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14 de setembro de 2022

  • Fetag-RS: montanha russa do preço do leite preocupa

    A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul – Fetag-RS traz a preocupação em relação à instabilidade do preço do leite praticado no mercado.

    custo de produção da cadeia leiteira continua elevado, impactando diretamente na rentabilidade do produtor. Ao passo que na última semana, é evidenciada a baixa do produto nas prateleiras dos supermercados e a notícia de baixa do preço pago ao produtor.

    Este fenômeno gera profunda preocupação à Fetag-RS, visto que as famílias continuam produzindo em suas propriedades com valores elevados dos insumos, sementes, óleo diesel, defensivos e entregando um produto que têm tendência a não ser comercializado ao mesmo patamar financeiro dos últimos meses.

    Da mesma forma é observado que empresas brasileiras importaram 130% a mais de leite no mês de agosto de 2022 comparado ao mesmo mês em 2021. Estes elementos representam um enorme prejuízo econômico aos agricultores.

    Outros fatores estão vinculados a este cenário, a exemplo de que inúmeras famílias não foram beneficiadas com o Decreto 11.029 que concedeu desconto nos financiamentos agrícolas de custeio pecuário e investimento no montante de 35% para os atingidos pela estiagem. Fator climático que causou danos irreversíveis a agricultura e pecuária famílias em suas diversas cadeias produtivas, em especial da leiteira.

    Vale ressaltar que a montanha russa do preço do leite nas prateleiras dos supermercados se reflete imediatamente na compra do produto dos agricultores pelas empresas e cooperativas, permitindo um mercado volátil e sem balização para a comercialização. Esta situação é incompreensível pela Fetag-RS, pois o valor pago ao produtor não pode ser condicionado ao valor de venda. É fundamental que os governos olhem a produção de leite com mais atenção, identificando todos os elos da cadeia, oportunizando políticas públicas para os produtores, mas também para os consumidores terem poder de compra.

    A Fetag-RS e seus Sindicatos orientam as famílias produtoras de leite que não façam investimentos pesados neste momento, que busquem a orientação necessárias nos Sindicatos dos seus municípios para que a tomada de decisão seja norteada pelo real cenário do mercado.

    Fonte: https://www.milkpoint.com.br/

  • BNDES avalia concessão ambiental com pagamento para conservação

    A ideia é utilizar o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e o mercado de créditos de carbono para tornar a preservação uma atividade lucrativa

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá realizar estudos para avaliar a viabilidade de um novo modelo de concessão ambiental baseado na remuneração para conservação e recuperação de florestas públicas.

    A ideia é utilizar o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e o mercado de créditos de carbono para tornar a preservação uma atividade lucrativa, levando investimentos aos territórios e garantindo alternativa de renda para quem protege o meio ambiente na Amazônia e em outros biomas.

    Para a realização dos estudos, a instituição financeira assinou nesta terça-feira (13) um contrato com o Consórcio PSA e Créditos de Carbono, liderado pela Tauil e Chequer Sociedade de Advogados e composto pela empresa Biofílica Ambipar Environmental Investments. O consórcio foi selecionado em um processo público que contou com quatro participantes.

    Segundo o BNDES, as concessões ambientais existentes costumam se basear na exploração turística ou no manejo sustentável de produtos florestais.

    Os estudos irão avaliar um modelo diferente, que deverá apresentar soluções técnicas e jurídicas levando em conta o arcabouço legal existente no Brasil.

    “Ele está alinhado à missão ambiental do planejamento estratégico do BNDES, que consiste em apoiar o desenvolvimento dos mercados de carbono e pagamentos de serviços ambientais”, informa a instituição.

    Com cada vez mais visibilidade na pauta ambiental internacional, o PSA é um mecanismo que vem sendo usado em diversos países para remunerar empreendedores, produtores rurais, agricultores familiares, assentados, comunidades tradicionais e povos indígenas pelos serviços de conservação que beneficiam toda a sociedade, que vão desde a preservação de florestas nativas até a restauração de áreas degradadas. Na prática, trata-se de um incentivo para as boas práticas no campo, contribuindo também para o combate ao desmatamento ilegal.

