Daily Archives

13 de abril de 2023

  • Exportações de soja em grão e farelo crescem em 2023

    Embarques do farelo também têm um ligeiro incremento por conta de uma menor disponibilidade do produto da Argentina no mercado

    A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) atualizou as projeções para a safra 2022/23 e as estatísticas mensais do complexo soja até o último mês de fevereiro.

    De acordo com os dados mais recentes, a produção e o esmagamento da soja em grão para 2023 estão mantidos em 153,6 e 52,5 milhões de toneladas, respectivamente. Conforme mencionado pela entidade em outras oportunidades, estes são os maiores volumes da série histórica.

    A produção de farelo de soja permanece em 40,2 milhões de toneladas e a de óleo em 10,7 milhões. A novidade fica por conta da elevação das exportações. A oleaginosa em grão cresce de 92,3 milhões de toneladas aferidas na projeção anterior para 93,7 milhões no atual balanço. Este aumento é justificado por uma maior demanda da China e demais países asiáticos pelo grão.

    As exportações do farelo de soja também têm um ligeiro incremento, de 20,7 milhões de toneladas para 21 milhões, principalmente por conta de uma menor disponibilidade do produto da Argentina no mercado.

    Com isso, a expectativa é de que as divisas com as exportações dos produtos do complexo soja superem os US$ 67 bilhões neste ano, mais um recorde histórico. Veja mais detalhes no quadro abaixo:

    Complexo soja

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Fertilizantes: momento favorável para investir, aponta índice

    O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de março atingiu o menor nível dos últimos 21 meses, fechando em 0,97

    Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de março atingiu o menor nível dos últimos 21 meses, fechando em 0,97.

    O momento é favorável para o produtor rural, já que quanto menor o IPCF, melhor é a relação de troca.

    Seguindo a tendência dos meses anteriores, o fertilizante foi o fator que mais impactou na composição do índice, com queda média de 6% em comparação com fevereiro.

    Foi liderada pelo cloreto de potássio e seguida pela ureia, fosfato monoamônico e superfosfato simples.

    No mês de março, as commodities tiveram uma queda média de -3%, em comparação com o mês anterior, devido à safra recorde brasileira e à oferta excessiva de produtos no mercado, o que levou a uma pressão de preços para baixo. Os produtos que mais lideraram a queda foram a soja, o milho, o algodão e a cana-de-açúcar.

    Durante o mês, a indústria agropecuária ficou na expectativa da entrada da Índia como compradora internacional de cloreto de potássio, o que acabou ocorrendo no início de abril.

    Atualmente, o setor está direcionando sua atenção para a safra brasileira de grãos, que está próxima de atingir um recorde de 80% de colheita com boas produtividades.

    Ademais, o mercado está atento às atualizações divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em relação à próxima safra americana, que pode apresentar um volume menor do que o da safra anterior.

    Fertilizantes

    O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas.

    A metodologia consiste na comparação em relação à base de 2017, indicando que quanto menor a relação mais favorável o índice e melhor relação de troca.

    O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Produtor de soja do RS aposta na mistura de cultivares para reduzir perdas

    Agricultor testa diferentes materiais em campo experimental. Nesta safra, ele vem conseguindo média de 60 sacas

    O Rio Grande do Sul avança na colheita da nova safra de soja. Até o momento, cerca de 20% da área dedicada ao grão já foi retirada do solo, segundo a Emater.

    Os produtores apostam, cada vez mais, em novas variedades que surgem no mercado, com foco em driblar pragas, doenças, clima e ter mais produtividade.

    Na família do agricultor Fábio Eckert, por exemplo, a soja está presente há 40 anos. Nesta safra, são três mil hectares no município gaúcho de Tapes, centro sul do estado.

    Em sua propriedade, o trabalho de colheita segue por pelo menos 12 horas por dia. Mesmo em área de várzea, a seca prejudicou a lavoura. No meio da oleaginosa em boa qualidade são encontradas manchas dentro das vagens, o que resulta na ausência de grãos.

    “Vamos ter uma perda natural que já era esperada, de 10% mais ou menos, mas os resultados [positivos] estão até ficando um pouco acima do esperado. Quem olhava para as áreas, achava que a perda seria maior. Aqui em nossa região, pegamos umas ‘chuvinhas’ a mais do que no resto do estado, então [a perda] não vai ser tão grande como a gente esperava”, conta.

    Mesclando cultivares

    Na propriedade de Eckert, existe área com uma cultivar de plataforma tecnológica lançada em 2019 e que é mais resistente a lagartas e herbicidas. A estratégia dele é mesclar com outras variedades.

    “Tenho um campo experimental em duas áreas diferentes, com cerca de 30 a 40 materiais diferentes, praticamente todos lançamentos. Desse campo experimental a gente tira sempre quatro ou cinco materiais para plantar um pouco mais. Testamos no segundo ano uma área comercial e, se vem bem, depois a gente vem com uma escala grande dela”, detalha.

    Novas cultivares que chegam ao mercado todos os anos podem ajudar o produtor a enfrentar situações adversas, como a estiagem, além de combater pragas e doenças. No entanto, a recomendação é que se teste antes para saber qual melhor se adequa a cada realidade.

    Escolha da melhor variedade de soja

    Existem, atualmente, mais de duas mil cultivares de soja registradas no Ministério da Agricultura. Para fazer a escolha, indica-se pensar no solo, clima, ciclo e latitude. Isso porque o posicionamento errado da cultivar de soja pode levar ao florescimento precoce ou aumentar o estágio vegetativo e, consequentemente, reduzir a produção.

    O pesquisador da Embrapa Soja, José Ubirajara Moreira, instrui: “Plante uma área pequena, veja como é o comportamento naquele microambiente para ver se vai fornecer uma produção ou um comportamento adequado para o ambiente. Por exemplo: essas plataformas novas, se o produtor não está utilizando, utilize, experimente, avalie a parte do custo de produção também porque isso é importante”.

    Quebra de safra no Rio Grande do Sul

    Na safra 2022/23, a produção do Rio Grande do Sul caiu novamente. Desta vez, a quebra estimada é de 31%, saindo da projeção inicial de 20 milhões de toneladas para pouco mais de 14 milhões, conforme dados da Emater.
    Assim, as primeiras áreas colhidas mostram produtividade desigual entre as regiões, seguindo a distribuição das chuvas, que também foi desproporcional.

    O presidente da Aprosoja-RS, Carlos Alberto Fauth, lembra que a desigualdade de rendimento médio de sacas de soja não é apenas a nível estadual, mas também municipal.

    “A gente sabe que no estado tem produtor colhendo de cinco a dez sacas e tem outros colhendo cerca de 40, 50, até próximo de 60. Depende se pegou [na lavoura] uma chuva ou duas a mais no período crítico, que já dá essa diferença”.

    Mesmo com a estiagem, o produtor Fábio Eckert deve colher uma média de 60 sacas por hectare. Ele mantém uma área onde testa as melhores cultivares para a sua realidade.

    “Há cerca de dez anos a gente tinha um ou dois materiais. Hoje, só na minha área, planto mais de 15 materiais diferentes […]. Temos uma gama muito grande para escolher no mercado. O produtor tem que testar em sua área; o que às vezes deu certo lá no meu vizinho, na minha área só troca condição de solo, já muda totalmente”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/