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22 de agosto de 2022

  • Registro de máquinas agrícolas começa a valer a partir de 30 de setembro

    A obrigatoriedade do registro de máquinas agrícolas que transitam em via pública do Departamento de Trânsito (Detran) passa para o Mapa

    A partir de 30 de setembro, o produtor rural poderá formalizar a documentação de máquinas e equipamentos agrícolas no Registro Nacional de Tratores e Máquinas Agrícolas (Renagro), regulamentado neste ano pelo Decreto n.º 11.014/2022 do governo federal.

    O registro poderá ser feito por meio do ID Agro Máquinas, plataforma desenvolvida pelo Instituto CNA em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A regulamentação do Renagro atende à Lei n.º 13.154/2015.

    De acordo com a norma, a obrigatoriedade do registro de máquinas agrícolas que transitam em via pública do Departamento de Trânsito (Detran) passa para o Mapa. Também ficam garantidas a gratuidade do registro e a isenção de emplacamento e licenciamento anual.

    “Foi uma vitória para o setor a Lei n.º 13.154/2015, que passou o registro para o Mapa e dispensou o licenciamento e o emplacamento. Agora, com o ID Agro Máquinas, finalmente o produtor poderá ter o documento da sua máquina, o que vai melhorar a rastreabilidade, importante para coibir a compra e venda de máquinas furtadas”, aponta o coordenador administrativo do Instituto CNA, Carlos Ribeiro.

    Registro

    O registro na plataforma é obrigatório apenas para máquinas que transitarem em via pública.

    Contudo, o ID Agro Máquinas trará diversas vantagens para o produtor rural, como o documento oficial de registro de máquina, integração com os sistemas de polícia e garantia de procedência e origem do equipamento.

    A partir de setembro, será possível registrar tratores e colheitadeiras, mas há previsão de novos maquinários e implementos como pulverizadores, plantadeiras, roçadeiras, grades e outros.

    Para registrar sua máquina agrícola, o produtor precisa ter a nota fiscal ou documento de compra e venda registrado em cartório.

    O registro é feito diretamente nas concessionárias de máquinas agrícolas de forma gratuita e simplificada.

    “Sabemos que a maior parte dos proprietários não possui esse tipo de documento. Por isso já estão em discussão outras possibilidades para tornar possível o registro sem estes documentos e em breve teremos novidades para atender a todos os proprietários de máquinas mais antigas que queiram registrar seu maquinário”, ressaltou Ribeiro.

    aplicativo do ID Agro está disponível para download nos sistemas Android e iOS.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Boas práticas de manejo favorecem atividade microbiana do solo

    A pesquisa mostrou que o bom manejo fez com que o solo incorporasse resíduos vegetais e melhorasse suas condições

    A adoção de boas práticas de manejo, favorece a atividade microbiana, melhorando as condições do solo. É o que apontam os resultados preliminares do subprojeto “Indicadores microbiológicos do solo sob plantio direto, associado a outras práticas conservacionistas na região Centro-Sul do Paraná”.

    Conduzido em Guarapuava, o estudo faz parte da Rede Paranaense de AgroPesquisa e Formação Aplicada (Rede AgroParaná) – uma parceria entre o SENAR-PR, Fundação Araucária e Secretária de Estado de da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

    Desde abril de 2019, o estudo vem comparando indicadores microbiológicos de três áreas – chamadas megaparcelas –, conduzidas de formas diferentes: a primeira cultivada com técnica do Sistema de Plantio Direto (SPD) padrão; a segunda, administrada com boas práticas de manejo e cultivo de nível, com plantas de cobertura outonais (como nabo forrageiro, aveia e ervilhaca); e a terceira, com terraceamento em nível e manejo semelhante à da primeira megaparcela.

    Então, a partir da coleta de amostras do solo – na camada de 0 a 10 centímetros –, os pesquisadores monitoraram parâmetros microbiológicos. Alguns desses aspectos são a respiração basal, carbono e nitrogênio da biomassa bacteriana, esporos de fungos micorrízicos arbusculares e atividades enzimáticas do solo.

    “Foram feitas coletas de amostras de solo duas vezes ano em cada megaparcela, sempre na parte mais superficial do solo, onde há mais atividade de microrganismos. Essas amostras foram avaliadas em laboratório, observando diversos parâmetros, de acordo com metodologias padronizadas, utilizadas por toda Rede AgroParaná”, explica a coordenadora do subprojeto e professora da Unicentro, Adriana Knobb.

