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16 de setembro de 2022

  • Recorde: produtos do agro movimentam US$ 14,8 bi em exportação em agosto

    As vendas externas do agronegócio tiveram participação de 48,1% nos embarques totais brasileiros no mês

    Com preços e volumes em expansão, as vendas externas do agronegócio registram recorde de valor para os meses de agosto, com US$ 14,81 bilhões, alta de 36,4% em relação ao mesmo mês de 2021. As vendas externas do agronegócio tiveram participação de 48,1% nas exportações totais brasileiras no período.

    As importações de produtos agropecuários registraram o maior valor da série histórica iniciada em 1997, com US$ 1,68 bilhão em aquisições. O valor foi 34,5% superior em comparação com os US$ 1,25 bilhão importados em agosto/2021.

    De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os destaques em termos de valores e quantidades recordes para todos os meses, inclusive agosto, ficaram com o milho e carne bovina in natura.

    Já em termos de valores para os meses de agosto, os destaques foram para a soja em grãos, farelo de soja, carne de frango in natura e celulose.

    Milho: produto destaque nas exportações

    No mês passado, as exportações de milho superaram ela primeira vez em todos os meses da série histórica, a cifra recorde de US$ 2 bilhões, atingindo US$ 2,03 bilhões. Duas variáveis explicam este resultado, segundo o Mapa:

    1. O volume recorde de 7,5 milhões de toneladas embarcadas;
    2. Os elevados preços médios de exportação (US$ 271 por tonelada, +41,6% em relação aos preços médios de agosto/2021).

    A safra recorde de milho 2021/2022, de 113,3 milhões de toneladas (+30,1%), possibilitou a quantidade também recorde exportada do cereal em agosto, elevando a disponibilidade interna do cereal.

    A União Europeia foi o principal importador do milho brasileiro, com registros de US$ 495,77 milhões em agosto de 2022. Além dos países da comunidade europeia, outros mercados que importaram foram: Irã, Egito, Japão e Colômbia.

    Carne bovina e de frangoin natura

    As vendas externas de carne bovina responderam por 52,6% do valor total exportado pelo Brasil de carnes. Foram US$ 1,36 bilhão exportados, uma cifra também recorde histórico, com aumento de 8,7% no volume e 6,5% no preço médio.

    As aquisições chinesas são a razão para esse recorde. O país asiático aumentou as importações de carne bovina brasileira de US$ 633,60 milhões em agosto/2021 para US$ 852,83 milhões em agosto de 2022 (+34,6%). Os três principais mercados, além da China, foram Estados Unidos, Chile e Indonésia.

    As exportações de carne de frango também foram recordes para o mês de agosto, com US$ 902,28 milhões ou um incremento de 36,3% na comparação com os US$ 661,99 exportados em agosto/2012. Houve crescimento das vendas externas distribuídas entre os principais mercados, com exceção da China. Os cinco maiores importadores da carne de frango brasileira foram China, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Coreia do Sul.

    Números da soja nas exportações

    As exportações de soja em grãos, principal produto do complexo soja, foram de 6,10 milhões de toneladas (-6,0%) ou o equivalente a US$ 3,8 bilhões (+20,8%), com alta dos preços médios de exportação em 28,5%, nos últimos 12 meses.

    A China é a principal importadora da soja brasileira, com market share de 73,3% da quantidade exportada (4,46 milhões de toneladas) ou US$ 2,79 bilhões em agosto de 2022. Outros países que importaram foram: Irã, Vietnã, Espanha, Japão, Tailândia e Turquia.

    As vendas externas de farelo de soja foram de US$ 949,00 milhões em agosto deste ano, 45,8% superior na comparação com os US$ 651,08 milhões exportados em agosto/2021. Houve aumento da quantidade exportada em 19,1%.

    No entanto, a elevação dos preços médios de exportação em 22,4% foi o principal fator para a expansão das vendas externas do produto. A União Europeia continua como principal importadora do farelo de soja brasileiro. Outros mercados que adquiriram o produto, todos eles da Ásia, foram Indonésia, Tailândia, Irã e Coreia do Sul.

    Países importadores do agro brasileiro

    A China continua sendo a principal parceira comercial do agronegócio brasileiro, com aquisições de US$ 4,54 bilhões, incremento de 19,5% na comparação com os US$ 3,80 bilhões adquiridos em agosto do ano passado. Os quatro principais produtos exportados para a China foram a soja em grãos, carne bovina in natura, açúcar de cana em bruto e celulose.

    De acordo com a SCRI, quatro países asiáticos tiveram aumento de participação acima de um ponto percentual:

    1. Irã (de 2,5% de participação para 5,7%);
    2. Japão (de 2% de participação para 3,4%);
    3. Indonésia (de 1% de participação para 2,4%);
    4. Índia (de 0,6% de participação para 2,0%).

    O Irã aumentou as compras de produtos do agronegócio brasileiro em 217,7% entre agosto/2021 e agosto/2022, passando de US$ 266,76 milhões para US$ 847,57 milhões em aquisições. O Irã importou quatro produtos como o milho, soja em grãos, açúcar de cana em bruto e farelo de soja.

    No caso do Japão, houve elevação das exportações de US$ 220,27 milhões em agosto de 2021 para US$ 501,27 milhões em agosto de 2022 (+127,6%). Os quatro principais produtos foram milho, carne de frango in natura, soja em grãos e farelo de soja.

    A Indonésia importou US$ 349,32 milhões em produtos do agronegócio brasileiro (+211,6%). Os três principais produtos principais adquiridos foram farelo de soja, açúcar de cana em bruto e carne bovina in natura.

