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1 de agosto de 2022

  • Distribuição de recursos do Plano Safra deve acontecer em agosto, diz presidente da FPA

    Anunciado no fim de junho, o valor do Plano Safra 2022/23 representa aumento de 36% em relação ao ciclo anterior

    Plano Safra 2022/2023, que vai disponibilizar um total de R$ 340,88 bilhões em financiamentos para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano, deve começar a distribuição dos recursos aos produtores no país até a segunda quinzena de agosto, segundo o diretor da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (PR).

    “Para complementar o Plano Safra 2022/2023 votamos os Projetos de Lei do Congresso Nacional (PLN) 14 e 18, bem como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Os PLNs já foram transformados em Lei e a LDO já foi para a sanção presidencial e, após, segue para o Ministério da Economia, que define e orienta como deve ser feita a distribuição dos recursos aos bancos. Com base na safra anterior, acreditamos que estará tudo implementado até a segunda quinzena de agosto”, afirma Souza.

    Plano Safra

    Anunciado no fim de junho, o valor do Plano Safra 2022/23 representa aumento de 36% em relação ao ciclo anterior, que disponibilizou R$ 251 bilhões aos produtores rurais.

    Sérgio Souza destaca que o montante oferecido pelo governo dará ao pequeno e médio produtor condições adequadas para o plantio. Além disso, o parlamentar considera o novo Plano Safra robusto e de qualidade. “Estávamos preocupados com a possibilidade de ter uma taxa de juros alta e volume menor, mas aconteceu ao contrário. Conseguimos cuidar de quem mais necessita”.

    Para o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, os recursos desta safra são fundamentais para apoiar as cooperativas que respondem por 53% da produção agrícola do país. “As projeções da equipe do Ministério da Agricultura nos apontam para uma safra de quase 340 milhões de toneladas. Contribuindo diretamente com esse desempenho, temos atualmente 1,2 mil cooperativas agropecuárias que congregam mais de 1 milhão de cooperados. Além disso, 71% dos estabelecimentos rurais de produtores associados a cooperativas são de perfil da agricultura familiar”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Emater/RS: fatores climáticos favorecem a atividade leiteira

    Os fatores climáticos da última semana, com redução das chuvas e aumento da luminosidade, contribuíram para a atividade leiteira nas diferentes regiões do Estado, provocando sensível aumento na produção forrageira e reduzindo a dificuldade de manejo dos animais nas áreas de pastejo. Além disso, ainda reduziu o impacto negativo na higiene e na qualidade do leite.

    De maneira geral, percebe-se uma reação positiva dos produtores com relação ao incremento no preço pago pelo litro do leite, apesar do aumento dos insumos relatados nos últimos meses.

    Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, mesmo com níveis de umidade do solo ainda elevados, o baixo volume de chuvas registradas no período nos municípios da Campanha favoreceu a utilização das pastagens com melhor desenvolvimento em altura, sem maiores riscos de degradação pelo pisoteio dos animais. Há maior atenção com a higiene dos equipamentos, das instalações e do úbere das matrizes, além da oferta de alimentos após a realização das ordenhas, atividades que continuam sendo estratégias adotadas para a prevenção da ocorrência de casos de mastite.

    Os produtores de Aceguá estão retomando as vendas de novilhas Holandesas para compradores de outras regiões do Rio Grande do Sul e também de outros estados, os quais buscam a reconhecida qualidade genética do gado leiteiro do município.

    Os silos de milho safrinha cultivado após o retorno das chuvas no mês de março estão sendo abertos e contribuem de maneira significativa para a composição da dieta do rebanho leiteiro nos municípios da Fronteira Oeste, onde as lavouras da safra foram praticamente perdidas devido à estiagem.

    Na de Caxias do Sul, o retorno do tempo firme e de temperaturas mais elevadas, aliadas à boa umidade no solo, permitiram que as pastagens produzissem boa quantidade de forragem, melhorando a condição alimentar dos rebanhos e a produção de leite. O tempo seco facilitou a higiene dos animais e dos úberes, mantendo secas as áreas de espera, descanso e corredores, e, consequentemente, melhorando a qualidade do leite. Na semana, seguiu na região a implantação de trigos e outros cereais para ensilagem. As áreas de trigo aumentaram em torno de 30% em relação ao ano anterior, segundo levantamento realizado com produtores e empresas que vendem sementes. A sanidade dos rebanhos, em geral, foi boa, bem como foi mantido o escore corporal das vacas de leite.

