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21 de novembro de 2022

  • Milho e soja seguram superávit da balança comercial

    É o que aponta o Indicador de Comércio Exterior (Icomex) da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

    As exportações de milho e soja ajudaram a sustentar o superávit da balança comercial brasileira de janeiro a outubro, apesar do aprofundamento do déficit nas vendas de não commodities, segundo os dados do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado nesta segunda-feira (21) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O superávit da balança comercial acumulado de janeiro a outubro deste ano somou US$ 51,3 bilhões. De janeiro a outubro do ano passado, o saldo era positivo em US$ 58,5 bilhões.

    A redução do superávit é explicada pelo aumento no déficit do saldo das não commodities, que passou de US$ 89,7 bilhões de janeiro a outubro de 2021 para US$ 113,7 bilhões de janeiro a outubro de 2022. O saldo comercial das commodities no período cresceu de US$ 148,2 bilhões para US$ 165,1 bilhões.

    “Destaca-se o aumento no volume exportado para a China, embora ainda seja cedo para afirmar que se inaugura uma fase de expansão das exportações em termos de volume. Para a Argentina, o comércio bilateral do setor de veículos, componentes e peças assegura o aumento das exportações brasileiras, o que é explicado pelos canais de um comércio intra-firma, menos suscetível às restrições cambiais”, aponta a FGV, em nota.

    “Destaca-se a contribuição das vendas de milho, variação em valor de 440% e em volume de 300%” — FGV

    No mês de outubro, a balança comercial teve um superávit de US$ 3,9 bilhões. As exportações cresceram 20,8% em valor, com aumento de 13,5% no volume e de 5,9% nos preços, repetindo o comportamento similar ao de setembro. As importações subiram 13,8% em valor, diante de uma alta de 8,8% nos preços e de 4,4% no volume.

    “Na comparação interanual mensal, a variação dos preços e dos volumes das commodities (exportadas) superou o das não commodities. Observa-se que a variação no volume exportado das não commodities foi superior ao das commodities entre março e agosto, e, a partir de setembro, o resultado se inverteu. Destaca-se a contribuição das vendas de milho, variação em valor de 440% e em volume de 300%. O milho foi o segundo principal produto exportado pelo setor de agropecuária, com uma participação na pauta de 33%, após a soja em grão, com participação de 44%”, relatou a FGV.

    Além de milho e soja

    De janeiro a outubro, a indústria aumentou em 13,2% o volume de importações de bens de capital e em 4,2% a de bens intermediários. A agropecuária elevou suas compras de bens de capital em 58,9% de janeiro a outubro em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as compras em volume de bens intermediários caíram 5,1%, devido à redução nas compras de fertilizantes.

    “Os índices de volume mostram que, no ano até outubro, o setor da agropecuária investiu relativamente mais do que a indústria nas compras de bens de capital. A rentabilidade obtida com a melhora nos preços exportados e perspectivas de boas safras para o ano de 2023 explicariam o aumento dessas compras”, justificou o relatório do Icomex.

    Parceiros comerciais

    O Brasil obteve um saldo de US$ 39 bilhões no comércio com a Ásia de janeiro a outubro, sendo que a China contribuiu com US$ 25,4 bilhões. Os US$ 13,6 bilhões restantes de superávit com os demais países asiáticos foi superior ao saldo do comércio com a América do Sul (US$ 11,7 bilhões) e com a União Europeia (US$ 6,3 bilhões).

    Os Estados Unidos, segundo principal parceiro comercial do Brasil, explicam o déficit de US$ 11,7 bilhões no comércio brasileiro com a América do Norte. O saldo com os Estados Unidos foi negativo em US$ 12,8 bilhões. O segundo maior déficit por regiões blocos foi com a União Econômica Euroasiática (Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão, Armênia e Quirguistão), de US$ 5,6 bilhões, diante de uma contribuição da Rússia de -US$ 5,1 bilhões.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • RTC/CCGL e Tarvos lançam projeto inovador no monitoramento de pragas

