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1 de fevereiro de 2023

  • Exportações do agronegócio crescem 32% e sustentam superávit recorde da balança comercial

    Setor fechou 2022 sendo responsável por US$ 159 bilhões em exportações no decorrer de 2022

    A balança comercial brasileira fechou o ano passado com superávit recorde. Ao todo, a diferença entre exportações e importações ficou na casa dos US$ 62,310 bilhões. Para o estabelecimento do novo patamar, um único setor foi protagonista: o agronegócio.

    A importância do agro para o equilíbrio da balança comercial do país foi destacada na edição desta semana do boletim ‘AgroExport’. Diretor de conteúdo do Canal Rural e apresentador do quadro, Giovani Ferreira destacou que, diferentemente de outras áreas, o setor não sofre com déficit — quando as importações superam as exportações.

    Em 2022, por exemplo, o agronegócio exportou o equivalente a US$ 159 bilhões. Valor que representa quase a metade de toda a receita cambial brasileira do período, que foi de US$ 335 bilhões. Juntos, todos os outros setores que movimentam o comércio exterior do país foram responsáveis em US$ 176 bilhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

    Dessa forma, em valores, as exportações do agronegócio brasileiro cresceram mais de 30% de um ano para o outro. Isso porque, o segmento foi responsável por gerar receita cambial com embarques para o exterior na casa dos US$ 120 bilhões em 2021.

    Na parte de importações, o agro evidencia a sua importância para a balança comercial brasileira fechar o ano passado com superávit recorde. Isso porque o setor foi responsável por importar apenas US$ 17 bilhões. Os outros segmentos, contudo, somaram US$ 273 bilhões em importações no decorrer de 2022.

    Agronegócio sustenta superávit da balança comercial

    Em resumo, o agronegócio teve — sozinho — superávit de US$ 142 bilhões de janeiro a dezembro do ano passado. Os demais setores, em contrapartida, fecharam 2022 com déficit comercial de US$ -80 bilhões. Ou seja: o Brasil não teria superávit na balança comercial de 2022 — ainda mais na casa dos bilhões de dólares — se não fosse o agro.

    “Nós ‘pagamos’ o saldo negativo e ainda assim garantimos ao país um saldo acima de US$ 62 bilhões, puxados, principalmente, pelo agronegócio”, observou Giovani Ferreira.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Leite: preço pago ao produtor recua 0,3% em janeiro

    É o que mostra a “Média Brasil” líquida do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)

    O preço do leite captado em dezembro e pago aos produtores neste mês de janeiro se manteve praticamente estável na “Média Brasil” líquida do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O valor foi de R$ 2,5214/litro, recuo de 0,3% ante o mês anterior.

    “Apesar disso, a média deste mês ainda ficou 13,7% acima da registrada em janeiro/22, em termos reais, sendo também a maior para um mês de janeiro, considerando-se a série histórica do Cepea, iniciada em 2004 (os valores deflacionados pelo IPCA de dezembro/22)”, afirma o centro de estudos em nota.

    “Vale ressaltar que os valores médios de Minas Gerais, do Paraná e de Santa Catarina registraram quedas menores que 1%, enquanto os de São Paulo e de Bahia apresentaram recuos acima de 2%. Por outro lado, as médias em Goiás e no Rio Grande do Sul avançaram, mas as variações estiveram abaixo de 1%”, afirma o centro. O Cepea avalia que os preços ao produtor podem registrar altas a partir deste mês, com menor produção.

    Leite UHT e muçarela

    Conforme o Cepea, a desaceleração no movimento de queda do preço campo (que ocorre desde setembro) pode ser explicada pelo momento de transição observada em dezembro: “de um lado, a demanda na ponta final da cadeia se manteve enfraquecida e pressionou as cotações dos lácteos; mas, de outro, a captação ficou mais limitada”.

    De novembro para dezembro, os preços médios negociados pelo leite UHT e pela muçarela entre indústrias e canais de distribuição no estado de São Paulo caíram 7,2% e 6,2%, respectivamente. A demanda seguiu fraca, o que pressionou as cotações.

    “O clima mais adverso e o estreitamento das margens dos produtores são fatores que explicam esse cenário” — Cepea

    “Já em relação à oferta, a entressafra no Sul do País avançou, e a produção não cresceu como esperado no Sudeste e Centro-Oeste. O clima mais adverso e o estreitamento das margens dos produtores são fatores que explicam esse cenário”, disse o Cepea.

    O índice do Cepea

    O Índice de Captação Leiteira do Cepea (ICAP-L) recuou 0,15% de novembro para dezembro na Média Brasil. Nos Estados do Sul, a retração média foi de 2%, ao passo que nos Estados do Sudeste e Centro-Oeste a alta foi de apenas 1%. “Agentes de mercado relataram que a concorrência por fornecedores voltou a crescer. Nesse contexto, a estratégia das empresas sobre a precificação do produtor em dezembro foi mais heterogênea, tanto na intensidade do repasse da queda quanto no diferencial praticado em relação às faixas de produção.”

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/