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30 de junho de 2022

  • Energia solar pode oferecer mais autonomia ao produtor rural

    Brasil terminou o ano passado com 61.294 sistemas de energia solar rural instalado

    O agronegócio brasileiro mostrou, nos últimos anos, um desenvolvimento sem igual e uma resiliência invejável. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em 2021, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) atingiu R$ 1,129 trilhão, 10,1% acima do valor alcançado em 2020, fazendo com que o setor atingisse 27,4% do PIB brasileiro, a maior marca desde 2004.

    Com crescimento tão expressivo, é natural que haja grandes oportunidades de inovação na área, já que as empresas apresentam balanços financeiros que permitem investir em aprimoramentos tecnológicos, em prol de melhorar os processos e os produtores rurais conseguem ir acompanhando esse movimento conforme ele fica mais acessível.

    Entre as diversas soluções e tendências do setor, algumas se destacam por oferecer melhorias em pontos específicos da cadeia de produção, como aumento na segurança das áreas de plantio, de armazenamento e da própria propriedade rural, enquanto outras promovem mudanças estruturais no negócio, como o uso de energia solar, que auxilia na redução dos custos e promove uma agricultura mais sustentável. Vamos dar uma olhada nos benefícios que são apresentados ao unir essas duas tecnologias.

    Energia solar como protagonista

    A energia fotovoltaica pode ser uma grande aliada do agronegócio e extremamente vantajosa para o produtor rural. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil terminou o ano passado com 61.294 sistemas de energia solar rural instalados, que totalizaram mais de 1,2 gigawatt (GW) de potência instalada.

    No território brasileiro existem muitas propriedades rurais de pequeno a grande porte que possuem acesso à rede elétrica, mas com altos gastos com conta de luz por causa de seus processos produtivos. Nesse contexto, a energia solar é uma das alternativas mais promissoras, já que as soluções tecnológicas aplicadas ao agronegócio proporcionam qualidade e segurança com a possibilidade de aumento da produtividade e estímulo ao crescimento.

    Existem dois tipos de aplicações de um sistema fotovoltaico: On Grid e Off Grid. No sistema On Grid, a propriedade deve ter acesso à rede de distribuição pública, uma vez que a produção de energia excedente pelos painéis será entregue à concessionária, que concede créditos ao consumidor por forma de compensação de energia. Já o sistema Off Grid funciona de maneira autônoma, utilizando um banco de baterias para o armazenamento e fornecimento de energia à noite ou em dias nublados. Esse sistema é ideal para propriedades isoladas que não têm acesso à rede pública de energia — e o que traz mais benefícios para o produtor rural ou empresa agrícola.

    São diversas possibilidades de utilização do uso de eletricidade solar em uma área rural, seja na irrigação da plantação; bombeamento de água para os animais e quem trabalha na área; na estufa solar; nos equipamentos de segurança do perímetro, entre outros. Além disso, existem equipamentos de iluminação solar que possuem módulos solares e baterias integrados, permitindo a iluminação de áreas externas, como estradas de acesso à propriedade, sem depender da rede elétrica. Ou seja, a energia solar pode atuar tanto para reduzir os custos de manter uma fazenda que depende de uma concessionária de energia, quanto para dar mais autonomia para o produtor rural, permitindo o desenvolvimento de áreas de plantio em regiões mais distantes, que não possuem cobertura de rede elétrica.

    Soluções de segurança se beneficiam da energia solar

    Com a implementação de energia fotovoltaica também é possível ampliar a utilização de outros equipamentos que trazem novos benefícios para a fazenda, principalmente referente à segurança patrimonial. Seja com o aumento no número de câmeras de monitoramento, no uso de aparelhos de radiodetecção ou na iluminação de áreas do terreno.

    Como exemplos, tem-se a utilização de um gerador off-grid, que garante alimentação de equipamentos em diversos cenários, como as câmeras de monitoramento, que podem ser instaladas em todo o perímetro da fazenda e, por terem baterias nos geradores fotovoltaicos, esse trabalho pode ser feito 24h por dia. Já conectar um radar perimetral a esse gerador garante que seja possível detectar movimentação tanto de veículos quanto de pessoas, fazendo o acompanhamento de ambos.