    13 cooperativas participarão do monitoramento na safra de 2022/2023
    Durante o mês de outubro, a Rede Técnica Cooperativa (RTC) e a CCGL, em parceria com a Tarvos S.A., deram início à implantação de um sistema inédito no Brasil em termos de cooperativismo e tecnologia. O projeto contemplará o uso coordenado em larga escala da tecnologia de monitoramento automatizado de lepidópteros (insetos extremamente prejudiciais para a cultura da soja).
    Conforme a CCO da Tarvos, Carolina Suffi, o sistema de monitoramento automatizado de pragas fornece indicações, de maneira constante, da ocorrência de pragas na lavoura. – A precisão fornecida pelos dados coletados diretamente do campo pelas armadilhas eletrônicas aumenta exponencialmente a qualidade e a viabilidade da sua tomada de decisão – destacou Carolina.
    Conforme o Pesquisador da CCGL e especialista em entomologia, Glauber Renato Stürmer, a parceria começou na safra 21/22, quando foi validada com sucesso a acuracidade e assertividade da solução em áreas experimentais. – Nesta safra de verão, o objetivo é alertar os técnicos e cooperados, com antecipação e informes regionais, da chegada e movimentação de adultos das principais lagartas ocorrentes em soja (Spodoptera frugiperda, S. cosmioides, S. eridania, Chrysodeixis includens e H. armígera) visando à adoção das melhores práticas no controle destas pragas – explicou Glauber.
    “Identificar o momento de chegada da maior população de mariposas pode gerar alertas para o monitoramento das lavouras e início de manejo, pois após alguns dias da detecção do adulto, inicia-se a ocorrência de lagartas, que estão mais suscetíveis às técnicas de manejo e com baixo potencial de ocasionar danos a cultura de soja”, completou Glauber.
    Além da CCGL, outras 12 cooperativas do Rio Grande do Sul terão monitoramento na safra de 2022/2023, com 21 equipamentos de monitoramento: Cotripal, Cotrijuc, Cotrisul, Cotrisel, Cotrisal, Coopermil, Coopatrigo, Coasa, Cotriel, Cotrirosa, Cotribá e Cotrijal. Os dados coletados ficarão disponíveis no aplicativo da SmartCoop, bem como outros monitoramentos, como da cigarrinha no milho, ferrugem e previsão do tempo, entre outros.

     

    Fonte: ASCOM CCGL

  • Qual deve ser a população de sua lavoura de soja?

    A população ideal de soja varia com uma série de fatores. Alguns desses fatores são intrínsecos da natureza, e outros os produtores podem manipular
    Quando todos os fatores estão corretos em relação ao seu solo, condições climáticas, qualidade das sementes e pressão das plantas daninhas, você conseguirá altas produtividades.

    Considere os seguintes fatores ao definir a sua população de plantio:

    1. Avalie a pressão das plantas daninhas por talhão. A pressão das plantas daninhas é o primeiro aspecto para se definir as populações de plantio de soja, dado o desafio que muitos produtores têm hoje com a resistência a herbicidas. Altas populações e cobertura rápida de dossel são uma parte crucial e eficaz do seu gerenciamento de plantas daninhas nesses cenários, quando os desafios com as invasoras são muito grandes.

    2. Considere os tipos de solo e a fertilidade. Áreas altamente produtivas são onde você geralmente pode reduzir as populações. A maior fertilidade e a umidade adequada do solo promoverão mais crescimento e altura nas plantas de soja, bem como mais galhos para compensar menos plantas. Nos campos ou partes de campos que estão produzindo soja mais baixa, o sojicultor precisa de populações mais altas para fechar ao dossel rapidamente.

    Este é mais um motivo para se adotar populações de soja de taxa variável.

    3. Conheça a qualidade e a genética da sua semente. À medida que estamos plantando soja cada vez mais cedo, antes das chuvas se firmarem, o vigor da semente se torna mais importante.

    4. Considere adotar TSI. Sempre que você considerar reduzir a população de plantio, certifique que de você adote um tratamento de sementes. Queremos garantir a porcentagem de emergência de plantas, então temos que proteger essa semente de insetos, doenças e outros estresses potenciais.

    5. Garanta boa plantabilidade. O uso do equipamento é importante. Se esforce para alcançar a colocação mais uniforme das sementes, analisando fatores como a qualidade do leito de sementes, plantando com umidade e a uma profundidade uniforme.

    Estudos indicam uma perda de rendimento de cerca de 6% devido à falta de uniformidade espacial das plantas. Ainda, emergência desuniforme em geral leva a uma perda de rendimento de cerca de 8%.

    Lembre-se que populações de plantas mais altas não compensam a perda de rendimento devido à má plantabilidade.

    6. Considere o entrelinhamento adotado. Maiores espaçamentos entre linhas concentram maior número de plantas por fileira. Assim, quando há uma planta faltando, a próxima planta a preencher a lacuna está próxima em maiores entrelinhamentos do que quando se opta por entrelinhamentos estreitos, onde a distribuição espacial das plantas é mais uniforme.

    7. Considere se você será capaz de regular a plataforma da colheitadeira bem próxima da superfície do solo para coletar as vagens mais baixas quando se tem menores populações. Populações maiores permitem regulagem da plataforma mais alta, o que pode ser desejável especialmente quando você tiver pedras aflorando no solo.

    8.Quando o ano é muito ensolarado, populações mais altas são desejáveis, mas em anos com muita nebulosidade durante o período luminoso do dia, o ideal é reduzir ligeiramente à população de plantas. Como não se sabe com antecedência como o ano transcorrerá em geral, os recordistas de produtividade de soja plantam seus talhões participando dos concursos de produtividade com diferentes populações.

    Fonte: https://www.agrolink.com.br/