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21 de dezembro de 2022

  • RTC/CCGL estima perdas significativas na safra de milho do RS

    A safra de milho 2022, no Rio Grande do Sul, vem sendo acometida por mais uma estiagem. Em algumas regiões do Estado, já é a quarta consecutiva. Uma estimativa realizada pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL) e divulgada nesta segunda-feira (19/12), estima que em áreas de milho sequeiro (sem uso de irrigação), em média, os prejuízos relacionados à quebra de safra já alcançam 42% em relação à expectativa de produção inicialmente traçada pelas cooperativas. Devido às altas temperaturas e à ausência de chuvas, especialmente durante os meses de novembro e dezembro, várias regiões já contabilizam perdas superiores a 70%. Os dados foram coletados em 20 cooperativas ligadas à RTC/CCGL e, destas, metade já consolidam perdas superiores a 50%.

    A estiagem também já começa a causar interferência sobre a cultura da soja. Até o momento, na área de atuação das cooperativas, 11% da área destinada à soja ainda não foi semeada, enquanto que, da área semeada, 15% ainda não está emergida. Este panorama também é um reflexo da falta de chuvas, que resulta em umidade do solo inadequada para a semeadura, estabelecimento e desenvolvimento da cultura.

    Fonte: ASCOM CCGL

  • RTC, UFRGS e YARA apresentam resultados do 1º ano do projeto

    Reunião contou com dados importantes para agricultura e apresentações internacionais

    Para avaliar o primeiro ano do projeto sobre mitigação das emissões de gases de efeito estufa em sistemas de produção, RTC/CCGL, Yara e UFRGS se reuniram na primeira quinzena de dezembro, no auditório da cooperativa. Os participantes apresentaram e discutiram os resultados do experimento de manejo de adubação nitrogenada em cobertura no milho para ensilagem e grão que visa aprimorar as pesquisas sobre o tema e atender as necessidades dos produtores assistidos.

    Conforme o Pesquisador da Yara International (Brasil) – Global Maize Expert, Vitor Vargas, o principal objetivo era obter os principais indicadores de performance de produção de silagem, produtividade e qualidade, e informações da área ambiental, principalmente o carbono e questão hídrica. — A primeira avaliação dos resultados é positiva, porém em função das condições climáticas, não foi possível identificar grande diferenças neste primeiro ano de pesquisa, mas a tendência é melhorar nos próximos anos — completa, Vitor.

    Conforme Cimélio Bayer, Professor do Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia da UFRGS e Pesquisador Produtividade em Pesquisa PQ-1A do CNPq, o projeto trouxe resultados positivos e pioneiros em nível de Brasil. — O grande resultado que encontramos neste primeiro momento, importante para agricultura nacional, é que as emissões de óxido nitroso, derivados de fertilizantes nitrogenados, é de 4 a 20 vezes menor que índices preconizados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) — destaca Cimélio.

    O evento contou, ainda, com duas apresentações internacionais. Petra Junklewitz, Pesquisadora Senior da YARA International (Alemanha) Global Grassland Expert, que trabalha com pastagens perenes e anuais na Europa, com foco em cultivos temperados e desenvolve estudos para pastagens tropicais realizou uma apresentação sobre manejo de pastagens europeias. E Tizita Sileshi, Director Food Chain & Sustainability Americas da Yara Internacional, palestrou sobre o que a Europa e a empresa estão prospectando para os próximos anos em termos de sustentabilidade nos sistemas produtivos e área de fertilizantes. Também participaram do evento pesquisadores, estudantes e profissionais da área agrícola.

    Sobre o projeto:

    O experimento foi implantado no dia 05 de outubro de 2021, na área de pesquisa e tecnologia da CCGL, com a instalação de equipamentos para que durante três anos os pesquisadores determinem o impacto dos fertilizantes nas emissões de óxido nitroso, que é um importante gás de efeito estufa, 298 vezes mais potente que o dióxido de C (CO2).

    O Pesquisador da RTC/CCGL Jackson E. Fiorin explica que esta pesquisa visa comparar 3 fontes de nitrogênio (ureia comum, ureia protegida com NBPT e nitrato de amônio) em diferentes doses em cobertura, sendo possível avaliar a probabilidade de perdas de nitrogênio e a eficiência de cada fertilizante na produção de grãos, silagem e estimativas na produção de carne e leite.

    A Engenheira Agrônoma e Professora do Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia da UFRGS, Dra. Amanda Posselt Martins, salienta que o experimento visa aprimorar o conhecimento da adubação nitrogenada do milho para ensilagem, atualizando o Manual de Calagem e Adubação e atendendo as demandas dos produtores de leite, que são os principais usuários.

    A pesquisa nesta área é uma solicitação das empresas que produzem alimentos, especialmente de lácteo, pois a silagem de milho é a principal fonte energética para a bovinocultura de leite no Brasil.

    Fonte: ASCOM CCGL