    Outro país que teve aumento de participação foi a Índia, que passou de US$ 60,64 milhões em importações de produtos do agronegócio brasileiro em agosto/2021 para US$ 297,27 milhões em agosto/2022 (+390,2%). Dois produtos tiveram grande participação, como o óleo de soja em bruto e açúcar de cana em bruto.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja pode responder por mais da metade do valor da produção agrícola, diz IBGE

    Produção de soja, de 134,9 milhões de toneladas, 10,8% maior que a de 2020, alcançou R$ 341,7 bilhões em valor de produção em 2021

    O Brasil colheu no campo em 2021 praticamente o mesmo volume de produtos agrícolas obtido no ano anterior, mas recebeu montante recorde pela produção.

    O destaque no ano passado foi a soja, que respondeu por 46% do valor da produção agrícola brasileira em 2021.

    Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2021, divulgada nesta quinta-feira (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    “Pode ser que a soja supere muito em breve os 50% do valor da produção agrícola nacional”, previu Winicius Wagner, gerente da pesquisa do IBGE.

    A colheita recorde de soja em 2021 fez a produção nacional do grão superar a safra americana pelo terceiro ano consecutivo, consolidando o Brasil como o maior produtor mundial de soja, frisou o pesquisador do IBGE.

    “Mais impressionante é que, mesmo com a produção 10% maior que a do ano anterior, ou seja, mesmo com uma oferta maior do produto no mercado, o preço atingiu recorde em 2021”, ressaltou ele.

    A safra agrícola brasileira alcançou um valor de produção recorde de R$ 743,3 bilhões em 2021, um crescimento de 58,6% ante o desempenho registrado no ano anterior.

    “Houve elevação de custos com insumos, mas o gasto maior com a manutenção da lavoura foi mais do que compensado pela valorização do dólar ante o real e pelo aumento de preços de produtos agrícolas no mercado internacional”, disse Wagner.

    “O aumento nos insumos de produção penaliza o produtor, mas ele é compensado de certa forma pelos preços das commodities”, afirmou.

    A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas alcançou 254,4 milhões de toneladas no ano de 2021, 0,4% menor que a de 2020.

    A área plantada chegou a 85,8 milhões de hectares, 3,3% superior à de 2020.

    “O ano foi marcado pela instabilidade climática entre o outono e o inverno, que afetou principalmente o desenvolvimento das culturas de 2ª safra em boa parte do território nacional. Culturas como o milho, a cana-de-açúcar e o café apresentaram significativa queda na produção. Os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul foram os mais afetados. Contudo, as principais culturas temporárias (anuais) com predomínio de cultivo na 1ª safra, como a soja e o arroz, apresentaram bons resultados. Destaque para o Estado do Rio Grande do Sul, que apresentou boa recuperação, após problemas climáticos enfrentados no ano anterior, que afetaram a produtividade de diversas culturas no território gaúcho”, justificou o IBGE, em nota.

    A produção de soja, de 134,9 milhões de toneladas, 10,8% maior que a de 2020, alcançou R$ 341,7 bilhões em valor de produção em 2021, um salto de 102,1% ante o ano anterior.

    O município de Sorriso, em Mato Grosso, obteve o maior valor de produção de soja, com uma fatia de R$ 5,0 bilhões, seguido por São Desidério, na Bahia, com R$ 4,2 bilhões, e Rio Verde, em Goiás, com R$ 3,7 bilhões.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Contratações do Plano Safra 22/23 superam R$ 113 bilhões

    Para o atual ciclo agropecuário, iniciado em 1º de julho, o governo federal anunciou um total de R$ 340,88 bilhões para o Plano Safra

    Nos dois primeiros meses da safra 2022/23, o total de contratações de crédito rural superou os R$ 113 bilhões, de acordo com levantamento feito pela Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar (Getec), com base nos dados do Banco Central.

    Para o atual ciclo agropecuário, iniciado em 1º de julho, o governo federal anunciou o total de R$ 340,88 bilhões, destinados aos financiamentos de custeio, comercialização e investimentos.

    A maior parte dos recursos já contratados até setembro teve origem na poupança rural (49%); recursos obrigatórios (22%); recursos com taxas livres (17%); fundos constitucionais (7%), BNDES equalizável (4%) e outros (1%).

    Cooperativas

    O Informe da Getec revela que, no período que compreende os meses de julho a setembro de 2022, as cooperativas brasileiras captaram R$ 5,73 bilhões, sendo a maior parte destinados para à industrialização e custeio, nesta ordem de importância.

    Já as cooperativas paranaenses captaram R$ 2,02 bilhões, representando, no Plano Safra 2022/23, mais de 35% dos recursos captados pelas cooperativas nacionais, destacando-se os segmentos: industrialização e custeio.

    “A captação dos recursos aumentou significativamente, quando comparado com anos anteriores, devido à maior necessidade de cobrir o elevado custo de produção apresentado nesta safra. Apesar do cenário econômico estar conturbado, as cooperativas paranaenses continuam apostando na agregação, investindo na industrialização para, consequentemente, expandir seus mercados e suas sobras”, afirma o analista da Getec Salatiel Turra.

    Plano Safra

    Verifica-se também que a captação total de recurso de crédito rural, em agosto da safra 2022/23, apresentou um forte crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.

    “Contudo, dado o aumento do custo de produção provocado pelo cenário econômico, o volume captado até o momento é relevante, tendo em vista que os preços recebidos pelas commodities são otimistas e influenciam da tomada de decisões dos produtores, desde a aquisição de insumos como máquinas agrícolas”, ressalta Turra.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/