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24 de junho de 2022

  • Preço do leite segue em elevação

    Os custos de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, registrou aumento de 16.6% em relação a maio de 2021 e recuo de 1,4% em maio desse ano.

    A oferta de lácteos dos principais exportadores mundiais tem diminuído ao longo do ano de 2022, o que ajuda a explicar os preços dessas commodities em patamares elevados. No leilão GDT de 07 de maio o preço da manteiga foi negociado a US$6.068, queijo a US$5.365 e o leite em pó integral a US$4.158 a tonelada. Por outro lado, a China, o maior importador de lácteos, reduziu suas importações da maioria dos produtos, a exceção do leite em pó integral que está 6.9% acima na comparação janeiro-abril de 2021 e 2022.

    Para os mercados de milho e soja, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos projeta um crescimento de 12,32% na produção mundial da soja, com destaque para a América do Sul (Brasil 18,25% e Argentina 17.51%). Para o milho, as projeções indicam redução na produção mundial da ordem de 2.5%, com menor oferta dos Estados Unidos, União Europeia e Ucrânia. No entanto, há projeções de aumento da produção na América do Sul (Brasil 8.62% e Argentina 3,77%). A menor oferta de milho no mundo tende a manter as cotações mais elevadas, dependendo da pressão compradora dos grandes importadores. Para o caso brasileiro, a produção tanto do milho como da soja pode trazer melhora nos custos de produção do leite, desde que não haja aceleração das exportações. O Brasil, certamente, será chamado a compensar as reduções de oferta previstas de outros grandes players do mercado.

    Os custos de produção de leite, medido pelo ICPLeite/Embrapa, registrou aumento de 16.6% em relação a maio de 2021 e recuo de 1,4% em maio desse ano. O recuo foi devido à desaceleração nos preços dos concentrados, volumosos, energia e combustíveis.

    Diante do cenário desafiador de 2022, a produção brasileira de leite teve queda recorde no primeiro trimestre de 2022, de 10,3% na comparação com o primeiro trimestre de 2021, segundo o IBGE. O anuncio da redução na captação do leite teve impacto imediato no mercado, iniciando uma acirrada disputa pelo produto, com reflexo no valor do preço do leite spot, que superou os R$4,0/litro. Em que pese a fraca demanda por produtos lácteos, advinda do alto desemprego, redução do poder de compra dos salários pela inflação e elevado endividamento e inadimplência das famílias, a oferta parece fraca o suficiente para pressionar os preços. A exemplo, nos últimos 12 meses até maio o leite UHT ao consumidor subiu 29,3%, os queijos 17,4%, manteiga 12,4% e iogurte 20,4%, todos com alta acima da inflação, medida pelo IPCA em 11,7%.

    Mas esses aumentos, parecem ajustes das apertadas margens que o setor enfrenta. A Figura 1 mostra o spread do queijo muçarela sobre o preço do leite ao produtor, com margem inferior a R$1.00 por litro de leite utilizado em sua confecção. Essa margem é a existente para fazer frente aos demais custos (mão-de-obra; energia; logística; embalagens; outros ingredientes e etc). Se considerarmos ainda o custo de longo prazo, onde as depreciações diversas são consideradas, é provável, dependendo da eficiência industrial e da escala de produção, que diversos laticínios estejam trabalhando com margens reduzidíssimas ou mesmo negativas. E este cenário se aplica também para outros derivados, como o leite em pó. Essa desafiadora conjuntura mostra que caminhos como a exportação, parcerias estratégicas, fusões e aquisições para ganhos de escala e escopo precisam ser consideradas pelo setor, notadamente nesse cenário de consolidação em andamento.

    As informações são do Centro de Inteligência do Leite.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Decreto suspende queimadas em todo território nacional

    Apesar de suspender permissões, o decreto publicado prevê algumas exceções, detalhando hipóteses onde a suspensão não deverá ser aplicada

    Decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (23) suspende – pelo prazo de 120 dias – a permissão do emprego de fogo em todo o territorial nacional, medida que costuma ser adotada todo ano quando tem início o período de seca, de forma a prevenir incêndios.

    O uso de fogo em práticas agropastoris e florestais está previsto – e regulamentado – por outro decreto (nº 2.661/98).

    Apesar de suspender permissões, o decreto publicado (nº 11.100/22) prevê algumas exceções, detalhando hipóteses onde a suspensão não deverá ser aplicada, como é o caso de “práticas de prevenção e combate a incêndios realizadas ou supervisionadas por instituições públicas responsáveis pela prevenção e pelo combate aos incêndios florestais”.

    O emprego de fogo continua permitido também nas hipóteses de práticas de agricultura de subsistência executadas pelas populações tradicionais e indígenas; e de atividades de pesquisa científica realizadas por Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT), “desde que autorizadas pelo órgão ambiental competente”.

    Também é permitido em ações visando o controle fitossanitário autorizado pelo órgão ambiental competente; e em queimas controladas, em áreas não localizadas nos biomas Amazônia e Pantanal. Neste último caso, a permissão será concedida desde que sejam imprescindíveis à realização de práticas agrícolas; e previamente autorizadas pelo órgão ambiental estadual ou distrital.

    O novo decreto define como “queima controlada” o emprego do fogo como “fator de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais e para fins de pesquisa científica e tecnológica em áreas com limites físicos previamente definidos”.

    Ainda segundo o decreto, a permissão do emprego do fogo poderá ser suspensa, em caráter excepcional e temporário, “por ato do Ministro de Estado do Meio Ambiente, com a finalidade de reduzir danos ambientais provocados por incêndios florestais”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Prossegue plantio das culturas de inverno

    No trigo, a estimativa de cultivo para safra 2022 no RS é de 1.413.763 hectares. A produtividade estimada é de 2.822 kg/ha

    As chuvas dos últimos dias, em altos volumes na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, provocaram processos erosivos significativos em solos de lavouras de soja recentemente colhidas, em função da baixa quantidade de palha deixada pela colheita. Segundo o Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (15/06) pelas gerências de Planejamento e de Comunicação da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), segue o preparo do solo e o plantio das lavouras de inverno.

    No trigo, a estimativa de cultivo para safra 2022 no RS é de 1.413.763 hectares. A produtividade estimada é de 2.822 kg/ha. O período de tempo seco e de elevada radiação solar até o dia 16/06 permitiu intensa atividade de semeadura. Estima-se que a operação foi realizada em 57% dos cultivos, com as atividades estendendo-se no período noturno para recuperar, em parte, o atraso e antes das chuvas previstas.

    Canola – A estimativa de cultivo de canola no Estado para a safra 2022 é de 48.457 hectares. A produtividade estimada é de 1.885 kg/ha. A cultura está em fase final de implantação.

    Aveia branca grãos – A estimativa de cultivo de aveia branca no Estado para a safra 2022 é de 392.507 hectares. A produtividade estimada é de 2.217 kg/ha. A cultura está em implantação.

    Cevada – A estimativa de cultivo de cevada no Estado para a safra 2022 é de 36.727 ha. A produtividade estimada é de 2.958 kg/ha.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/