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12 de janeiro de 2023

  • Consultoria revisa safra de soja e de milho para baixo

    Falta e irregularidades das chuvas na Região Sul do país motivou a diminuição das estimativas. Ainda assim, safra brasileira deve ser recorde

    A AgResource Brasil revisou as estimativas de produção de soja e milho para a safra 2022/23. As novas projeções vêm em linha com a melhor mensuração das expectativas de rendimentos da oleaginosa e da primeira e segunda safra de milho devido as interferências climáticas até o momento.

    Para a soja, a estimativa de produção foi reduzida praticamente pela falta e irregularidades das chuvas na Região Sul do país, que trouxe queda na produtividade de estados como o Rio Grande do Sul e Paraná. Com isso, a produção nacional foi indicada em 152,96 milhões de toneladas, redução de 0,39%.

    A produção brasileira da atual safra de soja deve adicionar 27,5 milhões de toneladas a mais em relação ao produzido na safra passada. A AgResource Brasil adiciona que o volume recorde a ser produzido no Brasil é mais do que o suficiente para compensar as perdas produtivas projetadas para a Argentina devido ao tempo seco no país.

    De acordo com a Bolsa de Cereais de lá, entre cenários moderado e pessimista, espera-se produção de no mínimo 35,5 milhões de toneladas de soja e 37,8 milhões de toneladas de milho, mas podendo ainda trabalhar com números acima de 40 milhões para ambas as culturas, caso as chuvas melhorem nos próximos dias.

    Queda mais acentuada para o milho

    No milho, a área da 1ª safra foi alterada em alguns estados, totalizando 4,42 milhões de hectares, redução de 1,53%. Foram realizados ajustes nas produtividades, principalmente para os estados do Sul do Brasil para primeira e segunda safra, também devido à falta de chuvas e atraso no plantio.

    Com isso a produção total nacional foi indicada em 125,01 milhões de toneladas, redução de 2,09% frente a última estimativa.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Fertilizantes: poder de compra do produtor melhora em dezembro

    O valor de dezembro dos fertilizantes foi o menor para o ano, tornando os adubos mais atrativos para os produtores rurais

    O poder de compra do produtor rural brasileiro em relação a fertilizantes aumentou em dezembro de 2022 na comparação com o mês anterior, refletindo o recuo de 6%, em média, do preço dos adubos no mês, segundo levantamento da Mosaic Fertilizantes.

    A companhia calcula a relação entre fertilizantes e commodities agrícolas por meio do Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), que considera os preços dos adubos e das commodities em dólar.

    Em dezembro, o IPCF ficou em 1,03, ante 1,1 de novembro, números que mostram que os adubos estão mais acessíveis para os produtores.

    A Mosaic aponta que houve redução, especialmente, dos nitrogenados, enquanto as cotações dos fosfatados ficaram firmes com a retomada da demanda brasileira e estoques mais ajustados.

    “Assim, os produtores rurais têm uma relação de troca e uma rentabilidade positiva. Esse cenário se deve à combinação de uma ligeira redução nos preços dos fertilizantes, associado com a apreciação das commodities, na média de quase 1% na comparação com novembro, com recuperação de preços liderada pela cana-de-açúcar, de 2%”, explica a empresa.

    Do lado das commodities, a Mosaic apontou que a soja ficou praticamente estável em relação ao ano passado.

    “Com um aumento de 0,02% em um cenário de boas expectativas de demanda chinesa, ainda que o plantio na América do Sul venha apontando para uma safra muito boa e com bastante oferta de produto. O milho manteve uma leve alta de 0,3%”, apontou. .

    O valor de dezembro foi o menor para o ano, tornando os adubos mais atrativos para os produtores rurais, segundo os dados da Mosaic. Na comparação anual, o IPCF também recuou ante o 1,68 reportado em dezembro de 2021.

    Fertilizantes

    O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes (fosfato monoamônico, superfosfato simples, ureia e cloreto de potássio) e de commodities agrícolas.

    Conforme a empresa, o cálculo do IPCF considera as principais culturas brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão. O índice também é ponderado pela variação do câmbio no período analisado.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: produção brasileira deve ultrapassar 153 milhões de toneladas

    Volume consta em levantamento divulgado nesta semana pela consultoria Agroconsult

    A Agroconsult projetou, nesta quarta-feira (11), produção de soja do Brasil em 2022/23 de 153,4 milhões de toneladas, aumento de 18,7% ante o ciclo anterior. O número foi divulgado na entrevista coletiva de lançamento da “20ª edição do Rally da Safra”. Esta é a primeira projeção oficial divulgada para a temporada, mas, em outubro, em evento da B3, a consultoria havia indicado potencial produtivo de 153,5 milhões de toneladas.

    A Agroconsult estima área plantada de 43,2 milhões de hectares com soja, 3,9% acima de 2021/22. A produtividade média, por ora, está projetada em 59,2 sacas por hectare.

    Mato Grosso, o principal estado produtor da oleaginosa no país, deve colher 60 sacas por hectare em 2022/23, ante 61,2 sacas/ha na temporada anterior. O Paraná, por sua vez, deve atingir rendimento de 61,5 sacas/ha, contra 38,2 sacas/ha um ano antes. Enquanto isso, o Rio Grande do Sul deve atingir 51,5 sacas/ha, superando os 27 sacas/ha da safra 21/22.

    RS preocupa na produtividade da soja

    O Rio Grande do Sul é a maior preocupação desta safra, segundo a equipe da Agroconsult. Isso porque o estado registrou atraso no plantio. Por isso, as lavouras gaúchas durante período mais seco em dezembro ainda não estavam em período crítico para potencial produtivo, como ocorreu no ciclo anterior. “Já temos perdas de produtividade, precisa de mais chuvas para consolidar 51,5 sacas/ha”, disse o coordenador-geral da expedição, André Debastiani.

    “É uma safra novamente sob influência do La Niña, com volume de chuvas mais baixo que o normal” — André Debastiani

    Segundo ele, a perspectiva é de uma safra boa “apesar dos desafios pela frente”, como a regularização das chuvas em janeiro e fevereiro. “É uma safra novamente sob influência do La Niña, com volume de chuvas mais baixo que o normal, a diferença (ante 2021/22) foi a distribuição um pouco mais uniforme”, afirma.

    Conforme Debastiani, o cenário melhor em 2022/23 em termos de distribuição das precipitações nas áreas produtoras “tem feito toda a diferença”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/