    Na de Erechim, o clima com baixa precipitação pluviométrica e temperaturas amenas oportunizou um alto nível de bem-estar dos animais. O manejo do rebanho dos sistemas pastoris também ficou facilitado. O tempo efetivo de pastejo dos animais foi elevado em virtude das boas condições climáticas. Os animais estão em bom estado sanitário, boas condições corporais e com alta produtividade de leite.

    Na de Passo Fundo, a oferta de alimentos volumosos a campo continua abaixo da necessidade dos rebanhos, com baixa oferta e menor qualidade nutricional, uma vez que a taxa de crescimento tem sido limitada. Visando atender às necessidades dos rebanhos e manter os níveis de produção, são necessários ajustes nas dietas através do uso de alimentos conservados e concentrados. Entretanto, há elevação nos custos de alimentação dos rebanhos, fazendo com que muitos produtores realizassem ajustes parciais nessas dietas. As condições sanitárias se mantiveram em nível satisfatório, porém exigindo atenção maior à ocorrência, controle e prevenção das mamites.

    Na de Frederico Westphalen, o aumento da disponibilidade de pastos, principalmente das espécies anuais de inverno, seja no sistema solteiro seja em sobressemeadura em áreas de pastagens perenes de verão, o que levou a produção de leite a uma boa recuperação. As pastagens anuais de inverno, como algumas aveias, trigo duplo propósito e centeio, estão em desenvolvimento, e algumas áreas de triticale e azevém estão em implantação e início de desenvolvimento.

    Na de Ijuí, a abertura de silos de milho safrinha tem proporcionado incremento na quantidade de energia e estimulado a elevação da produção total. Os relatos referentes à silagem de milho safrinha são animadores, ressaltando a boa qualidade do alimento armazenado. As condições climáticas da semana foram favoráveis ao manejo e a higiene no momento da ordenha, reduzindo significativamente os problemas de excesso de barro no entorno das instalações, o que, invariavelmente, alteram a sanidade do rebanho e provocam redução na qualidade do leite.

    Na de Pelotas, as condições do tempo foram bem melhores no período, oferecendo um melhor conforto aos animais que permanecem a campo, sem chuvas e com temperaturas amenas, porém ainda dispensa uma maior atenção aos animais em relação às ocorrências de mastite com os atoleiros. Em algumas localidades, ainda há estradas com estragos em decorrência das chuvas, principalmente nos municípios por onde o caminhão transita para fazer a entrega ao laticínio. Em Pedras Altas, a associação ainda segue tratando sobre a implantação do laboratório de testes sanitários. Apesar do aumento dos custos de produção, muitos produtores seguem motivados com o preço pago.

    Na de Porto Alegre, os produtores são orientados a monitorar qualquer sinal de raiva dos herbívoros para comunicação a Secretaria de Agricultura do município e a Emater. Há recomendação de vacinação contra leptospirose. Há relatos da elevação dos preços dos insumos, mas a expectativa de alta nos valores anima os produtores da região.

    Na de Santa Rosa, a produção de leite diária mantém a tendência de elevação, ainda que pequena, quando comparada à da semana anterior. A principal alimentação vem das pastagens de inverno formadas pelas pastagens de aveia, azevém e trigo duplo propósito, as quais tiveram um bom incremento no crescimento nas duas últimas semanas devido à condição de clima favorável. Assim, com boa oferta de pastagens e com boa qualidade nutricional, os produtores relatam que puderam diminuir um pouco a complementação no cocho com produtos conservados. A produtividade de leite está boa devido a boa oferta forrageira e aos dias com temperaturas amenas, que favorecem o bem-estar animal, proporcionando conforto térmico. Além disso, não tem mais acúmulo de barro nos arredores das instalações, melhorando o manejo dos animais e reduzindo a penosidade do trabalho na sala de ordenha.