    Solo mais produtivo

    De acordo com os dados preliminares, a segunda megaparcela – administrada com boas práticas de manejo – tem registrado melhores resultados no que diz respeito a atividade microbiana.

    Ademais, ela também apresentou parâmetros que indicam aumento dos ganhos líquidos no conteúdo de carbono orgânico no solo. Ainda mais, trocando em miúdos, as boas práticas contribuem para um solo de melhor qualidade, o que favorece a produtividade.

    “Esse solo tem maior aporte de carbono e maior incorporação de resíduos vegetais. Essa incorporação favorece a atividade de microrganismos e melhora as condições do solo”, resume a coordenadora do estudo.

    Como resultado, as parciais obtidas pelo estudo também apontam que a terceira megaparcela (mantida com terraceamento) vem obtendo melhor desempenho em relação à área cultivada com plantio direto padrão.

    “Foram verificadas diferenças significativas em relação aos atributos respirometria, quociente metabólico, número de esporos micorrízicos e fosfatase ácida. Os resultados apontam que a adoção de terraços tem promovido uma melhoria na qualidade do solo”, observa Knobb.

    Nesse sentido, a coordenadora do subprojeto, destaca que a atividade microbiana é mais eficaz em captar com antecedência alterações provocadas no solo. A captação é feita por técnicas de manejo ou por uso. Isso porque os microrganismos refletem mais rapidamente as mudanças ocorridas, em comparação a indicadores químicos e físicos.

    “Por sua atividade, os microrganismos são indicadores que respondem mais ativamente ao que está acontecendo. Só depois que há a alteração da captação  por indicadores físicos e químicos”, explica a professora.

    Ampliação dos estudos

    Além disso, outro ponto importante é que o subprojeto vem sendo conduzido de forma integrada a outros estudos microbiológicos. Estes estão sendo desenvolvidos em outras regiões, dentro da Rede AgroParaná.

    “Esses resultados podem ajudar na tomada de decisões a respeito dos processos produtivos, ajudando os produtores a definirem manejo e uso do solo. Tudo isso contribui para o desenvolvimento do setor agropecuário do Estado”, diz Knobb.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: veja o que pode mexer com o preço nesta semana

    Mercado volta atenções ao Crop Tour nos Estados Unidos; confira as dicas de analista da Safras & Mercado

    Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja nesta semana que vem. As dicas são do analista Luiz Fernando Gutierrez Roque, da consultoria Safras & Mercado.

    • Os players do mercado da soja mantêm as atenções centralizadas no clima para o desenvolvimento das lavouras da nova safra norte-americana, pano de fundo do aumento da estimativa de produção por parte do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
    • Paralelamente, os players acompanham os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional.
    • Fechando o quadro de fatores, o mercado acompanha notícias relacionadas à onda de calor e às poucas chuvas no Hemisfério Norte, que podem impactar as produções de grãos de alguns países.
    • O clima sobre o cinturão produtor ainda é fator importante, embora a maior parte do mercado climático já tenha passado. O desenvolvimento das lavouras da nova safra chegou à fase final, e o que o USDA indica é que, apesar de alguns problemas, a safra norte-americana vem se desenvolvendo bem e a produção será recorde.
    • De acordo com Roque, o mês de julho não foi tão favorável às lavouras em boa parte do cinturão produtor, mas ele afirma que não existe um grande problema em nenhum dos principais estados produtores. De uma forma geral, apesar de as temperaturas terem ficado acima da média em julho, não houve uma ausência total de chuvas no cinturão, apenas irregularidade.
    • Daqui para frente, apenas um grande fenômeno climático poderá mudar a fotografia da safra norte-americana, que é de recorde. Os mapas de previsões apontam para um fim de ciclo de desenvolvimento das lavouras sob condições regulares, sem excesso ou falta de umidade, e sem temperaturas muito elevadas.
    • Além disso, a colheita deve avançar sob as mesmas condições, o que deverá permitir um avanço rápido. De qualquer forma, ainda é importante olharmos para o clima. Surpresas não podem ser descartadas.
    • O mercado ficará atento, nesta penúltima semana de agosto, ao Crop Tour, da Pro Farmer, que ocorre entre os dias 22 e 25. A estimativa de produção resultante daí será importante, visto que o tour irá percorrer grandes estados produtores do cinturão.
    • Novas compras chinesas de soja dos EUA devem continuar sendo anunciadas à medida que se aproximar a colheita norte-americana. Estas vendas são fundamentais para trazerem suporte em um mercado mais pressionado pela entrada de uma grande safra em algumas semanas. A ausência das mesmas pode pesar sobre Chicago.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/