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29 de julho de 2022

  • Biológicos são essenciais contra estresses climáticos

    Para este período mais crítico, marcado por falta de chuva e riscos de geada, produtores podem recorrer aos bioinsumos para proteção preditiva e corretiva da lavoura

    O inverno brasileiro, apesar de pouco rigoroso em geral, é sempre um momento que gera tensão nos agricultores, por ser um período que tradicionalmente apresenta poucas chuvas e tem aumentado risco de geadas. É necessária redobrada atenção à proteção da lavoura para reduzir os impactos das intempéries na produção. A melhor indicação para a estação é manter o cuidado preventivo, ou seja, preparar as lavouras para absorverem os impactos climáticos.

    Parte importante destas ações prévias consiste no uso de produtos biológicos, que agem justamente no fortalecimento das plantas e no condicionamento do solo. Segundo o biólogo e gerente de portfólio da Biotrop, Éderson Santos, são diversos os bioinsumos à disposição do agricultor para mitigar os efeitos de estresses bióticos e abióticos. “A Biotrop tem, por exemplo, o Bionautus, que é um bioativador de alta tecnologia capaz de aumentar a resiliência das plantas a fatores como o estresse hídrico e as variações de temperaturas”, destaca.

    Para o gerente de pesquisa e desenvolvimento da Biotrop, Sérgio Zanon, assim como o Bionautus, o produtor também pode contar com o Bioasis. À base de bacilos (Bacillus aryabhattai, B. circulus e B. rainezi), o produto é um hidrocapacitor que age de forma inovadora. “Ele cria células no entorno da raiz, absorvendo água e mantendo esta raiz hidratada. Isto promove um maior desenvolvimento radicular, faz com que a planta suporte períodos maiores de estresse hídrico, além de contribuir na absorção de nutrientes”, explicou o profissional.

    Outra importante solução é o Biofree, um exclusivo inoculante promotor de crescimento composto pela combinação de Pseudomonas fluorescens e Azospirillum brasilense. O produto é capaz de aumentar a eficiência da adubação de base em até 25%, reequilibrar a biologia do solo e elevar a produtividade das culturas. É o único a combinar a fixação biológica de nitrogênio e a mobilização de fósforo.

    De acordo com o gerente de portfólio da Biotrop, devido a sua formulação, o Biofree prepara a planta para superar situações adversas, fazendo ainda com que ela se desenvolva melhor. “Essa solução faz com que o sistema radicular da planta esteja mais robusto e desenvolvido, assim irá consequentemente absorver mais nutrientes, conseguindo acessar água em maior profundidade, passando com mais facilidade por essas situações de estresse”, comenta Santos.

    Pós-estresse

    Mesmo com as altas tecnologias em radares meteorológicos, muitas vezes a natureza surpreende com a formação de geadas intensas, pegando muitos produtores de surpresa. Quando isso ocorre é necessário ser rápido, pensar em alternativas para minimizar os impactos na produção.

    O Bioativus, um fertilizante organomineral natural formulado a partir da fermentação de leveduras especiais, é uma tecnologia que pode ajudar. O produto é um complexante com alta concentração de aminoácidos livres, que promove o carregamento de nutrientes e tem ação sistêmica na planta. Essa fermentação de aminoácidos mitiga o estresse sofrido em decorrência da geada, ajudando a planta a se recuperar e se estabelecer mais rápido.

    Outra possibilidade com essa ferramenta é realizar uma pré-proteção. “Se houver a previsão de geadas, ao aplicar o produto antecipadamente a planta estará mais forte e preparada para atravessar esse momento crítico, sem falar que estará também mais forte contra estresse biótico e abiótico”, acrescenta Santos.

