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12 de julho de 2022

  • Soja: processamento do grão cresce e exportações de óleo e farelo avançam

    Até junho, embarques do grão alcançaram 53 milhões de toneladas, queda de 7,8% em relação ao registrado em igual período de 2021

    O processamento do grão de soja atingiu 17,1 milhões de toneladas nos primeiros cinco meses deste ano, aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2021. Os dados são provenientes da amostra mais recente divulgada pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

    Os volumes de produção de farelo (13,1 milhões de toneladas) e óleo de soja (3,4 milhões) também foram ligeiramente superiores.

    Exportações de soja

    De acordo com os dados oficiais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) atualizados até junho, as exportações da soja em grão alcançaram 53 milhões de toneladas, queda de 7,8% em relação ao registrado em igual período de 2021 (57,5 milhões de toneladas).

    Já as exportações dos produtos derivados da commodity apresentaram crescimento. No caso do farelo, foram 10,4 milhões de toneladas exportadas este ano, contra 8,1 milhões entre janeiro e junho do ano passado; e o óleo chegando a 1,3 milhão de toneladas exportadas (no mesmo período de 2021 foram 770 mil toneladas).

    Projeções

    As projeções anuais para o complexo soja em 2022 sofreram algumas alterações em relação à última estimativa, com destaque para as seguintes variáveis:

    • Queda das exportações de 77 milhões de toneladas para 76,8 milhões;
    • Aumento do processamento do grão de 48,1 milhões de toneladas para 48,3 milhões, com impactos positivos na produção de farelo e óleo;
    • Aumento das exportações de farelo e óleo para 18,5 e 2,1 milhões de toneladas, respectivamente.

    Com os preços médios de referência mantidos, a Abiove projeta que as exportações dos três produtos do complexo soja atinjam US$ 58 bilhões em 2022.

     Fonte: https://www.canalrural.com.br/
  • Crédito rural supera valores iniciais e fecha safra com R$ 293 bi em contratações

    Quantia representa crescimento de 20% em relação à safra 2020/2021

    A safra 2021/2022 caminha para o final com aumento de contratações de crédito rural. Nesta segunda-feira (11), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou que o valor total contratado superou a marca dos R$ 293,41 bilhões. A quantia é R$ 42,19 bi maior que o disponibilizado inicialmente.

    No comparativo com a safra anterior, de 2020/2021, o montante cresceu em 19%. O Mapa reforça que o resultado ocorreu “apesar de as operações de crédito rural com recursos equalizáveis terem permanecido suspensas durante quatro meses, exceto para custeio no âmbito do Pronaf”.

    Em termos percentuais, o Norte foi a região em que as contratações de crédito rural mais evoluíram de uma safra para outra: 28%. Sudeste e Nordeste seguiram de perto o crescimento, com 24% e 23%, respectivamente. Em valores absolutos, o Sudeste figura na ponta, com R$ 69,95 bilhões. Em totais de contratados, a liderança foi do Nordeste, com mais de 735 mil documentos, o que corresponde a 71% do volume total.

    O Mapa, por meio de Balanço de Desempenho do Crédito Rural desenvolvido pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), ressalta que o aumento de contratações se deu, de forma geral, pela superação das expectativas da disponibilidade de recursos e concessão de financiamentos nas fontes livres e controladas, mas não equalizadas. O mesmo ocorreu, segundo a pasta, com a LCAs e os fundos constitucionais.

    Fatores econômicos em favor do crédito rural

    Ainda de acordo com o governo federal, três fatores econômicos foram determinantes para o resultado das contratações de crédito rural na safra 2021/2022:

    1. Baixo nível das taxas reais de juros do crédito rural;
    2. Negativas na maior parte do período;
    3. Estímulos de mercado, caracterizados pela elevação de preços dos produtos agropecuários.

    Por categoria de produtor rural, os grupos atendidos por Pronamp (pequenos) e Pronaf (médios) receberam os totais de créditos de R$ 33,62 bilhões e R$ 40,17 bilhões, respectivamente. Os outros R$ 219,61 bilhões foram direcionados aos demais produtores rurais brasileiros.