    Existem diversos arranjos de PSA no mundo, que podem envolver captação de recursos financeiros do setor privado, de organismos públicos nacionais e internacionais ou do terceiro setor. Os pagamentos também podem se dar de diferentes formas, não necessariamente através de transferência monetária direta.

    Uma possibilidade é a remuneração com créditos de carbono.

    São certificados concedidos a pessoas, empresas ou instituições responsáveis por ações que contribuem para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa.

    Eles podem ser vendidos, por exemplo, para empresas que não conseguem cumprir as metas fixadas nos tratados internacionais para redução das suas emissões.

    O mercado de carbono é considerado fundamental para o sucesso do Acordo de Paris, negociado no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) para frear as ameaças decorrentes das alterações climáticas. O Brasil se comprometeu a restaurar 12 milhões de hectares de áreas degradadas e florestas até 2030.

    Primeira etapa

    Segundo o BNDES, a contratação dos estudos é a primeira etapa para a estruturação de futuros projetos de concessão de ativos ambientais e se insere no âmbito de um Acordo de Cooperação Técnica firmado em abril deste ano com o Ministério do Meio Ambiente, por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

    O prazo para conclusão dos trabalhos do consórcio é dezembro deste ano, com a apresentação dos resultados prevista para o início de 2023.

    “Caso os estudos preliminares indiquem a viabilidade do modelo, poderão ser estruturados projetos de concessão para proteção, conservação e restauração de florestas públicas federais, contribuindo para a redução do desmatamento, a promoção de desenvolvimento local sustentável e o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Brasil nas Convenções do Clima”, acrescenta o BNDES.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: Abiove eleva projeção e safra atual deve chegar a 126,9 mi de t

    Na análise específica para o mês de julho, constatou-se um aumento de 5% no processamento do produto

    Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) atualizou as estatísticas do complexo soja no Brasil até julho de 2022. Os dados mais recentes da amostra, que representa cerca de 85% do esmagamento da soja no país, indicam aumento de 6,2% no processamento do grão, além de uma elevação de 4,4% nas compras líquidas pela indústria nos sete primeiros meses de 2022 comparativamente ao mesmo período de 2021.

    Na análise específica para o mês de julho, constatou-se um aumento de 5% no processamento de soja, relativamente a julho do ciclo anterior.

    Exportações

    De janeiro a agosto deste ano, as exportações da soja em grão alcançaram 66,6 milhões de toneladas, queda de 8,3% em referência ao mesmo período de 2021. Já as exportações dos produtos derivados da soja apresentaram elevação. No caso do farelo, o crescimento foi de 21,7%, anotando 14,1 milhões de toneladas comercializadas neste ano.

    Já para o óleo de soja, o incremento foi de 62,7%, chegando a 1,7 milhão de toneladas exportadas, volume bem superior às 1 milhão de toneladas registradas entre janeiro e agosto do ano passado. Com todos esses volumes de exportação somados, obteve-se até agora uma receita de US$ 48,8 bilhões.

    Projeções para a safra de soja

    As projeções anuais para o complexo em 2022 sofreram algumas alterações em relação à última divulgação da entidade, com os seguintes três destaques:

    1. Aumento da produção de 126,6 para 126,9 milhões de toneladas de soja, e no processamento do grão de 48,6 para 48,9 milhões de toneladas, impactando positivamente a produção de óleo e de farelo;
    2. Aumento das exportações de soja em grão e farelo para 77,0 e 18,7 milhões de toneladas, respectivamente, ante 76,8 e 18,6 milhões de toneladas;
    3. Redução do consumo interno de óleo, de 7,9 para 7,8 milhões de toneladas.

    Por fim, a receita esperada com exportações do complexo soja em 2022 foi mantida em cerca de US$ 58 bilhões.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/