    Uma alternativa após estresse sofrido é o Stimutrop, um fertilizante mineral misto com características únicas de fisioativação que combinam o estímulo ao desenvolvimento das plantas e o crescimento de microrganismos benéficos em um processo sinérgico, capaz de elevar a produtividade das lavouras e a longevidade produtiva dos solos. “O produto contém metabólicos e vai fazer com que a planta tenha mais perfilhos, melhor desenvolvimento, e esteja mais robusta para acessar os nutrientes, tendo uma melhor resposta”, reforça o biólogo.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Adubação de pastagem é garantia de mais arroba por hectare

    Projeto Pasto Forte mostra que pecuarista pode triplicar a produção de arroba por hectare sem a necessidade de abrir novas áreas

    Estima-se que no Brasil exista mais de 100 milhões de hectares de pastagem com algum nível de degradação que necessitam de intervenção para reverter o estado em que se encontram. A ferramenta mais eficiente para recuperar essas áreas, garantindo maior produtividade aos pecuaristas, é o investimento em correção e adubação.

    O Projeto Pasto Forte, realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) em parceria com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e patrocínio do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), está avaliando a produtividade vegetal e animal e a fixação/estoque de carbono no solo em diferentes regiões de Mato Grosso. Este comprovou, através de resultados parciais, que o pecuarista atingiu 3,34 UA (Unidade Animal = 450 Kg de peso corporal vivo) por hectare, enquanto a média nacional não passa de uma UA.

    Segundo o zootecnista Thiago Trento, pesquisador de Pecuária de Corte da Fundação MT, triplicar a quantidade de animais por hectare significa potencializar mais a produção animal com sustentabilidade, pois não é necessário abrir novas áreas, intensificando com eficiência na mesma área.

    Além disso, de acordo com o especialista, a pesquisa mostrou que investimentos em adubação das pastagens de modo racional proporcionaram ao pecuarista do município de Rondonópolis, assistido pelo Projeto, um lucro de quase 10 arrobas (@) por hectare (ha), fornecendo suplementação mineral, num período de 152 dias na época das águas.

    “Sem nenhum investimento em adubação, o pecuarista deixou de produzir quase 4@ por ha devido à baixa produção de massa de forragem e é justamente a conversão de capim em carne que paga a conta do pecuarista”, diz Trento.

    O Projeto Pasto Forte está sendo conduzido em quatro fazendas nos municípios de Rondonópolis, Cáceres, Paranatinga e Nova Canaã do Norte, com o objetivo de gerar recomendações de investimentos que garantam a sustentabilidade de sistemas produtivos em pecuária de corte em três biomas diferentes: o Cerrado, o Pantanal e o Amazônico. Dentro dessas fazendas, foi perguntado para os produtores quais ambientes pastoris eles classificavam como bons, médios e ruins – e depois confirmadas por meio de análise de solo e da pastagem. Depois de separadas as áreas de pastagens, foi avaliada a eficiência dos investimentos em adubação dos pastos. Esses investimentos foram determinados de acordo com a análise de solo e perspectiva produtiva do pecuarista.

    “É o que eu sempre falo: não adianta realizar adubação nitrogenada que favorece a produção de massa de forragem, se o produtor não tem a quantidade de animais suficiente para consumir esse alimento produzido. É necessário planejar a taxa de lotação de acordo com a massa de forragem produzida”, destaca Trento.

    “Na pecuária, a nossa máquina de colheita são os animais: se não existe quantidade de forragem suficiente, muitas vezes decorrente da falta de nutrientes e, consequentemente, adubação, teremos uma baixa eficiência de pastejo, ou seja, os animais se tornam ineficientes em converter capim em carne pela falta de alimento na pastagem”, reforça.

    Dessa forma, segundo o pesquisador, é papel do produtor ou técnico “regular” e otimizar o consumo do animal através do manejo pastejo, que deve levar em consideração a capacidade de suporte do pasto.

    Por onde começar?

    Em áreas mal manejadas ou com algum nível de degradação, segundo o especialista da Fundação MT é recomendado começar com uma eficiente análise do solo, conhecer o que tem lá, as suas deficiências, para planejar o que se pode melhorar.

    “Quando estamos doentes, o que fazemos? Vamos ao médico, ele nos dá o diagnóstico de acordo com o que constatou no exame. Para o solo não é diferente, precisa conhecer sua fertilidade para recomendar o tratamento mais indicado”, reforça Trento.

