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26 de julho de 2023

  • Trigo: guerra na Europa impacta nos preços

    O mercado internacional de trigo foi impactado pela suspensão do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro entre Rússia e Ucrânia

    Na última semana, o mercado internacional de trigo foi impactado pela suspensão do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro entre Rússia e Ucrânia.

    A não renovação do acordo por parte da Rússia, que alegou descumprimento de cláusulas por parte do país vizinho, levou a um aumento significativo nos preços externos do cereal. O que consequentemente gera preocupações em relação à disponibilidade do trigo para suprir a demanda mundial.

    De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a interrupção desse acordo bilateral trouxe incertezas ao mercado global de trigo, pois ambos os países são grandes players na exportação do grão.

    Além disso, a região do Mar Negro é uma importante rota de escoamento para os grãos produzidos na região.

    Ou seja, a sua suspensão pode afetar o abastecimento em diversos países que dependem dessas exportações.

    A elevação dos preços externos do trigo reflete também no mercado interno. Segundo dados levantados pelo Cepea, as cotações do cereal tiveram uma expressiva alta, influenciada diretamente pela conjuntura externa. Com isso, o cenário gera preocupações entre os setores alimentícios e agroindustriais no país, que dependem desse importante insumo.

    Brasil afetado?

    No entanto, especialistas ressaltam que, apesar do impacto da suspensão do acordo Rússia-Ucrânia nos preços do trigo, o Brasil não deve enfrentar uma crise de abastecimento.

    Isso se deve ao fato de a Ucrânia não figurar entre as principais origens do trigo importado pelo país.

    Além disso, a produção nacional de trigo tem apresentado crescimento consistente nas últimas safras, o que fortalece a autonomia do Brasil na produção desse grão fundamental.

    Ainda assim, as preocupações em relação à disponibilidade global do trigo persistem, principalmente diante do aumento da demanda em âmbito internacional.

    Outros países importadores podem enfrentar maiores desafios para garantir seus suprimentos, e eventuais problemas na produção de outras nações exportadoras poderiam agravar ainda mais a situação.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Boa demanda externa impulsiona preços do arroz brasileiro

    Com a demanda externa aquecida e baixa oferta, cotações do grão registram aumento no mercado nacional; restrições nas exportações da Índia podem impulsionar ainda mais os valores globais

    A procura em alta pelo arroz produzido no Brasil em mercados internacionais tem sido um dos principais fatores impulsionadores dos preços do cereal, de acordo com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

    Aliado a isso, a oferta reduzida tem contribuído para a valorização do produto no mercado nacional.

    Mercado internacional de arroz

    Além dos fatores internos, o cenário internacional também tem sua parcela de influência nos preços, de acordo com o Cepea. Com as restrições impostas pela Índia às exportações de arroz, os especialistas preveem que o panorama global pode experimentar um aumento nas cotações.

    Isso se deve ao fato de a Índia ser o maior fornecedor mundial do cereal, e suas limitações podem criar uma demanda ainda maior por parte de outros países, elevando os valores do produto no mercado internacional.

    Nos últimos dias, o indicador Cepea/Irga-RS, que representa a média ponderada do estado do Rio Grande do Sul, um importante polo produtor de arroz no Brasil, alcançou o patamar de R$ 85 por saca de 50 kg. Esse valor não era observado desde meados de maio deste ano e reflete o momento positivo para os produtores, impulsionado pelas condições favoráveis no mercado.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Agricultura familiar do Brasil: qual é o tamanho?

    Se todos os agricultores familiares do Brasil formassem um país, seria o oitavo maior produtor de alimentos do mundo

    agricultura familiar do Brasil, caso se unisse como uma nação, ocuparia a oitava posição no ranking mundial de produtores de alimentos.

    A informação é do Anuário Estatístico da Agricultura Familiar 2023, divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

    O principal objetivo do anuário é destacar o papel do setor na produção agrícola brasileira, com dados embasados em pesquisas conduzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Com aproximadamente 3,9 milhões de propriedades, a agricultura familiar representa 77% do total de estabelecimentos agrícolas no país.

    Em termos de área ocupada, esse setor abrange 23% do território nacional, equivalente a aproximadamente 80,8 milhões de hectares – quase toda a extensão do estado do Mato Grosso.

    As propriedades de agricultura familiar respondem por 23% do valor bruto da produção agropecuária do Brasil e abrangem 67% das ocupações no campo, empregando cerca de 10,1 milhões de trabalhadores.

    região Nordeste concentra a maior parte desses profissionais, com 46,6%, seguida pelo Sudeste (16,5%), Sul (16%), Norte (15,4%) e Centro-Oeste (5,5%).

    Nesse contexto, as famílias têm um papel preponderante, sendo responsáveis tanto pela produção de alimentos quanto pela gestão das propriedades.

    Segundo o levantamento, a agricultura familiar exerce um papel fundamental na economia local, representando cerca de 40% da renda da população economicamente ativa em 90% dos municípios com até 20 mil habitantes, que correspondem a 68% do total do país.

    No dia 28 de junho deste ano, o governo lançou o Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024.

    O plano disponibiliza R$ 71,6 bilhões em crédito rural, através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), representando um crescimento significativo de 34% em relação à safra anterior e estabelecendo o maior valor já destinado a esse setor em toda a série histórica.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/