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11 de maio de 2023

  • Comercialização da soja brasileira safra 2022/23 chega a 51,6%

    Número está muito aquém dos 64% de igual período do ano passado. Datagro grãos também estima vendas da safra 23/24

    A comercialização brasileira da safra 2022/23 de soja atingiu 51,6% da produção esperada até o dia 5 de maio, aponta levantamento realizado pela Datagro Grãos.

    O número está muito aquém dos 64% de igual período do ano passado, bem como dos 80,6% do recorde da safra 2019/20 e da média dos últimos cinco anos, de 67,4%.

    Houve avanço mensal de 8,6 pontos percentuais, pouco abaixo dos 9,2 p.p. registrados no mês anterior, mas acima dos 7,6 p.p. da média normal.

    Apesar da confirmação de nova expressiva retração nos preços, “os produtores acabaram sendo forçados a vender para cumprir compromissos financeiros assumidos anteriormente”, diz o economista e líder de pesquisa da consultoria, Flávio Roberto de França Junior.

    Preços em baixa e custos em cima

    A postura defensiva de venda na temporada esteve ligada aos preços pouco atraentes e em declínio, combinado com forte elevação nos custos de produção, insegurança sobre o padrão de clima sob impacto do La Niña e incertezas políticas e econômicas com o novo governo, aponta o economista.

    Levando em conta nova revisão na produção para 155,61 milhões de toneladas, os sojicultores brasileiros negociaram, até a data analisada, 80,31 mi de t. Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava maior em termos relativos e absolutos, chegando a 83,57 mi de t.

    Safra de soja 2023/24

    No caso da safra 2023/24, o mês de abril foi novamente de fluxo bastante lento nos negócios de soja, com apenas 4,3% da expectativa de produção compromissada, avanço mensal de 0,9 p.p., inferior aos 2,7 p.p. em semelhante período do ano passado e dos 4,3 p.p. da média normal.

    Dessa forma, o ritmo permanece distante dos 9,6% compromissados em 2022, dos 28,2% do recorde da safra 2020/21 e da média plurianual de 14,0%, aponta a Datagro.

    Comercialização de milho

    O levantamento da consultoria também mostra que a comercialização do milho da safra de verão 2022/23 no Centro-Sul do Brasil avançou 14,4 p.p., abaixo da média normal para o período, de 16,5 p.p.

    Com isso, as vendas alcançaram 39,9% da produção esperada, contra 51,6% em igual momento de 2022 e 52,8% na média dos últimos cinco anos.

    Com previsão de safra revisada para 19,44 mi de t, os produtores comercializaram 7,76 mi de t.

    A comercialização da safra de inverno 2023 da região, revisada para 90,98 mi de t, chegou a 26,7%, contra 22,4% no levantamento anterior, 36,2% na mesma data do ano passado e média dos últimos cinco anos de 43,8%.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Momento é favorável para investir em fertilizantes, aponta índice

    A redução nos preços dos fertilizantes aconteceu devido ao adiamento da safra nos hemisférios Norte e Sul

    Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) registrou um cenário favorável para os produtores rurais em abril, sendo o mais benéfico dos últimos 22 meses.

    Com um valor de 0,96, ligeiramente inferior ao mês anterior (0,97), esse indicador revela uma boa relação de troca e rentabilidade para os agricultores.

    A queda média de cerca de 7% nos preços dos fertilizantes, principalmente no superfosfato simples, fosfato monoamônico, cloreto de potássio e ureia, foi o principal fator que influenciou o IPCF. Essa redução nos preços ocorreu devido ao adiamento da safra nos hemisférios Norte e Sul.

    Por outro lado, as commodities apresentaram um aumento médio de 1,7% em relação a março, refletindo as preocupações do mercado em relação à produção mundial de açúcar.

    Países como China, Tailândia, Índia e Europa enfrentaram problemas na produção dessa commodity, enquanto o Brasil aguarda o progresso de sua safra.

    No entanto, a entrada da safra recorde de soja no Brasil, as boas perspectivas para a safrinha brasileira e o início do plantio de soja e milho nos Estados Unidos contribuíram para o aumento da oferta de produtos agrícolas no mercado.

    O setor agrícola está atento à safra brasileira de grãos e preocupa-se especialmente com a logística de abastecimento, desde os portos até o consumidor final, incluindo plantas fabris.