    O segundo passo é fazer o controle de plantas daninhas, pois se não eliminar essas plantas invasoras e fizer a adubação, será favorecida a competição por recursos, ou seja, essas invasoras vão absorver esses nutrientes, competindo com as plantas forrageiras.

    “A mensagem é: adubar para produzir mais forragem que deve ser colhida de forma eficiente pela nossa colhedora de capim que são os animais, que transforma produto vegetal em produto animal de alto valor biológico e nutricional”, acrescenta.

    Mudança é uma tendência

    Para o especialista da Fundação MT, a preocupação e cuidados com a pastagem por parte dos pecuaristas é uma tendência que deve se intensificar cada vez mais. Primeiro porque é preciso ser mais eficiente com a mesma área produtiva, e, segundo, devido à expansão da agricultura em áreas destinadas à pecuária. “Aquele pecuarista tradicional (extrativista) que não investia em adubagem de pastagem e em um manejo eficiente, ele não tem condições de competir com a lavoura. Isso não significa que ele sairá da atividade, mas continuará com baixa produtividade e, consequentemente, menor rentabilidade”, diz.

    Entretanto, pecuaristas que estão realizando manejo correto, com controle de plantas daninhas, uma eficiente adubação de pastagem, respeitando as alturas de pastejo da forrageira e realizando a suplementação dos animais, com certeza estão ganhando dinheiro na pecuária, conforme demonstra a pesquisa.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Mapas podem reduzir em até 65% o uso de herbicidas

    A tecnologia consiste em imageamento das áreas plantadas com drones para a identificação das áreas infestadas. Na sequência, as imagens são processadas e interpretadas para geração de mapas de infestação geolocalizada

    A startup de agricultura digital Cromai e a Colorado Máquinas, concessionária da John Deere, firmaram parceria inédita que vai disponibilizar tecnologia aos usuários das máquinas com o objetivo de melhorar a gestão de insumos das propriedades rurais. A solução da Cromai gera mapas de pulverização que reduzem em até 65% do uso de herbicidas e proporcionam uma economia de cerca de R$ 80/ha em cana-de-açúcar.

    Segundo Thalles Linhares, head de negócios da Cromai, todos os produtores que comprarem seus equipamentos na Colorado, que fica em Ribeirão Preto (SP), terrão uma bonificação para utilizar a solução da startup. “Teremos cerca de 3 milhões de hectares para desenvolver essa parceria, que surgiu durante um processo de aceleração promovido pelo hub AgTech Garage.”

    A tecnologia consiste em imageamento das áreas plantadas com drones para a identificação das áreas infestadas. Na sequência, as imagens são processadas e interpretadas para geração de mapas de infestação geolocalizada. “O resultado é entregue em grupos de daninhas (folha larga e folha estreita), visando um melhor direcionamento do manejo na etapa operacional”, explica Linhares.

    Na fase final, o manejo é realizado de acordo com os mapas gerados e implementados em estruturas de pulverização terrestre ou aérea. Além de controlar as plantas invasoras é possível comprovar a otimização dos processos, economia de defensivos agrícolas e viabilidade de implementação da ferramenta por meio do cálculo de retorno sobre investimento.

    Para a Colorado, o objetivo da parceria é fidelizar os clientes por meio das soluções agronômicas fomentadas pela Cromai, que proporcionam também um melhor desempenho das maquinas, principalmente os pulverizadores John Deere, fazendo com que o cliente utilize todos os recursos tecnológicos embarcados. “Nosso desejo é rentabilizar o produtor  com o mapeamento das zonas infestadas com as plantas daninhas e os recursos tecnológicos embarcados  para proporcionar uma aplicação de forma totalmente automatizada nas áreas identificadas. Ação que contribuirá com o melhor controle das plantas invasoras e redução do investimento com os insumos agrícolas”, explica o engenheiro agrônomo e gerente de soluções de agricultura de precisão da Colorado, Roger Henrique Cerqueira Abud.

    Abud explica que a Cromai foi escolhida pelo comprometimento e aspectos positivos reportados pelos clientes, além do grande potencial das soluções ofertadas pela startup.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/