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13 de janeiro de 2023

  • Seca preocupa, mas problema parece localizado, avalia IBGE

    A seca no Rio Grande do Sul preocupa em relação a seus efeitos sobre a produção de grãos mas, este ano, o problema parece mais ‘localizado’

    seca no Rio Grande do Sul preocupa em relação a seus efeitos sobre a produção de grãos mas, este ano, o problema parece mais ‘localizado’ em comparação com o ocorrido no verão passado.

    A afirmação foi realizada nesta quinta-feira, 12, por Carlos Barradas, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

    Na safra passada, a seca na Região Sul provocou uma quebra na produção de soja, com um tombo de 11,4% ante 2021.

    “Ano passado (no verão de 2021 para 2022) foi ‘sui generis’. (Na safra atual) Estamos esperando alguma perda lá (no Rio Grande do Sul), mas temos de aguardar para ver e não deverá ser da forma que foi em 2022. Dizem que o (fenômeno climático) La Niña deste ano será mais fraco. Ano passado, a seca foi até o Paraná e pegou Mato Grosso do Sul”, afirmou Barradas.

    Com a seca mais localizada, o IBGE continua projetando um novo recorde de produção na safra atual – a safra de 2022 já havia sido recorde, apesar da quebra na produção de soja.

    O terceiro e último Prognóstico da Produção Agrícola, divulgado junto com o LSPA de dezembro nesta quinta-feira (12), projeta produção de 296,209 milhões de toneladas em 2023, um salto de 12,6% em relação ao resultado de 2022.

    Segundo Barradas, além do fato de a seca deste verão estar mais localizada no Rio Grande do Sul, outros fatores sustentam a projeção de recorde.

    Um deles é que a estiagem restrita ao extremo sul afeta menos a segunda safra de milho – que responde pela maior parte da produção total nacional -, já que os produtores gaúchos destinam a segunda colheita para ração animal.

    Mais importante, as cotações internacionais dos grãos estão elevadas. “Os preços estão muito bons. Como estão muito bons, o produtor amplia a área”, afirmou Barradas.

    Além disso, com exceção do Rio Grande do Sul, na maior parte das regiões produtoras, o regime de chuvas começou dentro do esperado, no início da primavera.

    Com isso, não há previsão de problemas relacionados à janela de plantio do milho de segunda safra, que entra nas mesmas áreas destinadas à soja no verão.

    Segundo Barradas, isso significa que, apesar das incertezas inerentes ao comportamento do clima meses à frente, as condições estão dadas para uma boa segunda safra de milho.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Brasil consome 70% do milho produzido, diz diretor-técnico da Abramilho

    Políticas públicas e compras antecipadas são alternativas de garantia do cereal para criadores e usinas de etanol

    Com uma produção total de milho estimada em 125,8 milhões de toneladas na safra 2022/23, o Brasil deve consumir 70% e exportar 30%. Na avaliação da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), o país necessita de uma equalização na distribuição do cereal.

    O diretor-técnico da Abramilho, Daniel Rosa, entrevistado desta quinta-feira (12) do programa Direto ao Ponto, afirma que o Brasil é um país superavitário quanto ao milho, conseguindo tanto atender a sua demanda interna quanto a externa.

    Ele salienta que as cerca de duas milhões de toneladas de milho importadas da Argentina e do Paraguai é “pouco perto de uma produção perto de 126 milhões de toneladas”.

    De acordo com o diretor-técnico da Abramilho, o que falta são ajustes serem realizados quanto a distribuição do cereal no mercado interno, como é o caso de um estoque público para pequenos granjeiros e a prática da aquisição antecipada por parte dos grandes produtores e integrados da indústria.

    “Para o produtor [de milho] é muito bom ele plantar já sabendo para quem ele vai vender e quanto vai receber. Não pode ser igual ao produtor de leite que depois que vender é que vai descobrir por quanto”.

    Outro ponto considerado importante para o equilíbrio da distribuição interna do milho é quanto a infraestrutura, em especial a ligada ao escoamento, principalmente para as regiões sul e nordeste, grandes consumidoras, a um preço acessível.

    Cigarrinha do milho ainda preocupa

    Uma das preocupações para a safra 2022/23 de milho, além do clima e preços, é quanto a cigarrinha do milho, que de acordo com Daniel Rosa, segue pressionando o setor.

    “Na safra passada 11 estados tiveram a presença da cigarrinha. Esse ano o Rio Grande do Sul começou a ter uma presença forte já no início da primeira safra. Goiás também. Mas, os produtores estão ficando mais conscientes. Estão fazendo o controle mais cedo”, diz o diretor-técnico da Abramilho.

    Apesar da conscientização dos produtores, Daniel Rosa reforça a necessidade de monitoramento constante.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • IBGE estima safra recorde de grãos em 2023

    A estimativa final para a safra de 2022 totalizou 263,2 milhões de toneladas, sendo 3,9% maior que a obtida em 2021

    O terceiro prognóstico do Instituto Brasileiro e Geografia (IBGE) para a safra 2023 mostra que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve somar 296,2 milhões de toneladas, um recorde da série histórica, com alta de 12,6% (ou 33,1 milhões de toneladas) ante 2022. As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) e foram divulgadas na manhã desta quinta-feira (12).

    Essa alta na produção deve-se ao crescimento na soja (24,1% ou 28.835.920 toneladas), no milho 1ª safra (16,2% ou 4.126.973 toneladas), no milho 2ª safra (2,5% ou 2.132.992 toneladas), no algodão herbáceo em caroço (1,3% ou 53.907 toneladas), no sorgo (5,3% ou 150.261 toneladas) e no feijão 1ª safra (3,7% ou 40.302 toneladas).

    A estimativa final para a safra de 2022 totalizou 263,2 milhões de toneladas, sendo 3,9% maior que a obtida em 2021 (253,2 milhões de toneladas). Ante à previsão anterior, houve alta de 501.137 toneladas (0,2%). Arroz, milho e soja responderam por 91,4% da produção e 87,0% da área colhida.

    Para a soja, a estimativa de produção de 2022 foi de 119,5 milhões de toneladas; para o milho, de 110,2 milhões de toneladas (25,4 milhões de toneladas na 1 safra e 84,7 milhões de toneladas na 2); para o arroz, de 10,7 milhões de toneladas; para o trigo, de 10,0 milhões de toneladas; e, para o algodão (em caroço), de 6,7 milhões de toneladas.

    Grãos em 2022: altas em boa parte do Brasil, informa o IBGE

    A estimativa para 2022 teve altas anuais em quatro regiões: Centro-Oeste (12,2%), Sudeste (13,4%), Norte (10,0%) e Nordeste (10,4%) e negativa para a Sul (-14,5%). Quanto à variação mensal, houve aumento na região Sul (0,8%); estabilidade no Sudeste (0,0%), Nordeste (0,0%) e Centro-Oeste (0,0%), e declínio no Norte (-0,2%).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/