Daily Archives

12 de julho de 2023

  • Milho: seca nos EUA já reduziu o potencial produtivo da safra

    Global Markets aponta que estimativa de produtividade da safra de milho 23/24 nos EUA está na faixa de 171,4 a 174 bu/ac, com média em 172,2 bu/ac

    Análises da hEDGEpoint Global Markets, especializada em inteligência de mercado, consultoria, gestão de risco e soluções de hedge para commodities agrícolas e de energia, apontam que a estimativa de produtividade da safra de milho 23/24 nos EUA está na faixa de 171,4 a 174 bu/ac, com média em 172,2 bu/ac (abaixo do USDA de Junho = 181.5 bu/ac). Apesar do baixo número de produtividade, com o acentuado aumento na área visto no relatório de junho (30), a atual projeção de produção é de 14.908M bu ou 378.7M ton (2% ou 9M ton abaixo do USDA de Junho = 15.265M bu ou 387,7M mt).

    Segundo o analista de Grãos e Oleaginosas da hEDGEpoint Global, Pedro Schicchi, a produtividade do milho deve ser definida ao longo deste mês de julho, porém a seca vista no Meio-Oeste americano até agora certamente já reduziu o potencial produtivo da safra, o que é visto pelo baixo nível das condições de cultivo reportadas pelo USDA.

    “O clima tem se mostrado melhor nas últimas semanas com aumento na precipitação, principalmente no leste do cinturão do milho. O relatório de condições da semana (03/06) inclusive mostrou aumento nos níveis de Bom/Excelente. Embora em apenas 1p.p. a nível nacional, já é uma mudança significativas dos altos cortes vistos nas semanas anteriores”, afirma.

    Ainda de acordo com ele, as previsões de curto prazo têm se mostrado positivas em termos de precipitação e, embora altas temperaturas apareçam nos mapas na segunda metade de julho – o que pode ser prejudicial –, a princípio elas não atingirão as principais regiões produtoras. Ainda assim é algo a se monitorar. “Porém, apesar de perspectivas mais positivas do que tínhamos até algumas semanas atrás, devemos lembrar que mesmo com uma melhora, a safra agora parte de um ponto mais baixo”, diz.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • ESG: questão social é o pilar mais considerado no agronegócio, diz pesquisa

    Pesquisa com empresas do setor mostra que 100% delas têm métricas ESG, embora apenas 50% voltam-se para os três pilares da agenda

    A agenda ESG (ambiental, social e governança, em português) começa a fazer parte também do dia a dia do agronegócio. Pesquisa com empresas do setor mostra que 100% delas têm métricas ESG, embora apenas 50% voltam-se para os três pilares da agenda, revela o estudo da HR Tech Mereo, plataforma integrada de gestão de pessoas presente em mais de 40 países, responsável por atender 10% das 500 maiores empresas do Brasil.

    O pilar mais considerado é o social (100%), seguido de governança (83%) e ambiental (50%). No pilar S, o foco é voltado para as estratégias para as pessoas (73%), ou seja, a relação com o colaborador. Entre os tópicos, estão saúde e segurança (28%), treinamento e desenvolvimento (19%) e clima organizacional (19%).

    No pilar governança, o foco tem sido para boas práticas de gestão (61%), seguido de saúde fiscal (26%) e saúde financeira (13%). Na agricultura e pecuária, envolve o uso ético da terra, práticas trabalhistas justas e fornecimento responsável. Conforme o estudo, empresas que priorizam uma boa governança podem aumentar a confiança dos investidores, atrair mais capital e construir relacionamentos sólidos com os stakeholder, mas o pilar é um desafio.

    Em se tratando de ambiente, pilar com foco em alcançar uma agricultura sustentável, consumo de energia (50%), regulação ambiental (25%) e gestão de resíduos e reciclagem (25%) têm sido prioridade do agronegócio.

    A maioria dos entrevistados (86%) classifica a atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em 2023 como positiva, contra 7% de regular e 7% de negativo. Ao todo, 71% se disseram “muito preocupados” com a futura indicação de um nome para a Presidência do BC pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contra 27% que afirmaram estar “pouco preocupados” e 2% que se disseram “nada preocupados”.

    A pesquisa fez 94 entrevistas com fundos de investimento sediados nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro entre os dias 6 e 10 de julho. A amostra considerou 47% de gestores, 31% de economistas, 14% de traders, 5% de analistas e 3% de pessoas com outros cargos.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/