    Na de Santa Maria, o tempo mais seco na semana permitiu uma melhor drenagem das áreas baixas de pastagens. E a melhor luminosidade do período favoreceu uma maior taxa de crescimento das pastagens.

    Na de Soledade, a condição de tempo mais seco na última semana possibilitou o incremento no crescimento e desenvolvimento das forrageiras anuais de inverno (aveias, azevém e trigo duplo propósito). As temperaturas um tanto elevadas, atípicas para esta época do ano, favorecem o crescimento, inclusive de espécies de verão, principalmente no baixo Vale do Rio Pardo. Para pastoreio, destacam-se, neste período, aveia preta e azevém.

    No Alto da Serra do Botucaraí, a maioria das áreas de aveia preta (semeadura precoce) segue para o final de ciclo. Já as áreas de trigo DP (duplo propósito) destinadas à silagem também apresentaram incremento no crescimento e desenvolvimento nessa semana, destaque para a área da UEP (Unidade Experimental) de Rio Pardo, que se encontra na fase de início de floração. Com esse cenário favorável de incremento da oferta de pastagens, além da qualidade, reduz-se o fornecimento de alimentos conservados em sistemas de produção à base de pasto, comum nessa região.

    Fonte: https://www.milkpoint.com.br/

  • Drones ajudam na economia de tempo e dinheiro no agro

    Principais benefícios destacados são aumento na qualidade e quantidade de informações para os produtores rurais

    Inicialmente visto como um brinquedo, o drone aos poucos foi sendo descoberto como ferramenta de trabalho de muita utilidade na agropecuária, até se tornar um excelente aliado do produtor rural, com levantamentos gerais e detalhados da propriedade em um curto espaço de tempo e informações específicas que ajudam na melhor tomada de decisão.

    De acordo com o instrutor do Senar-MS Nathan Bulhões, os principais benefícios são a economia de tempo e a geração de informações de qualidade.

    “Cada dia que passa há mais necessidade de mantermos um meio ambiente protegido e equilibrado, para atendermos as legislações ambientais em vigor e mantermos os recursos naturais nas propriedades. E o drone é a ferramenta ideal para atender o produtor de forma eficaz e econômica”, conta.

    Usos do drone na agricultura

    • identificação de pragas e contagem de indivíduos (insetos etc.)

    • detecção de falhas de plantio,

    • acompanhamento da cultura para analisar o desenvolvimento,

    • medição de áreas para plantios padronizados,

    • identificação do relevo para determinar sentido do plantio,

    • medição de áreas em propriedades arrendadas,

    • identificar área total e útil dos talhões,

    • medição de áreas que sofreram sinistros para acionar o seguro,

    • cálculo de volumes,

    • mapa cadastral de uso e ocupação do solo e regularização ambiental.

    • pulverização de defensivos agrícolas por drones específicos para essa atividade.

    Usos do drone na pecuária

    • contagem e busca de animais perdidos,

    • medição de invernadas para distribuição correta dos animais,

    • identificação das cercas da propriedade para possível remanejamento e implantação de um manejo rotacionado,

    • levantamento topográfico das invernadas para implantação de terraços,

    • analisar visualmente a qualidade destes terraços e ocasionalmente executar a reforma dos terraços rompidos,

    • levantamento topográfico para projeto de distribuição de água para as pilhetas,

    • identificação da qualidade das pastagens,

    • medição das áreas totais e úteis de cada invernada,

    • cálculo de área produtiva

    • mapa cadastral de uso e ocupação do solo e regularização ambiental.

    Com a utilização do drone por até dois profissionais em campo é possível realizar em um único voo, a produção de fotos para obtenção de dados. E posteriormente no escritório gerar o levantamento de todas as informações que o produtor precisa, economizando tempo, custo com mão de obra.

    “E o que temos que ter de forma clara, é que tanto os profissionais que trabalham com drone, quanto o próprio equipamento não estão aqui para substituir métodos tradicionais de gerenciamento, mas para agregar e contribuir para a melhor tomada de decisões e o aumento de produtividade em suas propriedades rurais”, afirma Bulhões.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/