Daily Archives

22 de junho de 2023

  • Colheita da soja 2022/23 está concluída, diz Conab

    Entidade também levantou dados da colheita de milho primeira e segunda safras, algodão, arroz, feijão e do plantio de trigo

    A colheita da safra brasileira de soja 2022/23 atingiu toda a área plantada estimada no país até o último sábado (17), avanço de 0,1 ponto porcentual na comparação com os 99,9% reportados na semana anterior.

    Os dados são de levantamento semanal de progresso de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A entidade estima que o país deve produzir 155,7 milhões de toneladas do grão. A área plantada foi indicada em 44 milhões de hectares e a produtividade média está projetada em 3.537 kg/ha (58,9 sacas).

    Milho primeira e segunda safras

    Quanto ao milho, 87,1% da área plantada da primeira safra 2022/23 (verão) foi colhida, avanço semanal de 2,1 pontos porcentuais. Há atraso na comparação anual ante os 90,8% colhidos em igual período da temporada 2021/22.

    Assim, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina já concluíram a colheita do grão, enquanto o Piauí está atrás nos trabalhos de campo, com 50% da área colhida.

    Em relação à segunda safra de milho 2022/23, chamada de safrinha, a Conab informou que a colheita atingiu 5,3% no país na última semana, avanço de 3,6 pontos porcentuais ante o registrado até 10 de junho.

    Há atraso ante a temporada anterior, quando 11,1% das lavouras estavam colhidas. O estado de Mato Grosso é o mais adiantado, com 10,9% dos trabalhos.

    Colheita de arroz, algodão e feijão

    O plantio de trigo da safra 2023 avançou 13,1 pontos porcentuais na semana, alcançando 60% da área estimada no país. A semeadura do cereal está acima do nível registrado em igual período da safra anterior, quando 55,4% da safra havia sido plantada.

    Goiás, Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Mato Grosso já concluíram o plantio. Em Santa Catarina o cultivo está atrasado, com registro de semeadura de apenas 7% da área.

    Quanto à safra 2022/23 do arroz, toda a área plantada já foi colhida, avanço de 0,2 ponto porcentual ante a semana anterior. Em igual período da temporada passada a colheita também já havia se encerrado. A Conab informou também que o país concluiu a colheita da primeira safra de feijão 2022/23.

    Já a colheita de algodão 2022/23 avançou 2,2 pontos porcentuais na semana, alcançando 3,1% da área total no último sábado – abaixo do 4,2% registrado em igual período da temporada anterior.

    A retirada da fibra do campo começou pelos estados de Minas Gerais (8%), Mato Grosso do Sul (5%), Bahia (5%) e Mato Grosso (2,6%).

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Estiagem e alta dos insumos prejudicaram margens no RS

    O economista da Farsul Ruy Silveira destacou que o aumento dos custos, em algumas regiões, chegou a 30%, em média

    Levantamento de custo de produção agrícola no Rio Grande do Sul mostrou margens apertadas para as culturas de soja, milho, trigo e arroz na safra 2022/23, considerando a seca de variados níveis que atingiu os municípios visitados.

    O dado faz parte do Programa Campo Futuro, da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

    A coleta de dados ocorreram de 29 de maio a 2 de junho nos municípios de Carazinho, Cruz Alta, Tupanciretã, Uruguaiana, Bagé e Camaquã.

    A produtividade média da soja variou de 18 sacas por hectare, em Bagé, até 37 sacas em Camaquã e Carazinho. De forma geral, a expectativa de colheita era de cerca de 60 sacas.

    Em relação ao arroz, a produtividade esperada de 180 sacas por hectare não foi atingida em Uruguaiana, que colheu 160 sacas. Já o trigo surpreendeu os produtores de Carazinho e Cruz Alta, que colheram safras recordes.

    Os insumos pesaram nos custos de produção, principalmente, fertilizantes e herbicidas. Em Carazinho, os fertilizantes para o milho subiram 68% e os herbicidas para a soja, 146%.

