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27 de junho de 2022

  • Colheita de milho avança lentamente

    As geadas ocorridas na semana de 06 a 12/06 afetaram as lavouras cultivadas em safrinha

    A colheita de milho avançou lentamente, mesmo com o tempo mais seco entre os dias 13 e 16/06, e alcançou 99% da área de cultivo. Foram colhidas as lavouras de melhor potencial produtivo. Permanecem pequenas lavouras destinadas ao autoconsumo, colhidas escalonadamente em processo manual, conforme a necessidade dos produtores, pois estes não possuem estrutura adequada para armazenar os grãos. Na região de Caxias do Sul, a colheita ainda está em andamento nas pequenas propriedades dos Aparados da Serra, região das Hortênsias e nos municípios da serra localizados mais próximos ao município.

    Conforme dados da Emater, as geadas ocorridas na semana de 06 a 12/06 afetaram as lavouras cultivadas em safrinha. Houve danos em lavouras nas regionais de Ijuí e Soledade, impactando na maturação das lavouras que se encontravam em estádio de grão dentado, período em que há o aumento do conteúdo de amido e a redução da umidade nos grãos. Na regional de Bagé, em São Gabriel, houve perda total nas lavouras em enchimento dos grãos, ocasionando a requeima das folhas pelo frio e a paralização do metabolismo das plantas.

    Na de Santa Rosa, as lavouras destinadas à produção de grão foram colhidas ou foram cortadas para silagem, pois as geadas que atingiram as plantas em plena maturação obrigaram o corte.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Preço de fertilizantes no Brasil cai em maio, aponta levantamento

    O ambiente geopolítico segue incerto, causando preocupação em toda a cadeia, não só nos preços dos fertilizantes

    preço médio dos fertilizantes caiu em maio no Brasil, segundo um índice divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes.

    Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de maio fechou em 1,75; representando uma redução em relação a abril (1,87).

    Os resultados são favoráveis para a compra dos insumos pelos produtores rurais, apesar de ainda existirem incertezas de abastecimento devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia, sanções aplicadas a Bielorrússia e restrições de fornecimento de fertilizante chinês.

    Fertilizantes e câmbio

    Além da redução no preço médio dos fertilizantes, outro item considerado é o câmbio, que subiu 4,12% segundo o Banco Central.

    Durante o período a moeda brasileira apresentou uma desvalorização. Nessa composição, o índice apresentou melhora.

    No entanto, o ambiente geopolítico segue incerto, causando preocupação em toda a cadeia, não só nos preços dos fertilizantes, mas também nas matérias-primas que compõem os mesmos.

    O índice é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes, uma das maiores produtoras globais de fosfatados e  potássio combinados. O índice consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil tem potencial para suprir demanda global de trigo, diz Embrapa

    Em dez anos, caso a produção de trigo cresça 10% ao ano, o Brasil passaria de 8 milhões de toneladas em 2022 para 20 milhões em 2031

    Esta é a mensagem apresentada no Fórum Nacional do Trigo e na 15ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale, eventos que acontecem no Centro de Eventos Complexo Brasil 21, em Brasília, entre os dias 28 a 30 de junho.

    Na década de 1970, a produtividade de trigo no Brasil era de 600 kg/ha (quilos por hectare).

    Com a criação da Embrapa nos anos de 1974, foram iniciados os trabalhos para o melhoramento do trigo, que rapidamente passaram a contar também com outras empresas de pesquisa atuando no mercado.

    Os resultados estão nas lavouras brasileiras: hoje a média de produtividade ultrapassa 3000 kg/ha, ou seja, o rendimento do trigo cresceu cinco vezes a produção na mesma área.

    Desde 2021, o Brasil ocupa a posição de recordista mundial em produtividade/dia com 80,9 kg/ha/dia.

    De acordo com Júlio Albrecht, pesquisador da Embrapa Cerrados, a evolução da cultura do trigo se deve ao trabalho de pesquisa com o resultado do desenvolvimento de cultivares com ampla adaptação, estabilidade no rendimento de grãos e resistência a doenças.