    Investimentos feitos dentro do âmbito do Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC) somaram R$ 3,07 bilhões. Por sua vez, o Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (Proirriga) teve disponibilizado R$ 1,07 bilhão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Monitor de Secas aponta abrandamento do fenômeno na região Sul

    Com 87% de seu território com a presença do fenômeno, o Centro-Oeste foi a segunda região com maior área seca

    Entre abril e maio, em termos de áreas com seca, o Rio Grande do Sul teve um recuo da seca de 100% para 88% do território gaúcho, enquanto o fenômeno reduziu sua abrangência de 92% para 68% de Santa Catarina. Já o Paraná segue com 98% de sua área com seca desde agosto de 2021. A última atualização do Monitor de Secas, referente a maio, aponta o abrandamento da seca nos três estados do Sul, devido às chuvas acima da média.

    No Paraná, entre abril e maio, a área com seca se manteve estável no patamar de 98% do estado, percentual que segue desde agosto de 2021 e foi o maior entre os estados do Sul em maio. Em termos de severidade, foi observado o abrandamento do fenômeno com o recuo da seca grave de 26% para 24% do território paranaense — melhor condição desde março de 2021, quando houve seca grave em 19% do Paraná.

    O Rio Grande do Sul, entre abril e maio, registrou um leve um recuo da seca de 88% para 87% de seu território, devido às chuvas acima da média. Desde setembro de 2020, essa é a segunda vez que o Rio Grande do Sul registra áreas livres de seca e os 87,3% representam a segunda menor área com registro do fenômeno desde o início do acompanhamento do Monitor de Secas no estado em agosto de 2020, sendo que apenas em setembro de 2020 houve uma área menor com o fenômeno: 86,7%. Com seca em 245,7 mil quilômetros quadrados, território superior ao do Reino Unido, o Rio Grande do Sul teve a 6a maior área seca do Brasil, ficando atrás de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Em termos de severidade, o RS teve um abrandamento da seca com o recuo das áreas com seca grave de 45% para 23% do estado – condição mais severa do Sul.

    Já em Santa Catarina, entre março e abril, houve o abrandamento da seca com o desaparecimento da seca grave e da seca moderada. Com 68% de seca fraca, o estado teve em maio a condição mais branda do fenômeno desde a entrada de Santa Catarina no Mapa do Monitorem agosto de 2020, assim como a condição menos severa dentre os estados do Sul. Em termos de área com o fenômeno, Santa Catarina registrou o recuo da seca de 92% para 68% do território catarinense — menor área desde sua entrada no Monitor.

    Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em maio aconteceu no Sudeste, que registrou 4% de seca excepcional, a mais aguda da escala do Monitor. O Centro-Oeste teve a segunda maior severidade de maio com 10% de seca extrema. No Sul houve um abrandamento do quadro com a redução da seca grave de 34% para 20% da região. Já o Nordeste teve a menor severidade de maio com o desaparecimento da seca grave e a redução da seca moderada de 6% para 3% da região.

    O Sul registrou o maior percentual de área com seca: 88%. Com 87% de seu território com a presença do fenômeno, o Centro-Oeste foi a 2a região com maior área seca. Já o Sudeste teve 61% de sua área com registro do fenômeno, enquanto o Nordeste segue com o menor percentual de território com seca: 32%.

    Monitor de Secas em outras regiões

    Entre abril e maio, em termos de severidade da seca, dez estados tiveram um abrandamento do fenômeno no último mês segundo o Monitor de Secas: Alagoas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe. Somente em Goiás e Mato Grosso foi registrada a intensificação da seca, enquanto o fenômeno se manteve estável em nove unidades da Federação: Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.

    Entre abril e maio, sete unidades da federação registraram o aumento da área com seca: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Piauí, Goiás, Mato Grosso e Tocantins. Por outro lado, a área com o fenômeno recuou em oito estados: Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe. Nas outras seis unidades da federação acompanhadas pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.

    Assim como em abril, três unidades da Federação registraram seca em 100% do território no último mês: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os demais 18 estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 6,5% e 97,8% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Assim como em abril, nenhuma das 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor ficou livre de seca em maio.

    Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguido por Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. No total a área com o fenômeno foi de 3,11 milhões de quilômetros quadrados e se fosse um país seria o 8 maior do mundo, superando os 2,78 milhões de km da Argentina.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/