    O economista da Farsul e responsável pelo levantamento no Estado, Ruy Silveira, destacou que o aumento dos custos, em algumas regiões, chegou a 30%, em média. Segundo ele, os resultados desta safra 2022/23 foram mais difíceis em termos financeiros do que a anterior. “Embora em termos de produção, da quebra de safra, esta não foi tão grande quanto a anterior, ela se espalhou mais, foi bem mais uniforme. Não teve uma região que foi atingida e outras não sofreram nada. Foi bem ampla, a gente viu que todas as regiões tiveram quebras significativas”, avaliou.

    Em relação ao trigo, Silveira classificou como um ano singular. “Foi o melhor ano que a gente já viu da série histórica, embora os custos estejam extremamente elevados. O que identificamos nas regiões, principalmente, em Carazinho e Cruz Alta, foi que a produtividade foi ótima, histórica. Foi um inverno muito frio e seco. A chuva que faltou no início da safra de verão foi o que ajudou o trigo no período de colheita”, explicou.

    O economista comentou que em Carazinho, por exemplo, os produtores conseguiam cobrir os custos das lavouras de trigo e garantiram uma média de R$ 600,00 por hectare, “o que é muito considerável para a realidade do trigo. Em Cruz Alta o negócio ficou bem mais apertado, mas, mesmo assim, sobrou cerca de R$ 100,00 de margem e em Tupanciretã, que é outro levantamento que a gente também tem de trigo, quebrou. Não pagou nem o custo operacional”, ponderou.

    Silveira também ressaltou que as regiões em que o levantamento considera apenas uma cultura, como Bagé, com soja, e Uruguaiana, com arroz, a pressão em termos de caixa foi maior por não haver outra cultura para dar suporte.

  • Condição das safras de milho e soja nos EUA piora na semana, avalia USDA

    Cerca 55% da safra de milho do país apresentava condição boa ou excelente até o domingo (18), piora de 6% ante a semana anterior

    Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou na terça-feira (20) que 55% da safra de milho do país apresentava condição boa ou excelente até o último domingo (18), piora de 6 pontos porcentuais ante a semana anterior. Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 70%. Além disso, 96% da safra tinha emergido, ante 94% um ano antes e na média dos cinco anos anteriores, disse o USDA em seu relatório semanal de acompanhamento de safra.

    Quanto à soja, 54% da safra tinha condição boa ou excelente, queda de 5 pontos porcentuais ante a semana anterior. Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 68%. De acordo com o relatório, 92% da safra tinha emergido, em comparação a 81% um ano antes e na média dos cinco anos.

    O USDA informou também que 38% da safra de trigo de inverno do país apresentava condição boa ou excelente até o último domingo, estável ante a semana anterior. O USDA disse ainda que 94% da safra tinha perfilhado, em comparação a 90% um ano antes e 93% na média dos cinco anos anteriores. O documento mostrou que 15% da safra tinha sido colhida, ante 23% um ano antes e 20% na média de cinco anos.

    O relatório mostrou que 98% da safra de trigo de primavera tinha emergido, em comparação a 87% um ano antes e 95% na média. O USDA disse ainda que 51% da safra tinha condição boa ou excelente, queda de 9 pontos porcentuais ante a semana anterior. Segundo o USDA, 10% da safra tinha sido colhida, ante 2% um ano antes e 10% na média de cinco anos.

    O relatório mostrou também que 47% da safra de algodão tinha condição boa ou excelente, piora de 2 pontos porcentuais na semana. Um ano antes, essa parcela era de 45%. Além disso, produtores tinham semeado 89% da área total prevista até o último domingo, em comparação a 95% um ano antes e 94% na média dos cinco anos anteriores. O USDA informou ainda que 19% da safra tinha florescido, ante 21% em igual período do ano passado e na média.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/