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15 de julho de 2022

  • Soja brasileira da safra 21/22 está 76,7% comercializada, diz Datagro

    Estimativa é que sojicultores tenham negociado quase 97 milhões de toneladas até o momento

    A comercialização da safra 2021/22 da soja brasileira chegou a 76,7% da produção esperada até o dia 8 de julho. É o que indica um levantamento realizado pela consultoria Datagro.

    Com isso, o volume continuou aquém dos 91,2% do fluxo recorde da safra 2019/20, dos 80,2% observados em igual momento do ano passado e também da média de 78,8% dos últimos 5 anos.

    Houve incremento mensal de 6,8 pontos percentuais, acima dos 5,9 p.p. observados no mês anterior e do padrão normal para o período – 5,5 p.p.

    “Os preços médios internos tiveram comportamento misto em junho, sem direção única. Os negócios acabaram acontecendo onde tivemos altas, devido à necessidade de fazer caixa para financiar a compra de insumos”, destaca o coordenador de Grãos da empresa, Flávio Roberto de França Junior.

    Segundo ele, a expectativa dominante é a de que as condições de mercado ainda são muito tensas, com espaço para novas elevações com a intensificação da entressafra, levando os produtores a dividir sua opção com a venda do milho.

    Considerando a previsão da safra 2021/22, revisada para 126,18 milhões de toneladasos sojicultores brasileiros negociaram, até a data analisada, 96,77 mi de toneladas. Em igual período do ano passado, esse volume estava muito maior em termos relativos e absolutos, chegando a 111,33 mi de t.

    Safra 2022/23 de soja

    A análise da Datagro mostra que 13,4% da produção estimada da oleaginosa da safra 2022/23 está comprometida comercialmente, avanço de 1,7 p.p. na comparação com o levantamento anterior. Esse fluxo está abaixo dos 19,2% em igual momento do ano passado, dos 36,2% do recorde de 2020 e dos 18,7% da média plurianual.

    As vendas chegaram a 26,3% em Mato Grosso, 29% na Bahia, 16,6% no Mato Grosso do Sul e 9% em Goiás.

    Milho

    O levantamento da consultoria mostra moderado andamento na comercialização do milho da safra de verão 2021/22 no Centro-Sul do Brasil, com avanço de 6,0 p.p. em um mês. Com isso, as vendas alcançaram 64,6% da produção esperada, contra 58,6% no levantamento anterior, 79% em igual momento do ano passado e 73,2% na média dos últimos cinco anos.

    Com previsão de safra atualizada em 18,21 mi de t, os produtores comercializaram 11,76 mi de t.

    Em relação à safra de inverno 2022, até o dia 8 de julho, 43,4% da produção estava compromissada pelos produtores, ante 38,6% no mês passado, 65,4% em 2021 e 58,7% na média plurianual.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • La Niña até o verão de 2023 pode levar à quebra de safra de soja no Sul

    Relatório do Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos divulgado nesta quinta-feira indica prevalência do fenômeno climático nos próximos meses

    O fenômeno La Niña, que começou em meados de julho de 2020, vai durar até o verão de 2023. É o que indica o último relatório do Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).

    Com isso, a safra brasileira de soja no Sul do país pode ser novamente impactada, assim como ocorreu no Rio Grande do Sul e no Paraná no ciclo 2021/22, onde as quebras giraram em torno de 50% da produção. 

    Entenda os efeitos do La Niña no Brasil

    Na região Nordeste brasileira, o La Niña persistente pode causar precipitações volumosas e persistentes ao longo de 2022, com leve diminuição em dezembro, mas com retomada ao longo do verão de 2023.

    Também está previsto um atraso na chuva de primavera no Centro-Oeste, bem como em parte do Sudeste e do Norte do país. Ainda assim, a umidade atinge a média histórica e, em alguns estados, até ultrapassa.

    Redução de chuva

    Modelos meteorológicos indicam redução de chuva na região Sul do Brasil, com aumento dos intervalos e prevalência de tempo seco entre uma precipitação e outra. A exemplo do que aconteceu em 2021, a estiagem pode impactar na fase de enchimento de grãos da soja.

    Em algumas cidades do Rio Grande do Sul, tais efeitos de ausência pluviométrica serão sentidos já em outubro. No entanto, a redução da chuva não é em relação ao volume, mas aos intervalos de distribuição.

    O La Niña também traz o risco de geada tardia para a região, principalmente entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os mapas climatológicos indicam ondas de frio para o Sul até o final de setembro.

    Próximos dias

    Os próximos dias devem dar continuidade às ondas de frio no Sul do país, dificultando a finalização do plantio dos cereais de inverno na região. Áreas de instabilidade e a chegada de uma frente fria trazem chuva nesta quinta (14) e também na sexta no Rio Grande do Sul.

    Assim, do dia 15 até a próxima terça-feira (19), são esperados de 50 mm a 70 mm de chuva no estado, principalmente entre o centro e o sul gaúchos.

    Já a partir da próxima quarta-feira (20), a estimativa é de tempo mais firme para a região Sul, com janelas de tempo firme mais longas até próximo ao fim do mês, ajudando na finalização do plantio do trigo.

     

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Cigarrinha do milho: especialista aponta principais estratégias para diminuir impacto da praga

    O programa Direto ao Ponto recebeu o engenheiro agrônomo e especialista na cultura de milho Paulo Roberto Garollo

    Qual o melhor manejo para reduzir o prejuízo provocado pela cigarrinha nas lavouras de milho? Esse foi o tema central da conversa com o engenheiro agrônomo Paulo Roberto Garollo, que é especialista na cultura de milho na Bayer. Em entrevista ao Direto ao Ponto desta semana, ele falou sobre o manejo correto para combater o inseto, que tem tirado o sono dos produtores rurais.

    Garollo indicou o motivo de a incidência de cigarrinha ter aumentado nas lavouras brasileiras. “Foi um avanço muito alto e pré-determinamos que isso tem ocorrido em função de alguns fatores básicos: a própria área plantada de milho durante o ano todo, e dentro desse volume a gente tem uma divisão quase que igualitária entre o plantio da primeira safra, o plantio da segunda safra e o avanço do plantio nas entressafras. Planta-se milho no Brasil o ano inteiro e, como a cigarrinha se alimenta disso, ela encontra alimento a todo momento, aumentando a praga”, afirma.

    Na região do Brasil central, segundo Garollo, as temperaturas médias durante o ano são mais estáveis e capazes de auxiliar no desenvolvimento e na parte reprodutiva da cigarrinha, tornando-se o melhor ambiente térmico para ela. Isso, segundo o especialista, aumenta ainda mais a oportunidade do inseto expandir sua população.

    O agrônomo também falou sobre o diagnóstico das lavouras. “Nós temos hoje no Brasil três doenças do complexo de enfezamento. Quando esses agentes causais estão inseridos na planta de milho e a doença se faz presente, eu preciso melhorar a minha diagnose”, explica.

    Para Garollo, é importante que o produtor saiba associar o conhecimento sobre a praga para entender qual o melhor produto para cada momento em que for feita a pulverização.

    “Controle e manejo de cigarrinha têm que ser estratégicos. A estratégia é associar o conhecimento da biologia do inseto, o ambiente em que você vai aplicar e aí sim as características físico-químicas que você vai trabalhar”, finaliza.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/