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31 de agosto de 2022

  • Produção de soja deve crescer 124,4% no Rio Grande do Sul, estima Emater

    Segundo a estimativa divulgada na 45ª edição da Expointer, a produção de soja 2022/23 pode atingir 20,56 milhões de toneladas

    Após um período de estiagem que limitou a produção de soja em 9,16 milhões de toneladas na temporada 2021/22, a safra verão 2022/23 deve ser 124,4% maior.

    Segundo estimativa divulgada nesta manhã pela Emater RS/Ascar, durante a 45ª edição da Expointer, em Esteio (RS), a produção de soja 2022/23 pode atingir 20,56 milhões de toneladas.

    Segundo dados obtidos entre 1º e 19 de agosto a partir de levantamento realizado em 497 municípios do estado, a produtividade da soja por área também tende a superar o ano anterior e ficar 112,7% maior em 2022/23, com 3,131 mil kg por hectare.

    Já área plantada com a oleaginosa é estimada em 6,569 milhões de hectares (+2,8% ante 2021/22).

    Segundo o diretor-técnico da Emater, Alencar Rugeri, é possível verificar uma mudança no “caminho da soja” no estado.

    “A soja está avançando na metade sul do Rio Grande do Sul. Isso é uma questão importante, mas que também nos preocupa, porque nessa região há necessidade de um manejo mais profissional”, disse.

    Na avaliação de Rugeri, apesar do custo dos insumos estarem elevados, a expectativa é que a oleaginosa alcance as previsões, especialmente com uma perspectiva climática favorável.

    meteorologista Flavio Varoni, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, avaliou, durante a apresentação dos resultados da Emater, que o mês de agosto está “transcorrendo bem” do ponto de vista climático. “Estamos tendo um inverno bem típico e favorável. A condição é boa para a gente trabalhar este ano”, disse.

    Varoni destacou que o La Niña tende atuar de forma mais expressiva sobre as culturas do Rio Grande do Sul durante a primavera, especialmente em outubro.

    Além da soja

    A safra aguardada para a cultura do milho também projeta boa recuperação para os produtores e para a economia gaúcha.

    De acordo com a estimativa inicial apresentada pela Emater/RS-Ascar, o milho deverá alcançar uma produção de 6.102.815 toneladas, ou seja, 104,54% maior do que a safra passada (2.983.634 ton), a serem cultivadas numa área de 831.786 hectares, 5,91% acima da safra anterior (785.335 ha), gerando uma produtividade média prevista de 7.337 kg/ha, o que representa 90,47% a mais do que a obtida na safra passada (3.852 kg/ha).

    “Apesar de a produção de milho aumentar há quatro anos, precisamos de políticas públicas de incentivo para essa cultura, a exemplo do Pró-Milho, que envolve todas as entidades do agro do Estado. Temos necessidade de atender as demandas das criações, importante pela pujança do setor de proteína animal”, observa Rugeri.

    No milho silagem, a produção esperada para a safra 2022/23 é de 13.835.615, ou seja 78,06% a mais do que a safra anterior, que foi de 7.770.047. Apesar da área diminuir -8,31%, passando de 398.587 hectares para 365.467 hectares, a produtividade estimada para esta safra é de 37.857 kg/ha, ou seja, de 93,01% superior aos 19.614 kg/ha de rendimento do milho silagem na safra passada.

    Já a safra de Arroz projeta para a safra de verão uma redução de área de -9,90%, passando de 957.185 hectares (safra 2021/2022) para 862.498 hectares (estimativa inicial do Instituto Riograndense do Arroz – Irga para 2022/2023). Isso vai fazer com que o RS tenha, para a próxima safra de verão (2022/2023), uma produção de 7.094.909 toneladas de arroz (a safra 2021/2022 foi de 7.708.517 toneladas), e uma produtividade média de 8.226 kg/ha, ou seja, de -1,10% menor do que a obtida na safra anterior, que foi de 8.315 kg/ha.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Mapa registra 50 defensivos agrícolas; confira lista

    Com o registro desses produtos hoje, já somam 69 defensivos agrícolas de baixa toxicidade registrados em 2022

    O Ato n° 38 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta terça-feira (30) no Diário Oficial da União, traz o registro de 50 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores.

