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9 de dezembro de 2022

  • Processamento de soja cresce quase 6% neste ano e projeção para 2023 indica safra recorde

    Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais atualiza estatísticas e divulga a primeira projeção para a safra 2023

    O processamento de soja cresceu 5,8% em relação ao mesmo período de 2021, puxado principalmente pelo incremento das exportações de farelo e óleo de soja, que registraram 15,8 milhões de toneladas  e 1,8 milhão de toneladas  respectivamente. Diante destes volumes, a receita esperada com exportações de todo o complexo soja – grão, farelo e óleo – é de US$ 59,2 bilhões em 2022. 

    A informação é da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), com base em dados de janeiro a outubro deste ano, verificados a partir da amostra representativa de cerca de 85% do esmagamento no país.

    A estimativa da produção de soja e seus derivados também sofreu pequenos ajustes em relação à última atualização, sendo: i) soja em grão de 127 milhões de toneladas para 127,7 milhões, ii) farelo de soja de 37,5 milhões de toneladas para 38 milhões, e iii) óleo de soja de 9,9 milhões de toneladas para 10,05 milhões. O processamento de soja no ano também deve saltar de 49 milhões de toneladas para 49,7 milhões.

    Safra 2023

    A primeira projeção da Abiove para o próximo ciclo aponta para um recorde histórico na produção de soja, 153,5 milhões de toneladas. Isto se deve a uma maior produtividade – 3.700 quilos por hectare, contra 3.080 observados em 2022 – e um ligeiro aumento da área plantada – dos atuais 41,3 milhões de hectares para 43,1 milhões no próximo ano. Em 2023, o processamento do grão também deve ser o maior já registrado em toda a série histórica, 52,5 milhões de toneladas.

    Outro crescimento substancial fica por conta das exportações de soja em grão, de 77,5 milhões de toneladas em 2022 para 93 milhões no ano que vem. Já os volumes de farelo e óleo destinados ao mercado internacional indicam uma pequena retração quando comparados aos números deste ano. Farelo de soja de 20,2 milhões de toneladas para 20 milhões e óleo de soja de 2,4 para 1,6 milhões de toneladas exportadas. Porém, a geração de divisas proveniente das exportações dos três produtos do complexo soja pode atingir a marca de US$ 65,8 bilhões em 2023.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Farsul estima crescimento de 58,6% na produção de grãos em 2023

    Se tudo ocorrer com normalidade, o Rio Grande do Sul irá colher pela primeira vez na história, mais de 40 milhões de toneladas

    Rio Grande do Sul pode colher a maior safra de verão da história em 2023, caso o clima permitir.

    A expectativa é do presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira.

    Os bons resultados da safra de inverno de 2022 permitiram um aumento da área de verão para a temporada atual.

    A alta projetada para o ano que vem, incluindo verão e inverno é de 4,5%. O otimismo leva em conta os preços vantajosos.

    A área total para 2023 é projetada em 10,566 milhões de hectares. Em caso de normalidade climática, a produção deve crescer 58,6%, chegando a 40,867 milhões de toneladas.

    A Farsul também projeta faturamento recorde em 2023.

    O Valor Bruto da Produção (VBP) deve crescer 51,5%, ou R$ 28,97 bilhões.

    Segundo o oeconomista-chefe da Farsul, Antonio da Luz, a estiagem que atingiu a última safra foi responsável pela perda de 31% da produção gaúcha. Somente na soja, o impacto foi de 54%.

    Assim, com a normalidade climática, a expectativa para a próxima safra é de resultados positivos. Um destaque foi a redução da área das lavouras de arroz, “se adequando ao mercado que o grão vive. Houve aumento no milho, na soja, e um grande aumento no trigo. Fizemos uma conta e vimos que estamos crescendo numa área conhecida, na nossa própria área, ocupando melhor o inverno, que, aliás, é justamente esse o principal objetivo do programa Duas Safras”, comentou.

    O economista anunciou que, se tudo ocorrer com normalidade, o estado irá colher pela primeira vez na história, mais de 40 milhões de toneladas. O faturamento dos produtores também deverá ter crescimento. A soma de toda produção deve girar nos R$ 140 bilhões.

    Para a economia nacional, a projeção da equipe econômica é de que o PIB de 2022 tenha um crescimento de 2,92% em 2022 e 0,73% para 2023.

    Já para o Rio Grande do Sul, a estimativa é de uma queda de 3,64% em 2022 e alta de 5,86% em 2023. Na agropecuária gaúcha o movimento deve ser de uma queda de 53% em 2022 e crescimento de 59% em 2023, impacto direto da estiagem na economia gaúcha.

    “O Rio Grande do Sul teria crescido significativamente mais do que o Brasil neste ano não fosse nossa estiagem e esses números vão de encontro com aquilo que nós prevíamos lá no início do ano”, disse Luz.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/