mantê-la em um nível economicamente aceitável, ou seja, evitar perdas de produtividade que impactem na sua rentabilidade. O ponto principal é buscar orientação correta sobre como identificar o nível de ação, mortalidade natural e de estratégias de manejo, como o refúgio”, destaca a técnica do Departamento Técnico e Econômico do Sistema Faep/Senar-PR, Ana Paula Kowalski.

    Refúgio

    Além disso, o número alto de inimigos naturais dessa praga indica que nem sempre o controle químico é a melhor escolha. “Importante que o agricultor não use inseticidas indiscriminadamente. Tem que continuar respeitando os níveis de ação desses produtos e fazer refúgio. Mesmo que essa lagarta tenha adquirido resistência, o produtor deve caprichar no refúgio para que outras espécies não criem resistência”, observa Gómez.

    O refúgio é formado por áreas que devem ser conduzidas com sementes de soja sem a tecnologia BT, próximo às lavouras com essa tecnologia. O objetivo é que pragas que se tornaram resistentes à toxina presente neste tipo de planta possam cruzar com insetos da área de refúgio (portanto suscetíveis a essa tecnologia), gerando uma nova linhagem de indivíduos sem resistência. Esse tipo de estratégia é fundamental para preservar a eficácia da tecnologia BT por mais tempo. “O refúgio atrasa a resistência”, atesta Gómez.

    A recomendação técnica é que estas áreas correspondam a 20% do total das lavouras de soja, algodão e cana-de-açúcar. No caso do milho, o índice recomendado é de 10%. Essa área pode ser instalada em volta da lavoura, em faixas intercaladas com o cultivo BT, ou em um talhão a uma distância máxima de 800 metros da lavoura.

    Manejo inadequado

    A resistência adquirida pela Rachiplusia nos últimos tempos pode estar ligada ao manejo inadequado dessas áreas. “Isso começou em São Paulo, depois detectou-se na região norte do Paraná e agora em praticamente todas as regiões produtoras de soja. Isso pode ser decorrência da falta de áreas de refúgio. Quando você pressiona muito uma tecnologia, aparecem problemas de resistência”, observa o coordenador do programa de sanidade de cultivos agrícolas e florestais da Adapar, Marcílio Martins Araújo.

    “A gente vive de ciclos de pragas, que são secundárias, que por erros de manejo voltam a se tornar preocupantes. Então se dermos atenção à rotação de culturas, ao manejo integrado, à rotação de princípios ativos, tudo isso leva para uma estabilidade melhor [das lavouras]”, afirma. Um exemplo é a cigarrinha do milho, que antes era uma praga secundária e hoje é um grande problema nas lavouras estaduais.

    Nesse sentido, a Adapar desenvolve um trabalho de monitoramento que, por meio da Portaria 063/21, torna obrigatória a notificação de ocorrências fitossanitárias em cultivos agrícolas. Isso vale desde pragas sem ocorrência no estado até aquelas que demonstram resistência a agroquímicos, caso da falsa medideira. Esse controle depende exclusivamente do informe dos produtores rurais.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Carne bovina: exportação em maio supera US$ 1 bi, 50% a mais que em maio de 2021

    Volume total embarcado ao exterior desacelera, mas mantém recorde, informa a Abrafrigo

    A receita obtida com as exportações de carne bovina brasileira alcançou em maio a cifra de US$ 1,093 bilhão. O resultado é 50% superior ao registrado no mesmo mês em 2021, de acordo com Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

    Mesmo desacelerando em relação ao pico de março, quando superou 203 mil toneladas, e de abril, com 186 mil toneladas, o volume total de carne bovina (envolvendo o produto processado e in natura) foi recorde em maio, com movimentação de 181.193 toneladas. Esse resultado significou um crescimento de 20% sobre as vendas ao exterior de maio de 2021, quando foram embarcadas 150.711 toneladas.

    Segundo a Abrafrigo, o desempenho no mês manteve os bons números no acumulado do ano. Nos cinco primeiros meses de 2021, as exportações somaram 714.362 toneladas. No mesmo período de 2022, foram de 913.618 toneladas, aumento de 28%. A receita, por sua vez, foi de US$ 3,247 bilhões para US$ 5,1 bilhões, elevação de 57%.

    A entidade informa que, neste ano, além da boa performance da China nas aquisições, o Brasil está contando com a elevação das compras de outros mercados.

    Importações de carne de maio/2021 para maio/2022 (toneladas):

    • China: de 318.938 t para 440.894 t (+48,3%);

    • Estados Unidos: de 33.700 t para 90.738 t (+169%);

    • Egito: de 17.596 t para 66.813 t (+342%).

    Com a elevação das aquisições de carne brasileira neste ano, a China mais do que compensou a redução das importações pela cidade-estado de Hong Kong, que caíram 55%, passando de 99.200 toneladas em 2021 para 44.599 toneladas em 2022.

    No total, 109 países elevaram suas importações nos cinco primeiros meses do ano, enquanto que outros 38 reduziram sua movimentação, informa a Abrafrigo.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/