    Desses, 25 são produtos biológicos, sendo nove aprovados para uso na agricultura orgânica.

    Com o registro desses produtos hoje, já somam 69 produtos de baixa toxicidade registrados em 2022.

    Os produtos de baixo impacto são importantes para a agricultura não apenas pelos aspectos toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente, uma vez que esses produtos são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados em qualquer cultura.

    Entre as novidades dos produtos biológicos, o fungo Cordyceps javanica, uma alternativa para o manejo de populações resistentes de mosca-branca, ganhou o seu primeiro registro no Mapa, com uso também aprovado para a agricultura orgânica.

    Os fungos entomopatogênicos estão entre os mais importantes inimigos naturais das moscas-brancas e penetram diretamente no inseto, sem necessidade de ingestão.

    Um outro controlador biológico, o nematoide Heterorhabditis bacteriophora, que detinha apenas um produto no mercado, agora recebeu autorização para uso em um produto para controle das lagartas Spodoptera frugiperda e Scaptocoris castanea.

    A spodoptera foi recentemente considerada como uma praga prioritária para a agricultura.

    Também para Spodoptera frugiperda tem o primeiro registro do nematoide entomopatogênico Steinernema carpocapsae, que além de controlar a lagarta Spodoptera também é indicado para o controle de moscas-dos-fungos (Bradysia matogrossensis) e do bicudo-da-cana-de-açúcar (Sphenophorus levis).

    Para a agricultura orgânica foram ofertados nove produtos, dentre eles o parasitoide Tetrastichus howardi, a vespinha parasitoide Telenomus podisi e os fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, aumentando o leque de opções para o agricultor.

    Já em relação aos produtos químicos registrados, pela primeira vez um produto formulado à base do ingrediente ativo Espiropidion será ofertado aos agricultores.

    Trata-se de um inseticida que estava em análise desde 2018 e é recomendado para o controle de pulgão, trips e mosca-branca nas culturas do algodão, feijão, soja e tomate.

    Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país.

    O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

    Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • BNDES anuncia edital de R$ 100 milhões para compra de créditos de carbono

    Créditos de carbono representam a não emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, contribuindo para a preservação do meio ambiente

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta terça-feira (30) seu segundo Edital de Chamada para Aquisição de Créditos de Carbono no Mercado Voluntário, no valor de até R$ 100 milhões.

    Com esta iniciativa, o banco pretende apoiar o desenvolvimento de um mercado para comercialização desses títulos, além de chancelar padrões de qualidade para condução de projetos de descarbonização da economia.

    Créditos de carbono representam a não emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, contribuindo para a preservação do meio ambiente.

    Nesta segunda chamada, serão elegíveis projetos com foco em reflorestamento, redução de emissões por desmatamento e degradação florestal, energia (biomassa e metano) e agricultura sustentável.

    Os critérios para seleção envolvem a avaliação do proponente, do projeto e do preço.

    O resultado da chamada está previsto para início de novembro.

    Créditos

    Em maio, o BNDES divulgou o resultado da primeira chamada pública para aquisição de créditos de carbono.

    A operação-piloto, no valor de até R$ 10 milhões, selecionou cinco projetos de conservação e de energia em segmentos diversos e em três regiões distintas do país.

    As iniciativas eleitas foram desenvolvidas pela Biofílica, Solví, Sustainable Carbon, Carbonext e Tembici.

    O orçamento deste segundo Edital de Chamada para Aquisição de Créditos de Carbono no Mercado Voluntário será dez vezes maior do que a edição anterior (R$ 100 milhões). ]

    O limite para cada projeto, que na primeira chamada era de até R$ 2 milhões, agora pode chegar a até R$ 25 milhões. Também houve a retirada da exigência de emissão de créditos anteriores para os projetos concorrentes, a inclusão do setor agrícola como um dos escopos do Edital, além do aumento no número de instituições certificadoras.

    A estimativa é que o mercado voluntário precise crescer mais de 15 vezes até 2030 para cumprir as metas do Acordo de Paris, que pressupõe o atingimento do equilíbrio entre emissão e remoção dos gases causadores do efeito estufa até o ano de 2050.

    Nesse contexto, a negociação dos créditos de carbono é uma maneira de as empresas e países alcançarem suas metas de descarbonização.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/