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9 de setembro de 2022

  • Novo método calcula o potencial produtivo dos solos

    “Foram usadas cerca de 70 mil amostras coletadas em áreas agrícolas espalhadas pelo território brasileiro”

    Pesquisadores da Universidade de São Paulo desenvolveram um novo método que calcula o potencial produtivo dos solos agrícolas no Brasil. O método foi desenvolvido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, e é capaz de apontar, por exemplo, quais municípios são mais promissores na produção de cana-de-açúcar e soja.

    “O solo possui uma capacidade inerente para atender às demandas das culturas em termos de disponibilidade de nutrientes e água, influenciando no processo fotossintético da planta e na fabricação de biomassa”, relata o engenheiro agrônomo Lucas Tadeu Greschuk, que realizou o estudo. “Portanto, o potencial produtivo do solo, um indicador conhecido pela sigla SoilPP, se refere a sua capacidade de produzir biomassa em resposta à avaliação de seus atributos químicos, físicos e biológicos.”

    O pesquisador desenvolveu uma estratégia para estudar os solos agrícolas brasileiros em detalhes. “Informações sobre propriedades da terra, em até 1 metro de profundidade, e técnicas de estatística multivariada foram utilizadas para construir um sistema de pontuação que variou de 0 a 100, com os valores mais altos representando alto potencial dos solos para a produção de biomassa”, explica Greschuk. “O SoilPP foi validado com informações de campo.”

    “Foram usadas cerca de 70 mil amostras coletadas em áreas agrícolas espalhadas pelo território brasileiro, com informações sobre os níveis de argila, areia, silte [fragmento de mineral menor do que areia fina e maior que argila], carbono orgânico do solo, matéria orgânica do solo, pH [acidez], saturação por alumínio, além da saturação de bases, delta pH, declividade do terreno, índice de intemperismo e outros”, aponta o engenheiro agrônomo.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Preço de fertilizantes no Brasil cai em agosto, aponta levantamento

    O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de agosto fechou em 1,50, apresentando um recuo de 19% em relação ao mês anterior

    preço médio dos fertilizantes caiu em agosto, segundo um índice divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes.

    O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de agosto fechou em 1,50, apresentando um recuo de 19% em relação ao mês anterior.

    O resultado refletiu a redução registrada nos preços dos adubos e do aumento dos preços das commodities agrícolas com as incertezas no clima da safra nos Estados Unidos, favorecendo ainda mais a relação de troca para o produtor rural.

    Preços dos fertilizantes

    Em agosto os fertilizantes fosfatados e potássicos recuaram em relação a julho.

    Os principais fatores seguem sendo um reequilíbrio entre oferta e demanda.

    Já os preços dos nitrogenados registraram alta, impactados pelas incertezas de abastecimento de gás natural na Europa.

    O preço das commodities subiu quase 2% em relação a julho, liderado pelas recentes revisões negativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a safra de milho do país.

    Outro destaque foi o aumento de 2.5% nos preços da soja, em reflexo às revisões para baixo na qualidade das lavouras norte-americanas e incertezas climáticas nos Estados Unidos.

    Outro fator considerado na composição do IPCF é o câmbio, que variou em quase 4% para baixo no dólar, motivado pelas incertezas sobre a demanda chinesa dos próximos meses.

    Os últimos números divulgados pelos norte-americanos sobre o índice de confiança do consumidor, porém, têm trazido otimismo e boas expectativas para as próximas reuniões do Federal Reserve System (FED), banco central dos Estados Unidos, em setembro.

    Entendendo o IPCF

    O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas.

    Uma relação menor que 1,0 indica que os fertilizantes estão mais acessíveis do que no mesmo período em 2017, e uma relação maior que 1,00 significa que os adubos estão menos acessíveis em comparação com o mesmo período.

    O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Impacto da cama reciclada na qualidade do leite

    O uso de areia recuperada e sólidos reciclados de esterco aumentou para ajudar os agricultores a reduzir os custos de cama. A pesquisa da Cornell mostrou que os custos com materiais para cama podem ser reduzidos em US$ 0,30/cwt. de leite produzido quando manejado corretamente.

    Uma preocupação com a adoção de sistemas de cama reciclados tem sido o potencial impacto negativo na qualidade do leite. No entanto, as fazendas que usam cama reciclada produzem a mesma qualidade de leite que aquelas que usam cama fresca.

    Porcentagem de matéria seca

    Como no manejo de forragens, a porcentagem de matéria seca pode ser usada como um limite para a qualidade da cama reciclada. A secura do material da cama deve determinar o momento da reentrada da cama. Em ambos os sistemas, o gerenciamento de pilhas de cama reciclada é fundamental para permitir que a cama seja seca.

    As pilhas devem ser colocadas em uma área onde o líquido da pilha possa drenar e pouca umidade adicional será adicionada. A porcentagem de matéria seca deve variar de 35% a 40% para areia recuperada e estrume reciclado. A umidade mais alta pode levar ao crescimento microbiano.

    Contagem de bactérias

    A análise bacteriana é uma medida mais complicada que é concluída em laboratório. No entanto, a coleta periódica de uma amostra de bactérias permite o monitoramento da qualidade da cama para atender às metas de saúde da vaca e qualidade do leite.

    As vacas têm baixo risco de casos de mastite quando a contagem de bactérias é inferior a 300.000 unidades formadoras de colônias por grama. No entanto, mais de 1 milhão de unidades formadoras de colônias/grama estão associadas a um alto risco de mastite. Pesquisas de Cornell indicaram que as contagens de bactérias de novas camas têm pouco impacto nas contagens de bactérias de camas removidas das baias.

    Matéria orgânica

    O material orgânico suporta o crescimento bacteriano. Portanto, o conteúdo de matéria orgânica deve ser coletado periodicamente nos sistemas de areia. As medições podem ser calculadas a partir de testes de matéria seca. A quantidade de matéria orgânica é o resultado do peso total da cama menos as cinzas dos testes de matéria seca. Sistemas de reciclagem de areia bem-sucedidos devem resultar em areia recuperada com menos de 1,5% de matéria orgânica.

    cama reciclada tem o potencial para que as fazendas economizem em seus custos de cama e forneçam um gerenciamento de estrume mais eficiente.

    Usar estrume reciclado e material de cama não significa que a saúde das vacas ou a qualidade do leite precisem ser prejudicadas.

    Manter a matéria orgânica e a umidade baixa ajudará a reduzir a matéria bacteriana quando a cama recuperada ou reciclada atender aos limites de qualidade.

    Fonte: https://www.milkpoint.com.br/