    Assim, fica evidente que o movimento da energia solar para o agronegócio está em expansão, mas existem outras oportunidades a serem atendidas e a área de segurança com certeza é uma delas. Com a contínua adoção dessas tecnologias, novas soluções vão surgir — ou serem adaptadas — para atenderem ainda mais o público que trabalha com agronegócio, garantindo melhorias tanto para o terreno quanto para os processos de produção e colheita da safra.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Vazio sanitário da soja inicia em 13 de julho no RS

    No período de 13 de julho a 10 de outubro, produtores de soja do Rio Grande do Sul não podem plantar, nem manter vivas plantas de soja

    No período de 13 de julho a 10 de outubro, produtores de soja do Rio Grande do Sul não podem plantar, nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento. É o vazio sanitário da cultura no Estado, definido pela Portaria nº 516, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

    De acordo com as informações divulgadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a finalidade é reduzir a quantidade de inóculo na área. O fungo causador da ferrugem asiática se espalha (dissemina) pelo vento, e a doença não é transmitida por semente.

    O monitoramento deve ser constante, desde a germinação das sementes até o período próximo à floração.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • CMN aprova condições das linhas de crédito do Plano Safra 2022/2023

    Governo disponibilizará R$ 340,8 bilhões em crédito para o agronegócio; votação da CMN ocorreu em reunião extraordinária para apreciação dos votos do Ministério da Economia

    Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quarta-feira (29), as regras e condições das linhas de crédito rural do Plano Safra 2022/2023. A votação ocorreu em reunião extraordinária para apreciação dos votos do Ministério da Economia. Em nota, a pasta salientou que, embora tenham sido elevadas em relação àquelas definidas na safra passada, todas as taxas de juros ficaram abaixo da taxa Selic atual, que está em 13,25% ao ano.

    O novo Plano Safra foi anunciado, também nesta quarta, em cerimônia no Palácio do Planalto, com vigência a partir de julho. Ao todo, será disponibilizado um total de R$ 340,88 bilhões em financiamentos para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. O valor, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, representa um aumento de 36% em relação ao Plano Safra anterior, quando foram disponibilizados R$ 251 bilhões a produtores rurais.

    As taxas de juros mais baixas serão aplicadas aos financiamentos contratados por agricultores vinculados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Nas operações de custeio e investimento para esse público, no caso de itens relacionados à produção de alimentos ou com forte adicionalidade ambiental, a taxa ficou em 5% ao ano (a.a). Para os demais itens, a taxa de juros ficou em 6% (a.a). Foram estabelecidas taxas favorecidas para os financiamentos aos médios produtores rurais do Pronamp (8% a.a.) e para os Programas ABC e PCA (8,5% a.a.), bem como para o investimento empresarial (10,5% a.a.).

    O CMN também alterou o Manual de Crédito Rural para priorizar os programas de financiamento nos produtores de menor porte e em atividades ambientalmente sustentáveis ou que promovam aumento da produtividade. Também foram criados novos limites nas linhas de financiamento, como o de R$ 40 milhões no Programa para Construção de Armazéns (PCA), para armazenagem de grãos.

    As taxas de juros definidas pelo CMN para os Fundos Constitucionais de Financiamento, e para o crédito rural em geral, foram definida entre 6,67% a.a. a 11,69% a.a., considerando-se o bônus de adimplência:

    O CMN autorizou ainda a individualização de contratos de financiamento coletivos no Fundo de Terras e da Reforma Agrária, realizados até 30 de junho de 2011, para permitir que esse processo possa ocorrer até o fim da operação de financiamento do contrato coletivo, conforme prevê lei de refinanciamento de créditos agrícolas.

    Por fim, o CMN fixou os preços de garantia das 19 culturas amparadas pelo Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF), envolvendo operações de crédito com vencimento no período de 10 de julho de 2022 a 9 de julho de 2023, considerando os custos variáveis de produção ou os preços mínimos vigentes.

    O CMN é um órgão colegiado presidido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e composto pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e pelo secretário Especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/