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17 de março de 2023

  • IGC eleva projeção da safra global 22/23 de grãos, para 2,250 bilhões de t

    Caso confirmado, o volume total da produção ainda será 1,79% menor do que o estimado para a temporada 2021/22, de 2,291 bilhões de toneladas

    Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) aumentou sua previsão de produção global de grãos na temporada 2022/23, para 2,250 bilhões de toneladas, ante 2,248 bilhões de toneladas da previsão divulgada em fevereiro, principalmente por causa do aumento na projeção de produção de trigo, justificou o IGC.

    No entanto, caso confirmado, o volume total da produção ainda será 1,79% menor do que o estimado para a temporada 2021/22, de 2,291 bilhões de toneladas.

    A estimativa para o consumo mundial de grãos foi reduzida de 2,266 bilhões de toneladas para 2,261 bilhões de toneladas. A previsão de estoques passou de 579 milhões de toneladas para 586 milhões de toneladas.

    Para a soja em 2022/23, o IGC diminuiu a estimativa de produção em 8 milhões de toneladas.

    A previsão passou de 378 milhões de toneladas estimadas em fevereiro para 370 milhões de toneladas no relatório atual, em comparação com os 356 milhões de toneladas de 2021/22.

    “Com uma grande safra brasileira mais do que compensando safras menores em outras localidades, principalmente na Argentina, a produção mundial de soja 2022/23 deve aumentar 4%”, disse o IGC em comunicado.

    A projeção de consumo da oleaginosa para 2022/23 foi diminuída em 4 milhões de toneladas em relação a fevereiro, para 370 milhões de toneladas, enquanto para o ciclo 2012/22 ela foi projetada em 365 milhões de toneladas.

    Já a projeção de estoques em 2022/23 caiu para 46 milhões de toneladas, ante 49 milhões de toneladas previstas em fevereiro. O volume do estoque final de soja de 2021/22 foi mantido elevado 1 milhão de toneladas, para 46 milhões de toneladas.

    Quanto ao milho, o conselho reduziu a estimativa de produção de 1,153 bilhão de toneladas para 1,150 bilhão de toneladas em 2022/23.

    O volume representa queda de 70 milhões de toneladas ante o resultado de 1,220 bilhão de toneladas projetado para 2021/22.

    O consumo caiu de 1,180 bilhão de toneladas, previstas em janeiro, para 1,174 bilhão de toneladas, ante 1,219 bilhão de toneladas projetadas para 2021/22.

    Os estoques passaram de 255 milhões de toneladas para 256 milhões de toneladas.

    Em relação ao trigo, na temporada 2022/23, o IGC aumentou a produção de 796 milhões de toneladas para 801 milhões de toneladas.

    O volume continua maior do que as 781 milhões de toneladas previstas para 2021/22, projeção esta que foi mantida em relação a fevereiro.

    A estimativa de consumo também foi conservada em 789 milhões de toneladas, enquanto para 2021/22 ela é de 783 milhões de toneladas. A perspectiva para os estoques do cereal foi elevada em 4 milhões de toneladas, para 286 milhões de toneladas, enquanto para 2021/22 a estimativa é de 275 milhões de toneladas.

    Para a safra 2021/22, o IGC manteve sua previsão de produção global de grãos em 2,291 bilhões de toneladas. Em relação ao consumo mundial de grãos, a previsão passou de 2,295 bilhões de toneladas para 2,297 bilhões de toneladas.

    A previsão de estoques finais foi mantida em 596 milhões de toneladas.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Bayer lança plataforma digital para o agro em parceria com Microsoft

    Informações de atividades de campo obtidas por máquina agrícolas, imagens de satélite, drones e outras fontes serão processadas pelo sistema

    Pouco mais de um ano depois firmar parceria com a Microsoft para desenvolver ferramentas digitais para o agronegócio, a Bayer anuncia os primeiros resultados do acordo: novas soluções para uso não somente dos agricultores, até então foco da estratégia digital da companhia, mas de toda a cadeia ao redor deles, ou seja,  indústria, varejistas, bancos, seguradoras, startups e outros agentes.

    Alguns dos serviços serão ofertados pela própria Bayer, os chamados “AgPowered Services”, utilizando o sistema da Microsoft Azure Data Manager for Agriculture, que coleta e organiza, de forma simplificada, milhares de dados compilados de diferentes fontes.

    Informações de atividades de campo obtidas por máquina agrícolas, imagens de satélite, drones e outras fontes serão processadas pelo Azure Data Manager, armazenadas em nuvem e convertidas em ferramentas mais facilmente utilizáveis por outras empresas para obter análises preditivas, por exemplo.

