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20 de janeiro de 2023

  • RTC/CCGL eleva estimativa de quebra na safra de verão do RS

    As culturas de milho e soja estão sendo acometidas, novamente, por uma estiagem no RS nesta safra 2022/2023. Uma estimativa realizada pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL), e divulgada nesta sexta-feira (20/01), estima que em áreas de milho sequeiro (sem uso de irrigação), em média, os prejuízos relacionados à quebra de safra já alcançam 53 % em relação à expectativa de produção inicialmente traçada pelas cooperativas. Em dezembro, os prejuízos alcançavam 42 %.

    A estiagem também interfere na cultura da soja. Até o momento, na área de atuação das cooperativas, 98,4 % da área destinada à soja foi semeada, enquanto que 1,5 % da área semeada ainda não emergiu. A produtividade média projetada agora é de 2940 kg/ha. Em dezembro, a expectativa era de 3490 kg/ha, uma quebra estimada de 16 % na produção da principal cultura de verão do Estado.

    Devido às chuvas abaixo da média durante os meses de novembro, dezembro e janeiro, várias regiões já contabilizam perdas superiores a 80 % na cultura do milho sequeiro e de até 40 % na cultura soja. Os dados foram coletados em 21 cooperativas ligadas à RTC/CCGL.

    Fonte: ASCOM RTC/CCGL

  • Produção sólida nas cinco regiões confirma safra recorde de soja

    Apenas dois estados devem ter retração nos números em comparação ao ciclo passado. Para analista, produtor pode avançar nas vendas

    O Brasil deve produzir cerca de 153 milhões de toneladas de soja em uma área de 43 milhões de hectares na temporada 22/23, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Se confirmados, os números representam crescimento produtivo de 20% e incremento de 4% em solo semeado ante o ciclo passado.

    No Centro-Oeste, principal região produtora do país, a estimativa é de produção de 72 milhões de toneladas do grão, aumento de 6% em comparação à última safra. Assim, há expectativa de avanço em Mato Grosso, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. A exceção é Goiás, onde é esperada uma queda de 365 mil toneladas.

    Já no Nordeste, a perspectiva é de uma produção de 14 milhões de toneladas, um aumento de quase 3%. Nesses estados, a projeção é de um avanço na Bahia e no Maranhão. O único que deve ter retração é o Piauí, cuja projeção inicial dá conta de 44 mil toneladas a menos.

    O Sudeste, por sua vez, deve apresentar aumento de 5% ante a temporada 21/22, com mais de 12 milhões de toneladas. Na região, tanto Minas Gerais como São Paulo devem registrar avanço, com destaque para os paulistas, cuja projeção é de incremento de 10%.

    Na Região Norte são previstas mais de 9 milhões de toneladas de soja, aumento de 10% na produção. Por lá, todos os estados tendem a marcar avanços produtivos, principalmente Roraima, onde se prevê expressivos 30% de aumento frente à safra 21/22. No estado do Pará – onde será realizada a Abertura Nacional da Colheita da Soja – também há expectativa de crescimento no cultivo do grão.

    Por fim, a região Sul, que responde por quase 30% da produção nacional, deve registrar cerca de 44 milhões de toneladas de soja, aumento de 80% na comparação com o ciclo anterior. Contudo, diante da falta de chuva nas últimas semanas, houve redução de 1,313 milhão de toneladas ante o relatório anterior da consultoria Safras & Mercado.

    Crescimento da produção nas últimas décadas

    Especialistas acreditam que novas revisões negativas podem ocorrer na produção de soja nesta safra 22/23, mas, no geral, como dito anteriormente, apenas dois estados devem registrar recuo produtivo na comparação com a última temporada: Goiás e Piauí.

    O presidente da Aprosoja Pará, Vanderlei Ataídes, afirma que o estado tem crescido a sua produção a cada ano e, neste ciclo, se aproxima de um milhão de hectares cultivados com a oleaginosa. “Nos últimos 20 anos a soja tem se consolidado cada vez mais no Pará. Este ano, faremos a Abertura Nacional da Colheita da Soja, em Santarém”, conta.

    Ritmo de comercialização da nova safra

    O analista da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, destaca o aumento de produção no Brasil nesta temporada, embora faça ressalvas quanto aos impactos do clima no Sul. Ele destaca que a entrada da nova safra no mercado deve pressionar os preços da soja e explica que a diminuição em Goiás e Piauí se deve ao desempenho fora do comum atingido por ambos no último ciclo.

    “Se o clima ajudar nas próximas semanas, ainda podemos ter uma safra razoável no Rio Grande do Sul, próxima das 20 milhões de toneladas ou até um pouco mais. Com relação à comercialização brasileira, ainda estamos com os negócios avançando em ritmo lento e bastante atrasado frente à média das últimas cinco safras para essa época do ano. Até o início de janeiro, tínhamos 28,5% da nova safra negociada contra uma média de 40%”, declara.

