Daily Archives

30 de janeiro de 2023

  • Chuva aumenta relatos da ferrugem da soja na safra 22/23

    Segundo levantamento do Consórcio Antiferrugem, na safra 2022/23, há 119 relatos de ferrugem em nove estados brasileiros

    Como nas safras anteriores, o mês de janeiro vem apresentando rápido aumento nos relatos de ferrugem-asiática nos estados e municípios produtores de soja.

    Segundo levantamento do Consórcio Antiferrugem, na safra 2022/23, há 119 relatos da doença e a ferrugem está presente em nove estados brasileiros, sendo 79% das ocorrências em lavouras comerciais na fase de enchimento de grãos.

    Na mesma época, na safra passada, havia 59 relatos, porém, as condições climáticas eram diferentes – menor volume de chuvas na região Sul do País, Mato Grosso do Sul e Paraguai – o que reduziu a ocorrência da doença.

    pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, explica que a ferrugem está favorecida pelas chuvas bem distribuídas ao longo desta safra.

    “Em regiões em que as chuvas estão regulares, a doença é mais comum quando ocorre falhas de aplicações de fungicidas ou os fungicidas utilizados têm baixa eficiência para o controle da ferrugem”, explica Godoy.

    De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mais de 50% das lavouras estão em fase de enchimento de grãos (após R5), situação onde a doença causa menos dano.

    Godoy afirma que o potencial de dano da ferrugem-asiática é maior nas lavouras ainda em estádio vegetativo, floração e formação de vagens, que recebem maior quantidade de inóculo do fungo das áreas semeadas mais cedo.

    “Permanecendo as condições favoráveis para a doença, as lavouras mais atrasadas irão necessitar de aplicações com fungicidas com alta eficiência para o controle da doença”, alerta. “Mesmo os produtos mais eficientes para o controle devem estar associados ao uso de fungicidas multissitios, à medida que aumenta o inóculo da ferrugem nas regiões”, comenta.

    Controle da ferrugem

    A comparação da eficiência de fungicidas registrados e em fase de registro para o controle da ferrugem-asiática vem sendo feita em experimentos em rede, realizados desde a safra 2003/2004, no Brasil.

    Os fungicidas são avaliados individualmente, em aplicações sequenciais, em semeaduras tardias, para determinar a eficiência de controle.

    Os resultados mais recentes sobre a eficiência dos fungicidas para controle da ferrugem podem ser acessados na publicação Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem- asiática da soja, Phakopsora pachyrhizi, na safra 2021/2022: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos

    Outras doenças

    A pesquisadora da Embrapa relata ainda a ocorrência de outras doenças nessa safra.

    Nas regiões do Cerrado, por exemplo, onde vem ocorrendo boa distribuição de chuvas nas semeaduras iniciais tem-se observado alta incidência de mancha-alvo.

    Além disso, na região Sul, há relatos de mofo-branco nas regiões mais altas com temperaturas mais amenas e em períodos de menor precipitação a presença do oídio.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • A importância de controlar a diarreia neonatal nos rebanhos

    Por terem o sistema imunológico em formação, bezerros recém-nascidos estão mais suscetíveis a contrair doenças. Vacinação é eficaz e segura para os animais

    Os bezerros recém-nascidos, por terem o sistema imunológico em formação, estão mais suscetíveis a contrair doenças. As diarreias, especialmente durante as primeiras quatro semanas de vida, são comuns. Elas podem ser causadas por diferentes agentes patogênicos que, ao atacarem a mucosa intestinal desses animais, causam a diarreia, levando à diminuição da absorção de nutrientes essenciais para o desenvolvimento do animal e à desidratação.

    “A prevenção é a melhor forma de proteger o rebanho da doença, com a vacinação é possível minimizar as perdas de produtividade e gastos futuros com medicamentos, que oneram ainda mais a produção”, explica o técnico Juliano Melo.

    Segundo ele, que é gerente técnico de bovinos da empresa Zoetis, caso os animais sejam acometidos pela diarreia, é essencial o rápido diagnóstico e tratamento, pois caso não seja tratada a tempo, pode debilitar o animal e levá-lo a óbito.

    As causas infecciosas mais comuns de diarreia são rotavírus, coronavírus, e.coli K99, coccidiose entre outros. “Fatores como más condições de higiene, encolostramento tardio, baixa qualidade do colostro podem contribuir para o surgimento da patalogia”, destaca o especialista.

    Os sinais clínicos como fezes com sangue ou muco, desidratação, perda de peso e crescimento abaixo do esperado podem ocorrer até as primeiras seis semanas de vida do animal.

    Prevenção

    Juliano ressalta que medidas preventivas podem ser adotadas dentro das fazendas para mitigar os efeitos da doença. Algumas delas são:

    • Cuidados com a cura do umbigo e fornecimento do colostro devem ser prioridade;
    • Vacinar as vacas antes do parto para proteger os bezerros contra as diarreias virais e bacterianas;
    • Reduzir a exposição de recém-nascidos a agentes infecciosos com higiene e bem-estar animal;
    • Separar os animais doentes dos demais e fazer a higienização cuidadosa de equipamentos;
    • Ter uma farmácia com antibióticos, anti-inflamatórios e hidratação adequados para o tratamento da diarreia;

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Drones ganham espaço na agricultura com múltiplas funções

    Apesar de cobrir áreas muito menores, em comparação aos aviões, os drones conseguem atingir a chamada pulverização de precisão

    O uso de drones na agricultura foi regulamentado pelo Ministério da Agricultura (Mapa) apenas em 2021, mas os chamados veículos aéreos não tripulados vêm sendo utilizados no campo há mais tempo.

    As principais funções são: mapeamento de áreas, controle de falhas de plantio, identificação de plantas daninhas e pragas e mais recentemente aplicação de defensivos.

    O investimento é alto, pode superar R$ 500 mil, por isso o produtor precisa analisar o custo benefício antes de comprar o equipamento.

    Os chamados veículos aéreos não tripulados são indicados também para fazer a aplicação em terrenos irregulares ou de encostas, como é o caso do café e da banana.

    Apesar de cobrir áreas muito menores, em comparação aos aviões, os drones conseguem atingir a chamada pulverização de precisão.

    Em contrapartida, o drone tem baixa capacidade de carregamento de produtos, os equipamentos homologados levam no máximo 10 litros de defensivos e as baterias duram somente 15 minutos.

    A aplicação inteligente é definida por um software que a partir do mapeamento da área, define a estratégia de aplicação utilizando, se necessário, as três modalidades: terrestre, avião e o drone, esse sistema integrado traz eficiência e economia.

    Um drone para pulverização hoje custa de R$ 100 mil a R$ 350 mil reais, fora toda a estrutura para poder operá-lo. O investimento pode superar R$ 500 mil.

    Por isso, hoje a maioria dos produtores têm preferido terceirizar o serviço. Neste caso a aplicação varia de R$ 100 a R$ 400 reais por hectare.

    É importante dizer que o uso de drones em atividades agrícolas deve ser registrado no mapa, ter autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e exige um operador qualificado. E aí está um grande gargalo. Falta mão de obra especializada.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/