    O IPCF, divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes, é calculado com base na relação entre os preços dos fertilizantes e das commodities agrícolas. Quanto menor o índice, mais favorável é a relação de troca. As principais culturas agrícolas consideradas no cálculo são soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Safra 2022/23 deve atingir recorde mesmo com La Niña, estima Conab

    Produção de grãos na safra 2022/23 deve atingir recorde de 313,86 milhões de toneladas, um aumento de 15,2% em relação a 2021/2022

    A produção brasileira de grãos na safra 2022/23 deve atingir recorde de 313,86 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 15,2%, ou cerca de 41,4 milhões de t a mais, em comparação com a temporada anterior 2012/22 (272,43 milhões de t). Os números foram divulgados nesta quinta-feira (11), no 8º Levantamento da Safra 2022/23 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Em comparação com levantamento anterior, de abril, o resultado é cerca de 1,4 milhão de t maior (perto de 1,4 milhão de t). Segundo o estudo, o desempenho médio estimado nas lavouras do Brasil tende a ser o melhor já registrado, por conta da projeção de 4.048 quilos por hectare, que ultrapassa a média de produtividade estimada do recorde anterior, alcançada na safra 2016/17.

    Adversidade climática

    Gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos, afirma que esse rendimento é atingido mesmo em um ano-safra sob influência do fenômeno La Niña, sobretudo no início da safra, mas em uma menor escala.

    “Se compararmos com safra passada, o clima adverso teve impacto no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e parte de Mato Grosso do Sul. Já neste ciclo os efeitos foram mais concentrados no estado gaúcho”, disse Vasconcellos.

    A área também deve apresentar incremento de 4%, podendo atingir 77,5 milhões de hectares ante 74,5 milhões de hectares em 2021/22, destacou a Conab.

    Soja

    Para a soja, principal cultura de verão, a estimativa é de uma produção recorde em 154,8 milhões de toneladas, volume 23,3% superior à safra passada (125,55 milhões de t), resultado da melhora das produtividades e maior área plantada, de acordo com a estatal.

    Cenário semelhante é encontrado para a cultura do algodão, diz a Conab. O incremento de área aliado às condições climáticas que vêm favorecendo as lavouras, permite uma estimativa de produção de cerca 2,9 milhões de toneladas de pluma, elevação de 13,6% em relação à safra passada (2,55 milhões de t).

    Importante cultura na 2ª safra (de inverno), o milho tem uma produção total estimada em 125,5 milhões de toneladas, alta de 12,4 milhões de toneladas acima da safra 2021/22. Na primeira safra do grão, semeada em uma área de 4,4 milhões de hectares e com a colheita finalizada, o volume de produção atingiu cerca 27,05 milhões de toneladas, 8,1% acima da safra anterior (25,02 milhões de t), mesmo com os problemas climáticos registrados no Rio Grande do Sul.

    Segunda safra

    Para a segunda safra é esperado uma colheita de 96,14 milhões de toneladas, aumento de 11,9% ante 2021/22 (85,89 milhões de t). A cultura de inverno, ou safrinha, já está semeada e cerca de 74,4% das lavouras se encontram em floração e enchimento de grãos, segundo a Conab. “Nesses estágios, o clima ainda é um fator preponderante e a Conab irá acompanhar o desenvolvimento da cultura”, pondera Vasconcellos.

    No caso do feijão, as boas condições climáticas registradas durante o desenvolvimento da 2ª safra da cultura causam impacto positivo na produtividade, refletindo maior produção esperada, explica a Conab. No Paraná, a melhora do desempenho das lavouras de feijão tipo cores atinge 16,2%, saindo de 1.687 quilos por hectare para 1.960 kg/ha, o que resulta num incremento de 6,3% na expectativa da produção no Estado. Já em Minas Gerais, outro importante estado produtor, além do aumento de produtividade houve uma maior área destinada para o grão. Assim, a nova estimativa para a produção total de feijão ultrapassa, ligeiramente, 3 milhões de toneladas, aumento de 3% ante o período anterior (2,99 milhões de t).

    Já para o arroz, a produção estimada para a safra 2022/23 é de 9,94 milhões de toneladas, diminuição de 7,8% em comparação com 2021/22 (10,79 milhões de t). O fraco desempenho é “resultado da queda na área destinada ao produto, sobretudo no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão”, justificou a Conab.

    Dentre as culturas de inverno, a Conab traz neste levantamento as intenções de plantio dos produtores. Destaque para o trigo, principal grão cultivado no período. É esperado um aumento de 7% na área plantada, podendo atingir 3,3 milhões de hectares, enquanto a produção projetada para o cereal é de 9,6 milhões de toneladas. Nos principais Estados produtores (Paraná e Rio Grande do Sul), que representam cerca de 84% da produção nacional, “a semeadura ainda é incipiente”, concluiu a Conab.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/