    Segundo ele, a entrada de uma safra tão grande no Brasil pesa sobre as cotações nas próximas semanas. “Então entendemos que o produtor pode avançar um pouco mais na comercialização, entendendo que o ambiente nas próximas semanas e meses é um pouco mais negativo em termos de formação de preços”, finaliza.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Exportação brasileira de milho dispara neste início de ano

    Volume de cereal embarcado nas duas primeiras semanas do ano já superam todo o mês de janeiro de 2022

    As exportações de milho começam 2023 a todo vapor. Em apenas duas semanas de embarques, o Brasil já enviou para o exterior 2,95 milhões de toneladas.

    O volume supera em 216 mil toneladas as 2,73 milhões de toneladas exportadas em todo o mês janeiro de 2022.

    O desempenho é reflexo da boa safra brasileira em 2022, encerrada com 112 milhões de toneladas e da expectativa de safra recorde do cereal em 2023, para 125 milhões de toneladas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

    No cenário internacional favorecem as vendas brasileiras o conflito no Leste Europeu e as dificuldades climáticas em países da América do Sul, em especial Argentina e Paraguai.

    O conflito entre Rússia e Ucrânia (importante produtor mundial de milho) completa um ano e afeta a oferta de grãos e cereais da região.

    Exportações de milho

    No ano passado, o Brasil assistiu uma surpreendente recuperação das exportações de milho, que terminaram 2022 com 43,6 milhões de toneladas, acima do recorde de 42,75 milhões de toneladas em 2019 e mais que o dobro dos embarques verificados em 2021 quando foram enviadas ao exterior 20,4 milhões de toneladas.

    As exportações em 2021 foram racionadas por conta da safra menor, que sofreu com problemas de estiagem no Sul do Brasil.

    Naquele ano, a produção total de milho no Brasil foi de 87 milhões de toneladas.

    As maiores exportações para janeiro foram 4,44 milhões de toneladas em 2016 e 3,83 milhões de toneladas em 2019.

    Em 2016 as exportações totais atingiram 21,8 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Plantio da soja atinge 98% no RS. Emater faz análise das lavouras

    Órgão estima produtividade e área semeada, além de indicar duas regiões do estado onde falta de chuva tem prejudicado mais as plantações

    O plantio da soja atinge 98% da área no Rio Grande do Sul, de acordo com a Emater/RS. Na semana passada, eram 96%. Em igual período do ano passado, 97%. A média para os últimos cinco anos é de 100%.

    A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha (52,1 sacas).

    Houve a ocorrência de chuvas na maior parte das regiões produtoras, concentradas nos dias 13 e 14 de janeiro, o que deu sobrevida a cultivos afetados pela insuficiência de umidade nos solos. Contudo, na região Oeste e na faixa Central do estado as precipitações foram insignificantes ou nem ocorreram, prosseguindo o déficit hídrico e seus efeitos sobre as lavouras.

    Segundo a Emater, a cultura apresenta grande variação de potencial produtivo em relação à época de plantio, à má distribuição das chuvas e às condições topográficas. Observou-se lavouras com plantas de porte médio a elevado, coloração verde, mas com população adequada e sem qualquer sinal de estresse. Na mesma região, encontram-se lavouras com plantas amareladas, com desfolha, porte baixo, estande inadequado e até mesmo morte de plantas nos casos de estresse hídrico mais extremo.

    Solos inadequados para a soja

    Mesmo com a capacidade de emissão de novos ramos, que podem compensar parcialmente os problemas de baixa população, as plantas de soja não encontram condições ambientais favoráveis para expressar essa característica. A diferença de situação evidencia que o plantio em solos de textura arenosa e, principalmente, em rasos não é adequado em anos com previsões de restrição de chuvas.

    Na Metade Sul, observa-se o ótimo desempenho de lavouras estabelecidas em áreas de várzeas. Houve ampliação do uso de irrigação por sulco-camalhão, considerando a grande quantidade de barragens disponíveis e o relevo plano característico da produção de arroz, que estão entrando na rotação com a oleaginosa, atualmente mais influenciada por condições de mercado do que pelas vantagens agronômicas.

    Perdas no potencial produtivo

    Em termos regionais, as perdas no potencial de produtividade e as dificuldades no desenvolvimento são mais aparentes nas regiões Oeste e Central, mas acontecem pontualmente nas demais, com exceção da Nordeste, onde, nos Campos de Cima da Serra, a evolução dos plantios é considerada normal.

    O órgão desta que, apesar dos levantamentos indicarem perdas municipais e regionais na soja, é preciso cautela ao generalizar os dados em âmbito estadual, pois, numa eventual manutenção de umidade nos solos em teores adequados, e dependendo do nível de danos, as lavouras têm boa capacidade de recuperação.

    Mesmo que estejam em floração (18% da área plantada), elas podem se restabelecer, visto que a maior parte das cultivares são de crescimento indeterminado, ou seja, as plantas podem emitir novos pendões e ampliar a estrutura, compensando parte do potencial produtivo afetado.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/