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25 de janeiro de 2023

  • Importação de fertilizantes: Brasil diminui volume, mas bate recorde em desembolso

    Produtores brasileiros compraram menos insumos em 2022, mas com preços bem mais elevados

    Em cinco anos, o desembolso de produtores rurais brasileiros com a importação de fertilizantes saltou quase 200%. Assim, foi de US$ 8,59 bilhões, em 2018, para US$ 24,76 bilhões em 2022.

    Dessa forma, o ano passado foi responsável por estabelecer um novo patamar no quesito desembolso anual com a importação de fertilizantes. A saber, superou em mais de 9 bilhões de dólares o então recorde, de 2021, quando os valores empenhados ficaram na casa dos US$ 15,14 bilhões.

    Apesar de o desembolso ter crescido de um ano para o outro, o volume de insumos importados pelo Brasil caiu. Isso porque em 2021 as compras somaram 41,55 milhões de toneladas. No ano passado, contudo, o total foi de 38,19 milhões de toneladas de fertilizantes.

    “Aumentou o custo de produção, uma das grandes dores do agronegócio” — Giovani Ferreira

    Ou seja: em 2022, o Brasil pagou mais caro para, no fim das contas, ter um volume menor de fertilizantes. Essa questão foi destacada pelo diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira. Ele falou sobre o assunto na edição desta semana do boletim ‘AgroExport’.

    “Com volume 8% menor, nós desembolsamos 60% a mais. Gastamos quase US$ 25 bilhões para comprar menos fertilizantes”, disse Ferreira ao participar do telejornal ‘Mercado & Companhia’ desta terça-feira (24). “Aumentou o custo de produção, uma das grandes dores do agronegócio”, prosseguiu o apresentador do ‘AgroExport’.

    Importação de fertilizantes: perspectivas para 2023

    Ao informar que, até 2021, o preço médio da tonelada de fertilizantes era negociada por volta de US$ 350,00, Giovani Ferreira lembrou que o valor quase dobrou em 2022,. Dessa forma, fechou o ano com média de negociação na casa dos US$ 600,00. Com esse patamar, ele avisou: os insumos seguirão afetando os custos de produção do agronegócio brasileiro na atual safra.

    Mesmo assim, a importação de fertilizantes pelo Brasil começou aquecida em 2023. Nesse sentido, Ferreira informou, ao conversar com a apresentadora Pryscilla Paiva, que o Porto de Paranaguá (PR) descarregou a maior carga de fertilizantes de sua história na semana passada.

    “Foram 73 mil toneladas em uma única carga. Isso é um navio Panamax completo”, afirmou o diretor de conteúdo do Canal Rural. Por fim, apontou que o caso de Paranaguá não é isolado. Ressaltou, todavia, que o Brasil deve registrar neste mês o mesmo volume de importação de fertilizantes de janeiro de 2022. “Sinal de que o mercado está aquecido”, enfatizou.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Plantio evolui no Rio Grande do Sul, mas efeitos da estiagem se agravam

    A última semana foi de chuvas irregulares no Rio Grande do Sul. Com isso, o plantio de soja e milho evoluiu

    A última semana foi de chuvas irregulares no Rio Grande do Sul. Com isso, o plantio de soja e milho evoluiu, mas os efeitos da estiagem se agravam a cada dia.

    No arroz, algumas áreas já começaram a formação de grãos.

    De acordo com o boletim da Emater, a região de Passo Fundo recebeu 84 mm, enquanto na metade sul do estado não choveu e as temperaturas variaram muito, entre 13 °C e 40 °C.

    Com isso, a semeadura de culturas como soja e milho evoluiu um pouco em relação à semana anterior.

    Na soja, 98% da área estimada já foi plantada. No oeste e na região central do estado, a situação é crítica.

    Muitas lavouras dependem da chuva para se recuperarem, com plantas baixas e folhas secando.

    Mas também há lavouras em boas condições e de coloração bem verde, o que mostra a má distribuição da umidade.

    Na região sul, a soja na várzea tem bom desenvolvimento. Por isso a produtividade deve variar bastante até dentro do mesmo município, alguns produtores têm perdas de 20%.

    O granizo também afetou lavouras no centro sul. O estado registrou o primeiro caso de ferrugem asiática em uma lavoura da cidade de Coxilha, na região norte.

    Milho e arroz

    No milho, as lavouras recém implantadas foram beneficiadas pela chuva, principalmente em áreas de sucessão ao tabaco, mas as que estão em ciclo mais avançado não sentiram o efeito da umidade.

    Em Bagé, na fronteira oeste, há perdas de 40% e o milho deve ser cortado para alimentação animal.

    Em Erechim, 20% das lavouras foram colhidas e a produtividade não deve passar de 6 mil kg/ha.

    Na metade sul, municípios como Capão do Leão e Santana da Boa Vista têm perdas consolidadas em 90%.

    No arroz, 5% da área já está na formação de grãos.

    O calor e os dias secos ajudam no desenvolvimento da cultura e a sanidade das plantas é boa.

    Na região de Uruguaiana, há algumas dificuldades na irrigação com reservatórios baixos das barragens. Nesta semana o preço da saca subiu e chegou a R$ 89,19.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Com supersafra de soja, Brasil deve exportar 93 mil de ton em 2023

    Produção de farelo é indicada em 40,05 milhões de toneladas em 2023, subindo 4%. Consultoria também fez outras projeções

    Diante da perspectiva de colher a maior safra de soja da história, estimada em mais de 153 milhões de toneladas, a expectativa é de que os embarques brasileiros do grão também atinjam números superlativos, assim como o esmagamento.

    As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 93 milhões de toneladas em 2023, acima dos 78,9 milhões indicados para 2022. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado, e indica um aumento de 18% entre uma temporada e outra.

    A consultoria indica esmagamento de 52 milhões de toneladas em 2023 e de 50 milhões de toneladas em 2022, com uma elevação de 4% entre uma temporada e outra. Em novembro, a estimativa era de 50 milhões de toneladas. Safras indica importações de 100 mil toneladas para 2023, com queda de 76% sobre 2022.

    Demanda total de soja

    Em relação à temporada 2023, a oferta total de soja deverá aumentar 16%, passando para 157,198 milhões de toneladas. A demanda total está projetada pela consultoria em 148,5 milhões de toneladas, crescendo 12% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 133%, passando de 3,72 milhões para 8,698 milhões de toneladas.

    Safras & Mercado trabalha com uma produção de farelo de soja de 40,05 milhões de toneladas em 2023, subindo 4%. As exportações deverão cair 3% para 19,8 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 19 milhões, aumentando 6%. Os estoques deverão subir 56% para 3,48 milhões de toneladas.

    A produção de óleo de soja deverá aumentar 4% para 10,6 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,8 milhão de toneladas, com queda de 31%. O consumo interno deve subir 16% para 8,9 milhões de toneladas. Já o uso para biodiesel deve aumentar 19% para 5 milhões de toneladas. A previsão é de estoques recuando 16% para 408 mil toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/