    Para o pesquisador, a média de produtividade das lavouras hoje poderia ser ainda maior, contudo, a preocupação é com a sustentabilidade, tanto econômica, quanto ambiental.

    “A pesquisa trabalha agora em busca da máxima eficiência nas lavouras, produzindo alimentos de forma mais rápida e barata. Desenvolvemos cultivares de trigo com ciclo cada vez mais precoce, isto é, o período entre a semeadura e a colheita fica mais curto. A genética também busca maior tolerância a pragas e doenças, que impactam o menor uso de defensivos, e a estresses ambientais, como déficit hídrico e excesso de chuva. Cultivares com maior teor de vitaminas ou maior eficiência no uso de fertilizantes também são alvo da pesquisa. Toda essa tecnologia embutida nas cultivares de trigo têm resultado em melhor retorno financeiro ao produtor e maior oferta de alimentos ao consumidor”, diz ele.

    Jorge Lemainski, chefe-geral da Embrapa Trigo, lembra que a produção de trigo no Brasil cresceu 80% entre 2017 e 2021, enquanto a área cresceu 43%.

    “Isto mostra a eficiência da agricultura brasileira que consegue produzir cada vez melhor sem precisar abrir novas áreas”, destaca Lemainski.

    Ele lembra, ainda, a evolução da qualidade do trigo brasileiro: “Produzimos trigos indicados para diversos usos, tanto para a alimentação humana, quando para a alimentação animal. Com as cultivares que estão no mercado, conseguimos atender a indústria de pães, massas e biscoitos; a indústria de carnes, leite e ovos; a indústria de biocombustíveis; e o mercado internacional. Isso mostra que nosso trigo tem qualidade, reconhecida dentro e fora do país”.

    Mesmo em anos com frustrações climáticas, como a queda do PH (peso do hectolitro) em anos de chuva na época de colheita na Região Sul, os grãos de trigo podem ser aproveitados, tanto na alimentação animal, como na produção de etanol.

    Para o presidente da BSBios, Erasmo Battistella, o Brasil precisa assumir uma posição de destaque de sustentabilidade no mundo e ver o cenário de mudanças climáticas como uma oportunidade:

    “Novas tecnologias exigem novos conhecimentos, recursos e investimentos visando o uso consciente dos recursos naturais a longo prazo”, declara, lembrando que “sempre que a gente fala de transição energética e descarbonização, nós não podemos olhar somente para o bolso, mas primeiramente para as pessoas. Esse é o futuro do Brasil, abastecer o mundo sem perder o equilíbrio ambiental”.

    Exportador mundial de trigo

    O Brasil é o 8º maior importador de trigo do mundo. Em 2021, foram importadas 6,7 milhões de toneladas. O consumo brasileiro é de 12,7 milhões de toneladas, com previsão de chegar a 14 milhões toneladas nos próximos anos.

    Em 2022, a estimativa de produção é chegar a 8 milhões de toneladas de trigo, volume suficiente para atender 62% da demanda nacional. Por questões de logística e mercado, o Brasil exportou neste último ano, 2,6 milhões de toneladas para 14 países. Somente nos primeiros quatro meses de 2022 (jan a abr), foram exportados 2,17 milhões toneladas.

    Apesar de não garantir a autossuficiência, a produção brasileira de trigo está crescendo rapidamente. Em 2015, o Brasil colheu 5 milhões de toneladas. Em 2020, a produção chegou a 6,2 milhões toneladas. Em 2021, atingiu 7,6 milhões toneladas. A previsão para 2022 é de 8,1 milhões toneladas.

    Em dez anos, caso a produção de trigo cresça 10% ao ano, passaríamos de 8 milhões de toneladas em 2022 para 20 milhões de toneladas em 2031, colocando o Brasil como potencial grande exportador do cereal no mercado internacional.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/