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10 de agosto de 2023

  • Clima beneficia soja dos EUA, mas escoamento preocupa

    Cerca de 54% da área cultivada com a oleaginosa foi classificada de boa a excelente, também dois pontos percentuais acima da semana anterior

    O boletim agrícola semanal de clima do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta terça-feira (8), mostra que 90% das lavouras de soja do país atingiram o estágio de floração, dois pontos percentuais à frente em relação ao ano passado.

    Cerca de 54% da área cultivada com a oleaginosa foi classificada de boa a excelente, também dois pontos percentuais acima da semana anterior.

    “Essa condição de melhora foi devido às chuvas que retornaram para a região, mas ainda de forma mal distribuída, com alguns pontos no cinturão de grãos registrando até alagamentos”, conta o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller.

    Segundo ele, a tendência é de precipitações até o final desta primeira quinzena de agosto. “Apesar desses volumes serem tardios, ainda contribuem para a recuperação da soja. Nos próximos 14 dias, o percentual de lavouras boas e excelentes deve chegar aos 60%”, considera.

    chuva Estados Unidos

    Manchas em verde: chuvas acima da média. Cinza: dentro da média. Laranja: abaixo da média. Período de 14 a 18 de agosto

    Müller destaca que o solo ainda apresenta demanda hídrica. “O Rio Mississippi, inclusive, registra níveis de cerca de três a seis metros abaixo do registrado em 2019 e 2020, o que ameaça prejudicar o transporte fluvial. Lembrando que trata-se de um importante canal de escoamento da safra de soja, altamente dependente desta rota”.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/

  • Monitor de Secas indica abrandamento do fenômeno

    O mais recente relatório do Monitor de Secas do Brasil, da ANA, aponta melhoria nas condições da Região Sul do país

    O mais recente relatório do Monitor de Secas, responsável por avaliar a evolução das condições de seca no país, traz notícias positivas para a Região Sul do Brasil.

    Durante o período de maio a junho, observou-se um significativo abrandamento da seca no estado do Rio Grande do Sul, com a área afetada pela seca moderada diminuindo de 56% para 49% de seu território.

    No entanto, o cenário permaneceu estável em Santa Catarina, onde apenas uma seca fraca foi registrada nos dois meses analisados.

    No Paraná, por outro lado, houve um retorno do fenômeno após uma ausência desde fevereiro, com uma incidência de seca fraca em 5% do estado.

    A melhoria das condições no Rio Grande do Sul teve impacto na região Sul como um todo, resultando na redução da área de seca moderada e sinalizando um alívio regional no período analisado.

    Evolução das Condições em Cada Estado da Região Sul:

    • Santa Catarina: Houve um aumento leve na área afetada pela seca, passando de 32% para 34% de seu território.
    • Paraná: Após uma ausência desde fevereiro, houve um retorno da seca fraca em 5% do estado.
    • Rio Grande do Sul: Embora tenha mantido seca em 100% de seu território durante maio e junho, houve uma redução significativa na área de seca moderada.

    O relatório atualizado do Monitor de Secas revela que três estados – Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo – testemunharam um abrandamento na severidade da seca entre maio e junho. Em contrapartida, a seca tornou-se mais intensa em três outros estados: Bahia, Pará e Tocantins.

    A severidade da seca permaneceu constante em 17 unidades da Federação: Acre, Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.

    O Ceará continua a ser o único estado livre do fenômeno, enquanto o Paraná viu o seu retorno.

    Na análise comparativa entre maio e junho, oito estados experimentaram uma redução na área afetada pela seca: Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, São Paulo e Sergipe. Em contraste, nove estados testemunharam um aumento na área afetada: Acre, Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins. Seis unidades da Federação mantiveram a estabilidade na área afetada pela seca em maio: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Durante esse período, a seca não afetou o Ceará, mas retornou ao Paraná.

    Em maio, duas unidades da Federação, o Distrito Federal e o Rio Grande do Sul, enfrentaram seca em 100% de seus territórios. É importante observar que percentuais acima de 99% são considerados como abrangendo a totalidade dos territórios afetados pela seca. Nos demais estados, os percentuais variaram de 0% a 87%.

    secas

    Abrangência da Seca

    Quanto à análise territorial de cada unidade da Federação, o Amazonas liderou a área total afetada pela seca em junho, seguido por Mato Grosso, Pará, Bahia e Minas Gerais. No período entre maio e junho, a área afetada pelo fenômeno aumentou de 3,61 milhões de quilômetros quadrados para 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a aproximadamente 53% do território brasileiro.

    Fonte: https://www.canalrural.com.br/