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19 de outubro de 2022

  • Glifosato proibido a partir de Dezembro na UE

    A Comissão Europeia vai agora tentar reverter a decisão no comitê de recursos
    Não foi renovada a autorização do uso do herbicida glifosato, cujo prazo de validade termina dentro de cerca de dois meses, em meados do mês Dezembro de 2022. A proposta de extensão temporária de um ano não obteve a maioria necessária de estados-membros para ser aprovada na votação dos estados-membros no Comité Permanente da Comissão Europeia sobre Plantas, Animais, Alimentos para Consumo Humano e Animal (SCOPAFF, na sigla em inglês).

    Apesar de a maioria dos estados-membros do bloco europeu apoiarem a renovação, Croácia, Luxemburgo e Malta votaram contra. Por sua vez, França, Alemanha e Eslovênia abstiveram-se de votar, o que acabou derrotando a proposta de extensão de registro temporário na UE do herbicida mais usado no mundo.

    A Alemanha justificou sua abstenção argumentando que não queria “atrapalhar a prorrogação pela Comissão Europeia (CE)”, o órgão executivo do bloco europeu. Isso porque o governo alemão já havia decidido proibir o glifosato em seu território, o que fará gradualmente a partir de 1º de janeiro de 2024.

    O impasse da autorização do glifosato surgiu com o atraso da reavaliação do pesticida por parte da Autoridade Europeia da Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês). De acordo com o órgão regulador da UE, o processo só poderia ser concluído em julho de 2023, mais de meio ano após a data de validade da autorização atual.

    A Comissão Europeia vai agora tentar reverter a decisão no comitê de recursos da União Europeia e, caso não tenha sucesso, submeterá a decisão ao Colégio de Comissários.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Controle natural de nematoides: Saiba o POTENCIAL desse mercado

    Vários fatores convergem para uma demanda crescente por essas soluções naturais

    A produção de bionematicidas vem ganhando força acompanhando o aumento da produção de milho em todo o mundo, aponta levantamento da Global Market Insights. De acordo com eles, o tamanho do mercado para esses produtos de controle natural de nematoides atingirá mais de US$ 209,1 milhões até 2024.

    Segundo o estudo, o setor vem sendo impulsionado pela rápida industrialização, juntamente com a diminuição da disponibilidade das áreas para cultivo e do rendimento das culturas. Outro fator são as limitações dos nematicidas químicos, devido aos perigos inerentes, o que aumentou o interesse em ferramentas de manejo ambientalmente corretas.

    “Consequentemente, espera-se que o mercado de bionematicidas registre uma expansão em ritmo constante nos próximos anos, pois esses organismos são benéficos não apenas para a saúde do solo, mas também para o meio ambiente. Os bionematicidas […] atuam de forma sinérgica e aditiva com diversos outros insumos agrícolas, marcando sua presença em programas de manejo integrado de pragas (MIP)”, projeta a Global Market Insights.

    O levantamento aponta que vários novos bionematicidas foram introduzidos ultimamente. Há um movimento de diversos fabricantes que estão se concentrando cada vez mais em ações de marketing baseadas no crescimento inorgânico para fortalecer sua presença comercial. As gigantes agroquímicas estão comprando fabricantes menores e agregando essas soluções a seus portfólios.

    O mercado de bionematicidas também está impulsionando o aumento de programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para o aproveitamento de nematicidas fúngicos e bacterianos no cultivo sustentável. Além disso, há rápido avanço na biotecnologia, bem com um crescente suporte regulatório para inovações – todos esses fatores que convergem para o aumento do mercado de bionematicidas.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/

  • Produtores de milho do Sul adotam cautela diante de clima e custos elevados

    Semeadura da primeira safra do cereal na região tem enfrentado problemas com chuva, frio e cigarrinha

    A apreensão com o comportamento do clima, em ano de custos recordes, está levando muitos agricultores da região Sul do Brasil a adotarem a cautela como ingrediente nesta nova safra de milho. Produtores do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina revelam haver dificuldades com excesso de chuvas, frio no solo, além de problemas com a cigarrinha.

    No Paraná o plantio do milho primeira safra 2022/23 encontra-se com pequeno atraso no comparativo com os trabalhos nesta época na temporada passada. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Otávio Canesin, o atraso é reflexo das chuvas que caem no estado nos últimos dias.

    “A área de semeadura [da primeira safra] deve ficar em torno de 400 mil hectares, com uma previsão de produção estimada em 3,9 milhões de toneladas”, comenta Canesin. Ele pontua que somando as projeções para a segunda safra a produção total no Paraná deve ficar em torno de 19 milhões de toneladas.

    De acordo com o produtor no município paranaense de Castro Paulo Bertolini, a melhor época de plantio em sua região, para que se tenha melhores resultados, é entre os dias 15 de setembro e 15 de outubro.

    “Neste ano nós estamos tendo muitas dificuldades com a plantação da cultura do milho. Inicialmente em função de um frio intenso. Chegamos até a ter uma geada leve no final de setembro e, depois disso, muita chuva”, diz Bertolini, que revela ainda verificar grande incidência de cigarrinha nas plantas.

    Santa Catarina também registra chuvas na semeadura

    Em Santa Catarina, a previsão é plantar cerca de 800 mil hectares com milho na primeira safra. As expectativas por lá, conforme o produtor de Campos Novos, Alexandre Di Domênico, são de uma super safra.

    “O desenvolvimento das lavouras está ocorrendo de uma forma normal, apesar dessa semana que passou com muita chuva. Chuvas com alta densidade, havendo problemas de enchentes em algumas cidades”, comenta Di Domênico.

    Área de milho no Rio Grande do Sul é mantida

    No Rio Grande do Sul a área destinada ao milho primeira safra 2022/23 foi mantida em aproximadamente 870 mil hectares. Segundo o produtor Carlos Alberto Fauth, de Passo Fundo, a decisão pela manutenção é diante do clima.

    “Não vai haver ampliação da área de milho devido a última seca da safra 2021/22, onde houve uma perda de 70% da área. Então, o produtor esse ano, pelos custos de produção, manteve a sua área e vai ampliar em algumas regiões a área da cultura de soja”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/