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18 de abril de 2023

  • Exportações do agro atingem recorde em março e no acumulado do ano

    Valor exportado no mês passado alcançou US$ 16 bilhões e, no primeiro trimestre do ano, as remessas somaram US$ 36 bilhões

    O valor exportado pelo agronegócio brasileiro alcançou o recorde de US$ 16 bilhões em março deste ano, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (17) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

    Os produtos de maior destaque no mês, em função do crescimento do valor exportado, foram:

    • soja em grãos (+US$ 878,3 milhões),
    • milho (+US$ 397,8 milhões),
    • farelo de soja (+US$ 330,5 milhões),
    • açúcar de cana em bruto (+US$ 215,2 milhões) e
    • carne de frango in natura (+US$ 214 milhões).

    Juntos, os produtos contribuíram com US$ 2 bilhões para o aumento das exportações, valor superior ao crescimento de US$ 1,6 bilhão nas vendas externas totais do setor. Em março de 2022, as exportações do agronegócio foram de US$ 14,4 bilhões.

    De acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, o aumento do volume embarcado explica, em grande parte, o valor histórico das exportações do agronegócio em março de 2023.

    O índice de quantum das exportações brasileiras do agronegócio subiu 7,1%, e o índice de preço dos produtos exportados teve aumento de 3,5%.

    Soja em grãos e farelo de soja

    No complexo soja, dois produtos merecem menção com recordes em volume e em divisas: soja em grãos e farelo. A soja em grãos atingiu US$ 7,3 bilhões (+13,6%) e embarques de 13,2 milhões de toneladas (+8,6%). O Brasil colhe uma safra recorde da oleaginosa estimada em 153,6 milhões de toneladas (+22,4%). A China continua sendo o principal destino, absorvendo 75,7% do total embarcado pelo Brasil.

    Já as vendas de farelo de soja somaram valor recorde de US$ 1,1 bilhão (+45,5%), e quase 2 milhões de toneladas (+31,7%). A União Europeia, maior importadora do produto, adquiriu US$ 492,3 milhões (+40,9%) e 904,4 mil toneladas (+29,1%).

    Carne de frango

    As exportações do país alcançaram o recorde de US$ 967,8 milhões (+29,6%) em março deste ano, com incremento de 25,5% em volumes exportados, que foram de 504,9 mil toneladas. Os principais importadores foram China, Japão e Arábia Saudita.

    Segundo analistas da SCRI, em um contexto mundial com surtos generalizados de gripe aviária nos principais exportadores, foram abertas oportunidades adicionais para o mercado brasileiro, já que o Brasil nunca registrou casos em seu território.

    Açúcar

    As exportações de açúcar alcançaram recorde de US$ 818,1 milhões (+46,4%). O volume exportado aumentou 27,0%, atingindo 1,8 milhão de toneladas. Há expectativas de menor produção de açúcar em países como China, Índia, México, Tailândia e União Europeia.

    Milho

    As exportações de milho alcançaram US$ 401,9 milhões. Em março de 2022 foram de apenas de US$ 4,1 milhões. Os principais destinos foram Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Vietnã.

    Acumulado do ano

    No primeiro trimestre do ano, as exportações brasileiras do agronegócio atingiram o recorde de US$ 36 bilhões, alta de 6,7% em relação ao mesmo período anterior.

    O agronegócio registrou participação de 47,2% da pauta de exportações do Brasil, no período.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Soja: RS pede revisão do vazio sanitário ao Ministério da Agricultura

    Vazio sanitário é o período de, pelo menos, 90 dias em que não podem haver plantas de soja vivas nas lavouras

    Ministério da Agricultura publicou a portaria que estabelece os períodos de vazio sanitário para a soja no Brasil. Esse calendário deve ser seguido por todos os estados, mas o Rio Grande do Sul vai pedir a revisão do período estipulado.

    O vazio sanitário é o período de pelo menos 90 dias em que não podem haver plantas de soja vivas nas lavouras buscando combater o fungo causador da ferrugem asiática, doença que pode levar a perdas de 90% na cultura da soja.

    Cada estado tem um calendário diferente, definido pelo Ministério da Agricultura com base em estudos. No Rio Grande do Sul, o vazio sanitário da próxima safra deve ser entre 13 de julho e 10 de outubro. Mas a Secretaria da Agricultura vai pedir a revisão.

    Segundo Ricardo Felicetti, diretor do Departamento de Defesa Vegetal, a intenção principal do vazio sanitário e calendário de semeadura é a manutenção da sanidade da soja, a manutenção dos princípios ativos onde estão trabalhando a questão do controle da ferrugem da soja, a questão do controle eficiente, nesse sentido é que se objetiva, através do setor e equipe técnica, uma busca de antecipação de dez dias.

    O estado já havia feito um pedido semelhante em março. A antecipação busca reduzir mais ainda a permanência de plantas vivas no fim do ciclo que é onde há a maior carga de esporos causadores da doença. A safra 22/23 foi a primeira em que o Rio Grande do Sul adotou o vazio sanitário.

    O novo período seria de 03/07/2023 a 30/09/23 para o vazio sanitário e de 01/10/23 a 18/02/24 para o calendário de semeadura. Além do vazio sanitário, o MAPA considera o calendário de semeadura da soja como medida fitossanitária para racionalizar o número de aplicações de fungicidas e reduzir a resistência da doença.

    Segundo Felicetti, os esporos vêm acompanhando as correntes de vento, costeando a cordilheira e que acabam chegando, principalmente no oeste do RS, que é o principal ingresso do esporo primário, aquele que chega na área onde não foi afetada e passa a disseminar quando não há o controle efetivo. É importante a observância dos produtores e dos assistentes técnicos sobre o momento adequado do controle para que não ocorram perdas na produção.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/