    “Como olhar para imagens de satélite e remover o efeito de ter nuvens nas imagens? Como usar essas imagens para prever se há doenças ou outras coisas acontecendo na plantação, ou usar os dados para prever como a safra avançará e de que forma isso pode mudar dependendo de ter dias ensolarados ou frios? Estes são exemplos de recursos que vamos oferecer, os AgPowered Services que, combinados com o Azure Data Manageer, permitirão às empresas avançar em suas atividades mais efetivamente”, disse, em entrevista, o presidente global da Climate FieldView, plataforma de agricultura digital da Bayer, Jeremy Willians.

    A oferta de soluções da nova plataforma, contudo, não se limitará aos serviços da Bayer, afirma Willians. “Nossa expectativa é que os clientes sejam capazes de selecionar diferentes grupos de recursos, conforme suas necessidades, e que adicionalmente outras empresas contribuam com tecnologias e recursos para a plataforma. Não será apenas a Microsoft e sua base ou a Bayer; com o tempo serão outras empresas”, afirmou o executivo.

    “Acredito que nos tornaremos algo similar à Amazon, que tem recursos para fornecer, tem seus próprios produtos para venda, mas também tem um marketplace para outras empresas que busquem solucionar um problema por meio da joint venture formada pela plataforma”, disse.

    Com dados próprios e outros fornecidos por parceiros ao longo do tempo – com o consentimento de produtores, seguindo normas legais de cada país, ressalta Willians -, a Bayer deve ampliar o escopo de suas soluções digitais, alcançando empresas de alimentos, bancos, montadoras, grandes e pequenas companhias, além de startups.

    Seu interesse, prevê a empresa, não será só a operação agrícola em si como também sua rastreabilidade, em monitorar o retorno das lavouras, correlacionar com emissões de carbono e outras atividades.

    “Quando um cliente entrar na nova plataforma, encontrará muitas soluções para escolher e poderá fazer parte do sistema às vezes compartilhando dados, às vezes comprando soluções”, disse Willians.

    Um dos parceiros globais da Bayer e Microsoft na estreia da iniciativa será a CNH Industrial, de equipamentos agrícolas, que compartilhará seus dados com a plataforma tendo em vista, em um futuro próximo, oferecer a produtores sistemas de mais fácil uso.

    Outro parceiro, de acordo com Williams, será a Land O’Lakes, empresa norte-americana de alimentos com atuação em todo o país. “Conhecemos muitos bancos interessados em ter recursos digitais que ajudem a avaliar como as operações agrícolas de clientes estão avançando, para usar essas informações em determinados serviços financeiros”, explica o presidente global da Climate FieldView.

    “Ainda teremos o Climate FieldView como a parte do que fazemos focado no produtor. Mas estamos realmente nos movendo para um espaço em que poderemos ter um impacto maior na agricultura, ajudar a indústria de alimentos a ser mais produtiva e sustentável, assim como outras empresas.”

    Após ser lançada neste mês em forma de teste para clientes, a companhia deve anunciar, “mais tarde”, em data a ser definida, o início da operação comercial. Os detalhes sobre como monetizar a nova plataforma ainda estão sendo discutidos, de acordo com Willians, mas a ideia é licenciar soluções, softwares ou aplicativos para as empresas clientes, assim como um usuário paga pelo pacote Office ou por um aplicativo qualquer.

    O número de clientes que poderão ser atraídos para a plataforma nesta nova etapa ainda não foi estimado, diz Willians, mas a perspectiva é que, inicialmente, a maior parte seja de grandes empresas com negócios relacionados ao agronegócio. “Nosso foco inicial tem sido os grandes players, mas acredito que as soluções serão úteis também para empresas de médio porte e também para as pequenas, como startups”, diz.

    A Climate FieldView, plataforma da Bayer focada no produtor rural e no monitoramento de lavouras, chega hoje a 23 países monitorando 220 milhões de acres (pouco mais de 89,030 milhões de hectares) em todo o mundo.  No Brasil, até o começo do ano passado, 22 milhões de hectares eram mapeados pela ferramenta.

    Apesar da perspectiva de cobrança pelas soluções ofertadas na plataforma conjunta com a Microsoft, grande parte do retorno das iniciativas digitais da Bayer vem da melhor avaliação que produtores e clientes passam a ter de seus produtos – agroquímicos e sementes – com o uso de soluções digitais e suas recomendações.

    “Sabemos hoje que as pessoas que já estão na plataforma Climate FieldView avaliam nossos produtos físicos melhor, nos dão pontuações mais altas; com eles, temos menos desgaste e eles compram mais produtos de nossa marca. O que as equipes comerciais acreditam agora é que podemos alavancar um maior engajamento e lealdade para gerar ainda mais valor para a empresa daqui para frente”, argumenta Willians.

    “Escolhemos estrategicamente gerar mais valor do uso do Climate FieldView por meio das vendas de produtos físicos e outros benefícios indiretos, em vez de necessariamente tentar gerar receita de assinaturas, mas é muito claro que o uso da plataforma gera valor para os agricultores e eles estão dispostos a compartilhar isso conosco. O equilíbrio exato entre ganhos diretos e indiretos é algo que vamos otimizar ao longo do tempo.”

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/